Ponerologia
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Ponerologia, o estudo do mal, do grego poneros (malícia, maldade),1 é a ciência da natureza do mal adaptada a propósitos políticos2 . O termo foi cunhado pelo psiquiatra polonês Andrzej M. Łobaczewski (Andrew M. Lobaczewski)3 , que estudou como os psicopatas influenciam no avanço da injustiça social e sobre como abrem caminho para o poder na política.4 5
Um sistema de governo forjado por uma minoria psicopata que assume o controle da vida de pessoas normais. Ocupam não só cargos políticos, mas posições de referência moral e intelectual – incluindo-se aí as salas de aula e cátedras universitárias, como os "pedagogos da sociedade": pessoas fascinadas por suas idéias grandiosas, frequentemente limitadas e com alguma mácula derivada de processos de pensamento patológico, que se esforçam para impor suas teses e métodos, empobrecendo a cultura e deformando o caráter das pessoas (p. 55).
Lobaczewski viveu na Polônia subjugada pelo comunismo. O seu trabalho - que contou com a colaboração de outros pesquisadores do leste europeu - é o resultado desta experiência. Da observação direta, das transformações geradas pelo totalitarismo soviético na vida e na mente dos seus compatriotas, e da análise dos ícones e líderes daquele projeto de poder totalitário. É assim que Karl Marx aparece como um exemplo de psicopatia esquizóide; Lênin, uma amostra de caracteropatia paranóica e Stálin de caracteriopatia frontal. Nestes termos, o trabalho de Lobaczewski é fundamental, porque fornece uma chave para a compreensão da realidade brasileira e da América Latina - dominada pelos herdeiros e cultuadores dos psicopatas e das anomalias descritas pelo psiquiatra polonês. A influência deles sobre o conjunto da sociedade está à mostra: degradação cultural e intelectual; corrupção dos valores morais; desorientação e histeria generalizada; consumo desenfreado de drogas; taxa de homicídios exorbitante; caos social e o império da criminalidade. Isto é o suficiente para reconhecer a importância do trabalho de Lobaczewski. Não para se produzir uma atmosfera tenebrosa e fomentar o desespero. É um passo inicial no esforço para amenizar este estado de coisas, pois a compreensão - semelhante ao processo da psicoterapia - é o princípio da cura da personalidade humana. E para recuperar um senso comum saudável - na esperança de destituir uma patocracia - a busca da verdade é o melhor remédio.
As pessoas que perderam a capacidade de raciocínio lógico (e, portanto, a capacidade de distinguir a verdade da mentira) são portanto mais inclinadas a aceitar a paralógica e a paramoral dos psicopatas e caracteropatas.
A busca da verdade revela fatos "inconvenientes", ou seja, moralmente constrangedores. Por exemplo, os senhores de escravos cristãos sendo lembrados de que manter escravos não é uma atividade muito cristã; ou americanos que normalmente não seriam preconceituosos sendo informados de que os dólares de seus impostos estão sendo gastos para finalidades racistas, ou seja, para a limpeza étnica dos palestinos nas terras cobiçadas pelos sionistas. As sociedades hedonistas reprimem o fato de que se beneficiam do sofrimento alheio.6
Segundo o jornalista brasileiro Olavo de Carvalho, o psicopata é uma pessoa de inteligência normal ou superior, às vezes dotada de uma capacidade incomum para agir no ambiente social, mas lhe falta os sentimentos morais, especialmente a compaixão e a culpa, que ele conhece-os perfeitamente, mas os vivencia de maneira puramente intelectual, como informações a ser usadas, sem participação pessoal e íntima. Quanto maior a sua frieza moral, maior a sua habilidade de manipular as emoções dos outros, usando-as para os seus próprios fins, que, nessas condições, só podem ser malignos, criminosos ou políticos.7
Andrew Lobaczewski, em seu prefácio no livro Political Ponerology (A Science on the Nature of Evil Adjusted for Political Purposes), faz três revelações dramáticas sobre as circunstâncias por trás da composição deste livro antes de chegar ao conhecimento público. Diz ele que este é, na verdade, o terceiro manuscrito que ele criou sobre o mesmo assunto. O primeiro, ele teve que jogá-lo na fornalha de seu aquecedor central, após ter sido avisado em cima da hora sobre uma busca oficial que seria conduzida apenas alguns minutos depois. O segundo rascunho ele enviou a um dignitário da Igreja no Vaticano através de um turista norte-americano, e nunca conseguiu obter qualquer tipo de informação sobre o destino da encomenda depois que saiu de suas mãos. Lobaczewski complementa que os dois primeiros rascunhos foram escritos numa linguagem muito diferente e destinada para o benefício dos especialistas com a bagagem necessária, particularmente no campo da psicopatologia. O desaparecimento da segunda versão também significou a perda da maioria dos dados e fatos estatísticos que teriam sido muito valiosos e conclusivos para especialistas da área. Diversas análises de casos individuais também foram perdidas. Lobaczewski diz que nutre a esperança de que este trabalho possa alcançar uma audiência mais ampla e disponibilizar alguns dados científicos úteis, que possam servir como uma base para a compreensão do mundo e história contemporâneos.8
Referências
- ↑ http://www.dosenhor.com/?strong=g4190
- ↑ Les Editions Pilule Rouge. La ponerología política
- ↑ SOTT.net/Signs of the Times. Ponerology 101: Lobaczewski and the origins of Political Ponerology
- ↑ Patocracia
- ↑ SOTT.net/Signs of the Times. Patocracia - Tiranía en manos de psicópatas
- ↑ http://www.ponerology.com/evil_2a.html Tradução: Caio Rossi. Pérolas da Nova Direita. 3 de setembro de 2014. Visitado em 7 de dezembro de 2014.
- ↑ O mal na política. Diário do Comércio, 30 de março de 2014. Visitado em 7 de dezembro de 2014.
- ↑ Anatoli Oliynik. Anatolli Povist Liet. 1º de maio de 2014. Visitado em 7 de dezembro de 2014.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponerologia
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