Significado da palavra:
A palavra psicologia vem do grego Ψυχολογία, transl.
psykhologuía, termo derivado das palavras ψυχή, psykhé, "alma", e
λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo"), ou
seja, estudo da alma.
Como surgiu:
o Estruturalismo
Considera-se como fundador da psicologia moderna Wilhelm
Wundt, por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório de psicologia na
universidade de Leipzig, Alemanha. A psicologia só se tornou uma ciência
independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a
partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as
investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se
dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias. Wundt criou o que, mais
tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objecto de
estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações.
Segundo esta perspectiva, o objectivo da psicologia seria o
estudo científico da Experiência Consciente através da Introspecção. Titchener
levou a idéia da Psicologia para os Estados Unidos da América, modificando-a em
alguns pontos. As principais limitações do Estruturalismo residem no facto de a
introspecção não ser um verdadeiro método científico incontestável e de esta
corrente excluir a psicologia animal e infantil. Esta corrente foi extinta em
meados do século XX.
Funcionalismo
O Funcionalismo é o modelo que substituí o Estruturalismo na
evolução histórica da Psicologia, sendo o seu principal impulsionador William
James. O principal interesse desta corrente teórica residia na utilidade dos
processos mentais para o organismo, nas suas constantes tentativas de se
adaptar ao meio. O ambiente é um dos factores mais importantes no
desenvolvimento.Os Funcionalistas queriam saber como a mente funcionava, e não
como era estruturada.
Behaviorismo, a primeira potência
A maior escola de pensamento americana surgiu no início do
século XX, sendo influenciada por teorias sobre o comportamento e fisiologia
animal. A tradução do inglês de Behavior é comportamento, portanto, o foco de
estudo do comportamentismo ou comportamentalismo (título traduzido) é o
comportamento observável, e o condicionamento é o método utilizado esta escola.
Foi fundada por John B. Watson (Behaviorismo Metodológico) que acreditava que o
controle do ambiente de um indivíduo permitia desencadear qualquer tipo de
comportamento desejável.
Traz do funcionalismo a aplicação prática da Psicologia; o
seu foco está na aprendizagem. Segundo esta perspectiva não se pode estudar
cientificamente os pensamentos, desejos e sentimentos que acompanham os
comportamentos em estudo. Foi influenciado, inicialmente, pelas teorias de Ivan
Pavlov e Edward Thorndike. E, posteriormente, pelas teorias do operacionismo.
Foi Burrhus Frederic Skinner o maior autor neocomportamentalista, levantando a
tona seu condicionamento operante e a modificação do comportamento (Behaviorismo
Radical). No meio do século XX, vários autores escreveram sobre o pensamento, a
cognição.
Diziam fazer parte do comportamento este pensamento, estava
sendo criada uma divisão no beheavorismo: a Psicologia Cognitiva. Alguns
autores desta escola foram: Albert Bandura, Julian Rotter e Aaron Beck. Estes
falavam que o comportamento pode ser entendido também a partir da cognição. O
aprendizado pode existir sem a necessidade de condicionamento em laboratório,
mas pela observação e elaboração do que foi visualizado. É chamada de a
primeira grande força da psicologia.
Gestalt, a psicologia da forma
Fundada dentro da filosofia por Max Wertheimmer e Kurt
Koffka a Gestalt traz novas perguntas e respostas para a Psicologia. Ela se
detém nos campos da percepção e na visão holística do homem e do mundo. A
palavra gestalt não tem uma tradução para o português, mas pode ser entendido
como forma, configuração. Criticava principalmente a psicologia de Wundt, que
era chamada de Psicologia do "tijolo e argamassa", pois via a mente
humana dividida em estruturas. A gestalt preocupa-se com o homem visto como um
todo, e não como a soma das suas partes (o lema da Gestalt é justamente este: O
todo é mais que a soma das suas partes). No ano de 1951, Frederic S. Perls cria
a teoria Gestalt-terapia, que contou com os colaboradores Laura Perls e Paul
Goodman, com base na filosofia de Martin Buber, das terapias corporais de
Reich, filosofias orientais, teoria Organísmica de K. Goldstem, teoria de campo
de Kurt Lewin, holismo e outros.
Psicanálise
Muitos leigos imaginam o psicólogo utilizando-se de um divã,
e fazendo análise. Na verdade, esta é uma característica da psicanálise, assim
como inconsciente e associação livre são técnicas psicanalíticas. A psicanálise
teve seus primórdios com Sigmund Freud (1856-1939) entre o fim do século XIX e
início do século XX através dos estudos sobre a histeria, acompanhado
primeiramente pelo seu mestre, Charcot. Este havia descoberto que a histeria
era doença de caráter ideogênico, ou seja, baseado nas idéias e não originada
de distúrbios orgânicos, e portanto não era uma doença tipicamente feminina, do
útero (Hystero em grego significa útero).
Também pode ser-lhe creditado a hipótese de que a histria
fosse efeito de uma dissimulação, uma vez que o sintoma poderia ser evocado e
suprimido por força da sugestão ou da hipnose. Isso foi descoberto devido a
sugestão hipnótica, pois pessoas que não apresentavam histeria, poderiam ser
sugestionados a apresentar sintomas histéricos tais como a conversão.Freud,
ficou impressionado com o método hipnótico e o estudo da histeria. Passou,
então a praticar o método de Charcot, que mais tarde ganhou um diferencial, a
catarse, estudado conjuntamente com seu colega Breuer. Com o livro dos dois,
Estudos sobre a Histeria, foi fundado a psicanálise.
O método hipnótico foi abandonado por Freud, dentre outros
motivos, por apenas suprimir os sintomas sem que promovesse a cura, e também,
como modo de atender a uma paciente (Fraulin Elizabeth), que havia lhe pedido
para apenas falar, sem a hipnose. Foi denominada por ela a psicanálise como a
"Cura pela fala". Freud então foi modelando sua teoria, sendo
caracterizada fundamentalmente por investigar o inconsciente, ganhando
contornos da sexualidade, principalmente as pulsões da sexualidade infantil,
tópico este polêmico para a sociedade da época.
Cabe dizer que o termo sexualidade confunde-se até hoje em
dia, no senso comum, com sexo e no entanto para Freud a sexualidade dá conta da
organização do prazer e a construção psíquica dos meios para satisfazê-la. Um
personagem importante da psicanálise é seu filho simbólico, Carl G. Jung,
primeiro presidente da sociedade psicanalítica. Com o avanço da teoria de Freud
em cima da sexualidade infantil, Jung, que não concordava com o que Freud dizia
acerca do assunto, rompe com o psicanalista e segue outro caminho, criando uma
nova teoria, denominada psicologia analítica.
A sua proposta foi de "dessexualizar" o ego. Mas
Freud retifica o ex-colega, dizendo que "o ego possui várias naturezas das
pulsões, mas a pulsão sexual é a que ganha mais investimento". Duvidaram
que Freud tivesse "criado" o termo inconsciente, mas tal conceito foi
feito anos antes, e Freud utilizou-se dele com outro sentido, encarregando-se
de criar uma teoria toda em cima do termo: antigamente, inconsciente
significava não-consciência e, na psicanálise, inconsciente significa uma outra
ordem, com outras regras, um dos elementos do aparelhos psíquico, constituído
por pensamentos, memórias e desejos que não se encontram ao nível consciente
mas que exercem grande peso no comportamento. Este é o mérito de Freud. Após a
morte de Freud, a psicanálise teve muitos membros que a cisionaram, criando
obras chamadas neopsicanalíticas (Anna Freud, Melanie Klein, Lacan,
Bion,Winnicott etc.) ou outras teorias diferentes (Carl G. Jung, Alfred Adler,
Erik Erikson, Carl Rogers etc.).
A psicanálise hoje se apresenta de várias formas, que são a
psicanálise ortodoxa, a psicanálise nova (ou neopsicanálise) e a psicologia de
orientação analítica (utilizada não só por psicanalistas formados, mas também
por psicólogos não especializados), todas com algumas peculiaridades. É a
segunda grande força de psicologia, e segundo o Conselho Federal de Psicologia
Brasileiro e demais, a psicanálise é aceita no meio acadêmico, porém só pode
ser utilizada de forma integral com uma especialização, caso contrário deve-se
utilizar da técnica de psicoterapia de orientação psicanalítica.
História e sistemas da Psicologia
Esta parte da psicologia é importante para o estudo, pois é
nela que aparecerão as principais críticas acerca de cada escola de pensamento.
Recomenda-se o estudo da história e dos sistemas da psicologia a qualquer
acadêmico, já que está provado que este estímulo inicial o ajudará, na atuação
como profissional. Junto ao estudo da história, veremos também as inúmeras
correntes teóricas. Cada escola com seu foco de estudo, o que as torna
diferentes em alguns ou vários parâmetros. Uma escola surge normalmente
contrapondo-se ou complementando uma escola anterior.
Início, o Estruturalismo
Considera-se como fundador da psicologia moderna Wilhelm
Wundt, por ter criado, em 1879, o primeiro laboratório de psicologia na
universidade de Leipzig, Alemanha. A psicologia só se tornou uma ciência
independente da filosofia graças a Wundt, nos finais do século XIX. Foi a
partir deste acontecimento que se desenvolveram de forma sistemática as
investigações em psicologia, através de vários autores que a esta ciência se
dedicaram, construindo múltiplas escolas e teorias. Wundt criou o que, mais
tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward Titchener; cujo objecto de
estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações. Segundo esta
perspectiva, o objectivo da psicologia seria o estudo científico da Experiência
Consciente através da Introspecção. Titchener levou a idéia da Psicologia para
os Estados Unidos da América, modificando-a em alguns pontos.
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