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domingo, 16 de novembro de 2008

RAIVA (rai.va). Palavra do Dia.

Palavra do Dia:

RAIVA

O Ministério da Saúde informou na última quinta-feira, 13 de outubro, que pela primeira vez na história o Brasil obteve a cura de um paciente infectado com o vírus da raiva.

A palavra “raiva” tem sua origem no latim vulgar, “rabia” e no texto acima ela designa uma doença que acomete o sistema nervoso central de alguns mamíferos, é causada por vírus e é transmitida ao homem pela mordida de um animal infectado. Além disso, o termo designa também um acesso violento de ira, fúria.

>> Definição do “iDicionário Aulete”:

RAIVA (rai.va)

Substantivo feminino.

1 Acesso violento de ira; CÓLERA; FÚRIA: Reagiu com raiva à provocação.

2 Ressentimento, ódio, rancor: Tem raiva de todos os seus inimigos.

3 Grande aversão; HORROR; OJERIZA: Tinha raiva dos oportunistas.

4 Vet. Doença infecciosa virótica que acomete o sistema nervoso central dos mamíferos (esp. cachorro, gato, morcego), transmissível ao homem pela mordedura do animal infectado; HIDROFOBIA.

5 Lus. Cul. Biscoito feito de farinha com ovos, manteiga e açúcar.

6 Prurido nas gengivas das crianças, causado pela dentição.

7 Grande apetite; desejo irresistível.

[Formação: Do lat. vulg. rabia. Hom./Par.: raiva (sf.), raiva (fl. de raivar).]

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Raiva

A raiva é um vírus que afeta o homem além dos animais. Embora erradicada em Portugal a sua vacinação é obrigatória O período de incubação anterior aos sinais clínicos é muito variável. Ataca rapidamente o sistema nervoso do animal.

É uma doença infecciosa de evolução aguda, causada por um vírus, quase sempre mortal, que se manifesta entre os animais por transtornos do conhecimento, aumento da excitabilidade nervosa e sintomas paralíticos. Transmite-se entre os animais, quase sempre através da mordedura ou contaminação de ferimentos por saliva de animais doentes do mal. O vírus está contido em alta concentração na saliva, e demais excreções e secreções dos animais acometidos da doença, além de também no sangue.

Vírus da Raiva


Grupo: Grupo V ((-)ssRNA)
Ordem: Mononegavirales
Familia: Rhabdoviridae
Género: Lyssavirus
Espécie: Virus da Raiva
O vírus da Raiva é um Rhabdovirus com genoma de RNA simples de sentido negativo (a sua cópia é que é lida como mRNA na síntese proteica). O vírus tem envelope bilípidico, cerca de 100 nanómetros e forma de bala.

Vírus da Raiva

Vírus da Raiva

Susceptibilidade

São susceptíveis de contraí-la os animais mamíferos em geral, porém mais de 80% dos casos assinalados pela literatura médica são carnívoros, e em especial o cão doméstico. Interessante assinalar-se que o sintoma da fobia à água somente ocorre no homem quando acometido da moléstia, portanto o termo hidrofobia deve ser reservado exclusivamente ao homo sapiens.

Foram os pesquisadores franceses, Louis Pasteur, Roux e Chanberlain, o primeiro químico, os dois seguintes médicos, auxiliados ainda pelo veterinário também francês Thuilier, que após exaustivas experiências, conseguiram o primeiro método eficiente para seu combate, através da vacinação pelos mesmos idealizada, e evidenciaram seu caráter infecto-contagioso, além de sua etiologia vírica.

A doença pode também acometer os animais herbívoros, como o boi, o cavalo, a ovelha, a cabra, sendo que nos ruminantes como os bovinos, os sintomas são predominantemente paralíticos.

A raiva quando declarada em um animal, assim como no homem não tem cura, culminando sempre com a morte, após período breve de evolução e sintomatologia que impressiona sobremaneira.


Prevenção

Para evitar-se a doença, ou seja, como medida profilática, a vacinação dos animais susceptíveis, principalmente de cães e gatos, é a medida básica.

No caso do homem, somente é indicada a vacinação como medida terapêutica, em caso do mesmo haver sido exposto à mordedura ou contato com animais suspeitos de raiva, ou tenha se contaminado acidentalmente, e nestes casos, a urgência da vacinação é de suma importância, assim como número de doses da vacina proporcional à gravidade do caso, o que o médico assistente deve julgar e prescrever, segundo o caso em si.

Países como Portugal praticamente conseguiram erradicar de seus territórios o mal, a traves de campanhas de vacinação em massa dos animais susceptíveis de se contaminarem.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença é inicialmente feito pelos sintomas manifestados pelos animais que adoecem quando contaminados pelo vírus; Inicialmente apresentam esses animais alteração de seu comportamento, procurando locais escuros para se abrigarem, já que existe a chamada fotofobia, o que é sua causa determinante; Deixam de se alimentar e beber água e mesmo de atenderem ao chamado quando instados pelos donos. Com o evoluir da doença que é extremamente rápido, quando se trata de animais das espécies carnívoras, como cães, quase sempre ocorre em seguida a chamada fase prodrómica, em que esses animais fogem de casa passando a vagarem pelas ruas, quando então passam a ser perseguidos por outros cães vadios, os quais são mordidos pelo animal com raiva, que assim agem como meio de defesa, e a través dessa mordida contaminam novos cães de rua, dando continuidade a doença. Em seguida evolui a doença para a chamada fase paralítica, em que não podendo mais se locomoverem podem tanto morrerem atropelados por automóveis nas ruas, ou mesmo sucumbirem em decúbito pelo próprio evoluir da doença. Ocorrendo a chamada paralisia do maxilar, sintoma quase sempre presente, não conseguindo fecharem a boca passam a babar copiosamente, o que chama a atenção do observador atento sendo mesmo sintoma da raiva guardado na memória popular. O latido do cão com raiva torna-se característico, sendo emitido num duplo tom o que permite o diagnóstico da doença pelo simples ouvir desse latido. Quem teve oportunidade de ouvi-lo uma única vez não o esquecerá jamais. Como já mencionado, é a saliva o principal veículo de transmissão da doença, já que nela o vírus encontra-se concentrado, porém outras secreções como a urina, fezes e até o sangue são também contagiantes para outros animais ou pessoas.


Vacina

Existem vacinas anti-rábicas apropriadas para cada espécie animal, e das mais variadas técnicas de fabricação, desde a antiga vacina Pasteuriana, preparada pela dessecação de medulas de animais inoculados com o vírus, até as mais modernas obtidas por técnicas especiais, quando o vírus é cultivado em meios vivos, como ovos embrionados de galinha, neste caso denominadas vacinas avinizadas, e até em cultivos de células de rim de porco ou de hamster.


O vírus encontrado quando isolado de um animal doente, é denominado de vírus de rua, e é altamente infectante (virulento); Já aquele cultivado em laboratório, e inativado em sua patogenicidade e virulência, por sucessivas passagens em meios de cultura próprios, e por repiques diretos no meio em que é cultivado, é denominado vírus fixo. É este último o utilizado no preparo de vacinas, pelo fato de perder sua virulência e patogenicidade, conservando não obstante sua capacidade antigênica, qualidade esta última que é a visada na vacina, por ser a responsável pelo estímulo formador de anticorpos pelo organismo no qual for inoculada.

Dependentemente da técnica empregada no preparo dessa vacina anti-rábica, poderá a mesma dar imunidade por um ou dois anos, aos animais em que venha a ser inoculada. Existem vacinas para serem aplicadas em cães, assim como em gatos, bovinos ou eqüinos e outros animais susceptíveis, devendo por essa circunstância serem procuradas e selecionadas de acordo com a espécie animal a ser imunizada. Como advertência final devo frisar não ser a Raiva doença curável quando já declarada, assim os meios profiláticos existentes de vacinação, são apenas preventivos e não curativos. Mesmo o homem quando mordido por um cão suspeito de estar com raiva, essa vacinação subsequente deve ser efetuada o mais rapidamente possível, a fim de possibilitar que o organismo humano fabrique sob o estímulo da vacina os anticorpos necessários a deterem a propagação do vírus em sentido ao cérebro, e antes que isto tenha tempo de ocorrer, já que essa propagação do vírus é em sentido centrípeto para o cérebro e lenta porque efetuada pelos nervos da região que se deu a mordida, ou foi lesada por esse traumatismo.

Drª Cristina Alves ( Veterinária )

Referências Bibliográficas:

http://www.hospvetprincipal.pt

Imagem: http://pt.wikipedia.org

Fonte deste artigo: http://br.geocities.com/amorhumanno/raiva.htm

De: WSPAbrasil Cuidado com a Raiva - Turma da Mônica

Cuidar de um animal de estimação exige responsabilidade, pois o dono deve dar darinho, vacinar, brincar e satisfazer as necessidades de seu animalzinho. A Turma da Mônica sabe disso e, neste vídeo, ela mostra a importância da vacinação anti-rábica e os cuidados que você deve ter se for mordido. E não se esqueça "Nunca abandone seu amiguinho". Para saber mais sobre o Dia da Raiva, acesse o site www.wspabrasil.org .

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