quinta-feira, 23 de março de 2017

A PSICOLINGUÍSTICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM

Acadêmica Fabiane Matias Lima
Acadêmica Gilda Carla de Jesus Silva
Acadêmica Lídia Santos de Jesus
Orientadora Mestre Maria José de Azevedo Araújo
RESUMO
Teóricos afirmam que aprendemos a linguagem através de repetições. O cérebro é um órgão dinâmico que se adapta constantemente as novas informações, e excluem possibilidades como a que afirma que a língua tem uma só origem. A língua é um instinto humano e é considerada a primeira forma de socialização da criança que pode ocorrer de forma implícita, o desenvolvimento é feito desde o nascimento. A língua materna é a primeira língua que aprendemos quando nascemos inicialmente às crianças registram literalmente os fonemas e as entonações da língua. Apresenta ainda, significante e significado a mente cria um significante é remetido a um significado. Podendo haver ainda dificuldades na aquisição da linguagem devido a distúrbios, a necessidade de educadores observarem o desenvolvimento da capacidade de aprender. Podemos nos comunicar através de linguagem, verbal, não verbal, expressão facial, movimento dos olhos, movimento da cabeça, postura e movimento do corpo, comportamento não verbais da voz, aparência entre outras. O desenvolvimento da linguagem é feito em dois estágios: pré-línguistico e lingüístico, a linguagem nada mais é que símbolos culturais internalizados.
PALAVRAS-CHAVE
Humano, língua, linguagem, aquisição, desenvolvimento.
ABSTRACT[1]
Autoren betonen, dass wir die Sprache durch Wiederholungen lernen, das Gehirn ist ein dynamisches Organ, das ständig angepasst wird, um neue, umfassende, Informationen zu speichern und zu erkennen, dass die Sprache einen einzigen Ursprung hat.  Die Sprache ist ein menschlicher Instinkt und gilt als die erste Form der Sozialisierung des Kindes, sie wird implizitvon der Geburt an angewendet. Die Muttersprache ist die erste Sprache die von einem Kind gelernt wird, es ist die Sprache die mit den ersten buchstäblichen Phonemen und Intonationen registriert wird. Darüber hinaus präsentiert Signifikant und das Signifikat, der Geist schafft ein Siginifikant der einen Sinn bezeichnet. Es können beim Erwerb der Sprache Schwierigkeitenn und Störungen auftreten die einen Pädagogen notwendig machen um die Entwicklung des Lernens zu beobachten. Wir können durch die Sprache unter anderem verbal, nonverbal, durch Mimik, Augenbewegungen, Kopfbewegung, Körperhaltung und Körperbewegungen, nonverbalem Verhalten der Stimme, und Auftreten, kommunizieren. Die sprachliche Entwicklung erfolgt in zwei Schritten, vorprachlichen und sprachlichen Sprache und ist nichts anderes als kulturelle Symbole zu verinnerlichen.

STICHWORTE
Menschen, Sprache, Spracherwerb, Entwicklung.
INTRODUÇÃO
A pesquisa Bibliográfica pretende apresentar como a linguagem se desenvolve rapidamente em uma criança e contribui decisivamente para teorias sobre os determinantes bropsiclógicos específicos da espécie humana e nos estudos inter e intraculturais elucidam as relações entre os fatores inatos, maturacionais e experiências que influem neste desenvolvimento, bem como esclarecem sobre os universais de aquisição da linguagem tais como o registro específico utilizado pelos adultos quando se dirigem à crianças, manhês por um lado, e as estratégias diferenciadas voltadas para um mesmo fim a apropriação do sistema linguístico como instrumento de se comunicar num dado contexto social de autocontruir-se e de representação prioritária de como as experiências são percebidas"(Leonor Scliar).
Uma das questões mais debatidas no âmbito da linguística, diz respeito à composição dos domínios da aquisição da fala e compreensão da linguagem. A análise de processos relacionados à comunicação humana, mediante o uso da linguagem.
PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ATRAVÉS DA MENTE
Steven Pinker em seu livro chamado "O Instinto da Linguagem: como a mente cria a linguagem", explica tudo sobre a linguagem como funciona como as crianças aprendem como ela muda como o cérebro a computa, como ela evoluiu. Com o uso de exemplos cotidianos, Pinker diz que: "linguagem é um instinto humano instalado em nosso cérebro, ou seja, "existe um dispositivo que é ativado na mente quando a criança alcança certa idade, por isso lembramos apenas de certo momento de nossa infância".
O autor defende o desenvolvimento da língua como adaptação evolutiva, existindo um vinculo profundo entre aquilo que chamamos de "mente" e o cérebro. Para ele a linguagem é algo complexo e especializado, que desenvolve-se em nós quando crianças sem que percebamos, sem que seja preciso instruí-la formalmente, afinal ninguém vai para a escola apreender a falar. Existe uma lógica subjacente que é a mesma em todo o individuo. Também destaca que:
O pensamento não é a mesma coisa da linguagem, pois a experiência de enunciar ou escrever uma frase, parar e perceber que não era aquilo que queríamos dizer. Nem sempre é fácil encontrar as palavras que expressam adequadamente um pensamento.
O autor defende a existência de um vinculo entre instinto e "mente", seu trabalho procura explicar como a mente cria a linguagem. Até mesmo pessoas com distúrbios psicológicos conseguem desenvolver a linguagem, pode não haver coerência no que é dito, mas a linguagem foi desenvolvida. O desenvolvimento da perspectiva cognitiva subjacente à construção teórica do conceito de 'faculdade de linguagem', conceito proposto por Chomsky, nos anos 50, enquanto componente interna da mente/cérebro humanos que levou, no campo específico da Linguística, à formulação, ao desenvolvimento e à reformulação de diversos modelos teóricos.
Os bebês aprendem palavras a partir de repetições, na medida em que eles vão ouvindo os pais falando começam a desenvolver palavras, a aprendizagem de palavras começa geralmente aos doze meses de idade.
Os autores focam a questão da neurofisiologia dos sistemas de ação-percepção. Apesar de macacos e humanos possuírem, no córtex pré-motor, os chamados 'neurónios-espelho' que respondem quando um indivíduo age de determinada maneira quer quando o mesmo indivíduo observa alguém a executar o mesmo ato, estes neurônios não são suficientes para desencadear a imitação nos macacos, como durante muito tempo se presumiu.
Focam também a questão das modalidades de produção e de percepção da linguagem, lembrando que só os humanos podem perder uma das modalidades (por exemplo, a audição) e conseguir ultrapassar esse déficit comunicando com competência noutra modalidade (a gestual). Acentuamos aqui o contraste na modalidade, uma vez que, em termos de complexidade gramatical, se pode considerar a linguagem gestual equivalente à linguagem verbal. Existe, portanto, percepção intermodal e linguagem gestual nos humanos, e comunicação uni modal nas outras espécies.
O alfabeto não corresponde ao som, corresponde aos fonemas especificados no dicionário mental, não é correto escrever da mesma forma que falamos pois há uma diferença em falar e escrever. Os ouvintes acompanham os falantes passo a passo, o intervalo entre a boca do falante e a mente do ouvinte é bastante curto. Diferente da memória, algo em que as pessoas são ruins e os computadores bons, a tomada de decisão é algo que as pessoas fazem bem e os computadores mal, as maquinas por mais evoluídas que possam ser não tem a mesma capacidade dos humanos.
A mente tem um poder inenarrável de criar significado para cada significante, ou seja, a mente cria um significante que é remetido a um significado.
Na bíblia as diversas formas de falar é mostrada na história da torre de babel, mostrando que tínhamos todos uma só língua e as mesmas palavras e por uma ação divina todos passam a falar línguas diferentes.
Se alguns mostram que as línguas variam livremente, pode-se concluir que as línguas são limitadas pela estrutura do cérebro? Não diretamente. Primeiro é preciso excluir duas explicações alternativas, uma possibilidade é que as línguas tenham uma única origem, e que todas as línguas tem como descendência a protolingua conservando algumas de suas características.
Além disso, se os universais se resumissem ao que é passado de geração, dever-se-ia esperar uma correlação entre as principais diferenças entre tipos de línguas e ramos famílias de línguas, assim como a diferença entre duas culturas geralmente está correlacionada com o tempo que as espera.
O filosofo Andy Clar em entrevista a revista veja diz que: "futuramente vamos poder usar dispositivos que aumente nossa capacidade mental, criaremos sistemas para que o cérebro tenha o menor trabalho possível".
Levando em consideração que a mente desenvolve a ciência, será que ela poderá ultrapassar a mente.
Há quem diga que as maquinas irá ultrapassar a mente humana em 2020, com base na evolução da ciência. Estamos certos de que há uma evolução cientifica esmagadora, que ultrapassa todas as leis, mais uma ciência que não consegue cura para todas as doenças pode dominar a mente, quando a ciência passar a dominar a mente seremos seres perfeitos levando em consideração que a mente domina o corpo.
Segundo o pensamento empirista a mente não era considerada fundamental para justificar como acontecia a aquisição, o que importava para eles era o conhecimento humano que era produzido através com o mundo, através de estimulo resposta.
Já os racionalistas diferentes dos empiristas atribuem a mente à responsabilidade pela aquisição da linguagem, eles acreditam que: todo individuo nasce com uma capacidade inata.
A teoria inatista deixa de lado o papel do conhecimento na aprendizagem da língua da criança cabendo a outras teorias nesse estudo, como as teorias cognitivistas e interacionalistas.
Essas teorias convergem e diverge ente si, ambas construtivistas, as duas partem do mesmo de que as crianças constroem a linguagem, porém, diferem de como elas contraem essa linguagem.
Segundo Chomsk: "havia uma pobreza de estímulos e, portanto, a criança não poderia adquirir a linguagem através do meio social. Porem sabemos que para a língua ser adquirida é necessário um estimulo e com certeza um fator social, é o estimulo resposta".
É através da linguagem que a criança tem acesso a valores crenças e regras, adquirindo os conhecimentos de sua cultura. Se levarmos em consideração a aquisição da linguagem na língua escrita, vamos perceber que jovens e adultos levam para sala de aula toda a experiência que vem da oralidade, eles convivem com diferentes tipos de escrita com as quais eles se deparam na rua. Alem de conviverem com esses diferentes tipos de escrita, tem ainda a oralidade que influencia bastante na forma como eles escrevem.
Podemos apontar uma grande dificuldade para o acesso ao funcionamento da escrita e sua diferença com a oralidade, o que percebemos é que muitos indivíduos por influencia da oralidade falam da mesma forma que escrevem. O jovem e o adulto, ao iniciar seu processo de alfabetização, já dominam a fala e pode ser considerado um falante nativo, com grande domínio da língua.
Há varias maneiras de falar, pois existe uma variação lingüística muito grande, bastante dialetos. Há dialetos estigmatizados que é sempre descriminado dependendo do meio no qual o individuo esteja, ele é prestigiado quando fala de acordo com as normas.
As pessoas se distinguem uma das outras pela maneira como fala, a língua está sempre em evolução ela é um fenômeno dinâmico, isto é, está sempre em evolução, principalmente nos diversos grupos sociais. Todas as variedades lingüísticas do ponto de vista da estrutura são perfeitas e completam em sim, o que faz com que elas se tornem diferentes é os valores dos membros perante a sociedade.
Para Steven Pinker, que segue na linha de Chomsky: A linguagem não é uma invenção cultural, assim como tampouco a postura ereta o é. Ela é uma adaptação biológica para transmitir informação, é parte de nossa herança inata. Teríamos um instinto para aprender, falar e compreender a linguagem.
Pinker é um dos autores que estuda o porquê de popularmente e nas ciências humanas a palavra "inato" jamais serem colocada em mesmo contexto que o da linguagem.
Na verdade, a idéia da linguagem como um instinto foi concebida pela primeira vez por Darwin, em 1871.Em seu livro The Descent of Man, ele escreveu que a habilidade da linguagem é uma "tendência instintiva a adquirir uma arte", desígnio não peculiar aos humanos como também encontrado em outras espécies, como os pássaros que aprendem a cantar. Essa idéia talvez tivesse ficado esquecida até Chomsky resgatá-la e defendê-la bravamente. Isso ocorreu possivelmente porque Darwin nos colocou no mesmo nível dos outros animais, e porque a diversidade de línguas parecia impossibilitar explicações universalistas.
A linguagem, como prova de nossa superioridade, não poderia ser nada menos do que obra humana, e em nada se assemelharia à comunicação dos outros animais.
Comumente se pensa que as crianças adquirem a língua imitando os outros, principalmente a mãe. Porém, quando a criança diz "Eu se sentei" ou "Eu não cabo aí dentro", não se trata de imitação. Isso mostra a existência de uma lógica interna, na verdade uma gramática interna. As crianças não apenas papagueiam o que seus pais dizem, elas extraem regras e as aplicam para formar novas frases.
Porém, existem outras evidências de que as crianças adquirem sua língua de modo ativo. Quando falantes de línguas diversas têm de se comunicar para realizar tarefas práticas, mas não têm a oportunidade de aprender as línguas uns dos outros, desenvolvem um jargão provisório denominado pidgin.
Isso aconteceu, por exemplo, no tráfico de escravos para o Atlântico, em que os senhores, provavelmente cientes do poder de união que uma língua comum promove, misturaram escravos de diferentes origens lingüísticas.
Pidgins são cadeias precárias de palavras tomadas da língua dos colonizadores ou donos de plantações, que variam muito em sua ordem e são pobres no que se refere à gramática.
Não há uma ordem coerente das palavras, não há sufixos ou prefixos e tempos verbais. O lingüista Derek Bickerton demonstrou que em muitos casos um pidgin pode se converter numa língua complexa plena: basta que um grupo de crianças seja exposto ao pidgin na idade em que adquire a língua materna. Isso acontecia quando crianças eram separadas dos pais e ficavam todas juntas sob a responsabilidade de um trabalhador que falava com elas em pidgin.
Da mesma forma, a nossa constituição biológica não explica a linguagem, mas pô-la de lado pode fazer com que uma dimensão importante do fenômeno seja perdida. Darwin já havia notado que a explicação evolutiva não era uma alternativa à explicação cultural: é por meio da natureza, pelo que ele chamou de instintos, que a arte da cultura acontece.


A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança e, na maioria das vezes, é efetuada explicitamente pelos pais através de instruções verbais durante atividades diárias, assim como através de histórias que expressam valores culturais. A socialização através da linguagem pode ocorrer também de forma implícita, por meio de participação em interações verbais. Desta forma, através da linguagem a criança tem acesso, antes mesmo de aprender a falar, a valores, crenças e regras adquirindo os conhecimentos de sua cultura. A medida que a criança se desenvolve, seu sistema sensorial, incluindo a visão e audição, se torna mais refinado e ela alcança um nível lingüístico e cognitivo mais elevado, enquanto seu campo de socialização se estende, principalmente quando ela entra para escola e tem maior oportunidade de interagir com outras crianças.
Quanto mais cedo à criança se envolve nas relações sociais, mais benefícios obterá a curto ou longo prazo, tendo em vista as experiências e aprendizagens que resultam de tais interações.
Na aquisição da linguagem, o método como se desenvolve a língua, como se adquire as primeiras palavras, a fala, enfim, é tudo um processo, embora natural, é longo e difícil. O começo dessa aquisição seria o primeiro choro da criança ao nascer.
Durante o processo, com o passar dos dias, a criança aos poucos vai adquirindo suas primeiras palavras através do comportamento observável, ou seja, a criança cercada da família, observa as palavras e de acordo com a fase em que se encontra, tenta se comunicar com quem os cercam.
Tais fases, a primeira seria a do jargão, em que a criança começa a produzir cadeias de enunciados, meias palavras, ainda não analisáveis, mas que são completamente interpretáveis para nós adultos. Ocorre normalmente aos dezoito meses de vida da criança. A segunda fase será a das palavras, em que a criança através de imitações; gestos desenvolvem as primeiras palavras, ocorrendo por volta dos dois anos de idade. A terceira e última fase seria a das frases onde a criança já empregando estruturas com frases curtas, com erros de gramática e de pronúncia, mais porém não deixa de ser frases compreensíveis, sendo que a criança já é capaz de produzir uma verdadeira comunicação.
Aos poucos, ela vai notando algumas inadequações em sua produção oral, observando o comportamento adulto e modificando-os. Sendo assim, a língua, para a criança é um instrumento que ela usa para se comunicar e satisfazer suas necessidades. Muito antes de começar a falar, a criança está habilitada a usar o olhar, a expressão facial e o gesto para comunicar-se com os outros.
Tem também capacidade para discriminar precocemente os sons da fala. Apesar de não estar completamente esclarecido o grau de eficácia com que a linguagem é adquirida sabe-se que as crianças de diferentes culturas parecem seguir o mesmo percurso global de desenvolvimento da linguagem. Ainda antes de nascer, elas iniciam a aprendizagem dos sons da sua língua nativa.
No desenvolvimento da linguagem, duas fases distintas podem ser reconhecidas: a pré- lingüística, em que são vocalizados apenas fonemas (sem palavras) e que persiste até aos 11 e 12 meses, e, logo. A seguir, a fase lingüística, quando a criança começa a falar palavras isoladas com compreensão.
Este processo é contínuo e ocorre de forma ordenada e seqüencial com sobreposição considerável entre as diferentes etapas deste desenvolvimento.
O processo de aquisição da linguagem envolve o desenvolvimento de quatro sistemas interdependentes: o pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto social, o fonológico envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras, o semântico, respeitando as palavras e seu significado e o gramatical, compreendendo as regras sintáticas e morfológicas para combinar palavras em frases compreensíveis. Os sistemas fonológico e gramatical conferem à linguagem a sua forma. O sistema pragmático descreve o modo como a linguagem deve ser adaptada a situações sociais específicas, transmitindo emoções e enfatizando significados.
As crianças em processo de aprendizagem de uma língua materna, utilizam-se de vários métodos para se expressarem, como através de uma linguagem não-verbal, com expressão facial, sinais, e também quando a criança começa a responder, questionar e argumentar. Essa competência comunicativa reflete a noção de que o conhecimento da linguagem a determinada situação e a aprendizagem das regras sociais de comunicação é tão importante quanto o conhecimento semântico e gramatical. As dificuldades de aprendizagem, podem ocorrer quando existem, retardo mental, distúrbio emocional, problemas sensoriais, ou motores, ou, ainda ser acentuadas por influências externas, como, por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada.
O processo de aquisição da linguagem é bastante complexo e envolve uma rede de neurônios distribuída entre diferentes regiões cerebrais.
O cérebro é um órgão dinâmico que se adapta constantemente as novas informações. Como resultado, as áreas envolvidas na linguagem de um adulto podem não ser as mesmas envolvidas na criança, é possível que algumas zonas do cérebro sejam usadas apenas durante o período de desenvolvimento da linguagem.
Em pesquisas observou-se que as dificuldades de aquisição da linguagem existem devido a interferência de alguns distúrbios como a dislexia; um atraso congênito de desenvolvimento ou diminuição na capacidade de traduzir sons e símbolos gráficos e compreender o material escrito.
Vários são os fatores que descrevem as causas da dislexia entre eles, déficits cognitivos, fatores neurológicos, prematuridade, influências genéticas e ambientais. As dislexias podem ser divididas em dois tipos: central e periférica. Na central ocorre o comportamento do processo lingüísticos dos estímulos, alterações no processo de conversão da ortografia para fonologia.
Na periférica, ocorre o comportamento do sistema de análise vísuo-perspectiva para a leitura, havendo prejuízos na compreensão do material lido. Todos os estudos descritos de aquisição e desenvolvimento da linguagem, dizem que os comportamentos destacados ocorrem e o fazem na ordem descrita.
DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE APRENDER
É preciso que a escola ensine aos educandos como se dão as coisas relativas ao conhecimento da linguagem, como se processa a informação lingüística. E isso serve não só para o ensino da língua materna como também para as demais disciplinas escolares.
Um cálculo como 34 x 76 tem muito a ensinar além do resultado. Há o processo (as etapas de uma operação matemática) que deve ser visto como algo mais significativo no ensino e, por que não dizer, mais significativo, também, no momento da avaliação formativa.
As crianças precisam aprender e apreender essas informações da linguagem, da leitura, da escrita e do cálculo,  com clareza e de forma prazerosa, lúdica. Quem sabe, ensina.
Quem ensina, deve saber os conteúdos a serem repassados para o aluno. A escola precisa levar as crianças ao reino da contemplação do conhecimento. Vale o inverso: a escola deve levar o reino do saber às crianças.
Nas ruas, as crianças não aprenderão informações lingüísticas. Farão hipóteses, extraídas, quase sempre da fala espontânea. É nas  escolas, com bons professores, que aprenderão que  essas informações lhes darão habilidade para a leitura e para a vida fora da escola.
Nos lares, a tarefa de reforço do que se aprender na escola se constitui um complemento importante, desde que os pais se sintam parte do processo.
Aliás, a educação escolar, de qualidade, é um dever das instituições de ensino. Doutra, dever, também, compartilhado por familiares  e co-responsabilidade dos que operam com os saberes sistemáticos, que envolve  a sociedade como um todo.
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL
Oque é linguagem?É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal não os comunicamos apenas pela fala ou escrito. Então, a linguagem pode ser verbalizada e daí vem a analogia ao verbo. Assim, a linguagem verbal é que utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.
Linguagem verbal: As dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesma, mas nas pessoas.
Linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utuliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. Objeto neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: Placas, figuras, gestos,objetos, coes, ou seja os signos visuais.
Alguns psicologos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções especificas de regular e encandar as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.
Expressão facial: Não pe facil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua espressão fisionómica. As vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitoas pessoas tentam inibir a expressão emocional.
Movimento dos olhos: Desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas em outro contesto pode significar a meaça, provocação.
Movimento da cabeça: Tedem a reforcar e sincronizam a emissão de mensagens.
Postura e movimento do corpo: Os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para detectar determinados estados emocionais.
Comportamento não-verbais da voz:A entoação da voz revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.
A aparência: A aparência de uma pessoa reflete normalmente a tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, anquiagem, enfeites, postura, gestos, modo de falar etc., as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais seram menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção
LINGUA MATERNA
Lingua materna ou lingua nativa é a primeira lingua que uma criança aprende. Em certos casos, quando a criança é educada por pais ou outras pessoas que falam linguas diferente, é possivel adquirir o dominio de suas simultaneamente, cada uma delas podendo ser considerada lingua materna.
A expressão lingua materna na provém do costume em que as mães eram as unicas a educar seus filhos na primeira infância, fazendo com que a lingua da mãe seja a primeira a ser assimilada pela criança, condicionando seu aparelho fonador aquele sistems linguistica.
A aquisicâo da lingua materna xovie em várias fases. Inicialmente, a criança registra literalmente os fonemas e as entonações da lingua, sem ainda ser capaz de os produzir. Em seguida, começa a produzir sons e entonações até que seu aparelho fonador permita-lhe a articular palávras e organizar frases, assimilando conte conteporaneamente o lexico. A sintaxe e a gramatica são integradas dentro deste processo de aprendizagem.
EXPLICAÇÕES DA LINGUÍSTICA PARA A LINGUAGEM DA CRIANÇA
Em meio a diversos assuntos relacionados à lingüística, a questão da linguagem das crianças vem ser um ponto forte questionamentos e intrigas entre lingüistas e estudiosos do assunto. Séculos passaram, brincadeiras, roupas, pensamentos mudaram, em tempo contemporâneo as crianças apresentam características diferentes, as formas de pensar, se vestir, brincar, comportar-se, são diferentes das crianças de tempos passados.
A série de questionamentos referentes a importância do estudo da infância,mesmo consciente que a mesma sempre muda, para desvendar o uso da lingüística nela, surgem várias teorias, a aquisição da linguagem explica, entre outras coisas, como as crianças, com seus três anos de idade, fazem o uso de suas línguas.
A comunicação é presente na vida dos pequenos. A linguagem nada mais é que símbolos culturais internalizados e para chegar à utilização de frases e múltiplas palavras, o seu desenvolvimento passa por períodos.
Ao nascer a criança não entende o que lhe é dito. Somente aos poucos começa a atribuir um sentido ao que escuta. Do mesmo modo acontece com a produção da linguagem falada. O entendimento e a produção da linguagem falada evoluem.
O uso da comunicação nos estágios iniciais de vida, não é feito de maneira oral, mas sim através de símbolos culturais internalizados, seu desenvolvimento passa por períodos até que as crianças cheguem a comunicação utilizando frases. Segundo Stillings (1987), o primeiro estágio verdadeiramente lingüístico da criança parece ser o estágio de uma palavra. Nesse estágio, que parece a poços meses delas completarem um ano, as crianças produzem suas primeiras palavras. Durante esse estágio, as suas falas se limitam a uma palavra, que são pronunciadas de maneira um pouco diferente da dos adultos. Muitos fatores contribuem para essa pronúncia não usual: alguns sons parecem estar fora da escala auditiva das crianças, por dependerem da maturação de alguns nervos. Sons que são difíceis para a criança detectar, tornando-se difíceis para elas aprenderem. Além disso, alguns sons parecem ter uma articulação difícil para as crianças. Por exemplo, é comum ver crianças que possuem desenvolvimento lingüístico adiantado, mas não conseguem pronunciar o "r" . Algumas vezes, sons fáceis podem se tornar difíceis na presença de outros sons. Por exemplo, crianças no estágio de uma palavra freqüentemente omitem o som das consoantes finais.
Existem diferentes tipos de linguagem. Como por exemplo, a corporal, a falada, a escrita e a gráfica. Para se comunicar a criança utiliza, tanto a linguagem corporal como a linguagem falada, mas já produz linguagem.
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – lingüístico, quando o bebê usa de modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o lingüístico, quando usa palavras.
No estádio pré – lingüístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em expressão emocional. Logo ao nascer este choro ainda é indiferenciado, porque nem a mãe sabe o que ele significa, mas aos poucos começa a ficar cheio de significados e é possível, pelo menos para a mãe, saber se o bebê está chorando de fome, de cólica, por estar se sentindo desconfortável, por querer colo etc. è importante ressaltar que é a relação do bebê com sua mãe, ou com a pessoa que cuida dele, que lhe dá elementos para compreender seu choro.
Além do choro, a criança começa a produzir o arrulho, que é a emissão de um som gutural, que sai da garganta, que se assemelha ao arrulho dos pombos. O balbucio ocorre de repente, por volta dos 6-10 meses, e caracteriza – se pela produção e repetição de sons de consoantes e vogais como "ma – ma – ma – ma", que muitas vezes é confundido com a primeira palavra do bebê.
No desenvolvimento da linguagem, os bebês começam imitando casualmente os sons que ouvem, através da ecolalia. Por exemplo: os bebês repetem repetidas vezes os sons como o "da – da – da", ou "ma – ma – ma – ma". Por isso as crianças que tem problema de audição, não evoluem para além do balbucio, já que não são capazes de escutar.
Por volta dos 10 meses, os bebês imitam deliberadamente os sons que ouvem, deixando clara a importância da estimulação externa para o desenvolvimento da linguagem. Ao final do primeiro ano, o bebê já tem certa noção de comunicação, uma idéia de referência e um conjunto de sinais para se comunicar com aqueles que cuidam dele.
O estádio lingüístico está pronto para se estabelecer. Sendo assim, contando com a maturação do aparelho fonador da criança e da sua aprendizagem anterior, ela começa a dizer suas primeiras palavras.
A fala lingüística se inicia geralmente no final do segundo ano, quando a criança pronuncia a mesma combinação de sons para se referir a uma pessoa, um objeto, um animal ou um acontecimento. Por exemplo, se a criança disser apo quando vir à água na mamadeira, no copo, na torneira, no banheiro etc., pode afirmar que ela já esta falando por meio de palavras. Espera – se que aos 18 meses a criança já tenha um vocabulário de aproximadamente 50 palavras, no entanto ainda apresenta características da fala pré – lingüística e não revela frustração se não for compreendida.
Na fase inicial da fala lingüística a criança costuma dizer uma única palavra , atribuindo a ela o valor de frase. Por exemplo, quando diz aga apontando para o filtro, expressa um pensamento completo; eu quero água. Essas palavras com valor de frases são chamadas holófrases.
O vocabulário começa a crescer. Espera-se que aos dois anos, as crianças sejam capazes de utilizar um vocabulário com mais de cem palavras. Elas começam a adquirir os primeiros fundamentos sintaxe, preocupando-se assim com as regras gramaticais. Usam o que chamamos de super-regularização, que é a aplicação das regras gramaticais a todos os casos, sem considerar as exceções.
Chomsky defende a idéia de que a estrutura da linguagem é, em grande parte, especificada biologicamente (nativista). Skinner afirma que a linguagem é aprendida inteiramente por meio de experiência (empirista). Piaget consegue chegar mais perto de uma compreensão do desenvolvimento da linguagem que atenda melhor a realidade observada. Segundo ele tanto o biológico quanto as interações com o mundo social são importantes para o desenvolvimento da linguagem (interacionista).
Piaget é adepto, o aparecimento da linguagem seria decorrência de algumas das aquisições do período sensório – motor, já que ela adquiriu a capacidade de simbolizar ao final daquele estádio de desenvolvimento da inteligência. Soma – se a isso a capacidade imitativa da criança. As primeiras palavras são intimamente relacionadas com os desejos me ações da criança.
DIALEXIA E AS HABILITADES LINGUISTICAS
Há quatro habilidades da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. A leitura é a habilidade lingüística mais difícil.
A dificuldade específica em leitura é denominada dislexia. A leitura compreende duas operações fundamentais: a decodificação que diz respeito a capacidade que temos como escritores ou leitores de uma língua para identificarmos um signo gráfico por um nome ou por um som. A aprendizagem da decodificação se consegue através do conhecimento do alfabeto e da leitura, oral, e a compreensão é a captação de sentido ou conteúdo das mensagens escritas. Sua aprendizagem se dá através do domínio progressivo de textos escritos cada vez mais complexos.
São três os verbos que definem as funções essenciais da leitura: a) transformar: se dá quando o leitor converte a linguagem escrita em linguagem oral; b) compreender: se efetiva quando o leitor consegue captar ou dar sentido ao conteúdo da mensagem e c) julgar :julgar é capacidade que o leitor tem de analisar o valor da mensagem no contexto social.
Os processos de nível inferior são chamados de processos básicos da leitura, que tem a finalidade de reconhecer e compreender as palavras. Os processos que se voltam a decodificação e a compreensão das palavras são importantes nas primeiras fases de aprendizagem e leitura e devem ser bem entendidos no ensino fundamental.
Nas primeiras etapas da aprendizagem, os processos básicos, Istoé,que se voltam a decodificação e compreensão de palavras, são muito importantes e devem ser bem assimilados no primeiro ciclo do ensino fundamental.
Os processos preceptivos referem-se à percepção visual que permite a extração de informações sobre cosias, lugares e eventos do mundo visível. Portanto, a percepção é um processo para aquisição de informações e conhecimentos, guardando estreita relação com a memória de longo prazo e a cognição.
Ler, a rigor, não é apenas ler as palavras nas linhas, mas ler as entrelinhas, o subjacente, o paradigmático, o ausente, o dito não explícito no texto.
Depois da análise preceptiva, o passo seguinte é chegar ao significado das palavras que, no ensino da língua materna, é, realmente, o que interessa aos professores, à escola e à família e aos próprios alunos. Se o objetivo é também a leitura em voz alta, então, devemos trabalhar a soletração, a entonação ou a pronúncia escorreita das palavras.
São dois os caminhos que existem para chegarmos ao reconhecimento das palavras e extrairmos o significado das mesmas. Duas rotas que são essenciais no reconhecimento das palavras: a fonológica e a visual.
A rota fonológica é a que a nos permite a leitura de textos, segmentando-os, por força da metalinguagem, em seus componentes (parágrafos, períodos, orações, frases, sintagmas, palavras, morfemas), como também em sílabas ou em sons da fala (fonemas). A rota fonológica é o guia prático para o alfabetizador que trabalha em sala de aula, com o chamado método fônico de leitura.
A rota visual ou direta ou léxica - é uma rota global e muito rápida já que nos permite o reconhecimento global da palavra e sua pronunciação imediata sem necessidade de analisar os signos que a compõem. O modelo de leitura através da rota direta permite explicar a facilidade que temos para reconhecer as palavras cuja imagem visual temos visto com muita freqüência. Isto é, através desta rota podemos ler palavras que nos são familiares em nível de escrita. A rota direta é base para a prática do método global de leitura (também chamado construtivista). Em qualquer caso, ambas as vias não são excludentes entre si. As rotas fonológica e global são necessárias e coexistem na leitura hábil.
À medida que a habilidade leitora se desenvolve, intensificamos as estratégias da via direta ou léxica ou ambas ao mesmo tempo. Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente. São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto.
No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras. Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber: a) familiaridade, b) freqüência, c) idade da aquisição, d) repetição, e) significado e contexto, f) regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema e g) interações.
A dislexia, segundo Jean Dubois et alii (1993, p.197), é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
A dislexia não é uma doença, mas um fracasso inesperado na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem lingüística. A dislexia não é desleixo, é diferença, é uma síndrome.
As causas ou a etiologia da síndrome disléxica são de diversas ordens e dependem do enfoque ou análise do investigador. Muitas das causas da dislexia resultam de estudos comparativos entre disléxicos e bons leitores. Podemos indicar as seguintes: a) hipótese de déficit perceptivo, b) hipótese de déficit fonológico e c) hipótese de déficit na memória.
Atualmente os investigadores na área de Psicolingüística aplicada à educação escolar, apresentam a hipótese de déficit fonológico como a que justificaria, por exemplo, o aparecimento de disléxicos com confusão espacial e articulatória.
Desse modo, são considerados sintomas da dislexia relativos à leitura e escrita os seguintes erros: a) erros por confusões na proximidade especial: confusão de letras simétricas, confusão por rotação e inversão de sílabas, b) confusões por proximidade articulatória e seqüelas de distúrbios de fala: confusões por proximidade articulatória, omissões de grafemas e omissões de sílabas.
As características lingüísticas, envolvendo as habilidades de leitura e escrita, mais marcantes das crianças disléxicas, são: a) a acumulação e persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever, b) confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u etc; c) confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e; d) confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e, cujos sons são acusticamente próximos: d-t; j-x; c-g; m-b-p; v-f; e) inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
Quais as causas ou fatores de ordem pedagógico-lingüística que favorecem a aparição das dislexias? De modo geral, indicaremos causas de ordem pedagógica, a começar por: atuação de docente não qualificado para o ensino de língua materna; crianças com tendência à inversão; crianças com deficiência de memória de curto prazo; crianças com dificuldades na discriminação de fonemas; vocabulário pobre; alterações na relação figura-fundo; conflitos emocionais; e o meio social.
É importante que professor de língua materna, com formação na área de Letras e com habilitação em Pedagogia, que pode vir a realizar uma medição da velocidade da leitura da criança, utilizando, para tanto, a seguinte ficha de observação, com as seguintes questões a serem prontamente respondidas: a criança movimenta os lábios ou murmura ao ler? A criança movimenta a cabeça ao longo da linha? Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou mantém o mesmo ritmo de velocidade? A criança segue a linha com o dedo? A criança faz excessivas fixações do olho ao longo da linha impressa? A criança demonstra excessiva tensão ao ler? A criança efetua excessivos retrocessos da vista ao ler? É importante que o professor da educação especial, particularmente educação infantil e ensino fundamental, esteja atento ao comportamento das crianças em sala de aula pois sua percepção pode diagnosticar precocemente problemas não só na fala ou escrita mas em várias outras áreas como visão e audição. As crianças disléxicas
Há uma relação muito estreita entre dislexia e as habilidades lingüísticas. São quatro as habilidades da linguagem verbal: a leitura, a escrita, a fala e a escuta. Destas, a leitura é a habilidade lingüística mais difícil e complexa. A dificuldade específica em leitura é denominada de dislexia.
A leitura é um processo de aquisição da lectoescrita e, como tal, compreende duas operações fundamentais: a decodificação e a compreensão. A decodificação é a capacidade que temos como escritores ou leitores ou aprendentes de uma língua para identificarmos um signo gráfico por um nome ou por um som. A aprendizagem da decodificação se consegue através do conhecimento do alfabeto e da leitura oral ou transcrição de um texto.
Conhecer o alfabeto não significa apenas o reconhecimento das letras, e sim, entendermos a evolução da escrita como: a) a pictográfica (desenho figurativo), b) a ideográfica (representação de idéias sem indicação dos sons das palavras), c) a fonográfica (representação dos sons das palavras).
A compreensão é a captação do sentido ou conteúdo das mensagens escritas. Sua aprendizagem se dá através do domínio progressivo de textos escritos cada vez mais complexos.
São três os verbos que definem as funções essenciais da leitura: a) transformar: se dá quando o leitor converte a linguagem escrita em linguagem oral; b) compreender: se efetiva quando o leitor consegue captar ou dar sentido ao conteúdo da mensagem e c) julgar :julgar é capacidade que o leitor tem de analisar o valor da mensagem no contexto social.
Os processos básicos da leitura são também chamados de ´processos de nível inferior´. Sua finalidade é o reconhecimento e a compreensão das palavras.
Os processos básicos, isto é, que se voltam à decodificarão e à compreensão de palavras, são particularmente importantes nas primeiras etapas da aprendizagem da leitura e devem ser automatizados ou bem assimilados no primeiro ciclo do ensino fundamental.
Os processos preceptivos referem-se à percepção visual que permite a extração de informações sobre cosias, lugares e eventos do mundo visível. Portanto, a percepção é um processo para aquisição de informações e conhecimentos, guardando estreita relação com a memória de longo prazo e a cognição.
Ler, a rigor, não é apenas ler as palavras nas linhas, mas ler as entrelinhas, o subjacente, o paradigmático, o ausente, o dito não explícito no texto.
Depois da análise preceptiva, o passo seguinte é chegarmos ao significado das palavras que, no ensino da língua materna, é, realmente, o que interessa aos professores, à escola e à família e aos próprios alunos. Se nosso objetivo é também a leitura em voz alta, então, devemos trabalhar a soletração, a entonação ou a pronúncia escorreita das palavras.
Dois são os caminhos que existem para chegarmos ao reconhecimento das palavras e extrairmos o significado das mesmas. Falaremos pois de duas rotas que nos ajudam no reconhecimento das palavras:a fonológica e a visual.
A rota fonológica é a que a nos permite a leitura de textos, segmentando-os, por força da metalinguagem, em seus componentes (parágrafos, períodos, orações, frases, sintagmas, palavras, morfemas), como também em sílabas ou em sons da fala (fonemas). A rota fonológica é o guia prático para o alfabetizador que trabalha, em sala de aula, com o chamado método fônico de leitura.
A rota visual ou direta ou léxica - é uma rota global e muito rápida já que nos permite o reconhecimento global da palavra e sua pronunciação imediata sem necessidade de analisar os signos que a compõem. O modelo de leitura através da rota direta permite explicar a facilidade que temos para reconhecer as palavras cuja imagem visual temos visto com muita freqüência. Isto é, através desta rota podemos ler palavras que nos são familiares em nível de escrita. A rota direta é base para a prática do método global de leitura (também chamado construtivista). Em qualquer caso, ambas as vias não são excludentes entre si. As rotas fonológica e global são necessárias e coexistem na leitura hábil.
À medida que a habilidade leitora se desenvolve, intensificamos as estratégias da via direta ou léxica ou ambas ao mesmo tempo. Os padrões de movimentos oculares são fundamentais para a leitura eficiente. São as fixações nos movimentos oculares que garantem que o leitor possa extrair informações visuais do texto.
No entanto, algumas palavras são fixadas por um tempo maior que outras. Por que isso ocorre? Existiriam assim fatores que influenciam ou determinam ou afetam a facilidade ou dificuldade do reconhecimento de palavras, a saber: a) familiaridade, b) freqüência, c) idade da aquisição, d) repetição, e) significado e contexto, f) regularidade de correspondência entre ortografia-som ou grafema-fonema e g) interações.
A dislexia, segundo Jean Dubois et alii (1993, p.197), é um defeito de aprendizagem da leitura caracterizado por dificuldades na correspondência entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecidos, e fonemas, muitas vezes, mal identificados.
A dislexia não é uma doença, mas um fracasso inesperado na aprendizagem da leitura, sendo, pois, uma síndrome de origem lingüística. A dislexia não é desleixo, é diferença, é uma síndrome.
As causas da síndrome disléxica são de diversas ordens e dependem do enfoque ou análise do investigador. Muitas das causas da dislexia resultam de estudos comparativos entre disléxicos e bons leitores. Podemos indicar as seguintes: a) hipótese de déficit perceptivo, b) hipótese de déficit fonológico e c) hipótese de déficit na memória.
os investigadores na área de Psicolingüística aplicada à educação escolar apresentam a hipótese de déficit fonológico como a que justificaria, por exemplo, o aparecimento de disléxicos com confusão articulatória e espacial.
Os sintomas da dislexia relativos à leitura e escrita os erros por confusões na proximidade especial são confusão de letras simétricas, confusão por rotação e inversão de sílabas, confusões por proximidade articulatória e seqüelas de distúrbios de fala: confusões por proximidade articulatória, omissões de grafemas e omissões de sílabas.
As características lingüísticas, envolvendo as habilidades de leitura e escrita, mais marcantes das crianças disléxicas, são: a) a acumulação e persistência de seus erros de soletração ao ler e de ortografia ao escrever, b) confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia: a-o; c-o; e-c; f-t; h-n; i-j; m-n; v-u etc; c) confusão entre letras, sílabas ou palavras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço: b-d; b-p; d-b; d-p; d-q; n-u; w-m; a-e; d) confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum, e, cujos sons são acusticamente próximos: d-t; j-x; c-g; m-b-p; v-f; e) inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras: me-em; sol-los; som-mos; sal-las; pal-pla.
De modo geral, as causas de ordem pedagógica que favorecem a aparição das dislexias são: atuação de docente não qualificado para o ensino de língua materna; crianças com tendência à inversão; crianças com deficiência de memória de curto prazo; crianças com dificuldades na discriminação de fonemas; vocabulário pobre; alterações na relação figura-fundo; conflitos emocionais; e o meio social.
Os professores da educação especial, principalmente a infantil e fundamental estejam atentos as crianças em sala de aula para que possa ser diagnosticar algum problema seja na fala, na escrita ou em outras áreas, como a exemplo audição e visão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica evidente que é através da linguagem que a criança tem acesso a valores crenças e regras, adquirindo os conhecimentos de sua cultura.
Se levarmos em consideração a aquisição da linguagem na língua escrita, vamos perceber que jovens e adultos levam para sala de aula toda a experiência que vem da oralidade, eles convivem com diferentes tipos de escrita com as quais eles se deparam na rua.
Alem de conviverem com esses diferentes tipos de escrita, tem ainda a oralidade que influencia bastante na forma como eles escrevem.
Sabe-se que as pessoas se distinguem uma das outras pela maneira como fala, a língua está sempre em evolução ela é um fenômeno dinâmico, isto é está sempre em evolução, principalmente nos diversos grupos sociais.
SOBRE AS AUTORAS
Fabiane Matias Lima é graduanda em Letras Português na Universidade Tiradentes Aracaju/SE, cursando o 2º período, no segundo semestre do ano de 2009. Contato Fab_ane 1@hotmail.com
Gilda Carla de Jesusé graduanda em Letras/Português na Universidade Tiradentes,  em Aracaju/SE, cursando o 2º período, no segundo semestre do ano de 2009. Contato karla150@hotmail.com
Lídia Santos é graduanda em Letras/Português na Universidade Tiradentes Aracaju/SE, cursando o 2º período, no segundo semestre do ano de 2009. Contato lidiaaju2009@hotmail.com
O trabalho é resultado de prática investigativa na forma de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica. Este artigo foi produzido sob orientação da mestre Maria José de Azevedo Araújo.Contatoazevedo1956@bol.com.br
REFERÊNCIAS
PINKER, Steven. O instinto da linguagem: como a mente cria a linguagem. 1ª: Edição: Ed. Martins Fontes, 1954.
DEL RÉ, Alessandra. Aquisição da linguagem: uma abordagem psicolingüística. 1ª Edição: Ed. Contexto, 2006.
SCIAR-CABRAL Leonor. Introdução a psicolingüística. ED. ATICA, 1991.
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AS CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE PARA A PSICOPEDAGOGIA



O sujeito não libidinizado é alguém marcado pela falta de desejo, desejo de não aprender. Aprender é um ato desejante e sua negação é o não aprender. Tal desejo é movido pelo inconsciente, que nesse momento de aprender ou não aprender responde às informações libidinadas (negação, omissão, recusa, rejeição, etc.) percebidas nas primeiras relações maternas ou, mais especificamente na fase da construção do ego (COSTA, 2001).
Segundo Freud, a formação psíquica do sujeito é realizada na infância, por meio de experiências narcísicas (amor a si próprio) e edípicas (rivalidade). A aprendizagem escolar depende de como o aprendiz passou por essas experiências, já supracitadas, ou seja, o sujeito necessita construir uma imagem de si. Tal imagem poderá ser positiva ou negativa, sendo negativa, o sujeito encontrará dificuldades para aprender a ler e escrever.
Podemos dizer que para Freud, “a mola propulsora do desenvolvimento intelectual é sexual” (KUPFER, 2000), ou seja, a inteligência encontra apoio em restos sexuais. O ato de aprender para psicanálise é uma relação com outra pessoa que ensina, no sentido de aprender com alguém e não sozinha. Para tanto,
É preciso que haja um professor para que esse aprendizado se realize. Ora, nem sempre esse encontro é feliz. Então ‘o que é aprender?’ supõe, para a psicanálise, a presença de um professor, colocado numa determinada posição, que pode ou não propiciar aprendizagem (KUPFER, 2000).
Conforme Fernández (1990) o psicopedagogo “não pode deixar de observar o que sucede entre a inteligência e os desejos inconscientes” uma vez que se trata da problemática de aprendizagem. Vale ressaltar, que a psicopedagogia trabalha com a modalidade de aprendizagem. Para Fernández (1994) a modalidade de aprendizagem é um vínculo de uma relação entre dois personagens: o ensinante e o aprendente existente em toda a história de vida do sujeito. Vale salientar que tal modalidade é construída desde as primeiras experiências corporais, entre uma mãe nutriente de alimento e um bebê que necessita deste alimento. Tal alimento deve ser oferecido de acordo com as necessidades do corpo do bebê. Para Fernández, afirma que ao falar de
[...] uma mãe nutriente, [...] [está] falando de uma ‘mãe vigorizante’ (Dolto); portanto, não [...] [está] mencionando um lugar subsidiário, mas de atividade, que pouco tem a ver com a suposta passividade que, a partir de alguns psicanalistas, inclusive Freud, pretende-se inerente à feminilidade. Quando [...] [diz] um bebê necessitado tampouco [...] [está] se referindo a um bebê passivo, mas provido de uma atividade diferente e complementar à mãe (FERNÁNDEZ, 1994, p.60).
Então, podemos entender que a alimentação possui uma fonte somática no que se refere à modalidade de aprendizagem e às questões do inconsciente do aprendente. A aprendizagem necessita de um investimento de conhecimento na medida em que “o desejo de ascender ao conhecimento instala-se sobre este primeiro investimento do outro como ensinante, e, segundo as vicissitudes desse investimento, serão as possibilidades de construir uma ou outra modalidade de aprendizagem” (FERNÁNDEZ, 1994, p. 67), no sentido de estar favorecendo o desejo de conhecer e pensar algo.
O ensinante precisa passar por experiências de um prazer corporal (intelectual e desejante) frente a sua identidade, para que o aprendente possa estabelecer uma conexão com sua máquina desejante-imaginativa-pensante. Se não há uma experiência prazerosa pela via corporal e de comunicação de autoria própria, o aprendente não receberá o conhecimento que necessita, uma vez que a via plausível para uma aprendizagem salutar, seria conceder as possibilidades ao sujeito para assimilar e reconstruir o conhecimento que lhe foi comunicado.
A grande importância da psicanálise (afetiva) para a psicopedagogia (aprendizagem) é conhecer como a criança sente e não apenas como pensa, neste sentido, o professor compreenderá melhor as suas reações e poderá ajudar direcionando a energia da pulsão para fins educacionais, como o prazer da pesquisa e da leitura, ou seja, despertar o gosto de conhecer coisas novas. (LEITÃO, 1997).
O foco da psicanálise é na relação afetiva entre professor e aluno. Relação essa que estabelece as condições para aprendizagem, independentemente de conteúdos. É ai que surge a transferência, conceito muito utilizado pela psicanálise. Transferência significa as manifestações do inconsciente, no sentido de está deslocando algo da experiência primitiva (vividas com os pais) da pessoa para outra pessoa. “Na relação professor-aluno, a transferência se produz quando o desejo de saber do aluno se aferra a um elemento particular, que é a pessoa do professor. (...) Transferir é então atribuir um sentido especial àquela figura determinada pelo desejo” (KUPFER, 2000).
O papel do psicopedagogo, com enfoque psicanalítico clinico é propor para o sujeito a realização de tarefas e, conseqüentemente, acompanhá-lo na execução no sentido de está atento as diferentes reações (lapsos, hesitações, bloqueios, sentimentos, angustias, repetições etc.). Então, na intervenção psicopedagógica é preciso levar o sujeito há ter um contato com reações desconhecidas (BARONE, 1998, p. 22).
A psicanálise possui um método Ramain-Thiers para se trabalhar na clinica psicopedagógica. Tal método propociona o surgimento do inconsciente, ou seja, o psicopedagogo “não ensina, ele permite que o erro apareça, que surja a falta, condição necessária para que nasça o desejo de aprender” (BARONE, 1998, p. 25). Com tal método o ser humano passa a ser visto em sua dimensão cognitiva, social, psicomotora e emocional. O foco desse método é a interiorização e atenção, trabalhando a criatividade, a autonomia e atitudes, atendendo uma faixa etária a partir de 3 anos, trabalhando numa perspectiva de reelaboração dos conflitos, angústias, transferências, resistências, recalque, outras. O objetivo é trabalhar o psicomotor de forma projetiva (através de vivências), contendo as atividades de cortar, copiar, encaixar, entre outras, bem como o movimento do desenvolvimento dos estágios psicossexuais (oral, anal e fálico) caracterizando uma abordagem sociopsicanalítica. O interessante que o método trabalha com a questão do erro como algo de reparação por meio do lápis de cor e durex, permitido a cada erro cometido trocar pelo lápis ou reconstruir com o durex (COSTA, 2005).
Portanto, a Psicanálise é de suma importância para a Psicopedagogia, uma vez, que ambas servirão de base para fazer com quer o sujeito se descubra enquanto sujeito de desejo de aprender, no sentido, de olhar para o sujeito não apenas como um sujeito pensante, mais também um sujeito de sentimentos e emoções. O sujeito deve ser tratado para alcançar o objetivo de aprender, pois os fatores biológicos, emocional, cognitivo e motor estarão sempre presente no processo do não aprender, seja qual for a sua classificação. O papel do psicopedagogo é resgatar o desejo de aprender, eliminando os possíveis entraves e a Psicanálise contribuirá na medida em que irá fazer com que o sujeito traga a tona os seus desejos inconscientes desconhecidos e, possivelmente, poderá compreender melhor a si mesmo.
REFERÊNCIAS
BARONE, Leda Maria Cadeço. De ler o desejo ao desejo de ler. Petrópolis: Vozes, 1998.
COSTA. Auredite Cardoso. Psicopedagogia e Psicomotricidade: pontos de intersecção nas dificuldades de aprendizagem. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
FERNÁNDEZ, Alicia. A mulher escondida na professora: uma leitura psicopedagógica do ser mulher, da corporalidade e da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1994.
______. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1990.
KUPFER, Maria Cristina Machado. Fred e a Educação: o mestre do impossível. São Paulo: Scipione, 2000.
LEITÃO, Heliane; ALMEIDA, Leda. Piaget e Freud: um encontro possível? Maceió: Edufal, 1997.
OLIVEIRA, Vera Barros; BOSSA, Nádia Aparecida (org).Avaliação Psicopedagogica da criança de 0 a 6 anos. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.
______. Avaliação Psicopedagogica do Adolescente. Rio de Janeiro: Vozes, 1998
fonte: http://danipsicocli.blogspot.com.br/2010/05/as-contribuicoes-da-psicanalise-para.html

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quarta-feira, 22 de março de 2017

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