RODA DE CONVERSA
Bete Godoy
Professora Genilda Viana
EMEI RUMI OIKAWA
A prática
de se organizar em roda para conversar traz inúmeros significados. A
expressão por meio da linguagem oral de sentimentos, ideias, valores
estão presentes em todas elas. Mas, não podemos afirmar que tenham as
mesmas finalidades e aprendizagens.
Cada
uma carrega características e peculiaridades, e é importante que o
professor saiba diferenciá-las para que possa fazer a melhor escolha na
hora de planejar.
È muito comum reunir as crianças para informar
sobre algo que está acontecendo na escola e que todos precisam saber
principalmente em período de festa. A informação pode levar a pesquisa, a
reflexão e ao conhecimento. Mas, pode ser meramente informação.
Em algumas situações se faz necessário conversar com as crianças, sobre o como fazer algo; o passo-a-passo de uma atividade(instruir).
Este momento também é importante se queremos garantir o produto final.
Um bom exemplo prático é quando realizamos atividades de culinária e
mostramos as crianças o modo de fazer.
As
crianças acompanham o professor executando e em outras vezes participa
fazendo segundo a instrução recebida. O mesmo acontece quando reunimos a
turma para demonstrar ou ensinar as regras de um jogo.
Observem
que a participação das crianças nestes dois casos acima apresentados é
muito mais como ouvinte e a fala apenas para esclarecimento de dúvidas. A
fala do professor é uma característica bastante presente, pois, é ele
quem disponibiliza as informações e instruções. As crianças têm um papel maior como ouvinte ou de realizador.
Já as conversas informais
são comuns na rotina e contribuem para estabelecer afetividade no
grupo, oferecendo importantes elementos e informações para que o
professor possa conhecer melhor a sua turma e planejar novas situações a
partir das necessidades e interesses das crianças. Permite a livre expressão sem o compromisso sistemático
de avançar, esmiuçar e chegar ao conhecimento mais elaborado. Neste
momento a participação das crianças falando é maior e professor tem
importante papel de ouvinte atento e de mediador para que todos possam
falar. A conversa fica mais solta é muito comum as crianças falarem
sobre assuntos diversos.
O momento da conversa que se destina a investigação,
entendemos investigação como busca, pesquisa, indagação com a
finalidade de saber algo ou de saber melhor algo, não é comum no
cotidiano escolar.
Este
momento contribui para que as crianças sejam capazes de construir
conhecimentos importantes para o seu desenvolvimento. Estimular para que
aprendam a observar, perguntar, levantar hipóteses, imaginar, pensar e
buscar comprovação é possível na educação infantil.
O
professor tem dificuldade em saber como mediar uma conversa
investigativa para que a num esforço conjunto possam esclarecer,
esmiuçar com maior profundidade ideias e conceitos sobre algo.
Pofessora Angela
EMEI Danton Castilho
Com
os pequeninos o tempo de concentração para a conversa é menor, mas não
impede que o professor ajude, provoque e estimule as crianças a pesarem
além do que elas já sabem.
Mediar
uma roda de conversa é uma habilidade importante e que precisa ser
aprendida pelo professor. Quanto mais ele planejar, organizar e fizer de
tal prática, maior habilidade terá para ajudar as crianças no momento
da conversa.
Professora Ana Cristina
EMEI Danton Castilho
Reconhecendo
que nossa intervenção pedagógica exerce nas crianças profundas e
importantes aprendizagens há de se ter cuidado especial no ato de
PLANEJAR. Com qual propósito organizamos o momento da conversa com as
crianças?
Professora Mercia
EMEI Danton Castilho
Convido você leitor a retomar questões importantes no artigo anterior em que tratamos sobre: O que o professor precisa saber para garantir situações que rendem boas conversas http://migre.me/1TjiT
Apresentamos a seguir uma roda
de conversa realizada com crianças de cinco anos. Agradecemos a
professora e as crianças por permitirem a filmagem e disponibilizarem o
material para que possa ser objeto de análise e reflexão.
Antes do vídeo:Contextualizando
A roda de conversa (em vídeo) é parte do projeto que tem como título: Belezas do Brasil.
Em
um dos momentos do projeto as crianças colocaram que o futebol é
motivo de orgulho para o povo brasileiro. Sabendo que as questões
culturais influenciam nas necessidades e vontades do que conversar não
foi surpresa que este assunto fosse apresentado pela turma, já que
estávamos na época da copa do mundo. A professora achou o
assunto pertinente ao projeto e aproveitou o interesse das crianças
ampliar novos conhecimentos.
Professora: Genilda Viana ( EMEI RUMI OIKAWA)
Objetivos:
• Saber o que as crianças compreenderam das informações apresentadas durante o projeto.
• Conhecer mais sobre o que elas pensam sobre o assunto.
• Avançar por aproximações sucessivas em novos conhecimentos a respeito de copa do mundo e futebol.
Oportunizar um momento de conversa sobre um assunto que é de interesse das crianças.
BOAS PERGUNTAS PARA REFLETIR SOBRE A PRÁTICA E PROCESSOS
Oportunizar um momento de conversa sobre um assunto que é de interesse das crianças.
BOAS PERGUNTAS PARA REFLETIR SOBRE A PRÁTICA E PROCESSOS
1.Quais os ganhos dessa atividade oferecida às crianças?
2.O que as crianças já sabem sobre esse assunto?
3.O que ainda podem aprender?
4.O que elas aprenderam?
5.Quais os encaminhamentos para as crianças que têm maior dificuldade?
6.Como provocar desafios cada vez mais pertinentes?
7.A atividade planejada está de acordo com os objetivos propostos pela professora?
8.Qual a importância do professor saber as possibilidades de boas conversas sobre o assunto?
9.Como foi a participação das crianças?
10. Como foi a participação e intervenção da professora?
11.O que a professora já sabe sobre está prática?
12.Em que ela ainda ( a professora) pode avançar sobre esta prática?
Délia Lerner afirma que não
existem práticas perfeitas, mas sabemos que utilizar os bons modelos da
própria unidade ou de outro local como instrumento de reflexão pode ser
um caminho interessante quando o grupo está disposto a pensar sobre a
prática a luz das teorias.
Ressalto
que experiência apresentada não tem a finalidade de se constituir como
modelo a ser seguido, mas, sim o objetivo de análise e estudo. Diante
dele, discute-se a natureza dos encaminhamentos presentes na situação
didática, estabelecem-se relações com prática possibilitando o
encorajamento para a iniciativa a partir dos bons “resultados” que foram
observados.
Para saber mais:
http://migre.me/1Tj8v Linguagem oral...
http://migre.me/1Tjf9 Roda de conversa:Para que serve?
http://migre.me/1TjpF Literatura e a criança
http://migre.me/1TnhQ Ler para ser, sonhar, aprender...e apenas ler.
Agradecimentos:
Ricardo Vasconcelos (ATEII da EMEI RUMI) pela edição do vídeo.
Vilma Francisca da Silva pela coordenação o projeto: Belezas do Brasil -2010.
Nilza Floripes Menezes Coordenadora da EMEI Danton Castilho por disponiblizar: o texto boas perguntas para refletir sobre a prática e processo e as professoras pelas fotos de atividades de roda de conversa.
http://migre.me/1Tj8v Linguagem oral...
http://migre.me/1Tjf9 Roda de conversa:Para que serve?
http://migre.me/1TjpF Literatura e a criança
http://migre.me/1TnhQ Ler para ser, sonhar, aprender...e apenas ler.
Agradecimentos:
Ricardo Vasconcelos (ATEII da EMEI RUMI) pela edição do vídeo.
Vilma Francisca da Silva pela coordenação o projeto: Belezas do Brasil -2010.
Nilza Floripes Menezes Coordenadora da EMEI Danton Castilho por disponiblizar: o texto boas perguntas para refletir sobre a prática e processo e as professoras pelas fotos de atividades de roda de conversa.
Obrigado pela visita, volte sempre.