sábado, 2 de fevereiro de 2013

Guerra

Guerra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 
 






Ramses II at Kadesh.jpgGustavus Adolphus at the Battle at Breitenfeld.jpgM1A1 abrams front.jpg
Guerra
 Guerra é um confronto sujeito a interesses da disputa entre dois ou mais grupos distintos de indivíduos mais ou menos organizados, utilizando-se de armas para tentar derrotar o adversário. A guerra pode ocorrer entre países ou entre grupos menores como tribos ou facções políticas dentro do mesmo país (confronto interno). Em ambos os casos, pode-se ter a oposição dos grupos rivais isoladamente ou em conjunto. Neste último caso, tem-se a formação de aliança(s).
Diz-se guerra civil a um confronto que provoca uma onda de conflitos armados, programados ou planejados entre facções, partidos ou grupos de um mesmo povo, ou ainda a que ocorre entre povos ou etnias habitantes de um mesmo país. Expressões como "guerra econômica" e "guerra psicológica" designam também os confrontos diretos provocados pelos pequenos conflitos efervescentes, agudos com ações igualmente violentas mas sem o uso de armas, necessariamente. O confronto ou a guerra pode ter motivos religiosos, étnicos, ideológicos, econômicos, territoriais, de vingança, ou de posse (quando um grupo deseja algo do outro).

Índice

Tipos de guerras

Existem diferentes formas de se classificar uma guerra, segundo as causas, o desenvolvimento, a intensidade, a abrangência geográfica ou a estratégia e o tipo de armamento principal utilizado. Algumas guerras podem ser incluídas em mais de uma modalidade, quando se considera elementos como a escala geográfica ou a escala de intensidade do conflito, ou ainda as causas ou origem da conflagração. É sempre interessante notar que geralmente uma guerra possui várias causas, ou seja, causada por variáveis distintas mas simultâneas. Raramente uma guerra tem uma única causa. Porém, Sun Tzu, em seu tratado "A Arte da Guerra", alerta que todas, bem como as chamadas de guerra (no conceito de "pequena guerra"), são todas de conquista.

Modalidades de guerra segundo a intensidade do confronto

  • Guerra limitada - De certa forma, toda guerra que não se torna uma guerra total poderia ser considerada uma guerra limitada. Entretanto, esta seria uma modalidade específica de guerra, limitada no tempo e no espaço, com objetivos pontuais claros e bem definidos, geralmente envolvendo um calculo razoável da relação custo-benefício da escalada do conflito. Campanhas rápidas visam atingir objetivo político ou econômico com o menor desgaste possível. A maioria das guerras travadas entre Estados incapazes de sustentar um conflito longo ou de vencer uma guerra rapidamente pode ser considerada uma guerra limitada. Exemplos: as guerras fronteiriças entre Peru e Equador em 1941 e 1995, a Guerra Sino-Soviétiva de 1969, e a Guerra entre Índia e Paquistão na região de Kargil, entre maio e julho de 1999 [2][3].
  • Guerras intermitentes ou guerras crônicas- É uma modalidade de conflito reincidente, onde há períodos de confronto seguidos de períodos de relativa calma. Muitas vezes os objetivos políticos nem sempre são claros ou vão sendo modificados com o tempo. Na modernidade, muitas vezes, estas guerras prolongam-se devido a fatores locais, como a própria economia de guerra, que passa a manter o conflito, geralmente incluindo a formação de liderenças locais chamadas de "chefes da guerra". Frequentemente ocorrem após guerras de independência, em países onde não ocorreu a consolidação de um Estado-Nação ou o Estado-Nação é muito frágil. Exemplos: a longa sequencia de batalhas entre França e Inglaterra conhecida como Guerra dos cem anos; a Guerra Civil na ex-Iugoslávia (1992-1995 e 1999-2000) que levou à fragmentação do país; a sequência de guerras civis e invasões estrangeiras que acometeram o Afeganistão, e a sequência de conflagrações armadas na República Democrática do Congo, que vai desde a guerra da independência nos anos 1960, a guerra civil a partir dos anos 1960, até as guerras recentes (ver: Primeira Guerra do Congo e Segunda Guerra do Congo)[4]
  • Guerra de guerrilha - Guerra que envolve o uso de pequenos contingentes militares, muitas vezes não estatal, contra um exército organizado pertencente a um Estado formal. As guerrilhas geralmente utilizam-se do que se convencionou de "táticas de guerrilha", com grande mobilidade das forças, uso de emboscadas, ataques surpresa, ataques rápidos seguidos de fulga, sabotagem e terrorismo, táticas de atrito e confronto indireto.
  • Guerra diplomática - confronto político que considera-se o estado "ideal" da guerra, ou seja, uma guerra em que prevalece a diplomacia ou o entendimento entre os povos, a estratégia e a racionalidade do entendimento, não havendo inspiração de ordem emocional ou moralista. Geralmente encontrada em sistemas internacionais propícios ao equilíbrio de poder (vide relações internacionais), segundo Napoleão I, "...as guerras armadas nascem quando as guerras diplomáticas morrem..."

Modalidades de guerra segundo a abrangência do conflito

Clausewitz dividia o estudo da Guerra em dois níveis, sendo o primeiro nível aquele da Guerra Total (virtual) e da Guerra Absoluta (forma de guerra total real ou possível), e o segundo nível, o da Guerra Regional, ou de delimitação de fronteiras [5].
Considerando-se apenas a área de abrangência, as guerras modernas poderiam ser divididas em 3 níveis: Local, Regional e Global. Considerando-se simultaneamente a área geográfica de abrangência e a intensidade do confronto militar, pode-se dividir uma guerra em até 4 níveis: Guerra Mundial, Guerra Continental ou Guerra Inter-regional, Guerra Regional e Guerra Local Guerra Inter-regional [6][7][8]
  • Guerra mundial ou guerra global - Que envolve nações de diversos continentes diferentes, com confrontos em mais de uma grande região ou oceano do mundo. Geralmente apresentam características de "Guerra Total" para alguns dos países que participam do conflito. Geralmente está em questão a disputa pela liderança mundial. Em algunas casos são formadas pela conexão de várias guerras regionais em um único confronto. Ex: Guerras Napoleônicas (1803–1815), I Guerra Mundial (1914-1918), II Guerra Mundial (1931-1945 na Ásia e 1939-1945 na Europa).
  • Guerra interregional ou grande guerra- Guerra que envolve um conflito central entre dois ou três países que formam o núcleo do confronto, mas que acabam envolvendo vários países ou povos de todo uma macro-região, área continental ou duas regiões próximas. Pode contar, às vezes, com o envolvimento de poucos países extra-continentais ou extra-regionais participando como atores secundários. Um ou dois dos países centrais do confronto podem apresentar características de envolvimento de "guerra total", mas a maioria dos países se envolve como uma "guerra limitada". Geralmente está em questão a disputa pela liderança em uma macro-região ou continente. Alguns consideram que esta é simplesmente uma modalidade mais violenta de Guerra Regional. Alguns casos de conflitos deste tipo acabaram levando à conflarações ainda maiores, ou se tornando parte de uma Guerra Mundial, como o caso da Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937 a 1945), que se tornou uma parte da II Guerra Mundial. Ex: Guerras púnicas, Guerras Médicas, Guerra do Paraguai (1864 - 1870), Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763).
  • Guerra local e pequenas guerras - Modalidade de guerra claramente restrita no tempo e no espaço, que inclui guerras entre apenas dois Estados, em uma região claramente delimitada, sem uma escalada para a guerra regional nem o envolvimento direto de terceiros atores. Ex: Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-1895), Guerra na Ossétia do Sul em 2008, Guerra Eritreia-Etiópia (1998-2000), Guerra do Chaco (1932 a 1935). Embora alguns autores classifiquem as Guerras Civis como formas de Guerra Local, quando não há o envolvimento direito de atores de fora da nação no conflito, as guerras civis de baixa intensidade também podriam ser consideradas um subtipo ainda menor, por envolver atores não-estatais, o que levaria à classificação como "pequena guerra" (em inglês small war[9]).

Modalidades de guerra segundo a forma ou desenvolvimento do confronto

  • Guerra preservativa - ocorre quando uma nação, estando sob a ameaça de outra, não encontra alternativa senão a de tomar a iniciativa do confronto, fazendo isso como forma de defesa. São consideradas "legais", de acordo com a Organização das Nações Unidas(1948) ou Liga das Nações(1918).
  • Guerra de partida ou Ataque é a melhor defesa - a nação antecipa agressivamente o confronto, pelo conflito subversivo efervescente das massas, sem que existam provas consistentes o bastante para o justificar, antes do oponente do confronto. Ex.: invasão do Iraque, que culminou na queda de Saddam Hussein.
  • Guerra por procuração - nações confrontam-se indiretamente, financiando os conflitos efervescentes ou subvertendo as massas populares, cujos resultados dizem respeito aos interesses delas. Ex.: ocasião em que os Estados Unidos financiaram a Grécia contra o avanço do comunismo (vide Doutrina Truman).Também podem ser consideradas guerras por procuração, as situações em que um país ataca outro, servindo aos interesses de um terceiro, como na Guerra da Coréia ou na Guerra Irã-Iraque.
  • Guerra fria - ocorre quando nações digladiam-se pela liderança global, através de conflitos indiretos, de corrida armamentista e tecnológica, espionagem ou subversão, guerras por procuração, guerras doutrinárias; sempre evitando o confronto militar direto, uma vez que este desencadearia uma escalada de aniquilação, na Era Nuclear, que levaria à Guerra Nuclear total. Ex.: Estados Unidos X União das Repúblicas Socialistas Soviéticas de 1945 a 1989 (vide tipo, "guerra nuclear").
  • Guerra subversiva, espionagem ou de guerrilha - é um tipo de guerra não convencional de confronto direto, no qual um dos grupos envolvidos pretende subverter a ordem estabelecida. Geralmente a principal estratégia utilizada é a ocultação e a extrema mobilidade de agentes autônomos, dos combatentes, geralmente envolvendo "guerra ou confronto de guerrilheiros". Embora a "subversão" seja encontrada em toda ou qualquer guerra, ou por atores não estatais ou pelos agentes do Estado invasor, nestes casos costuma haver uma clara vantagem dos grupos estabelecidos no poder sobre os subversivos. Ex.: FARC, na Colômbia, e em guerras urbanas modernas, contra os diversos tipos de tráfico ilegal, que confrontam com a sociedade e a cidadania, tentando formar um "Estado Paralelo", no exercício de poder. É utilizado também pelos Estados que pregam a invasão ideológica religiosa.
  • Guerra psicológica ou de propaganda - a população (de qualquer das partes) é manipulada para conseguir obter o seu apoio pela panfletagem e propaganda. A manipulação pode ocorrer mediante a transmissão de informações falsas ou assistência médica,por exemplo. É guerra psicológica, a manobra em que o interessado detém a fidelidade do povo ao suprir-lhes precariamente, suas necessidades básicas sem intenção verdadeira de viabilizar soluções. Aparentando apoio e atenção, sem perder o foco voltado em mantê-lo (o povo) atado e fiel através do medo, ignora o fato que se trata apenas da manutenção de sua miséria sobrevivência. Dessa forma o interessado os mantém calados, passivos, inoperantes e gratificados. Mantendo-os temerosos com seu futuro e ignorantes de cultura e informações da verdade, o interessado não terá oponente, como exemplo temos a guerra psicológica de propaganda de Adolf Hitler no passado e modernamente na propaganda do tráfego, tentando aliciar os cidadãos de bem em uma aventura duvidosa, temos em Goebbels, o ministro da propaganda da Alemanha Nazista, que afirmou que "...uma mentira dita várias vezes, acaba transformando-se em verdade, se não tiver respaldo legal que a negue..." Este é o princípio norteador da chamada guerra psicológica.

Modalidades de guerra segundo a causa do confronto bélico, ou causus belis

  • Guerra comercial ou econômica - envolve causas econômicas, que muitas vezes são consideradas viariáveis causais da maior parte das guerras. Também envolvem a utilização de mecanismos de confronto econômico, tais como o embargo comercial e a imposição de barreiras alfandegárias. Ex.: Bloqueio continental promovido por Napoleão; embargo à África do Sul na época do Apartheid, como também o embargo americano a Cuba, a partir de 1960 (após a invasão da baia dos Porcos, até os dias de hoje).
  • Guerra político-ideológica- Pode ser considerada uma forma específica de guerra civil. Em geral opõe grupos revolucionários ou partidos políticos distintos, ou estes grupos contra governos, devido a divergências político-ideológicas. Entre os conflitos ocorridos na América Latina, este é o tipo mais frequente.
  • Guerras religiosas - Guerras que envolveram como motivação principal ou justificativa mais relvante, a imposição de uma determinada religião sobre uma região ou país, ou a conversão de "infiéis" a uma determinada religião. Ex: as Cruzadas, Jihad, Guerra santa.
  • Guerras étnicas - guerras que envolvem grupos étnicos diferentes, geralmente justificadas por supostas ou reais rivalidades históricas entre as etnias. Já que a simples existência de duas ou mais etnias em um mesmo Estado não é causa necessáriade rivalidades ou guerras, geralmente existem outras causas principais para o conflito. Apesar de muitas guerras serem classificadas como étnicas, a causa dominante geralmente é política ou econômica, e o elemento étnico costuma ser a principal justificativa ideológica para os lados em disputa arregimentarem soldados e voluntários ou manterem o conflito.
  • Guerra de libertação nacional ou independência- Travadas com objetivo político claro de libertar um território ocupado por uma potência estrangeira ou colonizado por uma metrópole. As principais guerras deste tipo opuseram exércitos asiáticos e africanos a exércitos europeus entre meados do século XIX e o século XX. Guerras de Resistência, também pode ser consideradas um subtipo das Guerras de Libertação Nacional, nos casos de países invadidos e ocupados por potências estrangeiras. Ex: Guerra da Independência dos Estados Unidos, Guerra Colonial Portuguesa
  • Guerra nupcial, de encadeamento ou vingança - caracteriza-se por compreender uma nação inteira sob o objetivo de vencer uma guerra emocionalmente e psicologicamente envolvidos em um objetivo beligerante, nascido do confronto em si, gerado de disputas muitas vezes históricas ou sociológicas. Envolve a totalidade dos esforços bélicos, ideológicos, comerciais, etc., e inclui necessariamente um elenco subjetivo cultural, histórico e antropológico, nascidos da disputa política anteriores e necessariamente de um líder constituído para tal fim que incorporiza tal espírito beligerante de um povo historicamente ofendido, quase sempre, como já foi dito de origem histórica, social, cultural, antropológica de justiça ofendida e de paixão culturalmente desenvolvida pelo ódio de classes ou culturas ou religiões tudo concatenado e encadeado num momento histórico, como se fosse uma grade panela de pressão que explodisse, por exemplo: a Alemanha nacional trabalhista de Adolf Hitler, a Itália, e o Japão, nações do chamado Eixo, de mesmo foco político, de Benito Mussoline, que queriam transformar o mundo, durante a Segunda Guerra Mundial,chegando a envolver ou encadear também o Japão, como queriam encadear outros teatros de guerra, nas palavras de Wiston Churchil.

Modalidades de guerra segundo o tipo de armas estratégicas utilizadas

  • Guerra nuclear ou Terror Atômico- também conhecida como "terrorismo - estressante", em que foguetes de alcance mundial são utilizados para causar destruição total e irreversível no oponente. Seria um período específico da Guerra Fria, que vai de 1962 (período John Fitsgerald Kennedy e Nikitta Krubshev com a Crise dos Mísseis em Cuba) até à queda do muro de Berlim (1989). Jamais houve esse tipo de guerra na realidade, mas a ameaça do terror iminente, da espada de Demóscristo sobre a cabeça da humanidade sempre existiu, de haver o fim do mundo, o que inspirou de fato e de direito a Guerra Fria entre EUA (seus satélites) e URSS (e seus satélites). A síntese desta modalidade de tensão estratégica foi a "Destruição Mútua Assegurada", ou "Mutual Assured Destruction" (MAD em inglês, que também significa "louco" ou "estressante"). Esta lógica garantiria que, se um lado atacasse, o outro revidaria com força total, e ambos acabariam destruídos. Outra forma de Terro Atômico foi uma estratégia proposta pelos EUA: em último caso, atacar preventivamente alguns pontos estratégicos do inimigo, de forma a neutralizar uma possível reação nuclear deste. Esta seria conhecida como "Estratégia de Alvos de Uso Nuclear", ou "Nuclear Utilization Target Strategies" (ou apenas NUTS, em inglês "maluco") [15][16][17].[18]
  • Guerra biológica- envolve como tática de guerra o uso de agentes biológicos nocivos (vírus, bactérias, doenças, etc). É possível considerar que o uso de táticas deste tipo foram utilizadas de forma consciente ou inconsciente pelos atacantes em diversos momentos da história da humanidade, confome descrito por Jared Diamond em seu livro Armas, Germes e Aço. A conquista da América teria inaugurado a guerra biológica em larga escala, pois os europeus trouxeram consigo doenças que dizimavam as populações nativas das Américas. No século XX armas biológicas foram intensamente utilizadas durante a II Guerra Mundial, pelas forças japonesas que atacavam a China e durante a Guerra da Coréia. O governo socialista de Cuba sempre acusou os EUA de pulverizarem pragas sobre suas plantações. Segundo diversas fontes do Pentágono, hoje forças políticas beligerantes, incluindo terroristas, utilizam-se dessa modealidade de guerra, no envio de cartas e objetos pelo correio contaminados com agentes patogênicos, como nos episódios ocorridos nos EUA logo após o ataque às torres gêmeas em 11 de setembro de 2001.
  • Guerra Regular -Travada entre exércitos. Característica de Estados organizados e estáveis. Neste tipo de conflito geralmente existe a separação entre civis e soldados, assim como a separação entre territórios. Por se tratar de um conflito entre Estados, algumas regras podem ser seguidas (tratamento de prisioneiros, respeito à população civil, etc). Obedece à doutrinas que se alteram de tempos em tempos.
  • Guerra Irregular - Travada entre um exército e uma guerrilha, ou entre guerrilhas. Não há campos de batalha definidos, uniformes ou divisões territoriais. Este modo de guerrear não oferece ao inimigo a “batalha decisiva”. A diferenciação entre civis e soldados torna-se mais difícil ou mesmo inexistente. Denúncias de abusos contra civis são comumente usados, pois ambos os lados precisam de apoio da população.
  • Guerra Simétrica - Guerra em que os oponentes apresentam equivalência técnica e numérica, bem como equivalência de meios e objetivos. Algumas guerras regulares encaixam-se neste perfil. Ex: Guerras Mundiais, Guerra Irã-Iraque, Guerra da Coréia.
  • Guerra Assimétrica - Guerra em que os oponentes apresentam diversas diferenças, tais como: nível de organização, objetivos, recursos financeiros, recursos militares, comportamento-obediência a regras. Em geral são guerras irregulares (guerrilhas), insurrecionais ou entre potências e Estados pequenos. As ações do mais fraco são geralmente indiretas e visam desgastar o mais forte. Quando há vitória, esta geralmente não é militar, mas é alcançada pelo desgaste militar e político de um dos combatentes, em um nível que leva à desistência de lutar [19]. Diferem da Guerra Irregular por tratar-se de conflito entre nações. Em quanto aquela trata de conflito entre combatentes de uma mesma nação. Já a Guerra Assimétrica pode chegar a uma forma de resistência a uma força adversa muito mais forte, nela reinará o estado da arte da guerra.

Motivações

Toda Guerra tem diversas causas, mas geralmente é possível identificar uma causa principal. Às vezes é difícil distinguir as causas reais de uma guerra, das justificativas e discursos adotados pelos atores envolvidos na guerra. As guerras totais geralmente envolvem várias das causas apresentadas a seguir, simultaneamente.
Poder - Toda guerra envolve em algum grau a disputa por poder. Geralmente a disputa por poder é mais clara nos conflitos envolvendo grupos políticos que querem tomar o controle sobre o Estado, em uma guerra civil ou revolucionária, ou em disputas envolvendo grandes potências pela liderança de uma região ou do mundo.
Estratégia - Necessidade de base militar para dominar um outro inimigo como por exemplo a conquista da Dinamarca pela Alemanha Nazista cujo real objetivo era dominar a Noruega na segunda guerra mundial.
Economia e riqueza- A maior parte, senão a totalidade das guerras envolvem motivações econômicas, que vão desde a posse de bens ou riquezas, até o controle de recursos econômicos estratégicos. Podem ter por objetivo a conquista de territórios, recursos e mercados ou a eliminação de sistemas político-econômicos competidores rivais. São mais pronunciadas nas guerras modernas, quando os Estados já são orientados por uma lógica mais industrial-financeira e recursos muitas vezes raros tornam-se essenciais em determinados processos produtivos. Teoricamente conflitos deste tipo tenderiam a ser analisados pelos beligerantes em função de seu custo e benefício. Quando bem planejadas, os alvos são claramente definidos (infra-estrutura do adversário) e as ações militares buscam a resolução mais rápida possível, minimizando baixas e custos. Em alguns casos de guerras civis, nota-se que a causa principal da conflagração militar é a disputa por recursos naturais estratégicos ou de alto valor, como diamantes, metais raros, ou petróleo, comumente denominadas Guerras por Recursos Naturais [20][21][22]. Em alguns casos, até mesmo terras férteis e água podem ser considerados recursos valiosos em disputa por grupos rivais, a ponto de deflagarem guerras civis ou conflitos locais [23]. Mesmo quando a disputa por estes recursos naturais não deflagra diretamente o conflito armado, em muitos casos, tal disputa é determinante para a manutenção do confronto.[20]
Imposição de ideais- Este tipo, mais amplo, é gerado tanto por fatores isolados (religião, política ou economia) ou pelo simples fato de considerarem-se superiores aos outros, de grupos que consideram as características pessoais que possuem como sendo perfeitas, considerando todas as outras obsoletas. Neste tipo normalmente se atacam a cultura de determinado povo ou grupo rival, exterminando seus conhecimentos, suas ideias e opiniões sociais. Como exemplo aqui pode-se citar os holocaustos bibliográficos, onde os alvos principais são os centros retentores de conhecimentos, as bibliotecas.
Classe Social - Algumas das guerras revolucionárias são consideradas como tendo como causa principal o confronto entre classes sociais, como nos casos da Revolução Gloriosa, na Inglaterra, Revolução Francesa ou na Revolução Russa.
Etnia e Religião- Estas motivações podem ocorrer em conjunto ou separadamente. Conflitos justificados por rivalidades étnicas e religiosas são o tipo mais antigo e permanecem atuais. O apelo étnico e religioso “justifica” o conflito como um dever histórico e o passado “fundamenta” a guerra do presente. Motivações deste tipo frequentemente geram abusos, como o extermínio de populações inteiras, na forma de etnocídios e genocídios. Sua lógica precede a lógica da política moderna e do Estado, embora este tipo de justificativa continue sendo utilizada na atualidade para diversas guerras recentes.
Dificuldades para análisar a complexidade cultural e social em determinados conflitos geraram alguns dos maiores desastres humanitários do século, como na Guerra Civil em Ruanda. Conflitos em que se usa a motivação écnica como justificativa são encontrados principalmente em países que foram colônias durante os séculos XIX e XX, onde o Estado Nacional ainda não se estruturou por completo nem há uma clara identidade nacional além dos laços familiares, de clãs ou étnicos.

Os conflitos no tempo

Guerras Mundiais 1914-1945
Guerras na Europa, com repercussões nas colônias.
Conflitos regulares, simétricos e político-econômicos. As raízes do primeiro conflito encontram-se nas disputas imperialistas do século XIX. Militarmente a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) não teve uma solução, o armistício foi assinado sem que houvesse uma vitória real de um dos lados do conflito. A Revolução Russa ocorre neste período, bem como a Crise de 1929 e o surgimento do Fascismo. Estes novos fatores somados a questões não resolvidas em 1918 levam à Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Guerra Fria 1945 – 1989/91
Europa: “coexistência pacífica”, as principais crises foram o Bloqueio de Berlim em 1948 e as intervenções da URSS na Tchecoslováquia e na Hungria.
Ásia e África: descolonização. Guerras contra os dominadores europeus e entre os grupos locais. Neste período ocorreram as guerras de independência ou descolonização, gerando conflitos de alta complexidade em que questões étnicas locais somam-se a fatores políticos e econômicos dentro de fronteiras artificiais traçadas por potências estrangeiras a partir do século XIX. Conflitos em geral irregulares e assimétricos. Exceções: Coréia, Índia e Paquistão, árabes e israelenses.
América: conflitos político-ideológicos, guerrilhas de esquerda contra os governos apoiados pelos EUA. Ditaduras militares ocorreram na maioria dos países.
Nova Ordem Mundial 1991 – Hoje
Pulverização dos conflitos pelo mundo. Predomínio da guerra irregular e assimétrica. Fragmentação da URSS e fim da Guerra Fria: nacionalismos étnicos dentro da Rússia, no Cáucaso e na Ásia Central. Continuidade na África dos choques pós-descolonização, incluindo as questões étnicas. Ondas de refugiados. Aumento dos choques culturais Islã-Ocidente. Aumento da presença militar dos EUA no mundo. Intervenções dos EUA no Oriente Médio: fragmentação do Iraque e instabilidade regional ampliada. Conflitos entre Estados e grupos autônomos. Israel e Hizbollah, EUA e Talebã – Al Qaeda.
Níveis técnicos:
Pré – 1914 Combate próximo, de fogo com mistura de armas o e cargas de baioneta. Uso de cavalaria para reconhecimento e eventuais cargas rápidas. Artilharia como apoio à tropa. No mar, grandes encouraçados e duelos de artilharia.
Guerras Mundiais 1914-1945 Início da mecanização da guerra, com o desenvolvimento de tanques de guerra e outros carros de combate. A Primeira Guerra foi basicamente uma guerra de posições (trincheiras). A Segunda Guerra foi uma guerra de manobras. O desenvolvimento dos veículos permitiu mais mobilidade, a força aérea iniciou os bombardeios estratégicos. Apesar das diferenças táticas e tecnológicas, os conflitos foram bastante semelhantes, com muito contato próximo.
Guerra Fria Neste período foram aperfeiçoadas diversas invenções da Segunda Guerra, tais como: mísseis balísticos, propulsão a jato, helicópteros e o armamento nuclear. Os conflitos deste período apresentam grande variedade técnica. Países pobres ou grupos guerrilheiros utilizaram armamento pouco superior ao visto no período anterior. Armas leves, minas terrestres e técnicas de guerrilha foram comuns. Países ricos mantiveram seu arsenal atualizado e adaptaram suas táticas e estratégias aos novos armamentos disponíveis. Televisão e satélites passaram a influenciar os conflitos. As imagens mobilizaram a opinião pública, os satélites revolucionaram a análise de dados e a captação de informações.
Nova ordem mundial O colapso soviético gerou a desmobilização de diversos exércitos, mas também causou conflitos. Informática, armamento nuclear tático, mísseis e bombas “inteligentes” guiados por satélite, GPS ou laser, passaram a ser usados para reduzir o custo humano entre os exércitos de países ricos. A tendência para estes países é abandonar os grandes contingentes visando maior utilização das chamadas “tropas especiais” ou “tropas de elite”. Estas tropas atuam em números menores, amplamente amparadas pela tecnologia e são treinadas especialmente para missões em guerras irregulares. Para os países pobres continuam valendo os níveis técnicos inferiores. Não há uma regra, conflitos podem ser travados com facões ou metralhadoras, mas raramente apresentam blindados, aviação e marinha. Tais elementos aparecem apenas em pequenas quantidades.

Questões humanitárias

A Primeira Guerra Mundial matou 10 milhões de pessoas. A Segunda Guerra, mais 50 milhões. A Guerra Fria, outros 20 milhões.
A quantidade de conflitos e o grande desenvolvimento dos meios de comunicação no século XX permitiram sensibilizar populações de diversos países sobre os problemas ocorridos principalmente durante a Guerra Fria e nos anos que a seguiram. Missões de paz tornaram-se cena comum, apesar dos diversos problemas enfrentados.
Hoje o principal produto das guerras, além da destruição, é o grande número de refugiados. A situação dos refugiados nos seus próprios países é precárias e insegura.
“Entre 1740 e 1974, o planeta teve 13 bilhões de habitantes e assistiu a 366 guerras de grandes dimensões, ao custo de 85 milhões de mortos. O resultado dessas guerras parece ter sido um prêmio à agressão, pois em dois terços delas o agressor saiu-se vencedor e, quanto à duração, 67% terminaram em prazo inferior a quatro anos” Francisco Doratioto, Maldita Guerra

Curiosidades bélicas

Broom icon.svg
Seções de curiosidades são desencorajadas pelas políticas da Wikipédia.
Este artigo pode ser melhorado, integrando ao texto os itens relevantes e removendo os supérfluos ou impróprios.

Zonas do Mundo onde ocorrem conflitos armados.
  • Alexandre, o Grande, ordenou que todos os seus soldados raspassem a cabeça e o rosto. Ele acreditava que a barba e cabelos longos poderiam facilitar a tentativa de uma degolada.
  • No Japão feudal, o exército Imperial tinha soldados especiais cuja a única missão era contar o número de cabeças de inimigos cortadas em cada batalha, para fins matemáticos e estatísticos censitários - estratégicos.
  • O lixo nuclear de usinas nucleares (Urânio exaurido, uma substância mais densa que qualquer metal) pode ser usado para revestir mísseis e bombas. É usado em diversas armas recentes.[carece de fontes]
  • A guerra mais rápida da história durou 37 minutos. Uma esquadra inglesa decidiu ancorar no porto de Zanzibar, na África, em 1896, para assistir a uma partida de críquete. O sultão de Zanzibar não gostou e mandou que seu único navio atacasse os ingleses. Quando o navio abriu fogo, os ingleses o afundaram rapidamente e ainda destruíram o palácio do sultão, matando quinhentos soldados. Zanzibar se rendeu na hora e o sultão fugiu para a Alemanha.
  • Na Primeira Guerra Mundial, canários e ratos foram usados como cobaias pelos aliados sempre que se cavava um túnel nas proximidades da linha dos inimigos. Era para detectar a presença de algum gás, principalmente o Gás Mostarda, devido à guerra química que se iniciava.
  • o fósforo branco, agente químico que faz pessoas se inflamarem ao contato com o ar, continua sendo usado como arma até o dia de hoje mesmo por países desenvolvidos, apesar do Protocolo de Genebra.
  • Em 1969, eclodiu uma guerra entre El Salvador e Honduras durante um jogo eliminatório para Copa do Mundo de Futebol (a guerra do futebol)

Etimologia

O substantivo "guerra" deriva do vocábulo da língua gótica e saxônica wirro, que significa "confronto"[24].

Ver também

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Guerra
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Guerra
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Guerra

Referências

  1. MARTINS, José M.Q. (2008). "Digitalização e guerra local: fatores do equilíbrio internacional". Tese deDoutorado em Ciência Política, UFRGS, Porto Alegre, 2008. pg. 11-14.
  2. CHANDRAN, Suba (2005). "Limited War: Revisiting Kargil in the Indo-Pak Conflict". India Research Press: Nova Deli, India.
  3. CHANDRAN, Suba (2004). "Limited War with Pakistan: Will It Secure India’s Interests?". ACDIS Occasional Paper. Program in Arms Control, Disarmament, and International Security (ACDIS), University of Illinois.
  4. CASTELLANO DA SILVA, Igor & SARAIVA, Fernando (2009). Ineficiência do Estado: o papel da guerra e dos recursos naturais na República Democrática do Congo. Revista Perspectiva, vol. 2, p. 27-46, Porto Alegre, RS.
  5. MARTINS, José M.Q. (2008). pg. 11-14, op. cit.
  6. MARTINS, José M.Q. (2008). op. cit.
  7. OLIVEIRA, Lucas K. (2009). "Segurança Energética no Atlântico Sul: Análise Comparada dos Conflitos e Disputas em Zonas Petrolíferas na América do Sul e África". XXXIII Encontro da ANPOCS, Caxambu, MG.
  8. a b SEBBEN, Fernando D.O. (2007). Separatismo e Hipótese de Guerra Local na Bolívia: Possíveis Implicações para o Brasil. Monografia de Graduação em Relações Internacionais. UFRGS, Porto Alegre, 2008.
  9. OLIVEIRA, L.K.(2009) op. cit.
  10. ZIMERMAN, Artur (005). "Revisão bibliográfica da literatura quantitativa sobre os determinantes de guerra civil". BIB Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, São Paulo, v. 60, n. 2 semestre, p. 65-85.
  11. YLÖNEN, Aleksi (2005) "Sudan: Lo local, lo regional y lo internacional en los conflictos civiles". Revista Pueblos, nº 18, p. 31-33, Setembro de 2005.
  12. CEPIK, Marco A. C. & OLIVEIRA, Lucas K. (2007) "Petróleo e Guerra Civil no Sudão". Radar do Sistema Internacional, RSI. p. 1-6.
  13. CEPIK, Marco A. C. & OLIVEIRA, Lucas K. (2007) "Petróleo e Insurgência Armada na Nigéria". Radar do Sistema Internacional, RSI, p. 1-11.
  14. SEBBEN, Fernando D. O. (2008) "Secessão Boliviana: Um Estudo de Caso sobre Conflito Regional". I Seminário Nacional de Ciência Política da UFRGS, 2008, Porto Alegre, RS. p. 1-22
  15. LIEBER, Keir A. & PRESS, Daryl G. (2006) "A ascensão da supremacia nuclear dos Estados Unidos". Revista Política Externa, v. 15, nº 1, jun/jul/ago, p. 47-56.
  16. CEPIK, Marco A. C; MARTINS, Jose Q. M. & ÁVILA, Fabrício S. (2008) "Segurança Internacional: Desafios para as Próximas Décadas na Esfera da Estratégia". II Encontro Nacional da ABED.
  17. JESUS, Diego S.V. (2008) "Treze passos para o Juízo Final: A Nova Era do Desarmamento Nuclear dos Estados Unidos e da Rússia". Revista Contexto Internacional, vol. 30, n.2, p. 399-466.
  18. AVILA, Fabrício S.; MARTINS, José Miguel & CEPIK, Marco(2009) "Armas estratégicas e poder no sistema internacional: o advento das armas de energia direta e seu impacto potencial sobre a guerra e a distribuição multipolar de capacidades". Contexto Internacional, vol.31, n.1, p. 49-83.
  19. LIND, W. (2005) "Compreendendo as Guerras de Quarta geração". Military Review (port.), pg. 12-17.
  20. a b KLARE, Michael T. (2001) Resource Wars: The New Landscape of Global Conflict. Owl Books: Nova Iorque, EUA.
  21. GALVÃO, Denise L. Camatari (2005) "Conflitos armados e recursos naturais: as 'novas' guerras na África". Dissertação de Mestrado em Relações Internacionais. UnB, Brasília, DF. 215 p.
  22. GALVÃO, Denise L. C. (2007). "Diamantes de Sangue: o conflito armado em Serra Leoa". InfoREL, 12/06/2007.
  23. ZIMERMAN, Artur (2006). Peguem a foice e vamos à luta: questões agrárias como determinantes do início de guerra civil, análise global, 1969-1997. Tese de Doutorado em Ciência Política, USP, São Paulo, SP.
  24. Verbete "guerra" do dicionário Priberam

Ligações externas

 fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra

Obrigado pela visita, volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Krishna Murari ~ Swarupa Damodara Das



Obrigado pela visita, e volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Vaiyasaki - Vamsidhari Krsna Murari



Obrigado pela visita, e volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Sai Gayatri



Obrigado pela visita, e volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Blog do João Maria- Renan Calheiros de volta: acorda Brasilchega da cult...



Obrigado pela visita, e volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

03/02/2013 (09:30 - 11:00) Workshop: Comida com consciência workshop - Comida com consciência aula de culinária

http://www.bkwsu.org/brazil/images/header.jpg

03/02/2013 (09:30 - 11:00)
Workshop: Comida com consciência

workshop - Comida com consciência
aula de culinária

R. Monte Aprazível, 387 – Chácara da Barra
CEP: 13090-764
(ver o mapa de localização)
Fone: 19-3241.7480
Email: campinas@br.bkwsu.org



http://www.bkwsu.org/brazil/agenda/bk_event_view?event_id=78088

Obrigado pela visita, e volte sempre.
pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Palestra: Os princípios que levam a vitória através da Lei do Karma: 03/02/2013 (18:30 - 20:00)

 

03/02/2013 (18:30 - 20:00)
Palestra: Os princípios que levam a vitória através da Lei do Karma

03/02 - Os princípios que levam a vitória através da
Lei do Karma - Madalena Neves
R. Monte Aprazível, 387 – Chácara da Barra
CEP: 13090-764
(ver o mapa de localização)
Fone: 19-3241.7480
Email: campinas@br.bkwsu.org



http://www.bkwsu.org/brazil/agenda/bk_event_view?event_id=78950



Obrigado pela visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A historiadora francesa Régine Pernoud, em seu liv...

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A historiadora francesa Régine Pernoud, em seu liv...: Luzdaidademedia from joão maria Obrigado pela visita, e volte sempre.

Obrigado pela visita, volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A Idade Média existiu?

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: A Idade Média existiu?: Publicado em 06/01/2013 Ricardo da Costa  Conferência no evento "O mito da Idade Média", organizado pelo Instituto VERA FIDES e ...

Obrigado pela visita, volte sempre.pegue a sua no TemplatesdaLua.com

A Idade Média existiu?

Publicado em 06/01/2013

 Conferência no evento "O mito da Idade Média", organizado pelo Instituto VERA FIDES e ocorrido na Igreja de Sant'Anna (Rio de Janeiro-Centro) no dia 22 de dezembro de 2012.





"Idade das trevas" ou "época de obscurantismo" são alguns dos slogans que mais ouvimos nas escolas quando o tema é sobre a Idade Média. A historiadora francesa Régine Pernoud, em seu livro Luz sobre a Idade Média, mostra um panorama muito diferente do que aprendemos desse período de coragem, Fé, aventuras, castelos, reis, nobres e camponeses que, embora a legenda negra, tanto fascinaram a imaginação em nossa infância. Quantas vezes peguei minha irmã caçula brincando de princesa no quarto com suas bonecas.
Este livro revela toda a riqueza do período medieval e aspectos menos conhecidos nossos como o interesse às ciências e à medicina que tiveram grande desenvolvimento nesse período.



Revolução Industrial da Idade Média (A) - Ampliar Imagem

Sinopse





 No espírito dos nossos contemporâneos, a revolução industrial anda invariavelmente associada aos séculos XVIII - XIX. É neles que situam a renovação das fontes de energia, o progresso tecnológico e os fenómenos sociais a que então se assistiu, desde a proletarização dos trab...






A Idade Média, uma impostura 


A Idade Média  - uma Impostura
Jacques Heers dá-nos no seu livro “A Idade Média, uma impostura” a chave para a compreensão de uma época, no seu contexto histórico, evidenciando e desmontando os estereótipos e lugares comuns que sobre a IM se criaram durante a segunda metade do séc. XVIII e a primeira metade do séc. XIX, que ainda hoje perduram na cultura – eventualmente pouco culta e utópica – e nos manuais escolares, enviesados pelas falsas convicções de que:

1. do séc. XVIII para cá os homens são bons por natureza e que antes disso eram quase todos burros e perversos

2. as estruturas sociais anteriores aos séc. XVIII e XIX eram perversas e pervertiam os homens, enquanto as estruturas modernas são imaculadas e se destinam a fabricar o “homem novo”, como se isso pudesse existir na actual condição humana.

Posto isto, eis alguns aspectos a reter deste livro, que respondem de forma cabal e fundamentada às questões formuladas e a outras mais que se levantem no espírito do leitor:

a) a IM nasceu na segunda metade do séc. XVIII. De facto, foram os escritores – digamos publicistas, do famoso “romance histórico” – maioritariamente franceses, da época, que mais se lançaram a escrever sobre a IM e assim estabeleceram chamar e assim a limitaram no tempo entre o fim dos Impérios Romanos do Ocidente e do Oriente, e que criaram a imagem negativa e estereotipada que ainda hoje circula nos media e manuais escolares.

b) o Renascimento nasceu no séc. XIX, na medida em que nesta época muito foi escrito sobre os séc. XIV, XV e XVI europeus, e particularmente italianos, seus artistas e escritores. No Renascimento não se falava de Renascimento. O sentir artístico, poético e intelectual de Dante, Petrarca e Bocaccio não era generalizado – não existia uma “consciência colectiva” de renascimento –, desenvolveu-se em escolas artísticas, literárias, de pensamento, de argumentação política, como havia outras em Itália e no resto da Europa, muitas vezes junto da Corte. De resto, a cultura na IM sempre esteve nutrida pela referência aos Gregos e aos Romanos.

c) as origens das ideias estereotipadas e dos lugares comuns de hoje sobre a IM ficam assim bem claras.

d) Feudalismo e senhorialismo não eram a mesma coisa. O feudalismo correspondia a uma organização política, muito mais descentralizada – diríamos hoje – que o Estado de direito democrático, enquanto o senhorialismo, da Inglaterra à Itália, nas suas variantes, consistia num sistema económico, distinto e independente do feudalismo, com regras próprias.

e) As cidades, ao contrário do que afirma o estereótipo, não eram mais lugares de liberdade que os campos, supostamente lugares de cativeiro. A liberdade de movimentos do campo para a cidade e vice-versa é documentada de forma irrefutável. As cidades eram, frequentemente, palco de violentas convulsões entre facções políticas rivais, a que não escaparam as comunas italianas, como atesta o tipo de construção urbana da época.

f) São abordados também os estereótipos em relação à Igreja: o obscurantismo do clero – e só do clero, repare-se –, a acção da Inquisição, a suposta proibição de discutir ideias – quando foi no seio da Igreja que surgiram as primeiras universidades –, a papisa Joana, a usura…

As leis anti-usura não eram, na prática, anti- lucro, antes procuravam estabelecer um limite razoável à cobrança de juros pelos prestamistas, e evitar, por um lado, extorsões, e por outro, revoltas entre devedores e credores em épocas de más colheitas e de recessão económica. Neste particular, há interessantes referências às relações entre judeus e cristãos que, mais uma vez, contrariam o estereótipo.

“A Idade Média, uma impostura”, Jacques Heers, Edições ASA (1994)

Manuel Brás
Quando começou a Idade Média (IM)? De um ano para o outro? Quando terminou?

Quando começou o chamado Renascimento? Os milhões de homens e mulheres que viveram nessa época sabiam que estavam na IM? Poder-se-á resumir a História de 1000 anos, numa dúzia de páginas dos manuais escolares, ao imobilismo, ao obscurantismo, à exploração e a outros estereótipos conhecidos?

Como eram as relações, de poder e não só, entre pessoas e entre grupos sociais na IM? Como variaram ao longo do tempo? Foram as estruturas sociais e políticas medievais imóveis e iguais em toda a Europa? Feudalismo e senhorialismo foram a mesma coisa?

De onde procede a visão que hoje domina os media e os manuais escolares sobre a IM?

Basta de perguntas. Comecemos pela última.

manuelbras@portugalmail.pt
Etiquetas:





Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

A historiadora francesa Régine Pernoud, em seu livro Luz sobre a Idade Média, mostra um panorama muito diferente do que aprendemos desse período de coragem, Fé, aventuras, castelos, reis, nobres e camponeses que, embora a legenda negra, tanto fascinaram a imaginação em nossa infância.




Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Nossos ancestrais tinham esse conhecimento. O ano era dividido em 13 meses.

Nossos ancestrais tinham esse conhecimento. O ano era dividido em 13 meses. Existem 13 constelações, 13 ciclos lunares em um ano e 27-29 dia...