terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Lógica da histeria: Escrito por Olavo de Carvalho

 

 Sendo impossível o socialismo perfeito, suas sucessivas encarnações imperfeitas serão sempre e necessariamente consideradas "direitista" em comparação com suas versões ideais futuras, de maneira que a culpa de seus crimes e misérias terá de ser imputada automaticamente à direita, ao capitalismo, aos malditos liberais e conservadores. Do fundo do Gulag, do cemitério ou  do exílio, estes serão sempre os autores do mal que os comunistas fizeram.
 
Isso é um dos preceitos mais essenciais e constantes da lógica revolucionária. Ele corresponde, na prática, ao direito ilimitado de delinquir, de roubar, de matar e de produzir toda sorte de horrores e misérias, com a garantia não somente da impunidade mas de uma consciência eternamente limpa, tanto mais pronta a levantar o dedo acusador quanto maiores são as culpas objetivas que carrega.
 
É impossível não perceber a identidade cabal entre esse vício estrutural de pensamento e o traço mais característico da mentalidade psicopática, que é a ausência de culpa ou arrependimento, o cinismo perfeito de quem se sente uma vítima inocente no instante mesmo em que se esmera na violência, na mentira e na crueldade.
 
Os psicopatas não são doentes mentais nem pessoas incapacitadas. São homens inteligentes e astutos sem consciência moral. São criminosos por vocação. Os únicos sentimentos morais que têm são o culto da própria grandeza e a autopiedade: as duas formas, ativa e passiva, do amor-próprio levado às suas últimas conseqüências.
 
Eles não têm sentimentos morais, mas sabem percebê-los e produzi-los nos outros, sobre os quais adquirem assim o poder de um super-ego dominador e manipulador que neutraliza as funções normais da consciência individual e as substitui por cacoetes de percepção, coletivos e uniformes, favoráveis aos objetivos da política psicopática.
 
Só por isso não se pode dizer que todos os líderes e intelectuais comunistas sejam psicopatas. Como observou o psiquiatra Andrew Lobaczewski, no seu estudo da elite comunista polonesa, um pequeno grupo de psicopatas basta para atrair um vasto círculo de colaboradores e militantes e instilar neles todos os sintomas de uma falsificação histérica da percepção. 
 
O histérico não crê naquilo que vê, mas naquilo que diz e repete. Sua experiência direta da realidade é substituída por uma padronização compulsiva que enxerga sempre as coisas pelos mesmos ângulos e não consegue nem imaginar que possam ser vistas de outro modo: a mera tentação de fazê-lo, mesmo por instantes, é reprimida automaticamente ou repelida com horror.
 
Só um pequeno círculo no topo do movimento comunista compõe-se de psicopatas autênticos. A maioria, do segundo escalão para baixo, é de histéricos. Erik von Kuenhelt-Leddihin documentou extensamente o papel da histeria na militância esquerdista em geral, mas Lobaczewski descobriu que essa histeria não é "causa sui": é produto da influência penetrante e quase irresistível que os psicopatas exercem sobre as mentes fracas, trocando a sua percepção natural do mundo e de si mesmas por uma "segunda realidade" – para usar o termo de Robert Musil – da qual só podem emergir por um salto intuitivo atemorizador e humilhante que lhes custará, ademais, a perda dos laços de solidariedade grupal, base da sua precária subsistência psicológica.  
 
Lançar as próprias culpas sobre os outros é, no psicopata, um instinto inato e uma das bases do seu poder pessoal.No histérico, é um hábito adquirido, um reflexo defensivo e um instrumento de integração na comunidade protetora.  Nos psicopatas, é uma força. Nos histéricos, um sinal de fraqueza. Não espanta que os primeiros façam uso dele com astúcia e comedimento, os segundos com total destempero, levando a invencionice até o último limite do ridículo e da alucinação.
 
 O dr. Lobaczewski, entretanto,  vai um pouco mais fundo na análise do fenômeno. Quando a militância orientada pelos psicopatas sobe à condição de poder político e cultural hegemônico, a deformação histérica torna-se o modo dominante de pensar e se alastra por toda a sociedade, infectando até grupos e indivíduos alheios ou hostis ao movimento revolucionário.
 
Daí a contaminação da linguagem de comentaristas "de direita" pela mágica histérica de tentar inverter as proporções da realidade mediante a simples inversão das palavras.
 
Quando proclamam que Lula ou Dilma são "de direita", os srs. José Nêumanne Pinto e Demétrio Magnoli, homens insuspeitos de colaboração consciente com o "establishment" esquerdista, só provam que foram vítimas inconscientes dessa contaminação. 
 
Por definição, todo governo "de transição" para o socialismo é menos socialista, portanto mais direitista, do que o seu sucessor esperado, assim como todo socialismo real é menos socialista e mais "direitista" do que qualquer socialismo ideal.
 
Ver nisso a prova de um direitismo substantivo, transmutando uma diferença de grau numa identidade de essências é um erro lógico tão grosseiro que só faz sentido como mentira psicopática ou macaqueação histérica. O psicopata vive de criar impressões, o histérico de absorvê-las, imitá-las e propagá-las. 
 
Os senhores Nêumanne e Magnoli querem dar a impressão de que o petismo é mau. Para isso, absorvem, imitam e propagam o estereótipo verbal criado por psicopatas comunistas para salvar automaticamente a reputação da esquerda após cada novo fiasco, de modo que ela possa repeti-lo de novo e de novo.  Combatem o petismo de hoje fomentando o petismo de amanhã.
           
Olavo de Carvalho é jornalista, ensaísta e professor de Filosofia
 
http://www.dcomercio.com.br/index.php/opiniao/sub-menu-opiniao/118103-logica-da-histeria


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Otomano, Império



O Império Otomano começou por volta de 1300, no território em que é hoje a Turquia. Ele cresceu tanto que chegou a abranger boa parte do Oriente Médio, do sudeste da Europa e do norte da África. Nos séculos XV e XVI, era uma das maiores potências do mundo. No século XX, os resquícios do império se tornaram a República da Turquia.


Expansão

O nome do império foi inspirado em seu fundador, Osmã I (ou Otman I), que nasceu em 1258 na Anatólia, ou Ásia Menor (atual região asiática da Turquia). Seu povo eram os turcos muçulmanos (seguidores do islamismo). Osmã liderou os turcos contra os bizantinos, que eram cristãos. Ele e os líderes que o sucederam tomaram muitos territórios bizantinos.
Em 1453, os otomanos tomaram Constantinopla, capital do Império Bizantino, trocaram o nome da cidade para Istambul e fizeram dela sua própria capital.
O Império Otomano atingiu o auge entre as décadas de 1480 e de 1560. Em 1517, os otomanos tomaram posse de Meca e de Medina, as cidades mais sagradas dos muçulmanos. Após essas conquistas, o soberano, ou sultão, otomano passou a ser o líder do islamismo. Solimão I, sultão no período de 1520 a 1566, expandiu ainda mais o império. Durante seu domínio, o Império Otomano se estendia da Hungria até o golfo Pérsico. Suas terras também incluíam o Egito e a costa do norte da África.

Declínio

O Império Otomano começou a perder poder nas últimas décadas do século XVI. Em 1683, os otomanos fizeram uma tentativa frustrada de tomar a cidade de Viena, na Áustria. Essa batalha levou a um século de guerras com líderes europeus, o que fez os otomanos perderem grande parte de seu território.
Os sultões otomanos começaram a perder o controle sobre as terras que ainda lhes restavam. Embora tentassem modernizar o império, suas reformas ocorreram em ritmo demasiadamente lento. No final do século XIX, o Império Otomano era conhecido como “o doente da Europa”.
Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o império aliou-se à Alemanha. Juntos, foram derrotados. Isso causou o desmantelamento total do Império Otomano. Em 1923, um grupo de jovens turcos formou um novo país, chamado Turquia.

http://escola.britannica.com.br/article/482131/Imperio-Otomano

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