terça-feira, 8 de abril de 2014

Rama Navami é o nome do festival que celebra o nascimento do Senhor Rama, Avatar da Era de Treta (Treta Yuga). 08/04/2014


Sri Rama Navami Ki Jay !!!


Sri Rama Navami é uma encarnação poderosa da Suprema Personalidade de Deus como um rei ideal. Ele apareceu em Treta-yuga, mais de dois milhões de anos atrás. Sob a ordem do Seu pai, Maharaja Dasharatha, o Senhor Ramachandra morou na floresta de Dandakaranya durante quatorze anos, junto com Sua esposa, Sita Devi, e Seu irmão mais jovem, Lakshmana. Depois que o poderoso demônio Ravana seqüestrou Sua esposa, o Senhor Ramachandra, com a ajuda do Seu fiel servo Hanuman, retornou e matou Ravana juntamente com os exércitos de Ravana. A história dos passatempos do Senhor Ramachandra é recontada pelo sábio Valmiki no Seu Ramayana. (Também veja Srimad-Bhagavatam 1.3.22, 2.7.23-25, 5.19.1-8 e Canto Nove, capítulos 10 e 11).
Aprecie um slide com fotos do Senhor Ramachandra com um bhajan de fundo musical acessando:
Ayuno hasta la puesta del sol)


Rama Navami é o nome do festival que celebra o nascimento do Senhor Rama, Avatar da Era de Treta (Treta Yuga).

“A história de Rama (Ramayana), riacho de doçura sagrada, tem sido para milhões de homens, mulheres e crianças, por muitos séculos, a fonte perene de consolo durante a tristeza, vitalidade quando afetados pela vacilação, iluminação enquanto confundidos, inspiração em momentos de desânimo e guia enquanto presos em dilemas. É um drama intensamente humano onde Deus representa como homem e reúne em torno dEle, no vasto palco do mundo, o perfeito e o imperfeito, o ser humano e o sub-humano, a besta e o demônio, para conferir a nós, por preceito e exemplo, a benção da Suprema Sabedoria. É uma história que toca com seus dedos suaves nas cordas do coração do homem, evocando ágeis e límpidas respostas de emoção, compaixão, exultação, adoração, êxtase e rendição, transformando-nos do animal e do humano, no Divino que é o nosso verdadeiro Ser.”

(Kasturi – Ramakatha Rasavahini I)

Os ensinamentos a seguir são provenientes de Discursos de Sri Sathya Sai Baba:
A história de Rama retrata um ser repleto de doçura e compaixão.
Esta historia é o caminho real do progresso humano e de uma vida exemplar. O Princípio de Rama é uma combinação do Divino no humano e do humano no Divino. A inspiradora história de Rama apresenta o código ético tríplice relacionado com o indivíduo, a família e a sociedade. Se a sociedade deve progredir devidamente, a família deve ser feliz, harmoniosa e unida. Para a unidade na família, os indivíduos que a compõem devem ter um espírito de sacrifício. A história de Rama exemplifica os códigos éticos que governam o indivíduo, a família e a sociedade.
Rama Navami – 28/03/1996
Ele se contrapunha às palavras ásperas dos outros com sua serenidade, paciência, doçura e sorriso.
Rama é o supremo exemplo de como as pessoas devem se conduzir no mundo, como um país deve ser governado, como a integridade e a moral dos seres humanos devem ser protegidas. As ações baseadas nos altos princípios, as virtudes ideais e os pensamentos sagrados são os fundamentos básicos do caráter. Rama é a própria encarnação destes três atributos. Isto quer dizer que todo e cada ser humano deve cultivar pensamentos sagrados, ações corretas e boas qualidades. Rama demonstrou por meio de suas palavras, pensamentos e ações, como uma vida assim pode ser vivida. Rama agiu de acordo com o mandamento antigo: “Falem a verdade. Pratiquem a retidão” (Verso em Sânscrito). Evitando as palavras ásperas, Rama agradava a todos com a sua linguagem afável. Ele se contrapunha às palavras ásperas dos outros com sua serenidade, paciência, doçura e sorriso. Rama nunca se intrometeu nos assuntos dos outros, nunca prestou atenção às faltas dos outros, nunca ridicularizou os outros e jamais causou sofrimento aos demais pela maneira como lhes falava.
É importante para cada um seguir o exemplo dado por Rama, cultivando as Suas muitas qualidades nobres e praticando ações corretas. As pessoas deveriam nutrir pensamentos sagrados.
O indivíduo não deveria jamais faltar à palavra dada
O homem é uma imagem do Divino. O senhor declarou na Gita: “Meu Espírito é o Espírito que reside no interior de todos os seres.” Deus é o residente interno de todos os seres humanos. Hoje, na busca de poder, os homens estão dispostos a cometer qualquer tipo de crime e de infligir qualquer tipo de dano aos outros para alcançar seus objetivos. Rama, pelo contrário, abandonou o seu reino e, para honrar o juramento feito pelo seu pai, escolheu enfrentar as provações da vida na floresta, como em um exílio. Ele demonstrou ao mundo que o indivíduo jamais deveria deixar de cumprir a palavra dada. Rama abandonou o trono e tornou-se um habitante da floresta. Na vida, não são as dificuldades e as calamidades que são importantes. A suprema importância da verdade foi o que Rama quis pregar ao mundo. O indivíduo não deveria jamais faltar à palavra dada, mesmo que isto lhe custasse a própria vida.
Enquanto o indivíduo permanecer egocêntrico, não poderá entender o Divino.(...)
Hoje as pessoas celebram o aniversário de Rama como um festival, porém não praticam os ideais de Rama. Instalem os ideais de Rama em seus corações. Sem isto não faz sentido celebrar o aniversário de Rama. Vocês devem seguir o exemplo de uma pessoa nobre e ideal. Este é o sentido correto de devoção.
Rama Navami – 09/04/1995
O autor do Ramayana é chamado Prachetas. Como ele obteve este nome?
Prachetas é o nome do Deus da Chuva, Varuna. Ratnakara era o nome original do poeta. Depois de ter sido iniciado, ele começou a meditar no nome do Senhor e perdeu completamente toda a consciência física. Um formigueiro cresceu sobre o seu corpo. O seu corpo não era visível do lado de fora. Neste ponto, Varuna provocou uma chuva torrencial. Essa chuva abundante lavou o formigueiro, revelando assim o sábio. Como Prachetas (Varuna) foi o responsável por fazer aparecer o sábio, ele recebeu o nome de Prachetas (o descendente de Prachetas). Ele também recebeu o nome de Valmiki porque surgiu do Valmika, um formigueiro. Prachetas tornou-se o compositor sagrado e imortal do épico Ramayana que ele deu ao mundo como uma fonte perene de inspiração para a humanidade.(...)
As verdades apresentadas no Ramayana são relevantes para toda a humanidade.
Rama representa o estado exaltado do coração humano. Rama é o tesouro da compaixão. Onde podem vocês encontrar tal verdade, compaixão e graça? Todos os pensamentos nascem no coração e levam a ações. Assim sendo, o coração é a fonte de todos os pensamentos, palavras e ações. Qual deveria ser a condição do coração? Ele deveria estar repleto de compaixão.
Hoje o demônio se instalou no coração.
O demônio no coração é o responsável por todas as más ações e pela ausência da compaixão. Se os homens hoje sofrem de inquietação e falta de paz, suas próprias ações são as responsáveis por este estado. Nenhum Guru ou outra pessoa qualquer deve ser responsabilizada por isto. Tampouco podem as mudanças nos anos ser as culpadas. O ano não é responsável pela sua felicidade ou miséria. Tão só vocês são os responsáveis pela sua condição e pelas suas experiências. Purifiquem seus pensamentos. Entendam que vocês são humanos e que o Divino está no humano. O homem tem a opção de seguir o caminho externo (objetos mundanos) ou de buscar a Bem-aventurança que é interna.(...)
Certa vez, quando os irmãos eram crianças, Rama veio com grande alegria à sua mãe Kausalya.
Kausalya perguntou-Lhe qual era a razão da Sua alegria. Rama disse: “Estou imensamente feliz hoje porque Bharata ganhou o jogo que estávamos jogando.” Rama se alegrava com o sucesso dos Seus irmãos. Enquanto isso, Bharata veio chorando ter com Kausalya. Ela lhe perguntou: “Bharata! Por que você está chorando? Rama está tão feliz com a sua vitória.” Bharata respondeu: “Mamãe! Estou muito triste porque Rama deliberadamente resolveu perder para que eu pudesse ganhar.” O irmão mais velho se alegrava com a vitória do irmão mais novo. O último sentia tristeza a respeito de sua vitória e pela derrota do irmão mais velho. Que amor mútuo prevalecia entre os irmãos! Essa era a união pura e santa que existia entre os irmãos naquele tempo.(...)
Que quer dizer ‘entrega’?
Ao abandonar o apego ao corpo, as escrituras convidam os homens a se auto-entregarem a Deus. Que quer dizer ‘entrega’? Esquecer do corpo e pensar em Deus, isso é entrega. Entrega não quer dizer oferecer a Deus o seu corpo sem valor e as suas posses perecíveis. Tais oferecimentos não fazem sentido para o Divino. As pessoas que vão ao Tirumala fazem todos os tipos de promessas a Deus se os seus desejos forem satisfeitos. Será que Deus necessita de qualquer das suas oferendas? Não. Por que deveria Deus ser comercializado? Vocês devem buscar a união com Deus. Deus ficará satisfeito se vocês realizarem seu verdadeiro Ser. A felicidade de vocês é a bem-aventurança d’Ele.
Rama Navami – 28/03/1996
Rama ensinou ao mundo como permanecer sereno na presença de dificuldades ou de alegrias, na dor ou no prazer.
Respondeu com um sorriso a todas as críticas. Não exultou com os elogios. Assim, mostrou total equanimidade no bem e no mal, no sucesso e no fracasso, no ganho e na perda. Essa é a atitude que todos devem cultivar. Hoje, os devotos tendem a ficar estimulados quando experimentam o prazer e deprimidos quando enfrentam a adversidade. Este é o resultado do apego ao corpo. Na época de Rama não havia essa consciência do corpo. As pessoas eram indiferentes a ele. Eram imersas na bem-aventurança do Eu Superior.
Rama Navami – 16/04/1997
 “Falem a verdade, falem doce e mansamente e nunca falem a verdade de forma desagradável” (Verso em Sânscrito).
Falar a Verdade é o valor moral. Falar doce e mansamente é o valor social. Não falar uma verdade de forma desagradável é o valor espiritual. Então, os valores moral, social e espiritual, estão todos contidos na afirmação acima. O Ramayana ensina estes valores do modo mais simples. Mas o homem se esqueceu da mensagem do Ramayana e está levando a vida de Ravana. Ravana não entendeu este princípio de divindade. Não houve transformação nele, embora tivesse adquirido todas as formas de conhecimento e praticado severas penitências. Ele se arruinou pelos desejos excessivos. Antes de sua morte, ele comunicou uma mensagem às pessoas: “Oh povo, com todas as minhas habilidades e especializações em diferentes formas de conhecimento, eu me tornei uma vítima dos desejos. Perdi os meus filhos, arruinei o meu clã e queimei o meu reino até as cinzas, pois não pude controlar meus desejos. Não se tornem uma vítima dos desejos como eu. Sigam o caminho da Verdade e da Retidão e sejam como Rama. Tenham a experiência da divindade.”
Sejam sempre felizes. As dificuldades surgem na vida. Esta é a lei da natureza.
Nunca se desanimem com elas. As dificuldades são como nuvens que passam. As dificuldades vêm e vão, mas a moralidade vem e cresce. Infelizmente, há o declínio dos valores morais na sociedade atualmente. Rama permaneceu como um exemplo claro de como sustentar os valores morais na sociedade. Mesmo quando Lhe pediram para ir para a floresta no momento em que seria coroado, Ele não se perturbou.
Rama Navami – 25/03/1999
O que é Dharma? É aquilo que deleita seu coração.
Não há nenhuma vantagem em ler o texto sagrado do Ramayana a menos que ponham em prática os ideais que ele demonstra. Vocês deveriam tentar entender o propósito por trás de cada uma das ações de Rama e como Ele os executou. Há muito mais no Ramayana do que Rama ir para a floresta, aniquilar Ravana e finalmente ser coroado rei de Ayodhya. Ele encarnou para estabelecer o Dharma. O que é Dharma? É aquilo que deleita seu coração. Quando o homem usa meios incorretos, sua consciência não aprovará seus atos, já que todo homem é a personificação do Dharma. Ele nasce para praticar o Dharma.(...)
A Devoção Suprema de Hanuman
O que aconteceu à parte do pudim de Sumitra que foi levada pela águia? Permaneceu em uma montanha onde Anjani Devi a consumiu. Como resultado, nasceu Hanuman. Esta é a razão para a relação profunda que existiu entre Hanuman e os quatro irmãos, Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna. Muito poucos sabem disto. Quando Sita e Rama voltaram a Ayodhya, a alegria das pessoas não teve limites. Na hora da sua coroação, Rama distribuiu presentes para todos os que O haviam ajudado na guerra, exceto Hanuman. Ao ser questionado por Sita, Rama disse que Hanuman não quis nenhum presente e que Ele não tinha nenhum presente merecedor a ser dado a Hanuman. Então Sita tirou seu colar de pérolas e o presenteou a Hanuman. Ele arrancou cada pérola, pôs entre os dentes dele, colocou próximo à orelha e, com uma expressão de decepção, jogou fora com desgosto. Surpreendida com este comportamento de Hanuman, Sita disse: "Hanuman, este é um colar de pérolas precioso dado a mim por meu pai, mas você está jogando fora as pérolas sem perceber seu valor. Você não parece ter abandonado seus modos de macaco". Então Hanuman respondeu: "Oh mãe, eu examinei cada pérola para ver se tinham o nome sagrado de Rama nelas. Eu não pude achá-lo em qualquer pérola. Sem o Nome de Rama, elas são apenas pedras e pedregulhos. Assim, eu as joguei no chão. Até mesmo o meu pêlo está cheio com o nome de Rama". Dizendo assim, ele arrancou um pêlo de sua mão e o colocou próximo à orelha de Sita. Ela pôde ouvir o nome de Rama que emanava dele.
Rama Navami – 12/04/2000
O dever primordial do homem é o de ser grato por toda a sua vida à pessoa que lhe tenha feito um favor.
Devido às extraordinárias façanhas praticadas por Hanuman e pela grande ajuda prestada, Rama perguntou-lhe: “Hanuman! que prêmio posso lhe oferecer? Além de expressar-lhe minha gratidão, não posso dar-lhe nenhuma recompensa apropriada. A única maneira como posso mostrar-lhe minha gratidão é que sempre que você pensar em Mim, em qualquer momento da sua vida, aparecerei diante de você”. Desta maneira, Rama estava demonstrando Sua gratidão a Hanuman. Isto indica que o dever primordial do homem é o de ser grato por toda a sua vida à pessoa que lhe tenha feito um favor.
Rama Navami – 09/04/1995
É sorte sua poder escutar a sagrada história de Rama e cantar Sua Glória.
O Aniversário de Rama é celebrado para lembrar-nos dos ideais que ele exemplificou. Devemos refletir sobre os ideais defendidos por Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna, e também por Kausalya, Sumitra e Kaikeyi. O Sábio Vasishtha declarou: Rama é a Personificação do Dharma. Ele descreveu a Divina Forma de Rama como: “Aquele cuja forma a todos encanta”. “Rama, a beleza e elegância que Lhe são próprias não estão limitadas apenas à Sua Forma física. Seu infinito amor e compaixão conferem-Lhe esta bem-aventurada aparência. Mesmo os homens se sentem atraídos pela sua forma bem-aventurada. Você é a própria personificação do Ser – Consciência – Bem-aventurança.” Deste modo o Sábio Vasishtha louvou a glória e a majestade de Rama. É sorte sua poder escutar a sagrada história de Rama e cantar Sua Glória.(...)
Dor e prazer, tristeza e alegria seguem uma à outra. Deve-se tratá-las com equanimidade.
Prazer e dor, bem e mal coexistem; ninguém pode separá-los. Não se pode achar prazer com a exclusão da dor, nem bem com a exclusão do mal. Os prazeres resultam quando as dificuldades frutificam. (Poema em Télugo)
A história de Rama não é um conto antigo. É eterna, e sempre nova. É cheia de auspiciosidade.
Possam todos encher seus corações com os sagrados ideais do Ramayana! Possam todos abandonar o ódio e todas as diferenças! Possam todos viver em paz e harmonia! Quando contemplarem Rama sem cessar, sentirão grande alegria e contentamento.
Rama Navami – 11/04/2003
Os Vedas são a quintessência da profunda, incomensurável e infinita sabedoria.
Na Treta Yuga, os quatro Vedas assumiram forma física e encarnaram como Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna. Enquanto o Rig Veda assumiu a forma de Rama, os Yajur, Sama e Atharvana Vedas assumiram, respectivamente, as formas de Lakshmana, Bharata e Satrughna.
Como consequência do grande mérito conquistado por Dasaratha, os quatro Vedas encarnaram como seus filhos.
Rama simbolizava o Rig Veda. Ele era a Personificação dos Mantras. Lakshmana era aquele que contemplava os Mantras e colocava em prática os ensinamentos de Rama. Ele seguia Rama fielmente; considerava o Nome de Rama como o Mantra da Liberação. De fato, ele considerava Rama como tudo: mãe, pai, Guru e Deus. Bharata foi a personificação do Sama Veda e cantou incessantemente o Nome de Rama com sentimento, melodia e ritmo. Enquanto Bharata estava engajado na adoração a Deus sem Forma, Lakshmana desfrutava da adoração a Deus com Forma.
O Atharvana Veda manifestou-se como Satrughna, que seguiu os três irmãos mais velhos e conquistou não somente o mundo físico, mas também alcançou vitória sobre o reino dos sentidos. Assim, os Vedas encarnaram na Treta Yuga para ensinar a mensagem mais preciosa à humanidade. Os dois grandes Sábios, Vasishtha e Vishwamitra, declararam ao mundo que os quatro Vedas haviam nascido em forma humana como Rama, Lakshmana, Bharata e Satrughna. Como conseqüência do grande mérito conquistado por Dasaratha, os quatro Vedas encarnaram como seus filhos. Se qualquer pessoa perguntasse algo sobre os Vedas ao Sábio Vishwamitra, este responderia: “Todos os quatro Vedas encarnaram como os quatro filhos de Dasaratha, a fim de estabelecer um ideal para o mundo.”
Na Kali Yuga não há outro meio mais efetivo para a liberação do homem do que cantar o Nome Divino.
O Ramayana não é uma história qualquer. Ele contém a mensagem direta dos Vedas. Rama simboliza a sabedoria dos Vedas. Rama casou-se com Sita que representa o Conhecimento do Absoluto. Quando Sita é raptada pelas forças demoníacas, Rama e Lakshmana procuram por ela desesperadamente. O Ramayana contém milhares de versos. Como não é possível recordar todos os versos do Ramayana, os sábios recomendaram cantar o Nome de Rama. Quando os discípulos de Vasishtha perguntaram qual Nome Divino deveriam cantar, o sábio disse: “É suficiente cantarem o Nome ‘Rama’. O Nome de Rama lhes trará liberação do apego e do sofrimento.”
Rama Navami – 30/03/2004
O primeiro ensinamento de Rama foi que a pessoa deve seguir sathya.
Tomando Sathya como sua base, ela deve manter e promover o Dharma. O Dharma (Retidão) não é limitado a nenhum lugar ou país em particular, ele está presente em tudo. Ele existe como resultado de Sathya (Verdade). Na realidade, Dharma não pode existir sem Sathya. O que é o Dharma? Dharayati iti Dharma (Aquilo que sustenta é Dharma).(...)
Não há maior Dharma do que a adesão a Sathya. Conseqüentemente, devemos nos manter fiéis à Verdade, até mesmo em assuntos triviais. Não devemos recorrer nunca à mentira para escaparmos de uma situação difícil.
Rama Navami - 07/04/2006
Rama está com você, em você, ao seu redor
Milhares de anos se passaram desde o advento da Treta Yuga. Ainda hoje, das crianças às pessoas mais velhas, todos se lembram do nome de Rama. A glória do nome de Rama é tal que não diminuiu, nem mesmo um pouco, com a passagem do tempo. Essa verdade deve ser reconhecida por todos. Rama é o nome dado a uma forma, mas o nome de Rama não está limitado a uma forma. Rama é o Atma e o seu verdadeiro nome é Atmarama. Por isso, onde quer que você esteja, lembre-se do nome de Rama; Rama está com você, em você, ao seu redor.
Rama Navami – 27/03/2007

http://harekrishnahoje.blogspot.com.br/2006/04/sri-rama-navami-ki-jay.html

http://www.sathyasai.org.br/devocao/festividades-e-festivais/todos/dia-de-sri-rama-rama-navami.html

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segunda-feira, 7 de abril de 2014

*O Bhagavad-gita Como Ele É [Cap. 9 verso 31] O Conhecimento Mais Confidencial



 
 *Todas as glórias a Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada!
Fundador-Acarya da Sociedade Internacional da Consciência de Krsna_ISKCON


*O Bhagavad-gita Como Ele É [Cap. 9 verso 31]
O Conhecimento Mais Confidencial
Tradução
Ele logo se torna virtuoso e alcança paz duradoura. Ó filho de Kunti, declara ousadamente que Meu devoto jamais perece.
Significado
Ninguém deve distorcer o significado disto. No Sétimo  Capítulo, o Senhor diz que quem se ocupa em atividades perversas não pode tornar-se devoto do Senhor. Quem não é devoto do Senhor não tem boa qualificação de espécie alguma. Fica, então, a pergunta: Como pode alguém acidental ou deliberadamente ocupado em atividades abomináveis ser um devoto puro? É justo que se levante essa questão. Os canalhas, como foi declarado no Sétimo Capítulo, que nunca ingressam no serviço devocional ao Senhor, não têm boas qualificações, como se afirma no Srimad-Bhagavatam. Em geral, um devoto que esteja ocupado nas nove espécies de atividades devocional dedica-se ao processo que consiste em tirar do coração toda a contaminação material. Ele coloca a Suprema Personalidade de Deus dentro de seu coração, e todas as contaminações são naturalmente eliminadas. O continuo pensamento no Senhor Supremo torna-o puro por natureza. Segundo os Vedas, há uma certa regulação de que, se alguém cai de sua posição elevada, deve submeter-se a determinados processos ritualísticos para purificar-se. Mas aqui não se impõe esta condição, pois o processo purificador já está no coração do devoto, devido à sua constante lembrança da Suprema Personalidade de Deus. Portanto, o canto de Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna Krsna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare deve continuar sem interrupção. Isto protegerá o devoto de todas as quedas acidentais. Assim, ele permanecerá perpetuamente livre de todas as contaminações materiais.
 seu servo_ gostha-vihari dasa (PS)
 ISKCON_Nova Gokula
  

Hare Krishna Hare Krishna Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama Rama Rama Hare Hare
Cante Hare Krishna e seja feliz!
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Quem canta Hare Krishna seus males espanta !
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Brasil é 38º – de 44 países – em teste de raciocínio do Pisa


Brasil é 38º – de 44 países – em teste de raciocínio do Pisa

Os alunos brasileiros vão mal quando se trata de resolver questões de raciocínio, mostram novos resultados do Pisa, exame comparativo internacional

Alunos fazem prova em escola de Sergipe
São Paulo – Os alunos brasileiros estão penando em testes de raciocínio rápido e de problemas ligados ao dia a dia. Entre os 44 países avaliados em uma nova etapa do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, da OCDE, o Brasil ficou em 38º lugar.
Na prova, aplicada a estudantes de 15 anos sobre problemas matemáticos da vida real, o país conquistou uma média de 428 pontos. Singapura e Coreia, os campeões, conquistaram 562 e 561 pontos, respectivamente.
Brasil também tem poucos alunos de ponta, considerados “top-performers”. Aqui, 1,8% dos alunos têm desempenho extraordinário para resolver problemas considerando todas as variáveis que podem afetar o resultado.
Em Singapura, são 29,3%; no Japão, 27,6%.
O Brasil, portanto, não faz parte de bons exemplos em educação apontados por Angel Gurría, secretário geral da OCDE.
“Todos os países e economias possuem excelentes estudantes, mas poucos permitiram a todos os alunos serem bem sucedidos”, escreve ele na introdução do relatório.
Além da China, que tem desempenho excepcional nas regiões em que é testada – lá o exame é feito, mas não nacionalmente – também a Rússia se saiu bem melhor que o Brasil, com 489 pontos na 26ª colocação, com 7,3% de seus alunos sendo considerados “top”.
Ocupando os três últimos lugares da lista, estão Uruguai, Bulgária e Colômbia.
Pisa 2012
Nos resultados oficiais do último Pisa, divulgados em dezembro do ano passado, entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Confira abaixo o relatório "PISA 2012 Results: Creative Problem Solving" na íntegra:





http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/brasil-fica-em-38o-de-44o-paises-em-teste-de-raciocinio

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FINANÇAS COM A GRAÇA DE DEUS




FINANÇAS COM A GRAÇA DE DEUS

Por Fabio Campos

Texto base: “E a todo o homem, a quem Deus deu riquezas e bens, e lhe deu poder para delas comer e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”.  – Eclesiastes 5.19 AFC


INTRODUÇÃO:

Mesmo sendo formado em “Gestão Financeira”, prefiro fazer teologia. Contudo, é necessário trazer o “manuseio das finanças” a luz das Escrituras, pensada de uma forma teológica. O cenário com a alta da inflação têm inquietado as famílias brasileiras. Me assusta os preços dos mercados. Um governo sem sustentabilidade e irresponsável na sua política de crédito no estímulo do consumo. Mesmo com os preços lá em cima o mercado continua cheio e os carrinhos lotados. Onde vamos parar? Os bancos não estão nem aí para a alta da SELIC, ninguém quer perder mercado. Estão destruindo o plano real criado com tanta sabedoria pelo FHC. O presidente precisa governar com a cabeça e não com a barriga. 

O Brasil não foi “colonizado”, mas “explorado”. Não arrumando desculpas, mas talvez seja por isso que “damos um jeitinho” em tudo. O problema é que a “fatura” chega, e assim como Deus não é homem para que minta - assim o homem não é Deus para que perdoe seus tomadores (risos). A inflação é velha como o Brasil, e seus resultados e consequências são nocivo a tudo aquilo que temos por “qualidade de vida”. D. Pedro fabricando dinheiro [irresponsavelmente] para financiar a Independência proclamada na penúria foram fatos fundadores da velha sina do tormento monetário. O primeiro ministro da Fazenda, Rui Barbosa, permitiu o aumento descontrolado da emissão da moeda. O trabalho assalariado exigia mais dinheiro em circulação. Chegavam imigrantes. A nova ordem política tinha pressa. Estamos colhendo essa “erva daninha”.

Pois é, como cantou Paulinho da Viola, “Dinheiro na mão é vendável”, assim está nossa moeda, desvalorizada devido à irresponsabilidade daqueles que deveriam administrá-la com excelência. E o “povo como está? – tá com a corda do no pescoço”, como diz o dito popular. Estamos voltando à década de 70, quando Francisco Santana cantou:


De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão
No tempo dos "derréis" e do vintém
Se vivia muito bem, sem haver reclamação
Eu ia no armazém do seu Manoel com um tostão
Trazia um quilo de feijão


Depois que o PT assumiu - no trabalho plantado pelo o FHC - o “presidente [petista]” afrouxou a política e emprestou; tomou o mérito para si..., e a música continua: “agora eu trago um embrulhinho na mão e deixo um saco de dinheiro”.

Não vivo no luxo e passo por várias privações. Meu maior aprendizado em como gerenciar as finanças não foi na faculdade, mas sim dentro de um contexto pessoal de dificuldades e controle rígidos com gastos para a sobrevivência do básico [comida, contas e aluguel]. A reportagem do dia 28/01/2013publicado na seção de economia no Estado de S. Paulo - SP diz que “80% dos brasileiros não controlam suas finanças”. Poucos têm conhecimento sobre as suas finanças, independentemente do estrato social. Uma enquete feita mostra que, apenas 18% dos entrevistados têm bom conhecimento; que 71% têm conhecimento parcial; e 10% têm baixo ou nenhum conhecimento. Em 84% dos domicílios com renda mensal de até R$ 1.330,00, o chefe de famíliatem parcial ou nenhum conhecimento sobre as finanças de casa.

Um dado que chamou a atenção é que mais de um terço dos entrevistados (36%) sabiam sobre as contas regulares que deveriam pagar este mês [janeiro]. Há também falta de conhecimento do lado das receitas, com 40% dos entrevistados declarando não ter informações exatas sobre a renda. Grande parte da sociedade brasileira mostra um “descontrole” e uma “indisciplina” quanto aos gastos. O governo afrouxou o crédito; sem sustentabilidade e responsabilidade, deu “doce a um bando de crianças” -, por aí você entendeu: inflação estourando os índices. Grande é o ímpeto do brasileiro em ir às compras mesmo sem o fôlego financeiro: 38% dos entrevistados informaram que às vezes, ou nunca, avaliam a sua situação financeira antes de adquirir um bem.

O mundo está assim! Preocupado com muitas coisas, “vendendo a alma para ganhar o máximo possível”. Correndo atrás do vento! As contas correntes estão cheias, mas o coração está vazio. Alegria somente por alguns instantes através da compra de um bem; mas a tristeza é sua amarga companheira. Trabalham muito; ganham muito; gastam muito; e ainda não sabem o porquê para tanto. O vazio permanece:

“Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela”. – Salmos 39.6


DEUS E O DINHEIRO

Ser rico não é pecado; assim como ser pobre também não é pecado. A ordem de Deus ao homem foi “crescei e multiplicai-vos” (Gn 1.28). Nem todo rico é santo e nem todo pobre é pecador. Não há melhor e maior salário do que desfrutar com alegria junto de sua família o que se ganhou. As Escrituras dizem que o sono do trabalhador é ameno, quer coma pouco quer coma muito, mas a fartura de um homem rico não lhe dá tranquilidade para dormir”(5.12).

 O grande problema é quando as riquezas se tornam um “deus” (Mt 6.24). Toda a raiz do mal é controlada por este “deus” (1 Tm 6.10). Quem serve a quem? O dinheiro se torna um “senhor” a nós quando ao invés de o controlarmos, ele é quem nos controla. Você não trabalha para comer; você come para trabalhar. Sua prioridade é trabalhar para ganhar dinheiro e não trabalhar, ganhar dinheiro, e usa-lo em prol do bem estar da sua família e do próximo. Quem ama as riquezas se torna escravo delas e nunca terá o suficiente (Ec 5.10).

Diariamente precisamos nos examinar a respeito da ganância. Um alerta em altíssima gravidade foi dado por Nosso Senhor Jesus: "Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância” (Lc 12.15). O mundo e o seu curso tem por crivo, o sucesso de uma pessoa, por suas conquistas e do que há guardado em sua conta corrente. Contudo, a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens, disse Jesus. O Senhor nunca alertou sua igreja acerca dos “perigos da pobreza”; a preocupação de Jesus sempre foi com as “riquezas”.

MORDOMIA CRISTÃ

Entendemos por “mordomia cristã”, o ato de administrar todo recurso entregue na mão do cristão, visando à glória de Deus. Ou seja, a partir do momento que você entregou sua alma a Jesus Cristo, sua carteira foi junta. Já disseram por aí que, a última parte que se converte em um homem, é o seu bolso. Muitos acham que a carteira é mais valiosa do que a própria alma. Visto a forma que ele administra seus recursos e justifica sua ganância usando de “manuseios teológicos” concernente aos dízimos e as ofertas.

O cristão se entrega por inteiro a Jesus. Se for comer ou beber - ou fazer qualquer outra coisa-, tudo tem que ser para a glória de Deus (1 Co 10.31). A mordomia administra com sabedoria e generosidade os recursos auferidos. Isso engloba o “bem-estar” e “conforto” de sua família; o cumprimento para com as obrigações financeiras; ofertas e doações voluntárias ao próximo e as instituições filantrópicas; ofertas e dízimos na igreja local.

Deus nunca ficou devendo a ninguém. Ele honra a todos o quanto o honram (1 Sm 2.30). Nos chama a honra-lo também com os nossos recursos, e com isso nos promete provisão e o desfrute delas com paz e alegria (Pr. 3. 9-10). Vale a pena andar com Deus e chama-lo também como Senhor sobre nossas finanças. Trabalhar com dignidade e não procurar a ociosidade. Não importa a situação, o que importa é a disposição. A situação Deus muda! Se apenas creres, veras a glória de Deus, e crer é um ato de lançar a rede subordinado a Sua Palavra. A Escritura diz que o preguiçoso deseja e nada consegue, mas os desejos do diligente são amplamente satisfeitos (Pr 13.4).

A alegria em produzir e o prazer no que se faz trará consequentemente os resultados propostos. Alcançando os resultados propostos, a promoção é certa. Com o aumento do salário e com a sabedoria dada por Deus em administrar os recursos, o resultado disso será “bem-aventurança” nas finanças e alegria em poder desfrutar dos seus benefícios. Quando entendemos este princípio, gerimos nossas finanças a luz da Bíblia. Não somos mais direcionados pelo“Homo Economicus”, ou seja, o interesse único em satisfazer os prazeres e necessidades atreladas ao medo de passar fome. Nossa motivação transcende o mundo físico. Nosso prazer está em cumprir a Lei do Senhor; somos felizes e tudo o que se faz [neste propósito] prosperará, ainda que não seja assim aos olhos dos homens.
Conta-se a história que, certo sapateiro convertido perguntou a Lutero o que poderia fazer para servir melhor a Deus e ser um cristão melhor. Lutero perguntou: “O que você faz?”. Ao que o sapateiro respondeu: “Eu sou sapateiro”. Lutero então lhe disse: “Pois bem, faça bons sapatos, venda-os por preço justo e você irá servir a Deus e ser um cristão melhor”.

Tudo está atrelado a algo, e quando nossa habilidade é dada por dom, no esforço em aperfeiçoa-la pelo o estudo e pela prática, seremos recompensados com o sucesso:

“Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real; não trabalhará para gente obscura”. (Pr 22.29).

Portanto, não construa a sua casa, nem forme o seu lar até que as suas plantações estejam prontas e você esteja certo de que pode ganhar a vida.” (Pr 24:27 NTLH)

Quero tratar três pontos que precisamos de sabedoria para com nossos recursos:

1. TRABALHAR E GANHAR

Não existe bênção de Deus através do ganho por meio do trabalho fácil (Gn 3.19; Pr 14.23). Isso precisa estar claro a nós para não cairmos no engano e enveredarmos pelo caminho estreito [fuja das pirâmides]. Deus o abençoará do “suor do seu rosto” e não da “sagacidade do seu coração”. O “justo anda em sinceridade” (Pr. 20.7). Ele não tem trejeitos sofistas em suas negociações - mantém sua palavra mesmo quando precisa perder financeiramente (Sl 15.4).

Ganhar de forma honesta pode ser simplista aos arrojados gananciosos. Contudo, para Deus, é de grande valor. A paz que eles jamais comprarão com sua fortuna é dada aos que andam em retidão pelo criador do universo: “Na casa do justo há um grande tesouro, mas nos ganhos do ímpio há perturbação” (Pr 15.6). Quanta gente rica, mas perturbada que não consegue ter paz consigo mesmo.

Portanto, a graça de Deus é dada a todos que o buscam em sinceridade. Nisto segue o dom de ganhar para o sustento. Essa bênção não acrescenta dores. Diferente daqueles que atormentam os outros [por ser um atormentado] a ganhar mais e mais, destruindo não somente a si, mas a sua família: “O avarento põe sua família em apuros, mas quem repudia o suborno viverá” (Pr 15.27).
2. PAGAR AS DÍVIDAS E CUMPRIR COM AS OBRIGAÇÕES

A Escritura diz para não devermos nada a ninguém, a não ser o amor (Rm 13.8). Infelizmente as igrejas evangélicas estão cheias de crentes trambiqueiros. Passar por dificuldades e estar devedor, é uma coisa; agora justificar a divida atenuando sua gravidade, é outra. De forma alguma este herdará o Reino dos Céus (1 Co 6.10). Quem toma emprestado e não paga, por Deus, mesmo na igreja, é considerado ímpio (Sl 37.21).

Pagar é mais importante do quê gastar (Lv 6. 4-5). Sua palavra precisa valer mais do quê seu salário (Lc 19.8). Não entre pelo caminho largo. Seja sincero nas negociações - diferente dos que se gabam quando lucram trapaceando alguém (Pr. 20.14). Liste suas dívidas. Se planeje antes de comprar para não passar vergonha, e trazer para si e para seus amados maldições (Pr. 15.27). As pessoas fazem o que dá na cabeça e fundamentam suas loucuras displicentes dizendo terem “fé”. A Escritura depõe contra isso e foi o próprio Jesus quem disse:

Se um de vocês quer construir uma torre, primeiro senta e calcula quanto vai custar, para ver se o dinheiro dá. Se não fizer isso, ele consegue colocar os alicerces, mas não pode terminar a construção. Aí todos os que virem o que aconteceu vão caçoar dele, dizendo: “Este homem começou a construir, mas não pôde terminar!”” (Lucas 14:28-30, NTLH)

Meu professor de “Matemática Financeira” dizia o seguinte: “O dinheiro não leva desaforo”. Precisamos se atentar para nossas dívidas. Devolva qualquer coisa que você tomou emprestado. Lembra que o Collor já foi um bebezinho bonitinho - a serpente do Genesis se tornou o grande Dragão do apocalipse. Se você for infiel no pouco, também será no muito. Precisamos administrar honestamente as riquezas deste mundo ímpio (Lc 16. 1-13).

Se atente para o que é certo, e ainda que seja uma pequena moeda de cinquenta centavos, se não for sua, devolva, pois um pouquinho de fermento leveda a massa toda. Aquilo que não damos tanta importância é justamente o crivo de Deus para saber se de fato estamos ou não preparados para administrar as “verdadeiras riquezas”. Portanto, não podemos dar uma de “Zé ninguém, esquecido!” Busquemos acertar nossas contas, ainda que seja no pouco. Podemos começar devolvendo os objetos que tomamos emprestados.

3. QUEM POUPA TEM!

Esse não é apenas um dito popular, mas um ensinamento bíblico: “O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro assim que o recebe" (Pv 21.20). Prudência não é contrária à fé: “Com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida” (Pr 24.3). Não caia na lábia do marketing apelativo. Você e sua família não precisa ser a família de sorriso amarelo da rede globo. Tenha objetivos que vão abençoar sua família, e nisto também terá a graça e a prosperidade de Deus. A compra da sua casa própria – um veículo para locomoção – o investimentos nos estudos – viagens para sair do estresse e da rotina – coisas essas que são bênção de Deus para nós (1 Tm 6.17).

Às vezes o Senhor será especifico ao colocar algum recurso em suas mãos. É importante poupar, contudo, sacrificar o que não pode ser privado, está fora da vontade de Deus. Por exemplo: se Deus te der um recurso para você viajar com seus familiares, não retenha. Gaste neste objetivo. Muitos retêm aquilo que não era para reter, e por isso acontece o mesmo que aconteceu com Israel no deserto - colheram o maná a mais do que foi ordenado por Deus. O que aconteceu? “Deu bichos e cheiravam mal” (Ex 16.19-21)! O dinheiro foi! e você nem se deu conta para quê.

O grande problema dos brasileiros e isso constatado em pesquisa, é que ele não consegue poupar em longo prazo. Muitos usam de consórcios e prestações como escapes, dizendo: “Se eu não fizer isso, eu gasto”. Este é o real motivo do porque muitos não conseguem poupar. Às vezes o camarada se propõe a comprar uma casa própria e precisa de 20 mil reais para a entrada. Ele só tem 10 mil. Pensando em curto prazo e se esquecendo do amanhã, vai até o Magazine Luiza e compra Tablets, computador e celular de última geração. Pensa só no hoje e preferem continuar pagando aluguel ao invés de uma prestação do seu próprio imóvel, que seria de grande bênção também para seus filhos: “Na casa do sábio há comida e azeite armazenados, mas o tolo devora tudo o que pode” (Pr 21.20).

Outra forma de poupar é fugir dos juros abusivos dos bancos [especialmente cartão de crédito e cheque especial]. Vivemos em um país que tem por excelência a carga tributária altíssima e impostos até sobre o que ganhamos. Você precisa pagar para ganhar. Grande parte dos financiamentos tem atualização monetária, e se não tem, os juros são elevados. O intuito dos bancos é prender o correntista não a amortização [aquilo que é subtraído do montante emprestado] da divida, mas escraviza-lo aos juros [que remunera a instituição credora]. Para o banco compensa emprestar mil reais, e fazer disso 5% ao mês. Se houver inadimplência a correção será juros sobre juros e aquilo que deveria ser pago com dois, virou quatro mil. O “banco ‘bonzinho” te chama para um acordo, e de quatro mil, deixa por três, que de fato seria dois. Esse é o ciclo que as instituições usam para lucrarem e jogarem suas receitas para o topo: “O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta” (Pr 22.7)

Precisamos também tomar cuidado ao emprestarmos nossos recursos. É difícil dizer não! Mas é extremamente necessário. Até a familiares é necessário tal atitude [não digo sempre]. Quantas “rixas” porque um pegou e o outro não pagou - e lá se vai mais uma família tragada pelo capitalismo selvagem. A Bíblia ensina “quem serve de fiador certamente sofrerá, mas quem se nega a fazê-lo está seguro” (Pr 11.15). Não podemos agir somente na emoção e ser convencidos pela situação por meio de palavras tristes (Pr. 17.18). Se todo mundo que aparecer a você-, pedindo emprestado ou pedindo sem ser emprestado-, e compadecendo de todos, assim agir, isso não é bondade, mas falta de critério e discernimento. Você corre sérios riscos de colocar sua família e a você em saias justas: “Não seja como aqueles que, com um aperto de mãos, empenham-se com outros e se tornam fiadores de dívidas; se você não tem como pagá-las, por que correr o risco de perder até a cama em que dorme”? (Pr 22. 26-27).

Precisamos ter cautela a não sermos fomentadores de gastos dos irresponsáveis. Robert T. Kiyosaki em seu Livro "PAI RICO, PAI POBRE" (Editora Campus, 2000) ilustra essa verdade dizendo: "a classe média, os pobres, vivem uma corrida de ratos, não saem do lugar, pois privilegiam seus passivos. Contraem dívidas, e depois saem correndo para pagar as mesmas".
Portanto, precisamos ter critérios a que vamos ajudar nesse tipo de situação. Não sejamos “egoístas”, pois um dia talvez sejamos nós que estaremos precisando. Mas sejamos cuidadosos para não cairmos no “conto do vigário”.

COMO LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS?

Quero esboçar oito dicas práticas [que uso] nos tempos de crises para se livrar das dívidas: Quem é fraco numa crise é realmente fraco”. (Pr. 24:10, NTLH).

1) Ore.

Orar antecede o agir. Como li na internet: “A tecnologia pode ater mudar, mas o acesso ao pai continua sendo de joelhos”. Toda sabedoria da ciência se encontra em Deus para nos ajudar em qualquer situação adversa.

2) Formule um orçamento em um planilha com as receitas e despesas.

Depois de orar é hora de agir. Seja apenas forte e corajoso. Faça uma planilha com todas as despesas mensais e enquadre se possível, em 80% das receitas. Dos 100% [das receitas], usando 80% daquilo que já foi planejado [como despesa], 10% poderão ser usados para o lazer e os outros 10% para aplicar em uma poupança [não sabemos do amanhã].

3) Procure seus credores e dê prioridade para acertar os que estão negociando honestamente sem usar de juros abusivos.

Faça uma lista daquilo que se deve. Procure acordos com o dinheiro em mãos. Isso trará grandes descontos na negociação por ser a vista.

4) Veja as possibilidade de aumentar sua receita, contudo cuidado para que isto não atrapalhe seu relacionamento com Deus - a comunhão com sua família - nem tire você de vez de participar dos cultos e das atividades da igreja.

Buscando o reino em primeiro lugar as demais coisas [roupa, comida e bebida] serão acrescentadas (Mt 6.33). Tudo é uma questão de prioridade! Apertando o orçamento, peça a Deus sabedoria para exercer outra atividade secundária para aumentar sua receita. Nesse tipo de situação nascem os grandes empresários que estavam com seu talento adormecido. Quem sabe Deus está te levando para algo que transcende este momento “privativo” que você esteja passando.

5) Não acumule novas dividas.

Evite dívida. Gaste apenas o necessário. Entenda que o momento é de recesso. Quanto mais se negligencia este momento, maior ele será em duração.
6) Chame sua família para o jogo e mude seu estilo de vida (necessidade X privação)

Seja franco com a sua esposa e, se os filhos tiverem maturidade, notifiquem também a eles da situação. Não esconda, pois não há nada oculto que não venha a ser revelado. Uma hora a bomba estoura, e poderá ser tarde demais. Chame sua família para o jogo, e mostre a eles o benéfico de passar por privações sem perder a paz. A casa dividida não prospera. Necessidade é essencial, por exemplo: Todos os dias você toma Coca-cola [que é o refrigerante mais caro]. Em um momento de privação, você passa a tomar Dolly. São nestes momentos que aprendemos a dar valor naquilo que conquistamos.

7) Não desista e dê um passo de cada vez.

Um passo de cada vez; a tempestade não dura para sempre; se a casa estiver fundamentada na rocha, certamente, irá prevalecer contra os ventos e enchentes – ao ficar firme, será presenteada com a bonança. Não se desespere - seja linear e deixe de lado a tirania do urgente em fazer tudo ao mesmo tempo. Uma coisa de cada vez! Uma dívida de cada vez! Só não procrastine!

8) Confie em Deus – vivemos pelo o que acreditamos e não pelo que vemos.

Confie em Deus em todos os momentos. Diga igual ao salmista no momento do desespero: “Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra” (Sl 121. 1-.2). Traga à memória aquilo que pode te dar esperança; talvez [essa lembrança] sejam as situações que você pensava que iria sucumbir, mas Deus mostrou sua fidelidade para contigo e disso hoje, você pode testemunhar: “Até aqui o Senhor tem nos ajudado”. Certa vez disse C. H. Spurgeon: 'Às vezes, a melhor coisa que um homem com problemas pode fazer é não fazer simplesmente nada, mas deixar tudo nas mãos de Deus, como está escrito: Acalmai-vos e vede o livramento que o Senhor vos trará (Ex 14.13)'.

CONCLUSÃO:

Quero terminar este estudo lembrando-se da fidelidade do nosso Deus; ainda que formos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar a si mesmo (2 Tm 2.13). Confie em Deus e na Sua Palavra, pois o Senhor assiste a seus filhos em suas aflições (Jo 16.33). Precisamos apenas crer que Ele existe e que, ao nos aproximarmos dEle, colocando nossas petições através das suplicas e ações de graças, pela oração, Ele nos galardoará, pois assim faz com todos aqueles que o buscam (Hb 11.6).

“Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: "Nunca o deixarei, nunca o abandonarei". Podemos, pois, dizer com confiança: ‘O Senhor é o meu ajudador, não temerei. O que me podem fazer os homens’”? – Hebreus 13. 5-6

Soli Deo Gloria!
Fabio Campos


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Saga brasileira; LEITÃO, Miriam; Ed. Record





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