sábado, 28 de dezembro de 2013

Yantra significado etimológico da palavra e algumas considerações.



Yantras

Lucia Maria de O. Nabão
Os yantras, assim como os mantras (as vibrações sonoras), são suportes para a estabilização da mente na tradição do Yoga. São formas ou diagramas utilizados para dar estrutura e centramento, especialmente na prática da meditação.
Yantra pode ser traduzido por: instrumento que serve para reter. A raiz etimológica yan quer dizer reter, restringir, controlar ou conter; e tra, faz referência a instrumento, artefato ou ferramenta.
Os yantras e os mantras são elementos presentes no yoga ritualístico do período védico ocorrido há mais de 6.000 anos. Foram atualizados pelo Tantra Yoga, uma abordagem mais recente e popular desta filosofia, que busca a transformação da consciência pela transmutação da energia que denomina Shakti. Atualmente, os yantras são usados em outras linhascomo no Hatha Yoga.
Diz-se que o yantra é o equivalente gráfico ou a estrutura do mantra. E o mantra seria a alma doyantra. Um é o corpo, o outro é a alma de um único sistema. Ambos são energéticos e simbólicos, se comunicam diretamente com o ser essencial, o self. São sons (mantras) e formas (yantras) macrocósmicas - representadas pelo plano divino, que vão despertar aspectos das deidades no microcosmo, ou seja, no interior de cada um de nós.
Segundo Georg Feuerstein (2001),
 
se mantra é a alma da divindade escolhida do iniciado, yantra é o corpo desta divindade. Yantra é também uma imagem do universo drasticamente reduzido, já que o universo é uma teofania, uma manifestação do Divino. Como um receptáculo ou veículo para a divindade invocada durante o ritual tântrico, o yantra é uma área sagrada carregada de poder espiritual. A palavra yantra significa literalmente “instrumento”, “recurso” ou “tramóia”. O yantra é de fato empregado nos rituais yogues como um instrumento de concentração e visualização. É uma representação gráfica das energias psicocósmicas associada com determinada divindade.
Yantras podem ser desenhados na areia, em papel ou madeira, ou então gravados em metal e outras substâncias duras. Consistem principalmente em formas geométricas simples, tais como ponto, triângulo, quadrado, retângulo, pentágono, hexágono, círculo e espiral, bem como pétalas de lótus e letras do alfabeto sânscrito. Às vezes, elementos mais pictóricos são empregados no seu desenho. As versões mais pictóricas são chamadas de mandalas, baseadas num arranjo circular (...). As mandalas se popularizaram no Ocidente através de Carl Jung e sua escola. Jung viu nelas “arquétipos de inteireza”.
Na Índia e no Tibet os praticantes de Yoga realizam rituais que duram vários dias para construírem seu yantra a partir da escolha de uma deidade que apresenta um aspecto que este deseja despertar, desenvolver ou fortalecer em si mesmo. Essa deidade, invocada mentalmente, apoiada pela visualização no yantra e vivificada pelo mantra correspondente, passa a representar a vida doyantra, o movimento do yantra pessoal. Através da invocação, da identificação e meditação, a pessoa passa a interiorizar o yantra, que se torna um recurso interno que enriquece aquele indivíduo que busca seu aprimoramento com a ação dos suportes doYoga. Esse processo pode ser repetido inúmeras vezes. Ao construir, introjetar e depois dissolver os yantras, o yogue segue atualizando o sagrado em si mesmo num desdobramento contínuo a favor de sua evolução.
Podemos também compreender o yantra como um instrumento cujo objetivo é refrear as forças do psiquismo, concentrando-as de maneira específica num padrão que possa ser reproduzido pela visualização do praticante. 
Os elementos dos yantras são: uma moldura externa quadrada, quatro paredes com quatro portas orientadas para os quatro pontos cardeais, uma representação do universo. No interior do yantraestá o que simbolicamente seria o santuário, representado por triângulos, círculos, flor de lótus, etc. Ao centro está o bindu, literalmente gota ou essência, para onde a concentração mental deve convergir. Bindu é considerado a semente da percepção.
No tantrismo o corpo assume grande valor, pois é o receptáculo para a divindade. O yantra vai ajudar a transformar a estrutura do corpo para receber a freqüência energética superior, ou seja, para sustentar a força da deidade que se quer apropriar. 
O yantra também é utilizado na forma de um amuleto na medicina indiana para cura e proteção.
Por fim, trabalhar com yantra é se apoderar do processo de construção de um ser humano com qualidades, recursos e valores que ele escolhe consciente e voluntariamente. É abrir a mente para a compreensão de que cada indivíduo está ligado numa rede cósmica com planos superiores e divinos e que o universo é uma composição do micro e do macrocosmo. Tal como define um axioma básico do Yoga: “O que está em cima está também embaixo”. 
Referência bibliográfica:
Feuerstein, G. - Tantra: sexualidade e espiritualidade, Rio de Janeiro: Record: Nova Era, 2001.
Zimmer, H. – Mitos e símbolos na arte e civilização da índia, São Paulo: Palas Atena, 1987.
Kupfer, P. – Dicionário de Yoga, Florianópolis: Dharma, 1999.

http://www.ganeshanet.com.br/artigo_show.asp?id=113&cat=18
Mais links abaixo,

O Shri Yantra 
http://www.sensiart.com/Paginas/Yoga/Sri_Yantra_2.htm

O USO DO YANTRA NO HINDUÍSMO
http://www.salves.com.br/y_yantra.htm

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Hoje é Ekadasi> Saphala jejum de Ekadasi 3 ; 28/12/2013

Saphala jejum de Ekadasi 3

                        
Terceiro Ekadasi do ano Lunar Védico.

Maharaja Yudhisthira disse :

                   -Ó Sri Krishna, qual o nome do Ekadasi que ocorre durante o quarto crescente do mês Pausa(dezembro/janeiro)? Como ele é observado e qual Deidade deve ser adorada neste dia? Por favor, narre tudo isto para mim, Ó Janardana.

                   A Suprema Personalidade de Deus respondeu :

                   -Ó melhor dos reis, desde que você deseja ouvir, Eu descreverei totalmente a você as glórias do Pausa-Krishna Ekadasi. Eu não fico satisfeito por sacrifícios ou caridades tanto quanto fico pela execução do jejum completo no Ekadasi por meus devotos. Desta forma, com o melhor da sua habilidade, a pessoa deve jejuar no Ekadasi, o dia do Senhor Hari.

                   Ó Yudhisthira, Eu  lhe recomendo que ouça com atenção indesviavel as glórias do Pausa-Krishna Ekadasi, o qual cai no Dvadasi. Como já lhe expliquei anteriormente, não se deve diferenciar entre os muitos Ekadasi. Ó rei, para o benefício da humanidade em geral Eu lhe descreverei agora o processo para se observar o Pausa-Krishna Ekadasi.

                   O Pausa-Krishna  Ekadasi tambem é conhecido como Saphala Ekadasi.  Neste dia sagrado a pessoa deve adorar o Senhor Narayana, pois Ele é a Deidade predominante. Deve-se seguir o método de jejum prescrito
anteriormente. Assim como entre as cobras Sesa-naga é a melhor, entre os pássaros Garuda é o melhor, entre os sacrifícios o Asvamedha-yajna é o melhor, entre os rios o Ganges é o melhor, entre os semideuses o Senhor Vishnu é o melhor e entre os seres de duas pernas os brahmanas são os melhores, assim mesmo dentre todos os dias de jejumEkadasi é o melhor. Ó principal entre os reis nascidos na dinastia Bharata, quem quer que respeita estritamente oEkadasi torna-se muito querido para Mim e realmente adorável por Mim de todas as maneiras. Agora ouça enquanto Eu descrevo o processo para se observar o Saphala Ekadasi.

                   No Saphala Ekadasi Meu devoto deve Me adorar oferecendo-me frutas frescas de acordo com tempo, lugar e circunstância e meditando em Mim, a Suprema Personalidade todo auspiciosa. Ele deve Me oferecer uma fruta jambira, romã, noz de betel, coco, goiaba, mangas, nozes, cravos e diferentes tipos de especiarias aromáticas. Ele tambem deve Me oferecer incensos e lâmpada ghee acesa, pois tal oferecimento de lâmpada no Saphala Ekadasi é especialmente glorioso. O devoto deve tentar permanecer desperto por toda a noite.

                   Agora por favor ouça com atenção fixa, enquanto lhe descrevo o tanto de mérito que se alcança, se alguém jejua e permanece acordado durante toda a noite. Ó melhor dos reis, não há sacrifício ou peregrinação que conceda mérito igual ou melhor que o  mérito  alcançado por alguém que jejua no Saphala Ekadasi. Tal jejum,  particularmente se a pessoa poder ficar acordada e alerta durante toda a noite, concede ao devoto fiel o mesmo mérito da execução de austeridade por cinco mil anos.

                   Ó leão entre os reis, por favor ouça a história gloriosa deste Ekadasi. Havia certa vez uma cidade chamadaCampavati, a qual era governada por um rei santo chamado Mahismata. Ele tinha quatro filhos, dentre os quais o mais velho, Lumpaka, sempre se ocupava em atividades muito pecaminosas: sexo com as esposas dos outros, jogatina e associação frequente com prostitutas famosas. Seus maus feitos reduziram gradualmente a riqueza de seu pai, o reiMahismataLumpaka tambem tornou-se muito crítico para com os semideuses e brahmanas, todos os dias ele costumava blasfemar os vaishnavas. Por fim o rei Mahismata, vendo a condição do seu filho, exilou-o na floresta. Devido ao temor pelo rei até mesmo os parentes compassivos não defenderam Lumpaka, já que o rei estava muito irado por Lumpaka ser muito pecaminoso.

                   Desorientado em seu exílio, Lumpaka pensou consigo mesmo: "Meu pai me mandou embora e até mesmo meus parentes não fizeram nenhuma objeção. O que devo fazer agora?"  Ele planejou pecaminosamente e pensou: "Devo ir sorrateiramente para a cidade coberto pela escuridão e roubar suas riquezas. Durante o dia permanecerei na floresta e à noite irei até a cidade."  Pensando assim, Lumpaka entrou na floresta escura. Ele matava muitos animais durante o dia e durante a noite ele roubava as coisas valiosas da cidade. Os habitantes da cidade prenderam ele várias vezes, mas devido ao temor do rei, eles deixavam Lumpaka em paz. Eles pensavam que devido aos pecados dos seus nascimentos prévios, Lumpaka tinha perdido todas as suas facilidades reais e atuava assim tão pecaminosamente.

                   Embora fosse um comedor de carne,  Lumpaka tambem costumava comer frutas todos os dias. Ele residia sob uma velha figueira-de-bengala a qual  acontecia de ser muito querida pelo Senhor Vasudeva. De fato, muitos adoravam-na como a um deus dentre todas as árvores da floresta. No devido curso do tempo, enquanto Lumpaka estava executando muitas atividades condenáveis e pecaminosas, chegou o Saphala Ekadasi. Na véspera do EkadasiLumpakateve de passar toda noite sem dormir devido ao frio severo e às suas insuficientes roupas de cama. O frio não somente lhe tirou toda a paz mas tambem quase o matou. Na hora do sol nascer, seus dentes estavam batendo e ele estava quase em coma e durante toda manhã daquele dia, Ekadasi, ele não pode despertar daquele torpor.

                   Quando chegou o meio-dia do Saphala Ekadasi, o pecaminoso Lumpaka finalmente despertou e tentou levantar do local sob a figueira-de-bengala. No entanto, a cada passo ele tropessava ao chão. Tal qual um aleijado, ele andou lenta e hesitantemente, sofrendo muito de fome e sede no meio da floresta. Lumpaka estava tão fraco que não pôde matar nenhum animal naquele dia. Em vêz disso, ele foi forçado a coletar as frutas que encontrou caídas ao chão. Na hora que ele retornou à figueira-de-bengala, o sol já tinha se posto.

                   Colocando as frutas no chão próximo a ele, Lumpaka começou a lamentar: "Oh! como sou desgraçado! O que devo fazer? Querido pai, o que será de mim? Ó Sri Hari, por favor seja misericordioso comigo e aceite estas frutas!" Novamente ele foi forçado a permanecer acordado por toda noite sem dormir, porem neste meio tempo a Suprema Personalidade de Deus,  Madhusudhana, ficou satisfeito com o oferecimento de frutas silvestre feito por Lumpaka e Eleaceitou-o-asLumpaka tinha observado involuntariamente o jejum completo do Ekadasi e pelo mérito que ele acumulou neste dia, reobteve seu reino sem maiores dificuldades.

                   Ouça, ó Yudhisthira, o que aconteceu com o filho do rei Mahismata quando um simples fragmento do mérito brotou dentro do seu coração. Assim que o sol surgiu belamente no dia seguinte ao Ekadasi, um magnífico cavalo aproximou-se de Lumpaka e ficou ao seu lado. Ao mesmo tempo, uma voz de repente falou do céu claro e azul:

                   -Este cavalo é para você, Lumpaka! Monte nele e galope para encontrar sua familia! Ó filho do reiMahismata, pela misericórdia do Senhor Vasudeva e a força do mérito que você adquiriu por observar o Saphala Ekadasi, seu reino lhe será devolvido, sem mais problemas. Tal é o benefício que você ganhou por jejuar neste dia auspicioso. Agora vá  até seu pai e desfrute do seu merecido lugar em sua dinastia.

                   Após ouvir estas palavras vindas dos céus, Lumpaka montou no cavalo e voltou para a cidade Campavati. Pelo mérito que obteve jejuando no Saphala Ekadasi ele se tornou um príncipe garboso mais uma vez e foi capaz de absorver sua  mente nos pés de lótus da  Suprema  Personalidade de Deus, Hari. Em outras palavras, ele se tornou Meu devoto puro.

                   Lumpaka ofereceu suas reverências humildemente a seu pai, o rei Mahismata e novamente aceitou suas responsabilidades principescas. Vendo seu filho decorado com ornamentos vaishnava e tilaka, o rei Mahismata entregou a ele o reino o qual Lumpaka governou sem impedimentos por muitos e muitos anos. Quando quer que o Ekadasichegasse, ele adorava o Senhor Supremo com grande devoção. Pela misericórdia de Sri Krishna ele obteve uma bela esposa e um bom filho. Na velhice Lumpaka entregou o reino a seu filho, exatamente como seu pai, o rei Mahismata, otinha entregue a ele e então foi à floresta para servir ao Senhor Supremo com a mente e os sentidos controlados. Purificado de todos os desejos materias, ele abandonou seu corpo e retornou a casa, de volta ao Supremo, obtendo um lugar proximo aos pés de lótus do Senhor Sri Krishna.

                   Ó Yudhisthira, aquele que se aproxima de Mim tal como Lumpaka o fêztorna-se-á completamente livre da lamentação e ansiedade. Na verdade, qualquer pessoa que observe apropriadamente este glorioso Saphala Ekadasi, mesmo desavisadamente como Lumpaka, torna-se famoso neste mundo. Ele se tornará perfeitamente liberado e ao morrer,  retornará a Vaikuntha. Quanto a isto não há dúvida. Além disso, aquele que simplesmente ouve as glórias doSaphala Ekadasi obtém o mesmo mérito derivado da execução de um Rajasuya-yajna e pelo menos, vai ao céu no próximo nascimento.

                   Acaba assim a narração das glórias do Pausa-krishna Ekadasi ou Saphala Ekadasi  
                                                                    do Bhavisya-uttara Purana.


Para fazer jejum na pratica procure um endereço perto de você na nossa Agenda

Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo:
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Quebra do jejum em Campinas Jundiáí e região.

Dia 29 Quebrar entre 05:23 - 09:54 
(Hora real, não de verão

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Suicídio não! Blog do João Maria andarilho utópico



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EDUCAÇÃO Professores dão aula sem formação Cerca de 55% dos docentes não têm licenciatura no ramo em que atuam


PUBLICADO EM 27/12/13 - 04h00
São Paulo. Em números absolutos, o percentual de professores do ensino médio que dão aulas sem formação específica equivale a quase 280 mil docentes do país. Em física, a proporção de especialistas na matéria cai a 17,7%; em química, a 33,3%. Na rede particular, a situação é só um pouco melhor: do total de professores, 47% não possuem a formação ideal.

O levantamento inédito foi tabulado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação. A base é o Censo Escolar de 2012.
Os últimos dados oficiais divulgados sobre déficit de professores no país referiam-se a uma estimativa da Capes (outro órgão da pasta), com informações de 2005, que englobavam também os anos finais do fundamental.
Considerando as redes públicas e privadas juntas, hoje 53,5% dos docentes do ensino médio não têm a formação ideal. Naquele ano, eram 51% (fundamental e médio).
Fora da lei. A Bahia é o Estado que possui menor proporção de professores com a formação ideal (8,5%) no sistema público. Na outra ponta da lista está o Distrito Federal (71%). São Paulo possui 57% – o Estado afirma que, se o professor não tem a formação específica na matéria, ao menos tem diploma em área correlata (por exemplo, docente de matemática para física).
“Não existe uma oferta de profissional no ritmo que a rede precisa”, reconhece o secretário de educação básica do Ministério da Educação, Romeu Caputo. Ele ressalta, porém, que parte do déficit é proveniente de matérias recentemente incorporadas ao currículo, como sociologia e filosofia.
Para Ana Lúcia Marques, diretora da escola Setor Leste, de Brasília, licenciatura faz diferença no ensino. “Uma pessoa que faz engenharia e dá aula de física pode ter o domínio do conteúdo, mas não aprendeu o manejo da classe, que também é extremamente necessário”, diz.
Na tentativa de reverter o quadro, o Ministério da Educação lançou o pacto nacional para o fortalecimento do ensino médio. A medida prevê a realização, a partir do próximo ano, do curso de formação continuada para docentes da rede pública. Serão 90 horas de capacitação, com bolsa mensal de R$ 200.

http://www.otempo.com.br/professores-dão-aula-sem-formação-1.765958

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O Poder da Fala: Rabino Avraham explica com muita clareza sobre os poderes que a fala pode ter.




Rabino Avraham explica com muita clareza sobre os poderes que a fala pode ter.
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Karma significado da palavra por joao maria andarilho utópico



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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A verdade sobre as terras indígenas no Brasil! Acordem!!!



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Heil, Stálin!

htlstlSimples: a União Soviética financiou.

Nos primórdios da Internet surgiu a lei de Gödwin. Segundo essa lei, toda discussão na internet se prolongaria até que alguém fosse comparado a Hitler. A consequência é a seguinte: uma comparação com Hitler encerra a discussão instantaneamente, de forma que quem a faz mostra-se incapaz de argumentar e, portanto,  perde o debate. O crítico Alexandre Soares Silva, que é muito melhor que eu, diz que a lei de Gödwin é muito chata, e eu concordo com ele.
De certa forma, contudo, é preciso tomar cuidado. Hitler é tido como a encarnação do mal e virou algo como o “ponto final” de todas as discussões sociais. Sabe quem mais era antitabagista? Hitler. Vegetariano? Hitler. Usava bigode? Hitler. Uma hora cansa, de fato.
É-nos bem claro que Hitler tinha em mente uma utopia: o III Reich, baseado na suposta superioridade ariana, que seria uma sociedade perfeita, ou quase perfeita; o paraíso na terra. Para chegar a essa utopia, valia tudo. Diziam que os judeus exploravam o povo alemão: expropriemos os judeus; os católicos espalham a superstição e a fraqueza: combatamos a religião; os ciganos são inferiores: matemos os ciganos; e por aí vai.
O grosso da história nos é bem familiar dos nossos livros do ensino fundamental: a Alemanha estava falida e desmoralizada após a I Guerra, Hitler ascende ao poder com um discurso nacionalista, reergue economicamente o país e, com base em seus méritos, vai acumulando mais e mais poder. Faz incursões bélicas para tomar territórios e o poderio germânico só cresce.
Mas neste cenário há uma pergunta que não quer calar: se a Alemanha estava falida economicamente e proibida de ter um arsenal após a I Guerra Mundial, como de repente ela conseguiu dinheiro, armas e exército para fazer isso tudo?
Simples: a União Soviética a financiou.
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Documentos descobertos nos arquivos secretos soviéticos, abertos por Bóris Iéltsin, mostram que a União Soviética, muito antes do pacto de Molotov-Ribbentrop, já enviava, em violação do tratado de Versailles, armas e outros bens à Alemanha Nacional-Socialista. A razão era dupla: Moscou considerava o nazismo muito parecido com o comunismo, tanto que impedia o partido comunista alemão de combater o partido nazista diretamente; além disso, o expansionismo de Hitler manteria as nações a seu ocidente ocupadas, enquanto a União Soviética poderia dominar outros povos.
O pacto de Molotov-Ribbentrop, esse mais conhecido porque impossível de esconder, tornou a colaboração alemã-soviética mais próxima e mais ampla. Divulgado à época como um mero pacto de não agressão, na verdade era uma divisão de toda a Europa Oriental entre o domínio alemão e domínio soviético. Entre outras coisas, afirmava que a “Polônia deveria deixar de existir” – o que a história mostra que foi tentado à risca.
É possível questionar: a propaganda dos soviéticos não condenava o “fascismo”, chegando a afirmar que a Polônia e a Finlândia (onde heróis como Simo Häyhä detiveram o exército soviético, o maior do mundo) eram países fascistas como desculpa para invadi-los? Sim, a propaganda dizia exatamente isso. Mas o próprio Lênin dizia: “acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”. Nazismo e Comunismo são irmãos gêmeos.
Mussolini era secretário do Partido Socialista Italiano, e saiu por razões conjunturais: sem ascender no partido, resolveu montar sua própria turminha (como vemos os trotskistas fazerem aos montes no movimento estudantil, ou mesmo em partidos como PCO, PSTU e PSOL, três dissidências do PT). Surgem aí seus vários partidos fascistas, iniciando pelo Feixe Autônomo de Ação Revolucionária (nome que me lembra cena clássica do filme “A Vida de Brian”, sobre as cisões na Frente de Liberação da Judéia).
O jornal New York Times, em 28 de novembro de 1925, reporta que Göbbells gerou animosidades e brigas ao afirmar que “Lênin era o maior homem, perdendo apenas para Hitler”, e que “a diferença entre o comunismo e a fé de Hitler era muito sutil” (ŠNORE, 2008). Parece que uma facção considerável do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista (esse era o nome completo do Partido Nazista) concordava com ele, e outra discordava veementemente, gerando a confusão.
Se olharmos os cartazes de propaganda nazista e comunista, notamos que eles são praticamente idênticos em texto, ideologia e estética. Grandes bandeiras, punhos em riste, camponeses e operários em marcha. A estética revolucionária soviética – famosa mundialmente e usada até hoje com primor por grupos como o Movimento da Negação.
Não só isso, o discurso de justificação é semelhantíssimo. Para os comunistas, a ditadura do proletariado; para os nazistas, o Reich ariano. Para os dois, o paraíso na terra. Os males da nação eram devidos aos judeus ou aos burgueses; bastava escolher um dos dois e se saberia se estava no grupo de Hitler ou no de Lênin.
Mas os documentos de Moscou fazem uma outra revelação impressionante: desde antes da II Guerra, a União Soviética já deportava, a pedido de Hitler, judeus para a Alemanha. Não apenas isso: foi descoberto que a Alemanha enviou emissários à Rússia para que estudassem o novo método usado pelos comunistas: campos de trabalho forçado para os inimigos do regime (os campos de concentração). Foram os comunistas que inventaram os campos de concentração e toda a “tecnologia de morte” utilizada neles; os nazistas foram à Rússia e aprenderam como fazer.
Mas as descobertas não param por aí: após o fim da II Guerra Mundial, os campos de concentração criados por Hitler na porção oriental da Alemanha – que ficou sob o domínio soviético – continuaram em atividade. Como os soviéticos já estavam familiarizados com aquele método há mais tempo que os nazistas, Stálin manteve em funcionamento as usinas da morte que todos desprezamos.
 egch_01_img0108Gulag, campo de concentração soviético
Já ouvi muito que os atos de Stálin foram um “acidente” e que o que ele fez não é “o verdadeiro socialismo”. Mas, quando se lê as palavras dos dois pais fundadores do socialismo vemos algo muito semelhante ao nazismo. Investigando documentos antigos e geralmente desconhecidos de Marx e Engels, os historiadores têm se deparado com textos surpreendentes.
Friederich Engels, no jornal Neue Rheinische Zeitung, em janeiro de 1849, escreveu que quando a revolução socialista acontecesse, e a luta de classes ocorresse, haveria sociedades primitivas na Europa, “dois estágios atrasadas”, porque sequer eram capitalistas, e as chamava de “lixo racial”, ou “povo descartável” — dependendo da tradução de “völkerabfälle” –, advogando sua destruição. Já Karl Marx escreveu literalmente: “As classes e raças fracas demais para dominar as novas condições de vida devem se entregar”. “Elas devem perecer no holocausto revolucionário” (MARX apud ŠNORE, 2008).
Prestem atenção à palavra usada pelo pai do comunismo: Holocausto. Marx, quando Hitler nem era nascido, já advogava o morticínio, chamando-o exatamente de holocausto, para aqueles que ele considerava “povos inferiores”.
Os achados não param por aí. Bernard Shaw, um famoso socialista inglês, defendia que aqueles que produzem menos do que consomem deveriam ser exterminados. Apenas tinha a “nobre” restrição de que eles não deveriam sofrer muito, deveriam ter uma “morte humana”, e pedia que se descobrisse um gás letal que matasse de maneira indolor. Quanto humanismo! Poucos anos depois esse gás foi descoberto e usado pelos nazistas. O nome do gás era Zyklon B, um pesticida à base de cianureto, cloro e nitrogênio. Os “inimigos do Reich” – judeus, ciganos, cristãos também – eram levados às câmaras de gás e lá eram envenenados pelo Zyklon B. A morte era indolor e os nazistas aplicariam exatamente o mesmo termo de Shaw: “morte humana”. Revisemos a história! Hitler era um humanista tal qual Bernard Shaw, Stálin, e tantos outros!
De novo: socialismo e nazismo são irmãos gêmeos. E quem o dizia era o próprio Fuhrer. Hitler afirmava que ele era o “autêntico realizador do Marxismo” (RAUSCHNING apud FEDELI). Até a diferença oficial, o “nacionalismo” nazista (nacional-socialista) que se contraporia ao “internacionalismo” comunista (internacional socialista), é questionável. O arianismo nazista explícito (exaltação da raça ariana) encontra analogia perfeita no discreto eslavismo soviético (exaltação do povo russo).
No inverno de 1933, Stálin matou de fome 7 milhões de ucranianos (mais que o total de mortes de judeus pelo regime nazista em toda sua extensão, estimado em 6 milhões), de maneira sádica, com direito a enterro de vivos. Promoveu migrações de russos para promover “limpezas étnicas” nas repúblicas bálticas. Instruiu o estupro de todas as mulheres encontradas na Polônia e Alemanha quando da marcha vitoriosa na II Guerra. Fora a já citada colaboração intensa com Hitler na deportação de judeus e outros povos para a Alemanha, para que se os colocassem em campos de concentração. E, claro, o genocídio — local, como o massacre de poloneses em Katyn, ou nos distantes gulags, os campos de concentração soviéticos — dos povos indesejados.
Até hoje o eslavismo faz sucesso na Rússia. Vladimir Putin, que fez parte da KGB, a polícia secreta soviética, advoga-o explicitamente. Também alguns de seus correligionários, inclusive com tons antissemitas. Aleksandr Dugin, ideólogo de Putin, tem-no como uma das bases de sua nova utopia: o eurasianismo.
Não restam dúvidas de que o nazismo e o comunismo são idênticos nos seus acidentes: formas de propaganda, apelo à luta contra os “opressores”, genocídio como forma de controle social, campos de concentração, a inutilização daqueles que não produzem de acordo com o esperado, xenofobia, apelo ao futuro brilhante e utópico. E é neste último ponto que reside a identidade de ambos na sua essência.
Nazismo e Comunismo são expressões levemente distintas da mesma mazela histórica que Olavo de Carvalho chama de “mente revolucionária”, a idéia de que a história é o único juiz, e que todos os atos são justificados quando se tem em vista “um mundo melhor” (CARVALHO, 2012).
Cegados pela utopia, o nazista e o comunista enxergam todos os seus atos como justificados desde já, dado que se voltam a um “futuro magnífico”. Nessa enganação, homens capazes de grandes bens, considerados como honrados e morais, podem se tornar os maiores tiranos.
Ernesto Guevara, o Che, relata sobre sua vida incríveis sacrifícios pessoais em prol de pessoas simples, que são confirmados por testemunhas (GUEVARA, 2001). Esse mesmo homem comandou fuzilamentos e ordenou que se fuzilasse mais e mais, a sangue frio, matando pessoalmente inclusive crianças. Os comunistas podem até não comer criancinhas, mas matam-nas inescrupulosamente. Stálin visitava pessoalmente diversas casas, sabia o nome de todos, perguntava aos cidadãos russos se sua calefação funcionava, se tinham algum problema, e mandava consertar o que estivesse quebrado (MONTEFIORI, 2004). Ao mesmo tempo comandava o maior genocídio que se tinha visto até então na história (superado por Mao Tsé Tung que, ao contrário, pessoalmente era profundamente imoral). Hitler era visto como um homem culto e gentil, além de ser muito admirado pelos alemães, e vejam só o que fez…
Foi a mentalidade revolucionária que transformou esses homens em demônios. Dostoiévski inclusive denomina esse tipo assim em seu romance homônimo, que é uma excelente descrição desse processo. Ao colocar como juiz de seus atos o futuro ainda não existente e que seria forjado pelos próprios atos, isto é, um árbitro subjetivo e relativo, perde-se todo o norte moral. De novo Dostoiévski, agora em Irmãos Karamázov: “destruindo-se nos homens a fé em sua imortalidade, neles se exaure de imediato não só o amor como também toda e qualquer força para que continue a vida no mundo[;] [e] mais: então não haverá mais nada amoral, tudo será permitido” (DOSTOIÉVSKI, 2009), trecho famosamente parafraseado como: se Deus não existe, se não existe qualquer norte moral absoluto, então tudo é permitido.
Assim, sempre que ouvir algo justificado na apelação a “um mundo melhor”, desconfie. Pode ser a preparação de mais uma pilha quilométrica de cadáveres.


REFERÊNCIAS:
COURTOIS, S. et alli. O Livro Negro do Comunismo. São Paulo: BCD, 1999.
DE CARVALHO, O. Alguns Traços da Mente Revolucionária, in Revista Vila Nova, julho de 2012, v. 3, pp 43-47.
DOSTOIÉVSKI, F. (1880) Os Irmãos Karamázov. 2ª edição. São Paulo: Editora 34, 2009. Vol. 1, p. 110.
FEDELI, O. Rock’n Roll, Idade Média, nazismo e socialismo. Disponível em:http://www.montfort.org.br/old/perguntas/rock.html. Acesso em: 21 de novembro de 2012.
GUEVARA, E. De Moto Pela América do Sul: Diário de Viagem. São Paulo: Sá Editora, 2001.
MONTEFIORE, S. S. Stálin não era um Homem Medíocre: entrevista. [agosto de 2004]. São Paulo: Revista Primeira Leitura, n. 30. Entrevista concedida a Silio Boccanera.
MONTEFIORE, S.S. Stálin – A Corte do Czar Vermelho. São Paulo: Companhia das Letras.
RAUSCHNIG, H. Hitler m’a dit, Paris: Coopération, 1939, p. 210
ŠNORE, E. Soviet Story (A história soviética). [Filme-Vídeo] Lituânia: produzido por Edvīns Šnore, 2008.

Luís Guilherme Pereira é engenheiro de computação e colunista no site da Revista Vila Nova, onde o presente artigo foi publicado.

http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/14120--heil-stalin.html

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