segunda-feira, 18 de março de 2013

Teoria da Personalidade Podemos afirmar que os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes...

Teoria da Personalidade

Podemos afirmar que os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes...
Teorias da Personalidade |


As teorias, discussões e controvérsias sobre a Personalidade foram temas sempre presentes em toda história da filosofia, psicologia, sociologia, antropologia e medicina geral. Entre tantas tendências destaca-se um tronco ideológico segundo o qual os seres humanos foram criados iguais quanto sua capacidade potencial. Neste caso, a ocorrência das diferenças individuais seria interpretada como uma decisiva influência ambiental sobre o desenvolvimento da Personalidade
De acordo com tal enfoque, havendo no mundo uma hipotética igualdade de oportunidades, seríamos todos iguais quanto as nossas realizações, já que, potencialmente seríamos iguais. Assim pensando, se a todos fossem dadas oportunidades iguais, como por exemplo, oportunidade musical ou artística, seria impossível destacar-se um Chopin, Mozart, Monet, Rembrandt, porque a potencialidade de todos seus colegas de classe seria a mesma. A única diferença entre Einstein e os demais teria sido uma simples questão de oportunidade e circunstâncias ambientais. Neste caso a Personalidade, a inteligência, a vocação e a própria doença mental seriam questões exclusivamente ambientais.  
A idéia de buscar fora da pessoa os elementos que explicassem seu comportamento a sua desenvoltura vivencial teve ênfase com as teorias de Rousseau, segundo o qual era a sociedade quem corrompia o homem. Subestimou-se a possibilidade da sociedade refletir, exatamente, a totalidade das tendências humanas. Seres humanos que trazem em si um potencial corruptor o qual, agindo sobre outros indivíduos sujeito à corrupção, produzem um efeito corruptível. Ou seja, trata-se de um demérito tipicamente humano.  
Outra concepção acerca da Personalidade foi baseada na constituição biotipológica, segundo a qual a genética não estaria limitada exclusivamente à cor dos olhos, dos cabelos, da pele, à estatura, aos distúrbios metabólicos e, às vezes, às malformações físicas, mas também, determinaria às peculiares maneiras do indivíduo relacionar-se com o mundo: seu temperamento, seus traços afetivos, etc.  
As considerações extremadas neste sentido descartam qualquer possibilidade de influência do meio sobre o desenvolvimento e desempenho da Personalidade e atribui aos arranjos sinápticos e genéticos a explicação de todas as características daPersonalidade.
Buscando um meio termo, como apelo ao bom senso, pode-se considerar a totalidade do ser humano como sendo um balanço entre duas porções que se conjugam de forma a produzir a pessoa tal como é:  
1- uma natureza biológica, tendo por base nossa natural submissão ao reino animal e às leis da biologia, da genética e dos instintos. Assim sendo, os genes herdados se apresentam como possibilidades variáveis de desenvolvimento em contacto com o meio (e não como certeza inexorável de desenvolvimento);
2- uma natureza existencial, suprabiológica conferindo à Personalidadeelementos que transcendem o animal que repousa em nós. A pessoa, ser único e individual, distinto de todos outros indivíduos de sua espécie, traduz a essência de uma peculiar combinação bio-psico-social.
Desta forma, a definição de Personalidade poderia ser esboçada da seguinte maneira:  
"PERSONALIDADE É A ORGANIZAÇÃO DINÂMICA DOS TRAÇOS NO INTERIOR DO EU, FORMADOS A PARTIR DOS GENES PARTICULARES QUE HERDAMOS, DAS EXISTÊNCIAS SINGULARES QUE EXPERIMENTAMOS E DAS PERCEPÇÕES INDIVIDUAIS QUE TEMOS DO MUNDO, CAPAZES DE TORNAR CADA INDIVÍDUO ÚNICO EM SUA MANEIRA DE SER, DE SENTIR E DE DESEMPENHAR O SEU PAPEL SOCIAL".
Dessa forma, o ser humano não pode ser considerado como um produto exclusivo de seu meio, tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer elã mais nobre de sentimentos e vontade própria. Não pode, tampouco, ser considerado um punhado de genes, resultando numa máquina programada a agir desta ou daquela maneira, conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biológicos.  
Se assim fosse, o ser humano passaria pela vida incólume aos diversos efeitos e conseqüências de suas vivências pessoais. Sensatamente, o ser humano não deve ser considerado nem exclusivamente ambiente, nem exclusivamente herança, antes disso, uma combinação destes dois elementos em proporções completamente insuspeitadas.  
Todas as vezes que colocamos lado a lado duas pessoas estabelecendo comparações entre elas, qualquer que seja o aspecto a ser medido e comparado, verificamos sempre a existência de diferenças entre ambas. Constatamos assim, as diferenças entre os indivíduos, as peculiaridades que os tornam únicos e inimitáveis.  
Por outro lado, podemos verificar também e paradoxalmente, outras características comuns a todos os seres humanos, tal como uma espécie de marca registrada de nossa espécie. Desta feita, há elementos comuns e capazes de nos identificar todos como pertencentes a uma mesma espécie, portanto, característicos da natureza humana e, a par destes elementos humanos próprios, outros atributos capazes de diferenciar um ser humano de todos os demais. 
Para demonstrar didaticamente este duplo aspecto da constituição humana imaginemos, por exemplo, um enorme canteiro de rosas amarelas. Embora todos os indivíduos do canteiro tenham características comuns e suficiente para ser considerados e identificados como rosas amarelas, será praticamente impossível encontrar, entre eles, dois exemplares exatamente iguais. Portanto, apesar de todos esses indivíduos possuírem traços individuais, tais como, perfume, pétalas e espinhos, cada um deles tem suas características individuais, mais perfume, pétalas de tonalidade diferente e espinhos mais realçados...  
No ser humano normal também pode se encontrar características universais, como por exemplo, a angústia, a ambição, o amor, o ódio, o ciúme, etc. Entretanto, em cada um de nós estes traços combinar-se-ão de maneira completamente singular.  
Podemos afirmar que os seres humanos são essencialmente iguais e funcionalmente diferentes, ou seja, podemos nos considerar iguais uns aos outros quanto à nossa essência humana (ontologicamente), entretanto, funcionamos diferentemente uns dos outros. Todas as tendências ideológicas que enfatizam a igualdade dos seres humanos, num total descaso para com as diferenças funcionais, ecoam aos ouvidos despreparados com eloqüente beleza retórica, romântica, ética e moral, porém, falsas.  
As teorias sobre igualdade plena entre seres humanos, sem que se reconheçam as diferenças funcionais sucumbem diante de incontáveis evidências em contrário: não resistem à constatação das flagrantes e involuntárias diferenças entre os indivíduos, bem como não explicam a indomável característica humana que é a perene vocação das pessoas em querer destacarem-se dos demais.

Semelhanças Essenciais
A data do aparecimento do ser humano na face da Terra vai recuando no tempo na medida em que avançam os métodos das descobertas da arqueologia. A idéia de que ohomem de Neanderthal tenha sido um ancestral do Homo sapiens tem sido cada vez mais contestada por antropólogos e palenteólogos, cogitando-se a tese de que há mais de cinco milhões de anos existiam homens capazes de fabricar utensílios e cultuar seus mortos. Contudo, apesar do ser humano ter conseguido modificar suas possibilidades de ação e seus modos de existência em poucos e recentes séculos de sua história, muitas atitudes e sentimentos do homem pré-histórico continuam presentes no ser humano moderno.  

É incontestável, sem dúvida, o grande salto dado por nosso desempenho mental, ainda que, desacompanhado de mudanças substanciais em nossa biologia. Fomos capazes de saltar da pedra lascada ao micro-circuito integrado, do fogo à fusão nuclear e, sabe-se lá, até onde chegaremos mais. Apesar disso, muita coisa ficou indelevelmente impressa na maneira de ser do indivíduo moderno que remonta aos nossos irmãos das cavernas.  
A atividade mental do ser humano contemporâneo é totalmente diferente daquela de nossos ancestrais, principalmente no que diz respeito à aquisição do conhecimento. Trata-se, conforme expõe Herreira com clareza, de uma espécie de destino biológico da espécie em sua jornada dirigida ao conhecimento, a qual se promove através da utilização progressiva dos ilimitados recursos do sistema nervoso humano. 
Entretanto, voltando à questão das coisas que temos em comum com nossos irmãos trogloditas. Se há cinqüenta mil anos o homem ia à luta com sua clava, hoje ele se empenha no combate com sua arma automática. A motivação ou o sentimento (e muitas vezes o objetivo) desta desavença com o próximo são os mesmos, tanto na pré-história quanto hoje. Se em nossa pré-história nossos irmãos cultuavam seus mortos, julgando que se transformavam em deuses, hoje consola-nos a idéia de que eles vão a Deus depois de mortos. 
De acordo com Jung, nenhum biólogo pensaria em admitir que todo indivíduo adquira de novo seu modo geral de comportamento com o nascimento. Bem mais provável é que o jovem pardal teça seu ninho característico porque é um pássaro e não um coelho. Assim também, é mais provável que o homem nasça com sua maneira de comportar-se especificamente humana e não com a do hipopótamo.  
Há então, elementos de notável semelhança na essência do ser humano, expressões e modos característicos da espécie. Podemos encontrar formas psíquicas no indivíduo que ocorrem não somente em seus ascendentes mais próximos, mas em outras épocas distantes de nós milhares de anos e às quais estamos ligados apenas pela arqueologia. Jung coloca estas Semelhanças Essenciais do ser humano como sendo certas formas típicas de comportamento característico, os quais, ao se tornarem conscientes, assumem o aspecto de representações do mundo. 
Poderíamos ilustrar um pouco mais esta questão das Semelhanças Essenciaislembrando os Instintos. Estes aparecem como formas típicas de comportamento da espécie, podendo, estar ou não associadas a um motivo consciente. Freud chama atenção para estas características universais da pessoa: os Instintos Básicos. Enfatiza notadamente o instinto para a preservação da vida, tanto da vida individual, sob a forma de afastamento da dor (ou busca do prazer), quanto da vida da espécie, através da sexualidade. Ele cita ainda o instinto da morte, o qual, apesar de contestado por muitos autores, quando voltado para o exterior conduz à agressão. Pela teoria dos instintos, serão inúteis as tentativas do ser humano em livrar-se totalmente das inclinações agressivas, já que indispensáveis para a execução dos instintos.
Didaticamente poderíamos considerar os Arquétipos e os Instintos como duas faces de uma mesma moeda; enquanto os Instintos trazem em seu bojo uma conotação biológica e que nos remete às sombras de nosso passado mais animalesco, os Arquétiposdistinguem o ser humano num patamar mais elevado e diferenciado, ou seja, mais espiritualizado. 
Na filosofia, a busca de uma característica humana marcante foi vislumbrada por Schopenhauer como sendo a Vontade. O fato de sentir e querer é a atitude mais básica que o ser humano conhece, portanto, comum a todos nós. Desta forma, o intelecto se coloca a serviço desta forma irracional, ou supra-racional, chamada Vontade. Posteriormente Nietzsche acrescentou à Vontade de Shopenhauer o Poder: motivação básica e universal entre os homens.  
vontade do Poder serviu de orientação aos estudos de Alfred Adler para a compreensão psicodinâmica deste impulso natural, retirando do termo qualquer conotação pejorativa. Para Adler, o Poder atendia as mesmas exigências dos instintos básicos de Freud e a motivação da atitude humana estava firmemente atrelada à sua vontade do poder: poder sobre os demais semelhantes. 
Adler compara fenomenologicamente o poder aspirado pelo bandido que deseja ser o mais pérfido entre seus pares, com a aspiração de poder do indivíduo caridoso, manifestando sua pulsão de supremacia caridosa entre seus companheiros de altruísmo. Evidentemente não cabe aqui uma preocupação valorativa ou ética, mas apenas a constatação do fenômeno. 
De qualquer forma, seja a necessidade íntima de um deus que conforta, seja nossa perene tendência em preservar a vida ou garantir a espécie, seja nossa constante busca do prazer, seja uma vontade que motiva ou um poder que estimula, podemos pensar sempre num elemento da Personalidade humana que tenha se perpetuado ao longo de nossa história. Trata-se de determinadas posturas existenciais diante da vida que acompanham nossa espécie através de infindáveis gerações. São elas, verdadeirasTendências Naturais do ser humano. 
Embora a essência destas Tendências Naturais pareça emancipada da situação temporal e ambiental atuais pelo fato de terem existido, de existirem e de continuarem existindo em qualquer momento de nossa história, suas manifestações comportamentais e emocionais deverão, em nome da normalidade psíquica, estar sempre vinculadas e adequadas ao modelo sócio-cultural e às possibilidades de ação de cada um.  
Portanto, não será a Tendência Natural pura e primitiva quem se manifestará na maneira de ser da pessoa, mas sim, estas mesmas tendências domesticadas e aculturadas. Uma conduta instintiva pura é praticamente impossível manifestar-se em condições psíquicas normais. Tais impulsos primitivos se diluem pelas pressões das circunstâncias e pelas peculiaridades afetivas de cada um e, se mascaram de tal forma, que acabam ficando dissimuladas pelo caráter do indivíduo. 
Durante toda sua existência o indivíduo é compelido a atender estas Tendências Naturais, basicamente as mesmas em todos nós. As maneiras pelas quais tais tendências serão atendidas mostrarão as diferenças entre as pessoas, entre as gerações e entre os povos. O instinto do Poder, por exemplo, pode se manifestar de diversas maneiras nas diferentes pessoas; prazer em ter poder, em sentir-se superior aos demais nos mais variados aspectos existenciais. Um monge poderia manifestar esta tendência buscando o prazer em sentir-se o mais humilde entre seus pares, superior a todos os demais em termos de humildade e abnegação. Sentiria uma satisfação suprema, perante Deus, ao saber-se o mais humilde entre os mortais. O intelectual conquistaria seu prazer percebendo-se o mais erudito em sua área, o poder do saber. O amante, através do poder de cativar, ou o poder material do rico, a autoridade do político, a coragem do soldado, o qual teme mais a opinião de seus camaradas que a arma do inimigo, e assim por diante.
Enfim, a busca do prazer deve atender certos anseios pessoais em concordância com determinadas circunstâncias sócio-culturais, mas, de qualquer modo, o fenômeno da busca do prazer com suas mais variadas apresentações é observado universalmente entre os homens. 
Para a manutenção de uma situação de equilíbrio entre o indivíduo e seu meio ou entre ele e si próprio é necessário um relacionamento harmônico entre o peso de suas tendências, as possibilidades de seu espírito e as exigências de seu ambiente. Há um ditado que diz: quando a miséria entra pela porta da frente a virtude sai pela janela. Isso ilustra bem que o que poder acontecer quando o ambiente passa a significar uma ameaça à sobrevivência ou passa a favorecer uma perspectiva de dor e sofrimento. 
As situações de emergência são capazes de determinar atitudes primitivas, as quais convocam o indivíduo a desempenhar uma postura vivencial em direção à sobrevivência, emancipada de considerações mais éticas. Há, pois, uma tendência ao aparecimento dos ditos comportamentos primordiais sempre que houver uma flagrante ameaça aos instintos básicos do indivíduo, como se procedesse a uma regressão ao estado biológico natural (predominantemente instintivo) ou uma espécie de desempenho vivencialcomandado por um nível mais inferior de psiquismo e onde as considerações mais sublimes, do tipo moral e ético, ficassem proteladas em benefício de considerações mais pragmáticas. 
Outro provérbio que ajuda uma análise mais didática é aquele que se diz: pau que nasce torto, não tem jeito: morre torto. Isso diz respeito ao componente constitucional da pessoa. Neste caso, havendo um peso exagerado das tendências naturais, ou seja, não se conseguindo domesticar bem tais tendências, mesmo em situações onde não haja uma exigência importante, o indivíduo passa a conduzir-se pelos ditames de seus impulsos naturais e por suas paixões mais primitivas. Nosso espírito, ou nossos sentimentos mais sublimes, ou aquele nosso algo mais humano é quem exerce a atividade harmonizadora no relacionamento dito civilizado do homem com o ambiente em que vive. 
Os instintos aparecem sempre idênticos entre os indivíduos de uma mesma espécie, porém, apenas enquanto funcionam instintivamente. As tendências naturaiscompreendem instintos em sua essência, mas o aparelho psíquico do ser humano tem por função a transformação da imagem instintiva original, de acordo com as imposições de sua cultura e de suas emoções. Desta forma, cada manifestação instintiva é peculiar a cada indivíduo, por causa da peculiaridade de seu padrão emocional, e será dissimulada pelas características de Personalidade de cada um. Mas nem por isso pode-se anular o instinto básico original, ele é apenas transformado e adequado ao indivíduo e às exigências do sistema sócio-cultural. 

Diferenças Funcionais
Ao lado das Tendências Naturais, capazes de identificar todos nós como pertencentes à mesma espécie, vamos encontrar as peculiaridades próprias e particulares com as quais cada um se apresentará e se relacionará com o mundo. Allport ilustra estas diferenças funcionais de cada um através de suas considerações sobre os Traços Pessoais; verdadeiros arranjos pessoais e constitucionais determinados por fatores genéticos, os quais, interagindo com o meio em maior ou menor intensidade, resultariam numa característica psíquica capaz de particularizar um indivíduo entre todos os demais de sua espécie. 

Entendem-se os traços herdados como possibilidades de vir a ser e não como uma certeza de que será. Há uma quantidade enorme, ainda pouco delimitada pela genética, de traços possíveis de transmissão hereditária, porém, apenas parte desses traços se manifestará no indivíduo. Esta maneira singular da pessoa interagir com seu mundo, decorrente de seus traços pessoais, pode ser chamada de Disposição Pessoal
Assim, conhece-se por Disposição Pessoal, a tradução no indivíduo da combinação particular de traços que se manifestam em sua Personalidade, combinação esta só possível nele próprio. Desta feita, a Disposição Pessoal de um indivíduo confunde-se com sua própria Personalidade, sua maneira particular de lidar com a vida, com o mundo e com suas próprias emoções. 
É possível, como mostraram inúmeros autores, agrupar indivíduos de acordo com determinadas características psíquicas mais ou menos comuns aos diversos grupos. Temos assim classificações que reconhecem os introvertidos, extrovertidos, sensitivos, pensativos, intuitivos, sentimentais ou, de outra forma, os explosivos, melancólicos, obsessivos, e assim por diante.  
Trata-se do reconhecimento de traços predominantes na Personalidade ou na maneira de ser, de tal forma que permitem uma classificação. Isso não quer dizer, de forma alguma, que a Personalidade total dos indivíduos classificados desta ou daquela maneira seja idêntica em todos do mesmo grupo: entre todos introvertidos, cada qual dispõe de uma Personalidade peculiar e apenas manifestam em comum uma tonalidade afetiva depressiva com sua conseqüente apresentação social introvertida. 
Para abordar o problema das diferenças funcionais dos indivíduos, mais precisamente das Personalidades peculiares de cada um, podemos considerar três critérios de observação: 

1- os Traços como Personalidade
2- o "eu" como Personalidade e;
3- os Papéis Sociais como Personalidade.

Os Traços Como Personalidade
Nenhum ser humano mostrará Traços que já não existam em todos outros indivíduos, como uma espécie de patrimônio do ser humano, ou seja, à todos indivíduos de uma mesma espécie são atribuídos os traços característicos dessa espécie. Vimos isso no item anterior sobre as Semelhanças Essenciais. Entretanto, a combinação individual desses Traços em proporções variadas numa determinada pessoa caracterizará suaPersonalidade ou sua maneira de ser (Diferenças Funcionais). 

O senso comum de um sistema sócio-cultural costuma elaborar uma relação muito extensa de adjetivos utilizados para a argüição dos indivíduos deste sistema: sincero, honesto, compreensivo, inteligente, cálido, amigável, ambiciosos, pontual, tolerante, irritável, responsável, calmo, artístico, científico, ordeiro, religiosos, falador, excitado, moderado, calado, corajosos, cauteloso, impulsivo, oportunista, radical, pessimista, e por aí afora. Podemos considerar Traço Predominante da pessoa em apreço a característica que melhor à define, como se, entre tantos traços tipicamente e caracteristicamente humanos, este traço específico predominasse sobre os demais.  
Pois bem. É exatamente a predominância de alguns traços e a atenuação de outros que acaba por constituir a Personalidade de cada um. Enfim, é como se o artista conseguisse extrair uma cor única e muito pessoal misturando uma série de cores básicas encontradas em todas as lojas de tintas. Como os traços básicos do ser humano são infinitamente mais numerosos que as cores básicas do exemplo, as combinações entre esses traços será infinita, fazendo desse fato a infinita diversidade dePersonalidades.  
A combinação dos Traços resultará uma unidade funcional humana completamente distinta de todas as demais. É difícil pensar nestes Traços de outra forma, senão como certa inclinação inata submetida à influência agravante ou atenuante do meio, inclinação esta, responsável pela maneira como a pessoa se apresentará ao mundo ou ao convívio gregário.

O "EU" Como Personalidade
O "eu" é o ser total, essencial e particular de uma pessoa. Freqüentemente usado como sinônimo de Personalidade, diz respeito à consciência que o indivíduo tem do mundo e de si próprio. A compreensão da pessoa através do seu "eu" como Personalidadepropõe a distinção entre aquilo que o indivíduo faz daquilo que ele pensa.  

Na abordagem do "eu" importa o elemento dinâmico da Personalidade, portanto, serão de inestimável valor as considerações sobre as Representações Internas que o indivíduo tem acerca da Realidade Externa. Importa aqui as relações entre o sujeito e o objeto ou entre a pessoa e o mundo. Enquanto a observação dos Traços é uma tarefa mais objetiva e prática, as considerações sobre o "eu" são avaliações mais subjetivas. As características da Personalidade assim avaliada dizem respeito não apenas ao modo como a pessoa se apresenta no mundo, conforme vimos em relação aos Traços, mas à maneira como a pessoa sente o mundo e se relaciona com ele. 
Muitos autores discorrem sobre esta forma de avaliação da Personalidade. Entre eles, Jung vê dois tipos de Disposição Pessoal pelas quais os indivíduos se caracterizarão no contacto com a realidade ou com o mundo objetivo: 

1- a maneira introvertida e; 
2- a maneira extrovertida (7).
 Além destas duas disposições básicas, reconhece ainda quatro funções associadas à elas: função pensamento, sentimento, sensação e intuição. Desta forma, o indivíduo pode ser considerado do tipo introvertido pensativo, ou sensitivo extrovertido e assim por diante. Pela tipologia psicológica de Jung são possíveis oito tipo psicológicos puros mas, normalmente, cada pessoa dispõe de duas funções predominantes, como por exemplo, o tipo extrovertido intuitivo-sentimental. Em sua obra Tipos Psicológicos este assunto é abordado detalhadamente e apresentado de maneira mais fácil do possa parecer nesse exemplo sumário. 
Outros autores consideram a Personalidade baseada no "eu" de maneira diferente. Entendem os indivíduos que contactam a realidade de maneira introvertida através de uma descrição mais diversificada e atribuindo-lhes outros predicados: tristes, inseguros, melancólicos, de tonalidade afetiva depressiva, e assim por diante. Na realidade, depois de compreender os conceitos da psicopatologia e psiquiatria de forma globalizada, veremos que as diferentes abordagem são mais semânticas que ideológicas.

O Papel Social Como Personalidade
Este tipo de consideração sobre a Personalidade ressalta o papel constituído pelos sentimentos, atitudes e comportamentos que a sociedade espera do ocupante de uma posição em algum lugar da estrutura social. As pessoas tendem adaptar-se ao papel a elas designado. As pessoas que encontram um padre pela frente têm expectativas comuns sobre como ele dever se comportar, da mesma forma que o doente tem expectativas diante de seu médico, este de seus clientes e assim por diante. 

Todos desempenham muitos papeis sociais, cada um a seu tempo. Papel de criança pré-escolar, de criança escolar, de universitário, de enamorado, de profissional, de traído, de cúmplice, etc. Há papeis de pai, de filho, de chefe, de subalterno, enfim, estamos sempre a desempenhar algum papel social. Jung chama de Persona esta nossa apresentação social. 
A palavra Persona, de origem grega, significa máscara, ou seja, caracteriza a maneira pela qual o indivíduo vai se apresentar no palco da vida em sociedade. Portanto, diante do palco existencial cada um de nós ostenta sua Persona, mas há, porém, uma respeitável distância entre o papel do indivíduo e aquilo que ele realmente é, ou entre aquilo que ele pensa ou pensam que é e aquilo que ele é de fato. 
Na realidade, considerar a Personalidade através do papel social pode não refletir a verdade dos fatos. Mais apropriado seria argüirmos, pelos papeis sociais, a Persona de cada um. A abordagem mais adequada seria através dos Traços, de uma forma mais superficial e objetiva e/ou através do "eu", de maneira mais subjetiva e profunda.

Personalidade: Ambiente ou Genética?
Há em biologia uma fórmula muito significativa e de validade indiscutível: FENÓTIPO = GENÓTIPO + AMBIENTE. Entende-se por Fenótipo o estado atual no qual se encontra o indivíduo aqui e agora, por Genótipo entende-se seu patrimônio genético e, em nosso caso, por Ambiente nos referimos às influências do destino sobre o desenvolvimento do ser. 

De maneira geral, o estado em que se apresenta o indivíduo num dado momento deve ser entendido como uma conjugação entre seu patrimônio genético e a influência ambiental a que se submeteu. Em outras palavras, uma somatória daquilo que ele trouxe para a vida com aquilo que a vida lhe deu. Podemos assim, considerar a Personalidadecomo sendo composta de elementos constitucionais ou genotípicos e de elemento ambientais ou paratípicos. O resultado final do indivíduo, tal como se encontra no momento atual, será o seu fenótipo. 
A discussão acerca da preponderância de elementos ambientais ou constitucionais na gênese da Personalidade é antiga, acirrada, infindável e inconclusiva. A tendência moderna e Politicamente Correta seria entender a pessoa como um resultado de influência preponderantemente ambiental, mas como o Politicamente Correto sempre se caracteriza por acentuada demagogia, melhor seria uma concepção mais sensata. 
A ciência médica, acostumada que está a considerar relacionamentos causais para os fenômenos que estuda, sente-se incomodada quando alguma tendência sociogênica atribui à delinqüência, por exemplo, um reflexo direto da pobreza (ambiental). Fosse assim, pelo menos em nosso meio a delinqüência seria, no mínimo, milhares de vezes mais presente. É por causa de idéias assim que a sociedade reluta em entender a Depressão como um estado não necessariamente associado a alguma coisa má que tenha acontecido para a pessoa deprimida. A medicina psiquiátrica incomoda-se também diante de afirmações organogênicas sobre a inexorabilidade do comportamento agressivo como conseqüência irredutível de um bracinho longo de determinado cromossomo. 
Como contribuição à esta perpétua discussão, Smith propõe um modelo de quatro mecanismos de influência nos quais nos baseamos com alguma modificação(8). São eles:

1 - Mecanismo Genético-Constitucional Direto
O mecanismo genético direto sugere uma influência dos genes e/ou da constituição de maneira direta na formação da Personalidade. Neste caso, a influência ambiental é muito diminuta e a participação constitucional é quase absoluta. São poucas as situações que se enquadram neste mecanismo e a maioria delas refere-se aos casos de deficiência mental, como por exemplo, a Trissomia 21 ou Síndrome de Down, entre outras.

De um modo geral, são situações onde o patrimônio genético determina uma configuração especial no indivíduo de natureza decididamente irreversível e imune às alternativas terapêuticas atuais (grife-se "atuais"). Diz-nos o bom senso que de acordo com os avanços dos conhecimentos da genética, tais situações tendem a rarear cada vez mais. A detecção precoce de genes anômalos ou patogênicos e o conhecimento acerca da penetrância de tais genes prometem um futuro mais otimista na área da genética e da concepção humana. Entretanto, atualmente tais procedimentos corretivos da formação constitucional desenvolvem-se, quase exclusivamente, na esfera da prevenção e não do tratamento. 
Falamos em Genético-Constitucionais e não apenas em Genéticos (como propunha Smith) devido às diferenças entre um acontecimento apenas genético e outro constitucional. Genético significa, em tese, hereditário. Constitucional, por sua vez, significa que faz parte da constituição da pessoa (inato), podendo ou não ser genético. A encefalopatia proporcionada pela toxoplasmose congênita, por exemplo, é constitucional, mas não é genética.

2 - Mecanismo Genético-Constitucional Indireto
Neste caso, muito embora os traços marcantes da Personalidade possam ser determinados por fatores genéticos e/ou constitucionais, a atuação decisiva do ambiente poder alterar o curso do desenvolvimento do indivíduo. Uma surdez congênita, por exemplo, capaz de determinar uma Personalidade peculiar em decorrência das importantes limitações de desenvolvimento, será marcadamente atenuada caso o enfermo possa dispor de recursos especializados de treinamento e educação. 

Os genes, neste caso, são herdados como possibilidades de se tornarem ou não determinantes de características na Personalidade, dependendo do tipo de atuação ambiental. Um indivíduo que tenha em si uma potencialidade genética de ser alto, por exemplo, poder terminar seu desenvolvimento com baixa estatura se o meio não lhe fornecer condições adequadas de nutrição. 
Encontram-se, nesta possibilidade, os transtornos emocionais considerados endógenos pela psicopatologia. É o caso da esquizofrenia, por exemplo, que pode ou não se manifestar durante a vida do indivíduo apesar da probabilidade constitucional-genética. A eclosão franca da doença dependerá de um complexo conjunto de circunstâncias. Também a epilepsia poderia ser entendida através deste mecanismo, assim como outras condições psicopatológicas de comprovada concordância familiar.

3 - Mecanismo Ambiental Geral
O ambiente em caráter geral, dentro do espaço sócio-cultural a que pertence o indivíduo, pode favorecer o desenvolvimento de alguns traços peculiares na forma de relacionamento para com o mundo. Os estímulos, as solicitações, as oportunidades de treinamento, as normas de convivência, enfim, todo o patrimônio oferecido à pessoa através do sistema sócio-cultural e ambiental poderá determinar modalidades características da pessoa existir.

Será sobre as potencialidades constitucionais que o ambiente desempenhará uma ação modeladora da Personalidade, ou seja, o ambiente poderá alterar os rumos do desenvolvimento geral conferindo uma determinada maneira do indivíduo ser. Em termos psicopatológicos podemos alocar aqui alguns transtornos ditos neuróticos, com notável predominância dos elementos existenciais sobre os constitucionais.

4 - Mecanismo Ambiental Específico
Encontramos aqui os elementos ambientais relacionados especificamente a determinados aspectos do desenvolvimento da Personalidade como, por exemplo, a desnutrição, o alcoolismo, certas infecções, intoxicações, etc. São intercorrências ambientais que atuam na Personalidade especificamente neste ou naquele aspecto, como pode ser o caso de um traumatismo craniano, após o qual o indivíduo tenha passado a apresentar convulsões ou demenciação.

Neste caso podemos detectar UM elemento ambiental específico e responsável pela alteração no rumo do desenvolvimento da Personalidade. Isso quer dizer que sem este fator ambiental específico a Personalidade tomaria outro rumo e o indivíduo apresentar-se-ia na vida com outro desempenho existencial. 
Embora a proposta esquematizada por Smith possa facilitar uma reflexão acerca do problema ambiente-constituição na gênese da Personalidade ou, mais além, na gênese dos transtornos da Personalidade, isso não deve ser tomado como uma questão hermética. Tanto para o desenvolvimento da Personalidade normal, quanto da patológica ou da não-normal, sempre iremos nos defrontar com uma condição multifatorial. Uma conjunção de vários destes mecanismos de influência. 
Na psicopatologia a idéia de causalidade deve ser vista com muita prudência. Nenhuma situação de desenvolvimento da Personalidade poderá ser determinada, exclusivamente, por este ou por aquele mecanismo proposto por Smith, antes disso, o que se vê com mais freqüência é sim uma conjunção de mais de um deles. 
Como se vê, atualmente o mais sensato seria admitir uma natureza bio-psico-social para como origem da Personalidade e o peso com que cada qual desses elementos participam na maneira como a pessoa É hoje, aqui e agora, será extremamente variável e individual.

Referência
Ballone GJ - Teoria da Personalidade, in. PsiqWeb, internet, disponível emhttp://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008.



Sugestão Bibliográfica
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KOLB LC.- Psiquiatria Clínica,Interamericana, 8a.ed.,1980, SP
MAY R.- Psicologia Existencial, Paidos, B.Aires, 1972
NOBRE DE MELO AL.- Psiquiatria, Koogan, 3a. ed., 1981, RJ
PAIM I.- Curso de Psicopatologia, 10ª. Ed., E.P.U., 1988, SP.
PATCH S.- Manual de Psiquiatria, Atheneu, SP, 1975.
RAMADAN ZBA - Mundo Interior e Mundo Exterior,TEMAS,anoVIIIn.15, 1978, SP.
SCHNEIDER K.- Psicopatologia Clínica, Mestre Jou, 7a. ed., 1975, SP
SENECA – Da Tranqüilidade da Alma, in. Os Pensadores, Ed. Abril, 1998, SP
SOLOMON P. & PATCH VD.- Manual de Psiquiatria, Atheneu, 1979,SP.






Personalidade
O texto abaixo, sobre conceito dePersonalidade, é do professor Eunofre Marques, retirado de suas brilhantes páginas na internet (atualmente fora do ar, infelizmente). Veja um trecho:

"Personalidade é o modo de ser do indivíduo. Com esta expressão estamos querendo dizer que a personalidade é uma construção formal sobre o indivíduo e que ela abstrai todos os seus conteúdos. A partir desse conceito, retornando ao indivíduo, verificamos que cada indivíduo tem a tendência de ser de uma determinada forma, que predomina sobre a sua história e sobre a sua atualidade.

E observamos que essa tendência já se manifesta nos primeiros meses de vida e o acompanha por toda a sua vida. Ele pode mudar de convicções, de idéias, de crenças, de profissão, etc., pode realizar revoluções em sua vida, mas continuará sempre com o seu mesmo modo de ser, isto é, ele sempre fará tudo com as suas mesmas tendências. Daí concluirmos que a personalidade é inata e que ela não modifica a sua natureza no decorrer da existência.

Esta conclusão conflita com quase tudo o que se tem escrito sobre a personalidade, especialmente aquilo que sofre influências interpretacionistas, segundo as quais é teoricamente possível transformar completamente o indivíduo, o que na prática jamais foi percebido.

Não que o indivíduo não possa transformar-se, a é possível fazê-lo até radicalmente, mas ele continuará tendo o mesmo tipo de personalidade com que nasceu. Isto é, o mundo interno pode transformar-se de qualquer modo, mas as tendências básicas do indivíduo sempre se manterão imutáveis. Ele pode tornar-se um depressivo de um modo completamente diferente do que o fora, mas sempre será um depressivo.

Evidentemente, o modo de ser do indivíduo, a sua forma, é preenchida com o seu conteúdo, que lhe dá a unidade e a característica de ser exclusivo e ímpar em relação a todos os demais seres humanos.

A maior vantagem de adotar esse conceito de personalidade é que ela nos aproxima do psiquismo, que é a forma da mente e que é comprovadamente eficaz como construção científica. E nos permite também adotar referências para as categorias que deveremos determinar na personalidade, como veremos.
"
 



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Ideologias políticas




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domingo, 17 de março de 2013

Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem


Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem

Conclusões da área sobre como o cérebro aprende trazem à tona questões tratadas por grandes teóricos da Psicologia, como Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel. Saiba como elas podem enriquecer as discussões sobre o ensino


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Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem. Foto: André Spinola e Castro

A emoção interfere no processo de retenção de informação. É preciso motivação para aprender. A atenção é fundamental na aprendizagem. O cérebro se modifica em contato com o meio durante toda a vida. A formação da memória é mais efetiva quando a nova informação é associada a um conhecimento prévio. Para você, essas afirmações podem não ser inovadoras, seja por causa da sua experiência em sala, seja por ter estudado Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky (1896- 1934), Henri Wallon (1879-1962) e David Ausubel (1918-2008), a maioria da área da Psicologia cognitiva. A novidade é que as conclusões são fruto de investigações neurológicas recentes sobre o funcionamento cerebral. 

"O que hoje a Neurociência defende sobre o processo de aprendizagem se assemelha ao que os teóricos mostravam por diferentes caminhos", diz a psicóloga Tania Beatriz Iwaszko Marques, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), estudiosa de Piaget. O avanço das metodologias de pesquisa e da tecnologia permitiu que novos estudos se tornassem possíveis. "Até o século passado, apenas se intuía como o cérebro funcionava. Ganhamos precisão", diz Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), também piagetiano. Mas é preciso refletir antes de levar as ideias neurocientíficas para a sala. 

A Neurociência e a Psicologia Cognitiva se ocupam de entender a aprendizagem, mas têm diferentes focos. A primeira faz isso por meio de experimentos comportamentais e do uso de aparelhos como os de ressonância magnética e de tomografia, que permitem observar as alterações no cérebro durante o seu funcionamento. "A Psicologia, sem desconsiderar o papel do cérebro, foca os significados, se pautando em evidências indiretas para explicar como os indivíduos percebem, interpretam e utilizam o conhecimento adquirido", explica Evelyse dos Santos Lemos, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e especialista em aprendizagem significativa, campo de estudo de Ausubel. 

As duas áreas permitem entender de forma abrangente o desenvolvimento da criança. "Ela é um ser em que esses fatores são indissociáveis. Por isso, não pode ser vista por um único viés", diz Claudia Lopes da Silva, psicóloga escolar da Secretaria de Educação de São Bernardo do Campo e estudiosa de Vygotsky. 

Sabemos, por exemplo, com base em evidências neurocientíficas, que há uma correlação entre um ambiente rico e o aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais). Mas quem define o que é um meio estimulante para cada tipo de aprendizado? Quais devem ser as intervenções para intensificar o efeito do meio? Como o aluno irá reagir? "A Neurociência não fornece estratégias de ensino. Isso é trabalho da Pedagogia, por meio das didáticas", diz Hamilton Haddad, do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da USP. Como, então, o professor pode enriquecer o processo de ensino e aprendizagem usando as contribuições da Neurociência? 

Para o educador português António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, responder à questão é o grande desafio do século 21. "A estrutura educacional de hoje foi criada no fim do século 19. É preciso fazer um esforço para trazer ao campo pedagógico as inovações e conclusões mais importantes dos últimos 20 anos na área da ciência e da sociedade", diz. 

Ao professor, cabe se alimentar das informações que surgem, buscando fontes seguras, e não acreditar em fórmulas para a sala de aula criadas sem embasamento científico. "A Neurociência mostra que o desenvolvimento do cérebro decorre da integração entre o corpo e o meio social. O educador precisa potencializar essa interação por parte das crianças", afirma Laurinda Ramalho de Almeida, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e especialista em Wallon. 

Para tornar mais claro o diálogo entre Neurociência, Psicologia e Pedagogia, NOVA ESCOLA mostra cinco conclusões neurocientíficas ligadas à aprendizagem. Confira, nos comentários dos especialistas, o que grandes teóricos dizem a respeito desses temas e reflita sobre a relação deles com sua prática em sala.
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http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/neurociencia-como-ela-ajuda-entender-aprendizagem-691867.shtml

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Plano de Aula Como as proteínas agem no corpo humano



Apresente para os seus alunos o modo como absorvemos essas biomoléculas e sua importância nas dietasTerapia genética. Imagem: produção NOVA ESCOLA

Objetivos
- Compreender o modo de absorção e a importância nutricional das proteínas

Conteúdos
- Fisiologia humana 
- Nutrição


Tempo estimado
Duas aulas

Materiais necessários 
- Conexão com a internet para realização de pesquisa 
- Cópias da reportagem "As pazes com a balança" de Veja 

Introdução
Veja nos instiga a conhecer o papel das protéinas em novas dietas apresentadas por cientistas.  Para desenvolver o assunto apresente uma aula de fisiologia para compreender como funciona as proteínas.



Desenvolvimento
1ª etapa
Inicie a aula apresentando à turma a etimologia da palavra proteína. Ela vem do grego "protos" que significa primordial. Ou seja, a molécula primordial. Entre as biomoléculas é a mais abundante no corpo. Toda proteína pode ser descrita como um polímero de aminoácidos. Uma longa cadeia de aminoácidos, com diversos formatos e enrolamentos cujo formato espacial final está diretamente relacionado à sua função. 
Diga para a turma que as proteínas são fundamentais em nossa constituição e função orgânicas. Alguém poderá lembrar que o DNA é mais primordial, entretanto sua associação com as proteínas é fundamental. O DNA é a banda magnética e as proteínas são a música que dela emana.

Peça para que os alunos citem nomes de proteínas ou alimentos que contem proteínas. Em seguida, diga que existem milhares de tipos de proteínas com diversas funções orgânicas. Cite proteínas como a queratina do cabelo, colágeno dos músculos e a hemoglobina do sangue. Em seguida faça uma provocação. Pergunte se precisamos ingerir músculos para obter colágeno? Talvez. Entretanto, sabemos que ninguém ingere cabelo ou unhas para obter queratina. Assim, não é preciso ingerir uma proteína para que ela exista em nossas células. Observe que existe uma série de eventos intermediários que são fundamentais para entender toda a questão da nutrição proteica.
Conte que a todas as proteínas serão digeridas em etapas que começam no estômago. A acidez estomacal ativa a pepsina que quebra a cadeia em fragmentos chamados de oligopeptídeos. No início do intestino delgado, o suco pancreático que contém proteases irá quebrar estes fragmentos em porções menores com até dois ou três aminoácidos. Na superfície das células do intestino delgado, os enterócitos com a sua morfologia em borda de escova, produz proteases que finalizam a digestão resultando em aminoácidos isolados e peptídeos com no máximo três aminoácidos. Estes pequenos fragmentos penetrarão na célula da mucosa e depois ao sangue que os levará inicialmente ao fígado. Conte aos alunos que existem vários mecanismos de membrana que permitem a entrada dos peptídeos nos células intestinais. Eles podem penetrar nas células da mucosa por transporte ativo, difusão facilitada e difusão simples. 
Lembre-os da pergunta: é preciso ingerir colágeno para ter colágeno em nossas células? Não necessariamente, pois o que necessitamos é dos constituintes básicos das proteínas: os aminoácidos.

Esclareça que o surgimento de colágeno ou qualquer proteína dentro do nosso organismo depende de sua síntese pelas nossas células. A fórmula para tal síntese está no DNA. Pergunte ao grupo: como o corpo "sabe" que precisa de proteínas? Ou como podemos acumular proteínas musculares e ficar mais forte? Responda que se trata de uma questão de comunicação entre células. Sob determinados estímulos nossas glândulas produzem hormônios que podem estimular a produção de determinada proteína. Por exemplo, o exercício muscular intenso pode aumentar a síntese de proteínas musculares. O processo de crescimento envolve a liberação de hormônios que aumentam a síntese de proteínas. Conte que na nossa massa corporal magra, basicamente proteica, existem diferenças na quantidade de proteínas em diferentes tecidos e em diferentes idades. Por exemplo, o cérebro aumenta sua massa cinco vezes do nascimento até a maturidade. O fígado, coração e rins, que são mais metabolicamente ativos, aumentam 10 a 12 vezes, enquanto o músculo multiplica sua massa em aproximadamente 40 vezes. Estas são proteínas plásticas ou estruturais. Lembre os alunos que as proteínas exercem outras funções importantíssimas em nosso organismo. Aproveite para encomendar aos alunos uma lista de exemplos de proteínas para cada grupo funcional de proteínas.

Além das proteínas estruturais temos as enzimas e alguns hormônios com funções metabólicas. Temos milhares de enzimas em nossas células. Temos ainda proteínas transportadoras de gases e proteínas como os anticorpos, dedicados à defesa humoral. 

Quando nos nutrimos de proteínas estamos na verdade atrás dos aminoácidos para disponibiliza-los para o sistema de síntese de nossas células. Pergunte se seria biologicamente correto formular um critério de escolha sobre qual proteína consumir. Ou todas teriam o mesmo valor? Na verdade a qualidade das proteínas pode variar em uma série de aspectos dai que se pode alimentar-se estrategicamente delas. Um dos critérios é a variedade de aminoácidos e a presença dos chamados aminoácidos essenciais que são em número de 8 entre os 20 possíveis em uma proteína. Como referência, os pesquisadores utilizam a albumina uma proteína presente na clara do ovo e extremamente importante no plasma humano. De acordo com esse padrão de comparação há uma controvertida classificação da proteína como completa ou incompleta. A partir desse conceito identifica-se o aminoácido limitante de uma determinada proteína. Outro conceito é o chamado aminoácido limitante. É um aminoácido essencial que estaria faltando naquela fonte de proteínas. 

Conte a eles que outra questão é a chamada digestibilidade de uma proteína. Esta é medida pela quantidade de nitrogênio inicial e final após a digestão da proteína. Quanto melhor o aproveitamento do nitrogênio maior a digestibilidade. Sabe-se que este fator varia entre as proteínas de diferentes alimentos. Associado a este conceito está o de valor biológico da proteína. Este procura medir a diferença entre o nitrogênio absorvido e o excretado pela urina. 

Com base numa associação entre estas variáveis e a necessidade humana de proteínas tomando como base uma criança foi criado um critério global para a qualidade de uma proteína: PDCAAS Significa "A Pontuação de Aminoácidos Corrigida pela Digestibilidade das Proteinas". O método PDCAAS de determinação da qualidade da proteína leva em consideração os seguintes parâmetros: 
1. o perfil de aminoácidos essenciais da proteína do alimento, 
2. a proteína do alimento é corrigida pela sua digestibilidade, 
3. sua capacidade de atender à necessidade de aminoácidos em crianças de dois a cinco anos (o estágio da vida com maior demanda de proteína), de acordo com a Organização Mundial da Saúde 
Finalize esta etapa deixando claro para os alunos que a qualidade de uma proteína e por consequência do alimento que a contém pode ser objeto de uma escolha estratégica do alimento a ser consumido. 


2º etapa
Tomando como ponto de partida os conceitos desenvolvidos na aula anterior sobre os critérios de qualidade nutricional das proteínas proponha um trabalho aos alunos. Divida a classe em grupos e proponha a montagem de um pequeno cardápio com base nas necessidades proteicas de um adolescente (cerca de 1g/kg/dia). Os alunos vão consultar a internet e escolher alimentos ricos em proteína procurando alimentos com boa pontuação em termos de qualidade proteica.

Tabela proteica. Imagem: produção NOVA ESCOLA
Tabela 1: Qualidade medida em termos de escore químico de aminoácido corrigido pela digestibilidade protéica (PDCAAS)
 Com base nessa pesquisa os alunos poderão defender dietas mais ou menos ricas em proteínas de fonte animal, vegetal ou ainda misturadas. Como alternativa, o formato poderá ser um debate entre dietas predominantemente vegetarianas versus dietas predominantemente carnívoras no qual o cerne seria a questão da qualidade das proteínas de cada dieta.
O debate ainda poderá ser enriquecido se um dos grupos trabalhar com uma dieta rica em suplementos proteicos como estes utilizados comumente por fisiculturistas. 
Ao final do debate conte à classe que existe uma série de dietas preconizadas por médicos e nutricionistas que estão na moda e praticada por muitos. Esclareça que uma dieta envolve uma ingestão estratégica de diversos nutrientes visando o emagrecimento. Propunha uma leitura crítica da reportagem "As pazes com a balança" de Veja desta semana. No texto são descritos uma série de dietas. Entre elas, duas com base na ingestão maior de proteínas em detrimento a outros nutrientes, como é o caso da dieta de Dukan e a dieta do DR. Atkins. Em ambas o emagrecimento se dá pela menor ingestão de carboidratos desencadeando um processo bioquímico em que o fígado converte gordura corporal em ácidos graxos e corpos cetônicos, substâncias que podem ser usadas pelo corpo como fonte de energia. 

Comente que neste caso as proteínas estariam fazendo seu papel básico que é o fornecimento fundamental de aminoácidos. Pontue que é difícil alguém propor uma dieta pobre em proteínas. Diga aos alunos que as ressalvas feitas pelos médicos estão nos pequenos malefícios que uma dieta pobre em carboidratos pode causar, principalmente quando se trata de carboidratos ricos em fibras como os farináceos integrais. Outro ponto importante é que comendo muita proteína pode haver uma sobre carga nos rins pelo excesso de eliminação de cetoácidos além de ser contraindicada para indivíduos que tem problema de ácido úrico. Finalmente, há um risco quando a disponibilidade de glicose para o cérebro diminui.
Avaliação
Avalie a tarefa individual encomendada na primeira aula e a participação de cada grupo no debate. Utilize o trabalho escrito por cada grupo como evidencia de seu trabalho de pesquisa e verifique o que foi compreendido sobre a função das proteínas




Professor de Biologia do Colégio Santa Cruz, de São Paulo (SP)



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Debate sobre o aquecimento Global Luiz Carlos Molion (Mostra a fraude)....



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sábado, 16 de março de 2013

Brahma Kumaris campinas atividades dia 17/03/2013 a partir das 17:30





17/03/2013 (17:30 - 18:30)
MEDITAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL

MEDITAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL
Todo 3° domngo de cada mês
.

17/03/2013 (18:30 - 20:00)
Redescobrindo as sementes que geram Paz

Redescobrindo as sementes que geram Paz            
       Palestrante: Luciane Caravita



http://www.bkwsu.org/brazil/agenda?org=214&set_language=pt#


R. Monte Aprazível, 387 – Chácara da Barra
CEP: 13090-764(ver o mapa de localização)
Fone: 19-3241.7480
Email: campinas@br.bkwsu.org



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Manutenção da vida Entender os aspectos envolvidos na sobrevivência das espécies e conhecer as funções vitais para manutenção da vida.


Manutenção da vida


Entender os aspectos envolvidos na sobrevivência das espécies e conhecer as funções vitais para manutenção da vida. 

- Seres vivos. 
- Fotossíntese. 
- Nutrição. 
- Características adaptativas. 
- Fatores limitantes.



Material necessário 
Adubo líquido NPK 4-14-8, sementes de feijão, terra vegetal, cinco potes plásticos de 150 ml ou copos vazios de iogurte, uma garrafa PET transparente de 2,5 litros com a parte estreita cortada (altura de 26 cm), um pedaço de filme plástico PVC, imagens variadas de animais em diferentes habitats (para selecioná-las, use como critério diferentes formas de locomoção) e imagens de ambientes com características distintas, como floresta tropical e caatinga. 


Desenvolvimento 
Oriente a turma a preparar cinco amostras de plantação de feijão (um vegetal de crescimento rápido, ideal para esse tipo de experimento), colocando três sementes em cada um dos recipientes já com terra vegetal. As sementes não devem ser muito enterradas, pois isso comprometeria a germinação. Basta espalhá-las e cobri-las levemente com a terra. Programe regas periódicas (60 ml de água a cada três dias) e certifique-se de que os potes fiquem em um local que receba iluminação. Quando as plantas alcançarem aproximadamente 7 centímetros de altura, peça aos alunos para enumerar os potes. 
Explique que cada uma das amostras deve ser submetida às seguintes condições: 1) Manutenção das regas e da iluminação (planta controle);
2) Ausência quase total de iluminação e ventilação, mas com regas periódicas - para tal, o pote deve ser guardado em uma caixa fechada com um furo central de 1,5 centímetrode diâmetro na lateral; 
3) Manutenção da iluminação e ausência de regas; 
4) Acréscimo de duas gotas de NPK (adubo) diluído em 60 ml de água e manutenção das regas e da iluminação; 
5) Apenas uma rega e, depois dela, inserção do pote na garrafa PET cortada e fechada com o filme plástico. 

Peça que os estudantes ilustrem a situação dos potes com um desenho de observação - eles devem ser tão realistas quanto possível ao reproduzir em seus registros características como forma, coloração e disposição do caule e das folhas. Em seguida, solicite que tentem prever o que vai acontecer com cada amostra. Ajude-os a elaborar as previsões com perguntas to tipo: "Haverá diferença no desenvolvimento das cinco plantas?". As crianças devem registrar individualmente suas hipóteses em uma tabela como a do modelo a seguir.

Situação
O que vai acontecer?
O que aconteceu?
1) Planta controle
2) Planta na caixa com furo
3) Planta com privação de água
4) Planta adubada
5) Planta com privação de água na garrafa PET

Depois de duas semanas, discuta com as crianças o que aconteceu. 
São esperados os seguintes resultados: 

A planta 1 (controle) se desenvolveu, mas o crescimento foi inferior ao da planta 4 (adubada com as duas gotas de NPK). Pergunte o porquê dessa diferença. A justificativa dos estudantes deve estar fundamentada na condição nutricional privilegiada; 
A planta 2 (colocada na caixa com um furo central) verteu seu crescimento na direção ao orifício. Aproveite a oportunidade para discutir a importância da luz no desenvolvimento das plantas; 
A 3 e 5  merecem uma investigação conjunta, pois ambos foram privados de água. As duas plantas devem ter definhado, embora a do pote 5 provavelmente esteja em melhor estado graças à umidade preservada pela garrafa, que acabou funcionando como uma espécie de estufa. Desafie os alunos a explicar a diferença no desenvolvimento de cada uma. 

As diferenças no desenvolvimento das plantas observadas na 1ª etapa e peça que os alunos reflitam sobre as variáveis ambientais (luz, temperatura, aridez ou abundância de água etc.). 
Organize as imagens de ambientes com características distintas e peça que os alunos apontem semelhanças e diferenças. Em seguida, solicite que façam uma pesquisa sobre quais animais e plantas são espécies características de cada um desses ambientes. Oriente-os a buscar informações sobre as adaptações ao meio. Por exemplo: vegetais com grande capacidade de armazenar água e répteis com o corpo coberto de escamas são típicos de regiões áridas. Sem adequações desse tipo à escassez de água e ao calor, essas espécies não sobreviveriam. 





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Hoje é dia do desaparecimento sagrado devShri Kaliya Krishnadasa dia 27/11/2024 quarta-feira.

Shrila Kaviraja Goswami escreve (Chaitanya Charitamrta-lila Adi 11:37.) que Kaliya Krishna Dasa Thakura foi um dos principais de...