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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Entre baterias e lâmpadas, a turma aprende conteúdos ligados à energia e à eletricidade que precisam ser trabalhados desde os anos iniciais

Capa da revista  NOVA ESCOLA Edição 236, Outubro 2010.

Energia e eletricidade nos anos iniciais

Entre baterias e lâmpadas, a turma aprende conteúdos ligados à energia e à eletricidade que precisam ser trabalhados desde os anos iniciais

Cinthia Rodrigues (novaescola@atleitor.com.br)

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Foto: Camila de Góes
LEGUME ENERGIZADO Na Escola Classe 15, a calculadora é ligada pela conexão entre fios, metais e uma beterraba
A disciplina de Ciências deve incluir noções de Física, conforme previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) há mais de uma década. Mesmo que não seja especialista na área, o professor precisa "promover o entendimento da geração e transmissão de energia". Mas isso não significa apresentar fórmulas complexas dos conteúdos da eletricidade para os alunos de 4º e 5º anos e restringir as aulas a experimentos. O importante é que os alunos se sintam atraídos pelo tema, criem hipóteses e estudem textos. Entrar em contato com esses assuntos, nessa fase, significa passar a olhar as coisas cotidianas de uma maneira investigativa e curiosa.
Para que a aprendizagem ocorra desde cedo, os alunos precisam explorar circuitos elétricos, ver na prática a energia estática e a eletrodinâmica, aprender que existem materiais condutores e isolantes e saber que a energia pode estar armazenada em uma pilha ou em uma estação elétrica (leia a sequência didática). Tudo isso para terem questionamentos como: por que uma lâmpada acende? Como funciona um interruptor? De que maneira as pilhas guardam energia? "O mais proveitoso é que os alunos possam usar suas experiências para pensar nas questões que os circundam, como a luz de casa", afirma José Claudio de Oliveira Reis, professor do curso de licenciatura em Física da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Ele destaca que, quanto mais dúvidas surgirem e questões forem formuladas, maior o sucesso na aprendizagem. Por isso, mesmo que as crianças não tenham informações exatas sobre a eletricidade, é provável que façam afirmações como "a luz vem dos fios da rua" para se referir à rede elétrica e à transmissão de energia, ou digam que "ela parte de um armário na cozinha", sobre as caixas de força. Essas frases dão ótimas dicas para as próximas intervenções do professor.

Para compreender a eletrostática - ou a energia elétrica estática -, um pente pode ser friccionado na cabeça das crianças. Como depois disso ele passa a atrair os fios de cabelo, elas vão se animar com um fenômeno como esse. Entra aí a fala do professor: mas por que isso ocorre? Mesmo que não saibam exatamente os conceitos, todos podem aprender, no contato com o estudo de textos e nas discussões, que é o resultado do desarranjo de elétrons eletrizados. A leitura é essencial para gerar dúvidas e esclarecer equívocos. Cabe ao professor saber escolher quais os materiais mais adequados para sua turma, procurando, por exemplo, aqueles que mostrem o pensamento dos cientistas ao longo dos anos e como os conceitos evoluíram. Assim, a criançada confronta o que viu com o modo pelo qual a ciência explica esses fenômenos.

Foto: Camila de Góes
LER E EXPERIMENTAR Textos sobre energia complementam as experiências práticas que a garotada realiza
Além da eletrostática, outro conhecimento importante da Física é a eletrodinâmica (ou energia constante). Os alunos precisam conhecer suas características, tanto a que se refere ao armazenamento de energia (como nas pilhas) quanto ao bloqueio (tirando um aparelho na tomada ou apertando um interruptor). E mais: para a energia ser ativada, é essencial uma organização de elementos, o chamado circuito elétrico. Para mostrar sobre o que se está falando, uma opção é usar uma pilha, alguns fios e uma lâmpada pequena. Dependendo de como os fios encostam na pilha e na lâmpada, a luz se acende. Se uma das peças sai do lugar, o circuito elétrico é desligado. Em seguida, vale estudar o assunto com a garotada nos livros.
Percorrer esse caminho - oferecer um desafio para o aluno resolver e depois pedir que ele leia a respeito - faz com que a experiência não seja apenas a comprovação do que o texto ensinou, mas mais um elemento de discussão. Quando os alunos tiverem uma base sobre o assunto, pode-se incluir produções científicas para a turma colher os dados de que necessita em uma linguagem técnica.
Continue lendo a reportagem

fonte  http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/energia-eletricidade-anos-iniciais-602323.shtmlnte

Publicado em NOVA ESCOLA Edição 236, Outubro 2010. Título original: Aula eletrizante

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