quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O psicólogo suíço Bernard Schneuwly diz que os professores precisam de material didático para trabalhar com leitura e escrita


Entrevista com Bernard Schneuwly

O psicólogo suíço Bernard Schneuwly diz que os professores precisam de material didático para trabalhar com leitura e escrita

Denise Pellegrini (dpellegrini@abril.com.br)
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Bernard Schneuwly. Foto: Rogério Albuquerque
Bernard Schneuwly. Foto: Rogério Albuquerque
Você pode não conhecê-lo pelo nome, mas o trabalho do suíço Bernard Schneuwly, professor da Universidade de Genebra, já deixou de ser novidade há algum tempo, principalmente para quem leciona Língua Portuguesa. Suas idéias sobre gêneros e tipos de discurso e linguagem oral estão nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Desde a década de 1980, o psicólogo de 49 anos, doutor em Ciências da Educação, pesquisa como a criança aprende a escrever. Os estudos resultaram na criação de seqüências didáticas para ensino de expressão escrita e oralidade. Os conceitos presentes nesse material didático se difundem aos poucos no Brasil. Schneuwly vem colaborando com a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em trabalhos na área e pesquisadores da instituição estão publicando uma coleção com seqüências didáticas inspiradas no modelo suíço. A seguir, os principais trechos da entrevista que ele concedeu a NOVA ESCOLA.
O que seus estudos propõem de novo no ensino da língua?
Bernard Schneuwly
 Colocamos a questão da comunicação no centro do ensino da língua materna. Esta é a mudança mais significativa: dar às crianças mais possibilidades de ler, de escrever textos, de aprender gramática e ortografia em função da comunicação.
As aulas de gramática devem ser dadas em função dos textos? 
Schneuwly
 É essencial ensinar as crianças a ler e a produzir textos. Quando começam a estudar elas têm de realizar essas tarefas e, de maneira geral, não se dá importância suficiente à questão. Isso não significa deixar de dar também um pouco de gramática à parte. É possível fazer isso analisando sentenças complexas extraídas dos próprios textos. Há ainda uma outra maneira, mais forte na Suíça: pedir que os estudantes escrevam sentenças que depois são usadas para análise e aprendizado.
Quanto tempo da aula deve-se dedicar à gramática?
Schneuwly
 Em meu país, e eu sei que aqui acontece o mesmo, cerca de 70% ou 80% do ensino da língua corresponde a gramática e ortografia e apenas 20% ou 30% a leitura e escrita. Temos trabalhado para chegar a um equilíbrio. Além disso, acho que há gramática demais nas séries iniciais e de menos nas finais. Na Suíça, depois do ensino elementar, os estudantes aprendem apenas literatura. Mas há problemas gramaticais complexos que poderiam ser estudados por jovens de 16, 17, 18 anos.

Por que há um peso maior em ortografia e gramática?
Schneuwly
 Porque é mais fácil dar aulas sobre esses dois temas. Existem livros didáticos e dicionários disponíveis. No entanto, muitos educadores não sabem o que fazer no momento de trabalhar leitura e escrita. Eles precisam de material para isso.

É o trabalho que o senhor vem desenvolvendo na Suíça? Schneuwly Sim. Em 1990 houve uma demanda oficial do governo para que o grupo de pesquisa do qual faço parte criasse um material que ajudasse a ensinar expressão escrita e oralidade. Ao mesmo tempo os docentes diziam, em congressos, que precisavam lecionar comunicação mas não tinham métodos. O fato de os professores terem pedido mudanças foi muito importante. Era sinal de que eles estavam prontos para adaptar-se. Mais do que se tivesse havido uma imposição.

Como é o material? Schneuwly São quatro volumes. Um destinado para 1ª e 2ª séries, um para 3ª e 4ª, outro para 5ª e 6ª e o último para 7ª , 8ª e 9ª. Em todos eles há uma apostila que deve ser usada pelo aluno e outra pelo professor, escrita para que ele possa usá-la sem dificuldade, com apenas um dia de treinamento. São cerca de 40 seqüências didáticas para diferentes tipos de texto: científico, ficção científica, histórias de aventuras, crítica literária, entre outros.

A oralidade também é trabalhada?
Schneuwly
 Sim. As crianças a desenvolvem ao fazer uma entrevista, participar de um debate ou expor um tema para uma platéia, por exemplo.

Recursos como esses conseguem mudar o trabalho do docente? Ou ele precisa de mais formação?
Schneuwly
 Esse é um problema importante e sua solução deve levar um longo tempo. Há dois pontos envolvidos. Um é a formação inicial. A nova geração tem uma educação melhor e consegue trabalhar da maneira que propomos com mais facilidade. Por outro lado, há a necessidade de formar aqueles que já estão na ativa, que são numerosos. Com o material em mãos, a capacitação pode se dar na teoria e na prática.

Como as seqüências são usadas?
Schneuwly
 A criança entra em contato com vários gêneros de texto que serão vistos novamente no futuro. Na primeira vez que estuda entrevista, por exemplo, ela está no 4º ano. Nessa fase, conhece técnicas simples e vai entrevistar um funcionário do colégio. Ela prepara o questionário mas aprende que, se formular as questões espontaneamente, conseguirá melhor resultado. Uma folha pode ser levada com a relação de perguntas de um lado e, no verso, palavras-chave. A consulta será feita só se houver problemas. Outra dica é perguntar algo sobre o que o entrevistado acabou de falar, e não apenas emendar uma questão da lista na outra.

Quando esse mesmo tema será visto novamente?
Schneuwly
 No 8º ano, só que com técnicas mais elaboradas. Nessa fase, os alunos estão estudando os diferentes modos de falar. Por isso, têm que entrevistar estrangeiros que aprendem francês em Genebra, ou especialistas em oralidade, como um padre ou um advogado. Eles vão ouvir, ler, analisar, observar, comparar, fazer, escrever. Vão aprender também como redigir a abertura do artigo, apresentando o entrevistado. Nosso método leva à análise e à produção de um gênero.

O programa se desenvolve em forma de espiral?
Schneuwly
 Exatamente. O estudante vê determinado gênero uma vez, depois uma segunda e, às vezes, até uma terceira. Debates, por exemplo, são estudados na 3ª, na 6ª e na 9ª séries. A primeira coisa que ele aprende é a ouvir o que está sendo dito. Isso porque é importante usar o que o interlocutor disse, integrando as palavras dele ao seu próprio discurso. Outra coisa: se uma pessoa fala algo que deve ser contestado, isso deve ser feito de maneira não agressiva. São muitas as técnicas.

Aprendemos, de maneira natural, os gêneros orais primeiro. Nas aulas eles devem ser ensinados antes dos escritos?
Schneuwly
 Eles podem ser vistos ao mesmo tempo. A escola não ensina a falar. E os brasileiros, particularmente, se expressam muito bem. As crianças daqui são fantásticas! O que precisamos é prepará-las para situações formais, como um debate, uma exposição para um grupo. Para nós, pode começar ao mesmo tempo, porque a escrita ajuda a oralidade e vice-versa.

A psicolingüista argentina Emilia Ferreiro defende há mais de 20 anos a utilização de textos variados, principalmente em substituição à cartilha. Há relações entre as idéias defendidas por ela e as suas? Schneuwly Acho que dizemos a mesma coisa com outro nome. Talvez uma diferença esteja no fato de que nós, quando trabalhamos com um gênero, nos aprofundamos bastante nele. Isso leva uma semana, duas, até quatro. Uma outra possível diferença é que Emilia Ferreiro trabalha apenas com os pequenos e nós, até com os adolescentes. Mas as idéias provavelmente não são contraditórias. O importante é que os gêneros representam textos como são vistos nas situações diárias.

Existe um tipo de texto que só é visto na sala de aula?
Schneuwly
 Quando você aprende um gênero durante as aulas ele sai da situação social e se transforma num gênero escolar. Uma entrevista feita nessa situação não é a mesma coisa que uma realizada por um profissional. Para nós não há problema nisso, porque acreditamos que a escola é uma instituição social onde as pessoas aprendem. Então, é absolutamente necessário que faça adaptações. Emilia Ferreiro critica as cartilhas por serem textos que não existem fora da classe. Não concordo com ela nesse ponto.

Por quê? Isso não é verdade?
Schneuwly
 A idéia de Ferreiro é velha porque parece ruim haver diferença entre a vida real e a escola. É claro que não deve haver uma grande diferença. Mas alguma, sim. Na escola há uma situação social real para a aprendizagem. Lá pode-se correr riscos e cometer erros. Um jornal serve para informar as pessoas. Se você o leva para a sala de aula, ele não está lá mais para esse fim, mas para ser aprendido. Queiramos ou não, não é mais o mesmo contexto social.

Quando um professor leva diversos materiais para a sala de aula, está trabalhando com diferentes gêneros de texto?

Schneuwly
 Não. Gênero é a forma mais ou menos convencional que um texto assume: uma entrevista, uma receita culinária, uma história de aventura. Quando você lê um jornal, por exemplo, há muitos gêneros dentro dele e a criança tem que aprender isso.

Gêneros são conteúdos ou ferramentas de trabalho?
Schneuwly
 São os dois. É muito fácil explicar isso quando se pega uma receita culinária. Ela é um gênero, tem uma certa forma lingüística, uma estrutura, um vocabulário, mas ao mesmo tempo é, claro, uma ferramenta usada numa situação de comunicação. Transmite a uma pessoa como se prepara uma omelete, por exemplo. Sem essas formas estabelecidas, a comunicação seria muito complicada. Se você não soubesse como é uma entrevista, como seria nossa comunicação nesse momento?

Os estudantes expostos a essa metodologia aprendem mais do que a ler e escrever de maneira adequada?
Schneuwly
 Com certeza. Por exemplo, quando os ensinamos a escrever uma carta para um jornal sabemos que, provavelmente, eles não terão necessidade de produzir muitos textos desse tipo. Mas, nesse processo, aprenderão também a argumentar. Eles adquirem capacidades, principalmente capacidades gerais de comunicação.
Quer saber mais?
Os Gêneros Escolares: das Práticas de Linguagem aos Objetos de Ensino, Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz, Revista Brasileira de Educação, nº 11, maio a agosto de 1999, Anped, tel.             (21) 2234-5700      

Coleção Trabalhando com os Gêneros do Discurso
 (Conto de Fada, 64 págs., Narrativa de Enigma, 116 págs., Fábula, 88 págs., Notícia, 96 págs.), Jacqueline Peixoto Barbosa (coord.), Ed. FTD, tel. 0800 15-8555. 13,50 cada um 
Publicado em NOVA ESCOLA Edição 207NOVEMBRO 2007. Título original: O ensino da comunicação


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Delia Lerner aborda a reflexão sobre a linguagem na sala de aula



Enviado por  em 04/09/2009
http://www.ne.org.br
A pesquisadora argentina, Delia Lerner, fala sobre a importâcia da leitura na aprendizagem da escrita e da escrita na aprendizagem da leitura, durante sua palestra na Semana de Educação Victor Civita 2007.



A pesquisadora argentina, Delia Lerner, trata das especificidades do ensino da escrita em contexto de estudo nas diversas disciplinas escolares. No campo da pesquisa, Delia comenta o trabalho que está desenvolvendo acerca da interdidátida, no qual analisa a leitura e a escrita como objetos de ensino e também como ferramentas de aprendizagem de conteúdos de outras áreas



Durante sua palestra na Semana de Educação Victor Civita 2007, pesquisadora argentina, Delia Lerner, trata da reflexão sobre a linguagem que deve ser ensinada aos alunos pelo professor.


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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Interdisciplinaridade e Transversalidade, vídeo aula

Gostaria de fazer uma obs. sobre este vídeo. O professor fala leitura do mundo e esta frase e ideias pertencem a (Paulo Freire)" A leitura do mundo precede a leitura da palavra"




De: univesptv  | 23/03/2011  
Como integrar as disciplinas escolares para que um tema específico possa ser estudado em diversas áreas do conhecimento? Neste programa, do curso de especialização Ética, Saúde e Valores na Escola, mostramos o exemplo de três professores de uma escola estadual de Campinas que, ao escolherem um rio da região como objeto de estudo, desenvolvem, na prática, a transversalidade e a interdisciplinaridade nas áreas de geografia, língua portuguesa e química.


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Experiência de professora mostra a importância da tecnologia na educação


Experiência de professora mostra a importância da tecnologia na educação


Uso de blogs, por exemplo, auxiliam na aprendizagem do aluno



O blog é uma ferramenta pedagógica que possibilita a interação entre os alunos e a aprendizagem
O blog é uma ferramenta pedagógica que possibilita a interação entre os alunos e a aprendizagem
Todo mundo sabe que o avanço tecnológico veio a favor da educação. Professores e alunos estão cada vez mais ligados às tecnologias que podem auxiliar no aprendizado e, prova disso, é a iniciativa da pedagoga, Juliana Seabra Laudares.

Ela criou o primeiro blog (hoje fora do ar) em 2007 para aprender a usar a ferramenta no contexto escolar. Em 2010, lançou o blog Jornal SuperLegal como projeto do curso de especialização em mídias na educação.

Foi aí que começou o seu reconhecimento na área escolar. Como o projeto visava registrar a cultura do município por meio de fotografias, relatos, notícias, produções de alunos e entrevistas, mães e alunos tornaram-se seguidores.

Essa ação fez com que acontecesse uma oficina para alunos e mães no laboratório de informática da escola, proporcionando maior interação entre escola e famílias e mais autonomia aos alunos que mantinham blogs com suas próprias características.

“O blog é uma ferramenta pedagógica que possibilita a interação entre os alunos e aprendizagem mais dinâmica. Ele pode ser utilizado para disseminação de informações também. Uma dica de blog para os docentes é utilizá-lo como diário virtual, inserindo atividades ligadas a sua prática. Foi o que fez Juliana em sua experiência”, declara a pedagoga e tutora do Portal Educação, Emileide da Costa.

Além disso, Juliana ainda afirma que o blog proporciona contato com outros professores. É possível compartilhar projetos, imagens, sugestões de leitura e ainda pode ajudar na elaboração de projetos ou planejamento de aulas.

Fonte: Assessoria de Comunicação



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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Taxonomia dos objetivos educacionais


Taxonomia dos objetivos educacionais

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Portal A Wikipédia possui o portal:
Portal de educação

O Círculo de Bloom onde é mostrado a Taxonomia cognitiva do psicólogo estadounidense (em espanhol)
A taxonomia dos objetivos educacionais, também popularizada como taxonomia de Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais. Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisplinar de especialistas de várias universidades dos EUA, liderada por Benjamin S. Bloom, na década de 1950. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios:
- o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;
- o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;
- o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem o organismo muscular.
Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é mais complexo e mais específico que o anterior. O terceiro domínio não foi terminado, e apenas o primeiro foi implementado em sua totalidade.

Domínio cognitivo

As habilidades no domínio cognitivo tratam de conhecimento, compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.
  • Conhecimento: memorização de fatos específicos,de padrões de procedimento e de conceitos.
  • Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções, e os extrapola.
  • Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.
  • Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização
  • Síntese: estabelece padrões
  • Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos

Domínio afetivo

Na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de ordem afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:
  • Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva
  • Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em responder
  • Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que valoriza)
  • Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de valores
  • Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores, comportamento consistente, previsível e característico.

Domínio psicomotor

O domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos.
Bloom não criou itens para esse domínio; outros autores fizeram propostas. Um exemplo é [carece de fontes]:
  • Percepção:
  • Resposta conduzida:
  • Automatismos:
  • Respostas complexas:
  • Adaptação:
  • Organização:

Revisões e críticas

Uma das questões sobre o trabalho de Bloom é a existência ou não de uma hierarquia estrita e sequencial.[1].
A classificação foi mais tarde revisada por diversos cientistas, como Lorin W. Anderson e David R. Krathwohl, co-autor do trabalho original [2]. Essa nova classificação apresenta mudanças como colocar síntese em um nível mais elevado do que avaliação.

Referências

  1. Lorin W. Anderson et Lauren A. Sosniak. Bloom's Taxonomy: A Forty-Year Retrospective : Ninety-Third Yearbook of the National Society for the Study of Education, University of Chicago Press, 1994. isbn 0226601641
  2. Lorin W. Anderson, David R. Krathwohl, Peter W. Airasian, Kathleen A. Cruikshank, Richard E. Mayer, Paul R. Pintrich, James Raths e Merlin C. Wittrock. A Taxonomy for Learning, Teaching, and Assessing — A Revision of Bloom's Taxonomy of Educational Objectives. Addison Wesley Longman, Inc. 2001. isbn 9780801319037
  • Benjamin S. Bloom et al.:Taxonomia dos objetivos educacionais, vols 1 e 2, Editora Globo.
  • Taxonomy of Educational Objectives: The Classification of Educational Goals; pp. 201-207; B. S. Bloom (Ed.) David McKay Company, Inc. 1956.

Ligações externas





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Formulação de objetivos instrucionais

Formulação de objetivos instrucionais



Resultado educacional é uma descrição daquilo que o indivíduo deveria ser capaz de fazer, ou seja, de como irá se comportar depois de completar satisfatoriamente a experiência de aprendizagem escolar.
Os resultados educacionais são definidos usando-se três categorias gerais caracterizadas pelo grau de especificidade com que são formulados: os fins educacionais, os objetivos educacionais e os objetivos instrucionais.
Fins educacionais são formulações abstratas a respeito de resultados educacionais a serem obtidos no futuro, eles refletem os ideais da educação e são traduzidos nos currículos de nossas escolas. Os fins educacionais são formulados por filósofos, cientistas políticos, antropólogos, sociólogos, psicólogos e educadores.
Exemplos de fins educacionais:
“Ao término deste programa,o indivíduo irá criar e aplicar estratégias variadas para a utilização da educação como instrumento de mudança, para desenvolver a potencialidade humana, atingir a harmonia ecológica, eliminar a pobreza, guerra e racismo, promover igualdade do valor humano e para lutar pela auto-realização individual e social.O objetivo de nossas escolas é criar indivíduos socialmente bem ajustados, economicamente auto-suficientes e prontos para assumir um papel na sociedade.Criar cidadão qualificados que saibam apreciar sua herança cultural.Educar indivíduos que sejam bons cidadãos.”
Objetivos educacionais são estados hipotéticos do indivíduo ao término do processo de ensino que não são diretamente observáveis. Os objetivos educacionais são formulados por professores para o ambiente da sala de aula.
Exemplos de objetivos educacionais:
“O aluno entenderá os princípios básicos da adição ao fim do segundo ano;
o aluno saberá ler ao sair da escola primária;
o aluno irá conhecer a diferenças sexuais básicas entre meninos e meninas e o significado dos papéis sexuais masculino e feminino na nossa sociedade;
o aluno aprenderá a valorizar outras pessoas que são diferentes;
o aluno desenvolverá uma filosofia pessoal de educação;
o aluno atingirá uma firme compreensão do processo de aprendizagem necessário para o ensino eficaz em sala de aula;
tendo completado o programa de leitura, o aluno saberá apreciar a leitura de recreação.”
Objetivos instrucionais descrevem o produto fina de ensino em termos de comportamento observável, estabelece as condições sob as quais o desempenho final poderá ser observado e especifica o critério através do qual este desempenho final poderá ser julgado.
Quando pelo menos duas pessoas concordam com a ocorrência de um comportamento, é mais provável que o comportamento observado esteja livre de vieses ou expectativas de um observador particular. Estes objetivos não terão qualquer função útil se os resultados da instrução não forem públicos e abertos a julgamento.
Exemplos de objetivos instrucionais:
“Dados 50 problemas de adição com um dígito na forma (x+ y = z), o aluno escreverá a reposta para cada problema dentro de 10 minutos, não fazendo mais do que cinco erros (90 % de acerto);
Dadas cinco páginas de um livro de leitura de 3ª série, o aluno lerá em voz alta para o resto da classe, não fazendo mais do que dois erros por página;
Depois de ler uma histeria de sua própria escolha, o aluno escreverá um resumo do conteúdo, descrevendo também os personagens principais da estória. Esse resumo deve ser escrito com não mais do que cinco erros gramaticais e deverá ser julgado preciso, quanto ao conteúdo, pelo professor;
Dada uma lista padronizada de 300 palavras básicas impressas em cartões individuais, o aluno lerá cada uma das palavras em voz alta, sem erro e dentro de um período de cinco segundos da apresentação;
Dentro da sala de aula o aluno não irá bater, morder, arranhar, chutar atirar objetos ou desempenhar qualquer outra atividade nociva;
Dados 50 conjuntos de quatro palavras, três palavras da cada conjunto começando com a mesma consoante, o aluno irá identificar a palavra diferente em 45 dos 50 casos;
O aluno tomará parte numa discussão relativa ao uso de drogas por jovens. Usará argumentos contra o uso da heroína e sua discussão deverá incluir pelo menos três razões fundamentais para o não uso da droga.”
Os objetivos instrucionais desempenham um papel importante no processo educacional. A formulação de objetivos instrucionais exige que o professor seja capaz de identificar os resultados esperados de instrução em cada área do currículo incluída no programa instrucional. Um objetivo instrucional deveria sempre ser descrito de forma a incluir os três componentes seguintes:
Comportamento: uma descrição do comportamento terminal esperado, que pode ser observado por, pelo menos, dois observadores independentes;
Condições: formulações das condições sob as quais o comportamento deve ser observado;
Critério: formulação dos critérios de desempenho aceitável.
Alguns verbos de ação que os professores usam quando estão escrevendo objetivos instrucionais são mais diretamente observáveis do que outros. Os verbos de ação podem ser classificados em três categorias:
Alguns verbos de ação diretamente observáveis:
Cobrir com um cartão; Marcar; Sublinhar; Repetir oralmente; Escrever; Pressionar alavanca; Apontar; Andar; Contar oralmente; Colocar; Fazer contorno; Fazer uma cruz; Fazer um círculo; Dizer; Ler oralmente; Sombrear; Preencher; Remover; Desenhar; Numerar; Rotular; Por; Nomear;
Falar; Dizer qual...
Alguns verbos de ação ambíguos:
Identificar ao escrever; Comparar; Arranjar; Desempenhar; Dar; Escolher; Usar; Somar; Medir; Demonstrar; Arredondar; Responder; Perguntar; Admitir; Ver; Verificar; Afastar; Terminar; Localizar; Rejeitar; Separar; Subtrair; Dividir; Adicionar; Reagrupar; Agrupar; Tirar a média; Utilizar; Descobrir; Transformar; Construir; Fazer; Ler; Ligar; Selecionar; Mudar; Executar; Ordenar; Fornecer; Multiplicar; Completar; Resumir; Emprestar; Identificar;
Alguns verbos de aço não diretamente observáveis;
Distinguir; Concluir; Desenvolver; Concentrar; Gerar; Pensar criticamente; Reconhecer; Estar consciente; Inferir; Compreender totalmente; Ser curioso; Aplicar; Sentir; Determinar; Pensar; Discriminar; Apreciar; Tornar-se competente; Quere saber; Analisar; Resolver; Deduzir; Testar; Perceber;
Criar; Aprender; Descobrir; Saber; Gostar; Entender
Quanto mais observável for o verbo melhor para a construção de objetivos instrucionais.
Um fim educacional geral é muito mais difícil de traduzir em desempenho observável. Há muito menos concordância entre os indivíduos quanto ao tipo de objetivo instrucionais que satisfaçam fins educacionais mais gerais. Fins educacionais, em regra, exigem que o aluno mostre comportamentos muito complexos numa variação de situações. Poe isso, geralmente não é possível traduzir, diretamente, um fim educacional em um objetivo instrucional. É muito provável que centenas de objetivos instrucionais sejam necessários para traduzir um único fim educacional em comportamentos diretamente observáveis.


Referências Bibliográficas

WEELER, Alan H & FOX, Wayne L. Guia do professor para a formulação de objetivos instrucionais. São Paulo: EPU. 1974, 49 p.

 
Anderson de Moura Lima

fonte http://analiseesintese.blogspot.com/2006/11/formulao-de-objetivos-instrucionais.html

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domingo, 21 de agosto de 2011

video-aula o que é linguagem




De: univesptv  | 16/08/2010 
Programa da disciplina Educação e Linguagem, procura responder a pergunta: o que é linguagem? e mostra como linguagem e educação se relacionam.

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5 vídeo-aulas sobre psicologia do desenvolvimento


De: univesptv  | 15/12/2010  | 5513 exibições
O programa explica qual a pergunta e o que estuda a Psicologia do Desenvolvimento, dando ênfase ao trabalho de Jean Piaget. Outros autores, como Vygotsky e Wallon, são citados, mas é na teoria de Piaget que o programa se concentra. Para tratar do assunto, são entrevistados os professores Zélia Ramozzi Chiarottino, Yves de La Taille e Maria Thereza Costa Coelho. Programa da disciplina Psicologia do Desenvolvimento do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp.


De: univesptv  | 15/12/2010  | 1044 exibições
Com os entrevistados Yves de La Taille e Suzana Menin, o programa aborda o desenvolvimento social segundo a perspectiva piagetiana. Para Jean Piaget, a sociedade é o conjunto das relações sociais, que podem ser de coação ou de cooperação, e a interação do sujeito com o meio é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Programa da disciplina Psicologia do desenvolvimento do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp.



De: univesptv  | 15/12/2010  | 1537 exibições
O desenvolvimento moral a partir dos estudos de Jean Piaget é o tema deste programa, que traz entrevistas com Yves de La Taille e Suzana Menin. Os dois tipos extremos de relações sociais (coação e cooperação) levam a dois tipos de moralidade: heteronomia e autonomia. O sujeito heterônomo do ponto de vista moral precisa obedecer a regras impostas pelo mundo exterior, enquanto o autônomo obedece àquilo que sabe ser o melhor para si e para o mundo. Programa da disciplina Psicologia do desenvolvimento do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp.


De: univesptv  | 15/12/2010  | 1968 exibições
Programa da disciplina Psicologia do desenvolvimento do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp. Neste vídeo, Zélia Ramozzi Chiarottino discorre sobre o desenvolvimento cognitivo a partir da teoria de Jean Piaget. Segundo Piaget, é a cognição que diferencia o ser humano dos demais seres vivos. Cognição que se constroi seguindo uma ordem de fases que é sempre a mesma.

De: univesptv  | 15/12/2010  | 1903 exibições
Programa da disciplina Psicologia do desenvolvimento do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp. Assim como a cognição, a afetividade também se desenvolve - ou se constroi, como preferem alguns autores - de acordo com uma sequência que é sempre a mesma. Este programa apresenta essa sequência, segundo a teoria de Jean Piaget interpretada pelas entrevistadas Fernanda Taxa-Amaro e Maria Thereza Costa Coelho.

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sábado, 20 de agosto de 2011

Neurose

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZjAxIMWVUUELSfIfRo1ZO881gpI_UzPfp8uwsHW_TOE1FbSCg4uOdpIR0GtpPupCamgdr0Zno0wMKupngifnqNYY9fqe4ZGtYLZHfRb0MpQLLRySFz4UY-uktA-FntLapq8rK-JzcJJla/s1600/neurose.jpg

Neurose

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Neuroses)
O termo neurose (do grego neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal)) foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1787 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer transtorno mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. Essa é uma diferença importante em relação à psicose, desordem mais severa.

Definição e utilização do termo

Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes. O que distingue a neurose da normalidade é assim (1) a intensidade do comportamento e (2) a incapacidade do doente de resolver os conflitos internos e externos de maneira satisfatória [1].
O conceito de neurose está assim intimamente ligado à teoria nosológica psicanalítica, ou seja, à maneira como a psicanálise explica a origem e o desenvolvimento dos transtornos mentais. Por isso psicólogos oriundos de outras escolas, sobretudo da terapia cognitivo-comportamental, foram levados a criticar o termo: como tais psicoterapeutas não trabalham com os conceitos psicanalíticos, um diagnóstico de neurose não tem para eles nenhum sentido prático. Essa crítica levou a uma modificação dos sistemas de classificação de doenças: os atuais sistemas de classificação dos transtornos mentais abandonaram uma abordagem nosológica e adotaram uma descritiva. Isso significa que os transtornos não são mais classificados pela suposta origem do transtorno (por esta ser controversa), mas por seus sintomas observáveis (por estes serem unânimes). Assim, na CID-9 havia uma categoria "Neuroses" de transtornos mentais própria, já com a publicação da CID-10 em 1994 o termo passou a ser usado apenas descritivamente (e não mais "neuroses", mas "transtorsnos neuróticos") e não para todas as categorias que ele tradicionalmente designava[1][2].
Segundo a CID-9, sob neurose entendem-se os seguintes grupos de transtornos mentais:
S. O. Hoffmann e G. Hochapfel[1] fazem notar que a atual classificação dos transtornos mentais, por ser meramente descritiva, não faz jus à complexidade dos transtornos mentais, reduzindo-os a seus sintomas observáveis. M. Perrez e U. Baumann[2] observam, por outro lado, que, apesar de não corresponderem a essa complexidade, os atuais sistemas representam uma base comum ao diálogo entre as diferentes escolas de psicoterapia.

Referências

  1. a b c Hoffmann, S. O. & Hochapfel, G. (1999). Neurosenlehre, psychotherapeutische und psychosomatische Medizin. Stuttgart: Schattauer.

  2. a b Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005) (Hrgs.). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie. 3. Aufl. Bern: Huber.

Bibliografia

  • Abadie-Rosier, S. (2009). La construction psychologique du sujet. Paris: Edições Les Neurones moteurs. ISBN 978-2-918398-01-1.

  • Hoffmann, S. O. & Hochapfel, G. (1999). Neurosenlehre, psychotherapeutische und psychosomatische Medizin. Stuttgart: Schattauer. ISBN 3-7945-1960-4.

  • Horney, Karen. The Collected Works. (2 Vols.) Norton, 1937.

  • Henry Ey, P. Bernard e C. Brisset. Manual de psiquiatria. Masson/Atheneu, 5ª edição.

  • Perrez, Meinrad & Baumann, Urs (2005) (Hrgs.). Lehrbuch klinische Psychologie - Psychotherapie, 3. Aufl. Bern: Huber. ISBN 3-456-84241-4.


 fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Neuroses

Prevenção de Neuroses - Ralph Viana - Psicoterapias Corporais


Prevenção de Neuroses - Ralph Viana - Psicoterapias Corporais por LuizFernandoSarmento no Videolog.tv.


por LuizFernandoSarmento - Publicado dia 26 de novembro de 2009 às 08:47 

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Parabéns São Bernardo do Campo pelos seus 458 anos

Parabéns São Bernardo do Campo pelos seus 458 anos


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Aniversário terá show de Sérgio Reis, Edson e Zezé Di Camargo Aniversário terá show de Sérgio Reis, Edson e Zezé Di Camargo 
São Bernardo comemora neste sábado, dia 20 de agosto, o seu aniversário de 458 anos em grande estilo, e para festejar esta data, a Prefeitura organizou uma grande novidade. Neste ano, o mega show da música popular brasileira, realizado em parceria com a Rádio Tupi, acontecerá em dois dias com vários estilos musicais e promete agitar a todos que comparecerem ao Paço Municipal neste sábado e domingo. A estimativa de público é de 25 mil pessoas por dia de evento, e a entrada é gratuita.


fonte http://eco4planet.uol.com.br/blog/wp-content/uploads/SB.jpg
http://www.saobernardo.sp.gov.br/

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Microsoft Word - Silabacao - 3 ano

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