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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Sócrates e os Sofistas
Sócrates entre os Sofistas.
Questões sobre Sócrates e os sofistas
a) Quem foi Sócrates? Qual sua opinião sobre os Sofistas? Quais suas idéias fundamentais?
É relativamente pouco o que sabemos sobre Sócrates, o homem. Nascido em 470 a.C., foi executado em 399 a.C., quando Atenas perdeu a Guerra do Peloponeso contra Esparta.
Sócrates ensinou que o sistema filosófico é o valor
do conhecimento humano. Antes de Sócrates questionava-se a natureza,
depois de Sócrates, questiona-se o homem. O valor do conhecimento humano
(Humanismo).
“CONHEÇA-TE A TI MESMO”, frase escrita no portal do templo de Apolo; cuja frase era a recomendação básica feita por Sócrates a seus discípulos.
Sócrates percebeu que a sabedoria começa pelo reconhecimento da própria ignorância: “SÓ SEI QUE NADA SEI”; é, para Sócrates, o princípio da sabedoria.
O estilo de vida de Sócrates assemelhava-se ao dos Sofistas, embora não vendesse seus ensinamentos.
Com habilidade de raciocínio, procurava evidenciar as contradições
afirmadas, os novos problemas que surgiam a cada resposta. Seu objetivo
inicial era demolir, nos discípulos, o orgulho, a ignorância e a
presunção do saber.
Usava dois métodos: IRONIA e MAIÊUTICA.
MAIÊUTICA:
Dava alternativas, perguntas e respostas, ajudava a buscar a verdade. O
nome Maiêutica foi uma homenagem a sua mãe que era parteira. Ele dava
luz às idéias.
IRONIA:
A ironia socrática tinha um caráter purificador na medida em que levava
os discípulos a confessarem suas próprias contradições e ignorâncias,
onde antes só julgavam possuir certezas e clarividências, perguntas e
respostas, destruía o falso saber. Os discípulos, libertos do orgulho e
da pretensão de que tudo sabiam, podiam iniciar o caminho da
reconstrução das próprias idéias. Com isso, Sócrates acreditava num só
Deus (Monoteísmo); a época era de Politeísmo. Por vários motivos ele foi
perseguido. Foi condenado à morte em 399 a.c. por não aceitar mudar
suas idéias (tomou Cicuta, um tipo de bebida que o carrasco deu-lhe para
beber).
Para Sócrates o homem deveria conhecer a si mesmo, chegar à virtude através do conhecer a si mesmo. È a sabedoria que nos dá a virtude.
Ao trabalhar com Os Sofistas, Sócrates observa e questiona:
a) Os Sofistas buscam o sucesso e
ensinam as pessoas como conseguí-lo; Sócrates busca a verdade e incita
seus discípulos a descobri-la.
b) Os Sofistas é necessário fazer carreiras, Sócrates quer chegar à verdade, desapegando dos prazeres e dos bens materiais.
c) Os Sofistas gabam-se de saberem tudo e fazer tudo; Sócrates tem a convicção de que ninguém pode ser mestre dos outros.
d) Para os Sofistas, aprender é coisa passiva e facílima, afirmam isso e tudo por um preço módico.
Sócrates defendia que a opinião é
individual, mas a sabedoria é universal. A questão da felicidade e
honestidade está na prática do agir. As riquezas não interessam aos
homens.
A doutrina socrática identifica o
sábio e o homem virtuoso. Derivam daí diversas conseqüências para a
educação, como: o conhecimento tem por fim tornar possível a vida moral;
o processo para adquirir o saber é o diálogo; nenhum conhecimento pode
ser dogmaticamente, mas como condição para desenvolver a capacidade de
pensar; toda a educação é essencialmente ativa, e por ser auto-educação
leva ao conhecimento de si mesmo; a análise radical do conteúdo das
discussões, retirado do cotidiano, leva ao questionamento do modo de
vida de cada um e, em última instância, da própria cidade.
b) Quem foram os sofistas?
Etimologicamente, o termo sofista
significa sábio, entretanto, com o decorrer do tempo, ganhou o sentido
de impostor, devido, sobretudo, às críticas de Platão.
Os sofistas eram professores
viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de
filosofia. Levando em consideração os interesses dos alunos, davam aulas
de eloqüência e sagacidade mental, ou seja, tinham fácil oratória e
eram astuciosos. Ensinavam conhecimentos úteis para o sucesso dos
negócios públicos e privados.
As lições sofísticas tinham como
objetivo o desenvolvimento do poder de argumentação, da habilidade de
discursos primorosos, porém, vazios de conteúdo. Eles transmitiam todo
um jogo de palavras, raciocínios e concepções que seria utilizado na
arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários.
O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento desse tipo de atividade praticada pelos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembléias democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam a necessidade de aprender a arte de argumentar em público para, manipulando as assembléias, fazerem prevalecer seus interesses individuais e de classe.
O momento histórico vivido pela civilização grega favoreceu o desenvolvimento desse tipo de atividade praticada pelos sofistas. Era uma época de lutas políticas e intenso conflito de opiniões nas assembléias democráticas. Por isso, os cidadãos mais ambiciosos sentiam a necessidade de aprender a arte de argumentar em público para, manipulando as assembléias, fazerem prevalecer seus interesses individuais e de classe.
Entre os sofistas, destacamos
Protágoras e Górgias, que pareciam mais preocupados com a distinção
entre natureza e convenção, de uma forma geral. Por essa razão, tinham
como um de seus principais objetivos depreciar o estudo da natureza e,
desta maneira, toda a linha filosófica existente até essa época.
Protágoras alegou que o homem é a
medida de todas as coisas, tanto das coisas que são o que são como das
coisas que não são, o que não são. Isto significa que tudo é como parece
ao homem – não apenas aos homens em geral, mas a cada indivíduo em
particular. Esta tese, leva a um relativismo total, sem possibilidade
alguma de verdade absoluta.
Górgias foi ainda, mais radicalmente
oposto à natureza e a seu estudo. Escreveu um livro no qual formulou uma
tripla alegação: 1) nada há; 2) mesmo que houvesse alguma coisa, não
poderíamos conhecê-la; e 3) mesmo que pudéssemos conhecê-la não
poderíamos comunicá-la aos demais. Poderíamos descrever isto como um
argumento mediante “retirada estratégica”: caso a posição mais radical
não seja julgada convincente, volta-se para outra, menos radical. Mas
até mesmo esta última elimina a possibilidade de estudo da natureza.
Górgias ensinava retórica, enquanto
que Pródico, especializava-se em linguagem e gramática em geral, ao
passo que Hípias ensinava o treinamento da memória. Todas estas
aquisições eram úteis em uma sociedade que tanto dependia da capacidade
de influenciar a opinião pública na assembléia.
De qualquer modo, na opinião de
Sócrates, eles fracassaram em ensinar excelência moral ou virtude. A
alegação deles de ensinar arete (excelência) não apenas, na opinião de
Sócrates, induzia em erro, mas corrompia também, porque sugeria que
podiam produzir excelência moral, ao passo que nada faziam neste
particular.
Diferenças entre Sócrates e os sofistas:
- O sofista é um professor ambulante. Sócrates é alguém ligado aos destinos de sua cidade;
- O sofista cobra para ensinar.
Sócrates vive sua vida e essa confunde-se com a vida filosófica: “
Filosofar não é profissão, é atividade do homem livre”
- O sofista “sabe tudo” e transmite
um saber pronto, sem crítica (que Platão identifica com uma mercadoria,
que o sofista exibe e vende). Sócrates diz nada saber e, colocando-se no
nível de seu interlocutor, dirige uma aventura dialética em busca da
verdade, que está no interior de cada um.
- O sofista faz retórica (discurso de
forma primorosa, porém vazio de conteúdo). Sócrates faz dialética (bons
argumentos). Na retórica o ouvinte é levado por uma enxurrada de
palavras que, se adequadamente compostas, persuadem sem transmitir
conhecimento algum. Na dialética, que opera por perguntas e respostas, a
pesquisa procede passo a passo e não é possível ir adiante sem deixar
esclarecido o que ficou para trás.
- O sofista refuta por refutar, para ganhar a disputa verbal. Sócrates refuta para purificar a alma de sua ignorância.
Referências bibliográficas:
• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires.Temas de Filosofia. SãoPaulo: Ed. Moderna, 1992;
• CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SãoPaulo: Ed. Ática, 1995;
• COTRIM, Gilberto.Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Ed. Saraiva, 1997;
• Enciclopédia Abril/2004, Multimídia.
• CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. SãoPaulo: Ed. Ática, 1995;
• COTRIM, Gilberto.Fundamentos da Filosofia – Ser, Saber e Fazer. São Paulo: Ed. Saraiva, 1997;
• Enciclopédia Abril/2004, Multimídia.
Autoria: Augusto Carvalho
http://www.coladaweb.com/filosofia/socrates-e-os-sofistas
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Alain peyrefitte e a sociedade de confiança Resumo do livro (por Olavo de Carvalho)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
A lógica do abortismo por Olavo de Carvalho
A lógica do abortismo
Categoria: OPINIÃO
O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito.
A existência da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite.
Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta pode aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem 50% de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra ou, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, abster-se de praticá-lo.
À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe aos defensores da segunda alternativa.
Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio. Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade ou, em certos casos, a má vontade criminosa de apreender a noção de "espécie".
Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século 23, quando nascerem, serão gatos e não tomates.
A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de "ser humano" não é qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.
O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.
Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de
ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.
ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.
Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido.
É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha à idéia, saem ostentando inocência de cumplicidade com a proposta abortista.
Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa – e altamente revogável – concessão da sua parte.
Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares e depois viraram centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria indiferente à exatidão das quantidades?
Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.
Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia
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