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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Santa Catarina de Gênova
Santa Catarina de Gênova 1447-1510 |
Santa Catarina de Gênova
No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.
A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.
Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.
Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.
Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.
Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.
Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.
Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.
Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.
Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.
Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.
Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.
Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.
Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.
Tratado do Purgatório de Santa Catarina de Genova.
Alguns trechos essenciais do "Tratado do Purgatório"
Via com os olhos da alma e compreendia a condição dos fiéis no Purgatório, eram ali para purificar-se antes de serem apresentados diante de Deus, no Paraíso.
A ferrugem do pecado é o impedimento e o fogo vai consumindo a ferrugem e assim a alma com o passar do tempo vai descobrindo o divino influxo...
Assim a ferrugem (isto é, o pecado) é a cobertura das almas e no Purgatório se vai consumindo pelo fogo e quanto mais consome, mais se corresponde ao verdadeiro sol, Deus. Porém cresce a alegria enquanto diminui a ferrugem e se descobre a alma ao divino raio. E assim um cresce e o outro diminui, até que seja terminado o tempo.
A pena existe, mas somente o tempo de estar nessa pena. E quanto à vontade, não posso dizer que aquelas sejam penas, porque são contentes pela ordem dada por Deus, com a qual é unida a vontade deles na pura caridade.
Têm uma pena tão extrema que não se encontra língua que possa narrar, nem intelecto que possa entender uma mínima cintila, se Deus não lhe mostrasse por graça especial.
Nasce neles um extremo fogo, parecido com aquele do inferno, exceto a culpa, a qual è aquela que faz a vontade maligna aos danados do Inferno, aos quais Deus não corresponde a sua bondade e por isso restam naquela desesperada, maligna vontade contra a vontade de Deus.
Oh! Quanto é perigoso o pecado feito com malicia: porque o homem difficilmente se arrepende e não arrependendo-se, sempre está na culpa, a qual persevera quanto o homem está na vontade do pecado cometido ou a ser cometido!
De quanta importância seja o Purgatório, nem a língua o pode exprimir, nem mente entender, somente que vejo tantas penas como no Inferno e vejo a alma a qual em si sente uma mínima mancha de imperfeição, recebê-lo por misericórdia (como se disse), não fazendo em um certo modo estima, em comparação daquela mancha que impede o seu amor.
Quando a alma, por interior vista, vê-se aproximada a Deus com tanto amoroso fogo, aí por aquele calor do amor do seu doce Senhor e Deus, que sente rebombar na sua mente, tudo se liquefaz.
Vendo a luz divina e como Deus não cessa de aproximá-la dEle e amorosamente a conduz à interar sua perfeição, com tanta cura e contínua provisão e que o faz somente por puro amor.
Vejo ainda proceder daquele divino amor à alma certos raios e lampos, tão penetrantes e fortes, que parecem que devem abater não somente o corpo, mas ainda a alma se fosse possível.
Esses raios fazem duas operações: com a primeira purificam; com a segunda, abatem.
Saiba que aquilo que o homem pensa que em si é perfeição, perante Deus, é defeito: portanto tudo aquilo que tem aparência de perfeição, como as vê, as escuta, as entende, as quer, ou seja, tem uma memória, sem o reconhecimento de Deus, tudo se contamina e se suja.
E’ verdade que o amor de Deus, o qual é abundante na alma (segundo aquilo que vejo) dá uma alegria tão grande, que não se pode exprimir, mas essa alegria às almas que estão no Purgatorio, não cancela nem uma cintila de pena deles.
Isto é, aquele amor é que faz a pena deles e quanto maior a pena quanto maior a perfeição do amor o qual Deus lhes dá.
Me vem vontade de gritar, um grito forte, que amedrontasse todos os homens que estão na face da terra e dizer: Oh míseros, porque vos deixais corromper por este mundo, que não vos dá nada e que na hora da vossa morte, o que vos concederá?
Todos estão cobertos pela esperança da misericórdia de Deus, a qual dizeis ser tão grande, mas não vedes que tanta bondade de Deus vos será em juízo, por ter feito contra a vontade de um tão bom Senhor?
Não ter confiança dizendo: Eu me confessarei e depois terei a Indulgência Plenária e serei naquele ponto purgado de todos os meus pecados e assim serei salvo.
Pensa que a confissão e contrição a qual precisa para essa Indulgência Plenária é muito dificil de conseguir, que se tu o soubesses, tremerias de tanto medo e serias mais certo de não tê-la que de poder conseguir.
Fontes:
http://escravasdemaria.blogspot.com/http://escravasdemaria.blogspot.com/
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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Carl Gustav Jung
PERFIL
Carl
Gustav Jung nasceu em Kesswil, cantão da Turgóvia, região
às margens do lago Constança, Suíça, no dia
26 de julho de 1875. Filho de Johann Paul Jung, pastor protestante da igreja
reformada e de Emile Preiswerk. Sua mãe era uma dona de casa instruída
e culta que o incentivou à leitura do Fausto
de
Goethe na adolescência.
A
infância foi vivida no campo, em contato com a natureza e entre os
livros da silenciosa biblioteca de seu pai, onde leu textos de filosofia
e teologia.
Quando
chegou à Universidade de Basiléia para estudar medicina,
Jung detinha razoável conhecimento de filosofia, nutrindo especial
interesse pelas idéias de Kant e Goethe. O seu entusiasmo filosófico
leva-lo-ia, ainda, às idéias de Schopenhauer e às
de Nietzsche, que exerceriam significativa influência na construção
de sua teoria psicológica.
Concluído
o curso de medicina, Jung dedicou-se à psiquiatria, como assistente
do professor Eugene Bleuler no Burgholzi Psychiatric Hospital, da Universidade
de Zurich, interessando-se preponderamente pela esquizofrenia.
O
contato com a obra de Freud ocorreu através do livro A interpretação
dos sonhos, cuja leitura por Jung deu-se em dois momentos. No primeiro,
a obra não lhe causou impacto nem despertou interesse. Em
segunda leitura, percebeu a extensão e a profundidade
com que Freud tratou a questão dos sonhos. Essa leitura aproximou
os dois maiores estudiosos do inconsciente numa amizade, fecunda e tumultuada,
que durou cerca de sete anos.
Nos
primórdios de sua relação com Freud, Jung permaneceu
receptivo à teoria da sexualidade infantil. Todavia, ao longo do
tempo em que estudou e praticou a psicanálise freudiana, não
conseguiu encontrar, nos seus fundamentos teóricos, elementos que
dessem conta dos fenômenos com os quais se defrontava no tratamento
de psicóticos, principalmente esquizofrênicos. Nesses pacientes,
a doença decorria de grave dissociação da mente, não
apresentando traços de uma etiologia sexual.
A
partir desse impasse, Jung desenvolveu estudos de alquimia,
mitos e lendas na busca de elementos que contribuíssem para a elucidação
das questões levantadas pela clínica da psicose. Foram principalmente
essas questões que o fizeram demandar outras perspectivas de análise,
tais como a abordagem simbólica e a hermenêutica. Com o instrumental
teórico oferecido por esses métodos, identifica nos mitos,
lendas e processos alquímicos a estrutura e a dinâmica psíquica
por ele encontrados na clínica da psicose.
A
partir dessa constatação, são fundados os pilares
em cima dos quais Jung afima que essa estrutura, enquanto forma, seria
um componente da psique, presente em todos os indivíduos desde o
nascimento, chegando então à sua hipótese mais refinada
- a da existência de um substrato desconhecido na mente humana, responsável
pelo lado obscuro da psique, que ele denominou de inconsciente coletivo
que
configura a dimensão objetiva da psique e contém o aprendizado
resultante da experiência humana em todos os tempos, herdado pelo
indivíduo como disposições ou virtualidades psíquicas.
O
inconsciente
coletivo, dotado de propósito ou intencionalidade, cuja
força energética repousa em elementos primordiais ou arcaicos
denominados arquétipos, é determinante dos fatos psíquicos.
Jung considera que é a psique coletiva, no seu embate com o ambiente
externo e suas exigências, que gera o que ele denominou de inconsciente
pessoal, e não as vicissitudes da pulsão como postula
a teoria freudiana.
Galileu,
ao abandonar o finalismo e quaisquer considerações qualitativas
no exame da realidade, marcou o início da ciência moderna:
a física passa a apoiar-se exclusivamente em relações
quantitativas e mensuráveis. Esse modelo, influenciado pelo
racionalismo cartesiano, consolida-se com Isaac Newton, cujo método
de investigação centra-se nas relações de movimento,
base de quaisquer fenômenos encontrados na natureza.
A
mecânica newtoniana vê o espaço e o tempo como entidades
dotadas de grandeza absoluta. As relações de movimento existentes
num universo dominado pelo espaço e pelo tempo constituem os pilares
da física, paradigma da ciência moderna, modelo que
foi extrapolado para as ciências biológicas, humanas e sociais.
Na
procura de respostas fora do quadro teórico da ciência moderna,
Jung contrapõe-se ao modelo científico dominante, buscando
sustentação teórica na perspectiva finalista, abolida
da ciência desde Galileu e, desse modo, expõe-se à
crítica da comunidade científica, diante da qual tem o seu
status de pesquisador questionado, sendo-lhe atribuída atitude mística
na condução dos estudos psicológicos.
Adotando
postura empirista, Jung encaminha-se para uma abordagem fenomenológica
do fato psíquico, com sustentação no método
hermenêutico. Wilhelm Dilthey, filósofo neokantiano,
que se preocupou fundamentalmente com as diferenças entre a metodologia
das ciências naturais e a dos estudos humanos, aponta esse método
como o mais adequado para as ciências humanas. A hermenêutica
é a ciência da compreensão e da interpretação
que constituem a especificidade das ciências do espírito.
Como
a dimensão inconsciente da psique é inacessível a
um exame direto, o modo possível de investigação da
realidade psíquica estaria fundado no exame e na interpretação
dos seus produtos. Freud e Jung usam, ambos, o método interpretativo
como caminho de aproximação da realidade psíquica.
Na perspectiva freudiana essa interpretação é analítica,
causal e reducionista. Enquanto do ponto de vista junguiano é amplificadora,
finalista, prospectiva e sintética.
O
fato de Jung ter-se definido pelo finalismo não significa que tenha
assumido algum tipo de irracionalidade em seu trabalho científico.
O seu racionalismo não é de ordem cartesiana, mas sustenta-se
na estrutura interpretativa, com metodologia fenomenológica. No
corpo de sua obra, encontram-se referências em que ele opõe-se
à interpretação metafísica ou sobrenatural
da realidade psíquica, argumentando que o dado empírico
ou fenomenológico é o único que conta e que pode ser
examinado pelo estudioso da psicologia humana.
J.J.
Clarke1 diz que Jung estaria mais à
vontade no ambiente científico contemporâneo, que parece romper
com a linearidade do modelo newtoniano. De fato, o paradigma emergente
sinaliza que a realidade escapa ao enquadramento linear, causal e mecanicista
proposto pela ciência moderna.
Para
Jung a ciência é projeção psíquica dos
cientistas e os modelos teóricos aproximações e não
retratos fiéis da realidade. Nessa perspectiva, o conhecimento científico
está mais perto de uma metáfora por meio da qual o mundo
é interpretado que de um conjunto de dados articulados enunciadores
de uma verdade confirmada. Para ele, cada teoria, como criação
da mente, está subordinada à interioridade do cientista
que a formulou, cuja realidade psíquica é projetada
no mundo exterior na forma de teoria científica. Jung via a ciência
como um mito destinado a explicar o universo cuja natureza íntima,
para ele, permaneceria para sempre incognoscível.
Essa visão é um dos pilares em que se assenta
o quadro epistemológico do modelo científico emergente.
Carl
Gustav Jung faleceu em 06 de junho de 1961. Criador da psicologia analítica
e reconhecido como um dos sábios do século, deixou significativas
contribuições científicas para o estudo e compreensão
da alma humana. Sua obra reflete profundo interesse pelas questões
espirituais, enquanto fenômenos psíquicos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
(1) EM BUSCA DE JUNG
- J. J. Clarke
Rio de Janeiro: Ediouro, 1993 - p. 45
- "FRASES
- À medida em que uma criatura se torna consciente desta sua perfeição, ela perde por completo seu caráter de criatura, sua índole de ser criado, sua qüididade, sua ipseidade." - O Eu e o Inconsciente, Obras completas vol. VII/2, Editora Vozes.
- "Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar." - O Eu e o Inconsciente, Obras Completas vol. VII/2, Editora Vozes.
- "Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana." [carece de fontes]
- "Aquilo que na vida tem sentido, mesmo sendo qualquer coisa de mínimo, prima sobre algo de grande, porém isento de sentido."
- "Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der."
- "Só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos."
- "Onde reina o amor, não há vontade de poder, e onde domina o poder, falta o amor. Um é a sombra do outro."
- "Ao que nos compete discernir, o único propósito da existência humana é jogar um pouco de luz nas trevas do mero ser."
- "Persona é a máscara usada pelo indivíduo em resposta às convenções e tradições sociais..."
- "A psicologia do indivíduo corresponde à psicologia das nações. As nações fazem exatamente o que cada um faz individualmente; e do modo como o indivíduo age a nação também agirá.
Somente com a transformação da atitude do indivíduo é que começara a
transformar-se a psicologia da nação. Até hoje, os grandes problemas da
humanidade nunca foram resolvidos por decretos coletivos, mas somente pela renovação da atitude do indivíduo."
- Psicologia do Inconsciente, prefácio à primeira edição.
- "O indivíduo não realiza o sentido da sua vida se não conseguir colocar o seu "Eu" a serviço de uma ordem espiritual e sobre-humana."
- "A alma primitiva do homem confina com a vida da alma animal, da mesma forma que as grutas dos tempos primitivos foram freqüentemente habitadas por animais antes que os homens se apoderassem delas."
- "No fundo, não descobrimos no doente mental nada de novo ou desconhecido: encontramos nele as bases de nossa própria natureza."
- "A alma é muito mais complexa e inacessível do que o corpo. Poder-se-ia dizer que é essa metade do mundo não existente senão na medida em que dela se toma consciência. Assim, pois, a alma não é só um problema pessoal, mas um problema do mundo inteiro, e é a esse mundo inteiro que a psiquiatria deve se referir."
- "O psicoterapeuta não deve contentar-se em compreender o doente; é importante que ele também se compreenda a si mesmo."
- "De uma maneira ou outra somos partes de uma só mente que abarca a todos, um único 'grande homem'."
- - The Spiritual Problem of Modern Man, Collected Works 10: 175
- "Creio simplesmente que alguma parte do Eu ou da alma humana não está sujeita as leis do espaço e do tempo."
- "O mundo dos deuses e espíritos é 'nada mais' que o coletivo inconsciente dentro de mim."
- - Sobre 'The Tibetan Book of the Dead'
- "O sapato que se ajusta a um homem aperta o outro; não há nada para a vida que funcione em todos os casos."
- "O que se é, mediante uma intuição interior e o que o homem parece ser sub specie aeternitatis só pode ser expresso através de um mito. Este último é mais individual e exprime a vida mais exatamente do que faz a ciência, que trabalha com noções médias, genéricas demais para poder dar uma idéia justa da riqueza múltipla e subjetiva de uma vida individual."
- - Memórias, sonhos e reflexões.
- "O homem necessita de uma vida simbólica... Mas não temos vida simbólica. Acaso vocês dispõem de um canto em algum lugar de suas casas onde realizam ritos, como acontece na Índia? Mesmo as casas mais simples daquele país têm pelo menos um canto fechado por uma cortina no qual os membros da família podem viver a vida simbólica, podem fazer seus novos votos ou meditar. Nós não temos isso. Não temos tempo, nem lugar. Só a vida simbólica pode exprimir a necessidade do espírito - a necessidade diária do espírito, não se esqueçam! E como não dispõem disso, as pessoas jamais podem libertar-se desse moinho - dessa vida angustiante, esmagadora e banal em que as pessoas são 'nada senão'."
- - Ego e Arquétipo.
- "Não sei dizer como é um homem que desfrute de completa auto-realização porque nunca vi nenhum. Antes de buscar a perfeição, devemos viver o homem comum, sem automutilação."
- "Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda."
- "Nós não podemos mudar nada sem que primeiro a aceitemos."
- "Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?"
- "Não preciso ‘acreditar’ em Deus; eu sei que ele existe". (Frases de Jung)
- "O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino."
http://pt.wikiquote.org/wiki/Carl_Gustav_Jung
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Indicação de leitura do editor do blog Musique, Intelligence et Personnalité (Música Inteligência e Personalidade)
capa do livro que está em francês. |
Minh Dung Nghiem |
http://www.wook.pt/ficha/musique-personnalite-et-difficultes-scolaires/a/id/10894188
Depois que o professor Olavo indicou este livro, apareceu este comentário sobre o tema neste link. http://www.blogdobruno.com/2012/12/capital-inicial-e-musica-fatima.html
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