quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Motricidade.


Motricidade – Parte UM

Marco Antônio Miranda dos Santos

Tônus muscular

O tônus é o estado de tensão mínima do músculo no momento em que ele se encontra em repouso. O tônus é um estado reflexo. Neurônios motores gama emitem estímulos que promovem a contração das extremidades dos fusos neuromusculares e, assim, impulsos proprioceptivos alcançam os motoneurônios, desta vez os do tipo alfa, que emitem impulsos de contração para a musculatura. O exame do tônus muscular é subjetivo. Ele oferece alguma resistência à movimentação passiva da articulação. A palpação também oferece parâmetros de avaliação. Deve-se ter o cuidado de avaliar o grau de tensão psicológica do paciente, já que pode haver uma interpretação errônea da tensão muscular.

Trofismo muscular

O trofismo muscular deve ser analisado através da inspeção, palpação e também através de medidas. Deve-se examinar face, ombros, cintura pélvica, assim como os membros inferiores e superiores, e também as extremidades, em especial as eminências tenar e hipotenar. Grupos musculares devem ser examinados tanto em comparação com seus correlatos contralaterais como com o restante da musculatura ipsilateral. No caso de lesões unilaterais ou circunscritas este procedimento fornece parâmetros de comparação adequados. Quaisquer alterações no contorno e no volume devem ser percebidas e analisadas mais cuidadosamente. Assimetrias devem também ser investigadas criteriosamente. A palpação deve também ser bilateral, e alterações no contorno, volume e consistência devem ser buscadas. Medições podem ser feitas como um critério mais objetivo de análise, mas deve-se ter o cuidado de realizar as medidas tendo sempre os mesmos pontos de referência. Deve-se medir tanto a circunferência como o comprimento dos membros.

Atrofia: consistem na perda de volume muscular, que ocorrem em desordens que afetam o corno anterior da medula espinhal, o nervo responsável por sua inervação ou mesmo o próprio músculo. Sem o estímulo trófico adequado, o músculo começa a se degenerar, e a ser substituído por tecido fibroso e adiposo.

Hipertrofia: trata-se de aumento de volume muscular, que ocorre por aumento da produção de filamentos de actina e miosina das fibras musculares.

Reflexos

Reflexos podem ser entendidos como atividades musculares provocadas por estimulações sensitivas específicas. Estas podem ser tanto exteroceptivas como proprioceptivas.

Reflexos musculares: os músculos apresentam, em meio a suas fibras, fusos neuromusculares que, quando estendidos, emitem estímulos à medula e, através de conexões com interneurônios, ativam os motoneurônios do corno anterior, o que determina a contração muscular. Nos membros superiores são rotineiramente testados os reflexos biceptal, triceptal e braquiorradial. Nos membros inferiores, os reflexos patelar e calcâneo.

O reflexo testado deve receber uma nota, que reflete sua intensidade e pode variar de zero a cinco:

0- Abolição, nenhum reflexo é obtido.

1- Reflexo hipoativo.

2- Reflexo normal.

3- Hipertonia, reflexo mais forte que o normal.

4- Clono temporário.

5- Clono permanente.

Clono é um estado de oscilação do reflexo muscular, no qual são observadas contrações repetidas. Ele deve ser pesquisado estirando-se o músculo subitamente e mantendo-se a distensão. No quadríceps deve-se tracionar a patela para baixo, enquanto que no tríceps sural deve-se flexionar-se dorsalmente o pé.

Reflexo biceptal: o músculo é inervado por fibras da raiz ventral de C5 que chegam ao músculo pelo nervo musculocutâneo. Sua ação é de flexão do antebraço sobre o braço. Para o exame de seu reflexo o médico deve segurar o cotovelo do paciente e, com o polegar, palpar o tendão do músculo. Com a outra mão, deve percutir o martelo sobre o seu próprio polegar. A força será transmitida para o tendão e conseqüentemente irá estirar o músculo, deflagrando o reflexo de contração.

Reflexo triceptal: o músculo tríceps do braço localiza-se na porção posterior do braço, sendo inervado pelo nervo radial, que carreia consigo fibras provenientes da raiz ventral C7. Sua função e de extensão do antebraço. Para o exame de seu reflexo o médico deve posicionar o braço em abdução e rotação interna, mantendo o cotovelo voltado para cima e o antebraço pendente, sendo possível a avaliação da ação triceptal pela oscilação do antebraço. A percussão deve ser realizada em região superior ao olecrano, na aponeurose de inserção do músculo.

Reflexo braquiorradial: o músculo braquiorradial, inervado pelo nervo radial (raiz motora C6), deve ser examinado através da percussão sobre o processo estilóide, com o antebraço fletido e o punho sobre a mão do examinador. O reflexo consiste em flexão e tênue supinação do antebraço.

Reflexo patelar: o quadríceps da coxa é um poderoso músculo localizado anteriormente e que tem como função a extensão da perna. É inervado por fibras provenientes da raiz ventral de L4, que trafegam pelo nervo femoral. O médico deve posicionar o paciente assentado em local alto o suficiente para que suas pernas fiquem pendentes. A percussão deve ser realizada no tendão patelar logo abaixo da patela.

Reflexo calcâneo: o tendão calcâneo origina-se da musculatura do tríceps sural, presente na porção posterior da perna. O tríceps é composto de dois músculos, o gastrocnêmio e o sóleo, e sua função é a de flexão plantar do pé. Sua inervação é realizada pelo nervo tibial, que traz consigo fibras provenientes da primeira raiz ventral sacral. O médico deve segrurar a planta do pé do paciente e, ao percutir o tendão com o martelo, sentir a força de contração do músculo empurrando sua mão para baixo.

Reflexos cutâneos: determinados estímulos cutâneos provocam uma resposta motora involuntária que pode ser avaliada no exame neurológico. Ao contrário dos reflexos musculares, possuem participação cortical, sendo, portanto, arcos reflexos compostos. As vias piramidais funcionam como facilitadoras destes reflexos. A abolição de um destes reflexos indicam lesão localizada de alguma via relacionada, enquanto a abolição de mais de um reflexo sugerem lesão piramidal.

Reflexo abdominal: deve ser testado estimulando-se a pele da região abdominal com algum objeto, como uma chave ou a tampa de uma caneta. A estimulação deve ser realizada em três níveis diferentes: região epigástrica (correspondente aos dermátomos T6, T7 e T8), umbilical (T9 e T10) e hipogástrico (T11 e T12). A estimulação deve ser rápida e bilateral. O reflexo manifesta-se como contração ipsilateral dos músculos oblíquos e do reto lateral no nível da área estimulada.

Reflexo cutâneo plantar: com algum objeto pontiagudo, deve-se estimular a porção lateral da planta do pé no sentido póstero-anterior, sendo observado, na normalidade, a flexão plantar podálica. Denomina-se sinal de Babinski a resposta em flexão dorsal lenta do hálux, podendo haver a abertura em leque dos outros dedos do pé e a retirada do pé por flexão do joelho e do quadril. O sinal de Babinski, quando presente, remete a lesões piramidais. Este reflexo relaciona-se com a raiz motora S1, e com os nervos ciático e tibial.

Reflexo cremastérico: com o paciente em decúbiro dorsal, estimula-se a porção medial da coxa. A resposta motora ao estímulo será a elevação testicular homolateral, devido a contração reflexa do músculo cremáster. Nas mulheres, pode ser observada leve retração do grande lábio do lado sendo estimulado. O reflexo está relacionado com as raízes motoras S1 e S2.

Reflexo anal: a estimulação perineal provoca contração do músculo esfíncter externo do ânus. Raízes motoras S3, S4 e S5.

Força muscular

A força muscular depende tanto de uma musculatura íntegra quanto de um sistema nervoso preservado e funcionante. O exame deve ser feito mediante conhecimento das funções de cada agrupamento muscular e de sua inervação. Cada musculatura deve ser testada em duas etapas: primeiro pede-se que o paciente realize o movimento correspondente à musculatura a ser examinada. Depois, o paciente deve realizar o mesmo movimento, mas, desta vez, o médico deve impor resistência. A força muscular pode ser avaliada com uma nota de zero a cinco, conforme citado abaixo:

0- Nenhuma contração ocorre.

1- Esboço ou contração palpável, mas sem movimento articular.

2- Movimentação da articulação com a gravidade eliminada.

3- Movimentação da articulação contra a gravidade.

4- Ocorre movimentação contra gravidade e ainda contra um certo grau de resistência imposta.

5- Ocorre movimentação contra a gravidade e ainda contra quantidade máxima de resistência, sendo o exercício repetido diversas vezes sem sinais de fadiga.

O médico deve se lembrar dos movimentos de cada parte do corpo que devem ser examinados:

Braço: movimentos de abdução, adução, flexão, extensão, rotação interna, rotação externa e elevação do braço acima do ângulo de 90° com o corpo.

Antebraço: movimentos de flexão, extensão, supinação e pronação.

Punho: flexão, extensão

Polegar: flexão, extensão, adução, abdução, oposição.

Outros dedos da mão: flexão e extensão das articulações metacarpofalângicas, interfalângicas proximal e distal.

Coxa: flexão, extensão, adução, abdução, rotação externa e rotação interna.

Perna: flexão, extensão

Pés: dorsoflexão, flexão plantar, inversão, eversão

Bibliografia

1- GUSMÃO, S. S. ; CAMPOS, G. B. Exame neurológico – bases anátomo-funcionais. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1992.

2- MACHADO, A. B. M. Neuroanatomia funcional. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2000.

3- CABRAL, G.; LARA, A.M.D.; FONSECA FILHO, G.A., GUSMÃO, S.N.S. Função motora: coordenação e equilíbrio. In: LÓPEZ, M.; LAURENTYS-MEDEIROS, J. Semiologia médica – as bases do diagnóstico clínico. 4.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. 2v. v. 2, cap 63.

4- HAERER, A.F. De Jong’s The neurologic examination.

5- GARDNER, E.; GRAY, D.J., RAHILLY, R. Anatomia – estudo regional do corpo humano. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

6- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.


fonte: http://litel.medicina.ufmg.br/anciao/

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TRIBUTO (tri.bu.to). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:
TRIBUTO (tri.bu.to)

Dados do Governo revelaram que a proposta de orçamento para o próximo ano prevê uma arrecadação maior com tributos.

A palavra “tributo” origina-se das palavras latinas ‘tributum’ e ‘tributus, i’, e é usada tanto para designar um imposto – taxa exigida pelo poder público – quanto para designar uma homenagem, uma consagração, um louvor, como na frase “Os alunos prestaram um tributo ao professores durante a formatura”.

>> Definição do Dicionário “Aulete Digital”:

TRIBUTO (tri.bu.to)

Substantivo masculino.
1 Imposto devido ao poder público; CONTRIBUIÇÃO; ENCARGO; TAXA.
2 Homenagem, louvor, consagração: Prestou tributo ao mestre.
3 Fig. Aquilo que se sofre ou concede por obrigação, dever, necessidade etc.; COMPENSAÇÃO; PREÇO: Todos pagam seu tributo à mocidade.
4 Ant. Imposto que um Estado ou província subjugada é obrigada a pagar ao dominador
[Formção: Do lat. tributum e tributus,i Hom./Par.: tributo (fl de tributar)]


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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O Projeto da Pesquisa.


METODOLOGIA DA PESQUISA
O Projeto da Pesquisa
José Luiz de Paiva Bello


1 - Escolha do Tema

Existem dois fatores principais que interferem na escolha de um tema para o trabalho de pesquisa. Abaixo estão relacionadas algumas questões que devem ser levadas em consideração nesta escolha:


1.1 - Fatores internos

- Afetividade em relação a um tema ou alto grau de interesse pessoal.
Para se trabalhar uma pesquisa é preciso ter um mínimo de prazer nesta atividade. A escolha do tema está vinculada, portanto, ao gosto pelo assunto a ser trabalhado. Trabalhar um assunto que não seja do seu agrado tornará a pesquisa num exercício de tortura e sofrimento.

- Tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa.
Na escolha do tema temos que levar em consideração a quantidade de atividades que teremos que cumprir para executar o trabalho e medi-la com o tempo dos trabalhos que temos que cumprir no nosso cotidiano, não relacionado à pesquisa.

- O limite das capacidades do pesquisador em relação ao tema pretendido.
É preciso que o pesquisador tenha consciência de sua limitação de conhecimentos para não entrar num assunto fora de sua área. Se minha área é a de ciências humanas, devo me ater aos temas relacionados a esta área.


1.2 - Fatores Externos

- A significação do tema escolhido, sua novidade, sua oportunidade e seus valores acadêmicos e sociais.
Na escolha do tema devemos tomar cuidado para não executarmos um trabalho que não interessará a ninguém. Se o trabalho merece ser feito que ele tenha uma importância qualquer para pessoas, grupos de pessoas ou para a sociedade em geral.

- O limite de tempo disponível para a conclusão do trabalho.
Quando a instituição determina um prazo para a entrega do relatório final da pesquisa, não podemos nos enveredar por assuntos que não nos permitirão cumprir este prazo. O tema escolhido deve estar delimitado dentro do tempo possível para a conclusão do trabalho.

- Material de consulta e dados necessários ao pesquisador
Um outro problema na escolha do tema é a disponibilidade de material para consulta. Muitas vezes o tema escolhido é pouco trabalhado por outros autores e não existem fontes secundárias para consulta. A falta dessas fontes obriga ao pesquisador buscar fontes primárias que necessita de um tempo maior para a realização do trabalho. Este problema não impede a realização da pesquisa, mas deve ser levado em consideração para que o tempo institucional não seja ultrapassado.


2 - Levantamento ou Revisão de Literatura

O Levantamento de Literatura é a localização e obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.
Este levantamento é realizado junto às bibliotecas ou serviços de informações existentes.


2.1 - Sugestões para o Levantamento de Literatura

2.1.1 – Locais de coletas

Determine com antecedência que bibliotecas, agências governamentais ou particulares, instituições, indivíduos ou acervos deverão ser procurados.


2.1.2 – Registro de documentos

Esteja preparado para copiar os documentos, seja através de xerox, fotografias ou outro meio qualquer.Nâo esqueça da Internet como fonte valiosa para pesquisa de bibliografia


2.1.3 – Organização

Separe os documentos recolhidos de acordo com os critérios de sua pesquisa.

O levantamento de literatura pode ser determinado em dois níveis:
a - Nível geral do tema a ser tratado.
Relação de todas as obras ou documentos sobre o assunto.

b - Nível específico a ser tratado.
Relação somente das obras ou documentos que contenham dados referentes à especificidade do tema a ser tratado.


3 - Problema

O problema é a mola propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada através do trabalho de pesquisa. O Problema é criado pelo próprio autor e relacionado ao tema escolhido. O autor, no caso, criará um questionamento para definir a abrangência de sua pesquisa. Não há regras para se criar um Problema, mas alguns autores sugerem que ele seja expresso em forma de pergunta. Particularmente, prefiro que o Problema seja descrito como uma afirmação.

Exemplo:
Tema: A educação da mulher: a perpetuação da injustiça.
Problema: A mulher é tratada com submissão pela sociedade.


4 - Hipótese

Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, Hipótese é uma afirmação categórica (uma suposição), que tente responder ao Problema levantado no tema escolhido para pesquisa. É uma pré-solução para o Problema levantado. O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a Hipótese (ou suposição) levantada.


Exemplo: (em relação ao Problema definido acima)
Hipótese: A sociedade patriarcal, representada pela força masculina, exclui as mulheres dos processos decisórios.


5 - Justificativa

A Justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, é o convencimento de que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo pesquisador e a Hipótese levantada são de suma importância, para a sociedade ou para alguns indivíduos, de ser comprovada.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da Justificativa, de não se tentar justificar a Hipótese levantada, ou seja, tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de pesquisa. A Justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.


6 - Objetivos

A definição dos Objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim.
Alguns autores separam os Objetivos em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos, mas não há regra a ser cumprida quanto a isto e outros autores consideram desnecessário dividir os Objetivos em categorias.
Um macete para se definir os Objetivos é colocá-los começando com o verbo no infinitivo: esclarecer tal coisa; definir tal assunto; procurar aquilo; permitir aquilo outro, demonstrar alguma coisa etc..


7 - Metodologia

A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa.

8 - Cronograma

O Cronograma é a previsão de tempo que será gasto na realização do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. As atividades e os períodos serão definidos a partir das características de cada pesquisa e dos critérios determinados pelo autor do trabalho.
Os períodos podem estar divididos em dias, semanas, quinzenas, meses, bimestres, trimestres etc.. Estes serão determinados a partir dos critérios de tempo adotados por cada pesquisador.

Exemplo:

ATIVIDADES / PERÍODOS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
1
Levantamento de literatura
X









2
Montagem do Projeto

X








3
Coleta de dados


X
X
X





4
Tratamento dos dados



X
X
X
X



5
Elaboração do Relatório Final





X
X
X


6
Revisão do texto








X

7
Entrega do trabalho









X

9 - Recursos

Normalmente as monografias, as dissertações e as teses acadêmicas não necessitam que sejam expressos os recursos financeiros. Os recursos só serão incluídos quando o Projeto for apresentado para uma instituição financiadora de Projetos de Pesquisa.
Os recursos financeiros podem estar divididos em Material Permanente, Material de Consumo e Pessoal, sendo que esta divisão vai ser definida a partir dos critérios de organização de cada um ou das exigências da instituição onde está sendo apresentado o Projeto.

9.1 - Material permanente

São aqueles materiais que têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens duráveis que não são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: geladeiras, ar refrigerado, computadores, impressoras etc.

Exemplo:
ITEM
CUSTO (R$)
Computador
1.700,00
Impressora
500,00
Scanner
400,00
Mesa para o computador
300,00
Cadeira para a mesa
200,00
TOTAL:
3.100,00

9.2 - Material de Consumo

São aqueles materiais que não têm uma durabilidade prolongada. Normalmente é definido como bens que são consumidos durante a realização da pesquisa.
Podem ser: papel, tinta para impressora, gasolina, material de limpeza, caneta etc.

Exemplo:
ITEM
CUSTO (R$)
10 caixas de disquete para computador
100,00
10 resmas de papel tipo A4
200,00
10 cartuchos de tinta para impressora
650,00
TOTAL:
950,00

9.3 - Pessoal

É a relação de pagamento com pessoal, incluindo despesas com impostos.

Exemplo:

ITEM
CUSTO MENSAL (R$)
CUSTO TOTAL (R$)
(10 meses)
1 estagiário pesquisador
500,00
5.000,00
1 datilógrafo
200,00
2.000,00
1 revisor

2.000,00
Impostos incidentes (hipotético)

4.000,00
TOTAL:
700,00
13.000,00

10 - Anexos

Este item também só é incluído caso haja necessidade de juntar ao Projeto algum documento que venha dar algum tipo de esclarecimento ao texto. A inclusão, ou não, fica a critério do autor da pesquisa.

11 - Referências

As referências dos documentos consultados para a elaboração do Projeto é um item obrigatório. Nela normalmente constam os documentos e qualquer fonte de informação consultados no Levantamento de Literatura.
Para elaboração das Referências, voce deve obedecer as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.


12 - Glossário

São as palavras de uso restrito ao trabalho de pesquisa ou pouco conhecidas pelo virtual leitor, acompanhadas de definição.
Também não é um item obrigatório. Sua inclusão fica a critério do autor da pesquisa, caso haja necessidade de explicar termos que possam gerar equívocos de interpretação por parte do leitor.

13 - Esquema do Trabalho

Concluído o Projeto, o pesquisador elaborará um Esquema do Trabalho que é uma espécie de esboço daquilo que ele pretende inserir no seu Relatório Final da pesquisa. O Esquema do Trabalho guia o pesquisador na elaboração do texto final. Por se tratar de um esboço este Esquema pode ser totalmente alterado durante o desenvolvimento do trabalho. Quando conseguimos dividir o tema genérico em pequenas partes, ou itens, poderemos redigir sobre cada uma das partes, facilitando significativamente o desenvolvimento do texto.
Depois de concluída a pesquisa, este Esquema irá se tornar o Sumário do trabalho final.

14 - Resumindo...

Um Projeto de pesquisa, então deveria ter as seguintes características:
1 - Introdução (obrigatório)
2 - Levantamento de Literatura (obrigatório)
3 - Problema (obrigatório)
4 - Hipótese (obrigatório)
5 - Objetivos (obrigatório)
6 - Justificativa (obrigatório)
7 - Metodologia (obrigatório)
8 - Cronograma (se achar necessário)
9 - Recursos (se achar necessário)
10 - Anexos (se achar necessário)
11 - Referências (obrigatório)
12 - Glossário (se achar necessário)

RELATORIO DA PESQUISA
O documento final da pesquisa é o seu Relatorio
que pode ter um padrão fixado pela Universidade
ou Faculdade à qual voce esteja vinculado
Geralmente a estrutura desse Projeto de Pesquisa
contém os seguintes elementos
- Capa ou Falsa Folha de Rosto (obrigatório);
- Folha de Rosto (obrigatório);
- Sumário (obrigatório);
- Texto do projeto (baseado nas características enunciadas acima)
(obrigatório);
- Referências (obrigatório);
- Capa (se quiser).

Fonte: http://spu.autoupdate.com/ler.php?modulo=21&texto=1678

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