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segunda-feira, 16 de março de 2020
Jejum de Ekadasi leia todas as histórias de João Maria Andarilho
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domingo, 15 de março de 2020
Como entender a Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia – BAIXE O ARQUIVO
A identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.
A identificação precoce de um possível ou suposto quadro de incapacidade ou problema de aprendizagem no ambiente escolar sensibiliza os educadores para o exercício de um novo olhar: “olhar” mais cuidadoso, criterioso, investigativo e com mais participação na vida escolar dessa criança.
O diagnóstico que envolve a exclusão de outras condições e dificuldade por parte da criança, deve voltar-se para uma serie de sinais e sintomas muito peculiares, que podem sugerir a suspeita e levar a procura de profissionais especializados para tal diagnóstico.
Para cada hipótese, temos um entendimento neurológico e evolutivo de cada expressão e seu respetivo significado:
1 Dislexia
Dislexia é a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal).
Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado nas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas.
Essas intervenções devem valorizar as funções viso-motoras da criança, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabendo-se que sua rota fonológica é prejudicada).
2 Disortografia
Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe corresponde.
Nem sempre a disortografia faz parte da dislexia e pode surgir nos transtornos ligados á má alfabetização, na dificuldade de atenção sustentada aos sons, na memória auditiva de curto prazo (Deficit de Atenção) e também nas dificuldades visuais que podem interferir na escrita.
3 Disgrafia
Não se pode confundir ou comparar a disgrafia com disortografia, pois a disgrafia tem características próprias.
A criança com disgrafia apresenta uma escrita ilegível decorrente de dificuldades no ato motor de escrever, alterações na coordenação motora fina, ritmo, e velocidade do movimento, sugerindo um transtorno práxico motor (psicomotricidade fina e visual alteradas).
4 Discalculia
A discalculia do desenvolvimento é uma dificuldade em aprender matemática, com falhas para adquirir a adequada proficiência neste domínio cognitivo, a despeito de inteligência normal, oportunidade escolar, estabilidade emocional e motivação.
Não é causada por nenhuma deficiência mental, deficits auditivos e nem pela má escolarização.
As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que é pedido nos problemas propostos pelo educador (professor/pais).
Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, subtrair, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para a criança entender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Aproximadamente de 3 a 6% das crianças em idade escolar tem discalculia do desenvolvimento (dados da Academia Americana de Psiquiatria).
De um modo geral, o prognóstico das crianças com discalculia é melhor do que as crianças com dislexia, ou pelo menos, elas tem sucesso em outras atividades que não dependam desta área de cálculo numérico.
FONTE: Artigo original: Profª Telma Pântano – Adaptação: Profª Lana Bianchi e Profª Vera Mietto
www.ceitec.com.br, 01.08.2013
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Material Pedagógico para trabalhar com alunos que apresentam DISGRAFIA
A escrita é fruto de uma aquisição possível a partir de um certo grau de desenvolvimento intelectual, motor e afetivo associado ao aprendizado socializado de seu código, quando e onde a escola tem papel fundamental. Escrever não é somente um modo de fixar nossos pensamentos e idéias, é ainda em nossa sociedade uma maneira de comunicação entre nós e o outro.
É a forma mais privilegiada de registro e comunicação na escola, apesar de todo o aparato tecnológico disponível.
Na escola as crianças disgráficas apresentarão dificuldades no processo de aquisição do grafismo da escrita, por não estarem prontas para isso. Elas não têm possibilidades de dominar os instrumentos e movimentos através da interiorização de suas sensações corporais. Porém, na escola exige-se que acompanhem o currículo convencional, que aprendam mais depressa do que permitem suas aquisições, ou que aprendam num ambiente em que logo se dá conta de que os outros “são melhores”. É difícil para elas evitarem sentimentos de que não têm muito valor. Sentem que do ponto de vista da escola e sob seus próprios pontos de vista, elas é que falharam, elas é que não conseguiram classificar-se.
Na escola as crianças disgráficas apresentarão dificuldades no processo de aquisição do grafismo da escrita, por não estarem prontas para isso. Elas não têm possibilidades de dominar os instrumentos e movimentos através da interiorização de suas sensações corporais. Porém, na escola exige-se que acompanhem o currículo convencional, que aprendam mais depressa do que permitem suas aquisições, ou que aprendam num ambiente em que logo se dá conta de que os outros “são melhores”. É difícil para elas evitarem sentimentos de que não têm muito valor. Sentem que do ponto de vista da escola e sob seus próprios pontos de vista, elas é que falharam, elas é que não conseguiram classificar-se.
O QUE É DISGRAFIA
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
A disgrafia é também chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras, tornando a letra ilegível.
Algumas crianças com disgrafia possui também uma disortografia amontoando letras para esconder os erros ortográficos. Mas não são todos disgráficos que possuem disortografia A disgrafia, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual.
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Caderno e Apostila de Caligrafia Gratuitos para alunos
O ideal na utilização do Caderno de Caligrafia é usá-lo de forma criativa. Passar a escrever com a letra cursiva pode significar um desafio para qualquer estudante.
Aprender a escrever o nome dos coleguinhas da classe ou a letra das músicas preferidas são atividades divertidas e cheias de significado.
Os exercícios de caligrafia nunca devem ser forçados nem cansativos. È preciso que as atividades sejam passadas com equilíbrio.
Uma boa opção é sugerir à criançada que use o caderno de caligrafia em branco para escrever frases curtas em vez de palavras e letras soltas, sem sentido. Já utilizei numa turma como um pequeno diário, onde eles escreviam um pequeno texto sobre seu dia. Até uma frase bastava.
Lembre-se de explicar à criança que a escrita é um instrumento de expressão do pensamento e de comunicação.
O Caderno pautado para caligrafia é útil para a criança:
Aprimorar o controle do lápis;
Observar melhor o traçado das letras;
Diferenciar letras maiúsculas de minúsculas;
Melhorar a escrita ilegível.
Mas NÃO deve ser usado para:
Cópias exaustivas, principalmente como forma de castigo;
Tarefas de casa;
Adequar a letra ao padrão “perfeito” e “bonito”. Lembre-se que o que se espera é uma letra LEGÍVEL. O conceito de bonito ou feio é relativo.
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sexta-feira, 13 de março de 2020
Desdobramentos do ardil do PCC sob o tácito apoio da OMS e endosso de incautos
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Desdobramentos do ardil do PCC sob o tácito apoio da OMS e endosso de incautos
11/03/2020
- THE EPOCH TIMES -
Tradução César Tonheiro
Onde os laços com a China comunista estão próximos, o coronavírus segue
DESTAQUE PARA O COMENTÁRIO DO LEITOR, William Weihrouch - Mar 11, 2020 at 19:28
Quem odeia Trump? China! Quem quer ver Trump esmagado e fora do cargo, China! Quem não tem problemas em esmagar seus próprios cidadãos para conseguir o que quer, China! Você pode confiar em QUALQUER das informações provenientes da China? CLARO QUE NÃO! Quem está trabalhando com a China para o jogo final, The Deep State! Eles tentaram impeachment, tentaram roubar os votos dele, eles têm controle total da mídia e têm usado isso contra ele todos os dias, tentando nos fazer pensar de uma certa maneira. Inferno, eles estão falando novamente sobre iniciar outro julgamento de impeachment se não puderem destruir a economia e usá-la para tirar Trump do cargo. Eles não fazem nada pelas pessoas NUNCA. Não há pandemia, não há pandemia, NÃO HÁ PANDEMIA! É um desastre fictício, projetado para causar estragos em todo o mundo e levar todos nós a avançar para uma NOVA ORDEM MUNDIAL. Trump os tem em fuga e eles estão dispostos a fazer qualquer coisa para detê-lo! Se eles achavam que poderiam direcionar 10000 de nós em uma fileira e atirar em nossas cabeças para nos matar e remover Trump, você realmente acha que eles hesitariam? Aliás, quando digo Trump, estou realmente dizendo O Cidadão Americano. (Somos eu e você). Eles estão tentando nos escravizar, O CIDADÃO AMERICANO! Sem nós, eles não podem escravizar o resto do mundo. Cada vez que reconhecemos esse absurdo, estamos apenas apoiando nossa própria escravidão.
SEGUE O FÉRETRO...
Surtos graves de COVID-19 destacam o envolvimento de diferentes países com Pequim
Conselho Editorial 11 de março de 2020
Nas últimas semanas de 2019, ocorreu um novo surto de coronavírus na cidade de Wuhan, na China central. Enquanto o mundo acolhia uma nova década, o Partido Comunista Chinês (PCC) optou por suprimir informações sobre a crise emergente até que não pudesse mais permanecer oculto.
Quase dois meses depois que as autoridades chinesas do continente reconheceram o surto e a existência do vírus contagioso, a crise se espalhou pelo mundo, assumindo proporções epidêmicas em várias regiões. O número de infectados além das fronteiras da China é agora de dezenas de milhares, com mais de mil sucumbindo ao vírus. O mercado de ações despencou quando especialistas alertam para uma possível recessão econômica.
Vários fatores facilitaram a rápida disseminação do coronavírus, oficialmente denominado SARS-CoV-2, e a doença que ele causa, COVID-19. A globalização aproximou os povos do mundo, aumentando os riscos de uma pandemia mundial.
No entanto, as regiões mais atingidas fora da China compartilham várias publicações em série sobre o tema: relações estreitas ou lucrativas com o regime comunista em Pequim.
Crise médica, perigo político
Sob influência política ou econômica da República Popular da China (RPC), muitas entidades e políticos estrangeiros, incluindo organizações internacionais, foram influenciados na medida em que tomam o lado do PCC, acomodando o sistema comunista pernicioso e fechando os olhos a crimes indizíveis cometidos pelas autoridades chinesas do continente.
Nas últimas décadas, a RPC expandiu muito seu poder em assuntos econômicos e geopolíticos. Enganando o mundo com uma narrativa da "ascensão pacífica da China", o regime comunista atraiu governos estrangeiros e empresas internacionais a investir nos mercados em rápido desenvolvimento da China.
Mas o PCCh nunca abandonou seus princípios ideológicos de luta de classes e controle totalitário. Nos 30 anos desde o massacre na Praça Tiananmen, e desde o início em 1999 da perseguição à prática espiritual do Falun Gong até a perseguição sistemática de hoje de todas as fés e pensamento independente, o estado dos direitos humanos na RPC só piorou.
A verdadeira natureza do PCCh e do comunismo é conhecida há muito tempo pelos leitores do Epoch Times. Quinze anos atrás, o Epoch Times publicou a série editorial “Nove Comentários sobre o Partido Comunista”, iniciando um movimento popular na China para rejeitar o comunismo. Desde 2004, mais de 350 milhões de pessoas renunciaram seus laços com o Partido e suas organizações juvenis afiliadas.
Visto em conjunto com o ambiente geopolítico seqüestrado pelo PCCh de hoje, a distribuição geográfica do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) agora chama de pandemia de coronavírus destaca o perigo final enfrentado por aqueles que se alinham com o espectro do comunismo.
Fora da China, a disseminação do COVID-19 foi mais severa na Itália, Irã, Coréia do Sul e Japão. Nem todos esses países estão localizados perto da China, mas todos têm amplos interesses na RPC.
A Itália, o país mais afetado fora da China em 10 de março, foi o primeiro (e único) país do G-7 a assinar a Iniciativa do Cinturão e Rota da RPC (BRI, também conhecida como One Belt, One Road). Na tentativa de sustentar sua economia enfraquecida, a Itália também procurou capturar o mercado chinês para vender seus produtos de luxo.
Com o surto agora forçando Roma a colocar o país confinamento, tais perspectivas foram postas em espera.
A Itália também assinou vários acordos de cidades-irmãs com a China, incluindo as cidades de Milão, Veneza e Bérgamo. Estas são as áreas mais atingidas pelo vírus.
No Oriente Médio, o Irã viu um aumento no número de infecções, principalmente entre funcionários do governo.
O regime iraniano mantém uma parceria estratégica abrangente com a China desde 2016, e seus vínculos com Pequim começaram anos antes disso. Violando as sanções internacionais, o Irã importou materiais embargados da China, enquanto continua vendendo petróleo para a RPC. A República Islâmica permitiu voos dentro e fora das quatro principais cidades chinesas até o final de fevereiro.
As filmagens no território feitas por cidadãos iranianos lembram a tragédia que se desenrola em Wuhan, com equipes médicas sobrecarregadas, pacientes desanimados e bolsas para cadáveres nos hospitais.
Embora os números oficiais divulgados pelas autoridades iranianas mostrem mortes e casos confirmados atrás dos números da Itália, é provável que a escala real do surto permaneça grosseiramente subnotificada. Analisando os dados disponíveis, um epidemiologista citado pelo The Washington Post em 5 de março estimou que o número real de pessoas infectadas no Irã poderia ter chegado a 28.000, quase cinco vezes o que o regime havia relatado.
Na Coréia do Sul, o público tem criticado cada vez mais o presidente Moon Jae-in por se recusar a proibir turistas chineses em geral e, em vez disso, apenas impedir a entrada daqueles que viajaram recentemente para a província de Hubei, o epicentro da epidemia na China.
Mais de 1,4 milhão de pessoas assinaram uma petição à Casa Azul Presidencial pedindo que Moon seja impeachment. O texto da petição diz: "Vendo a resposta de Moon Jae-in à nova epidemia, sentimos que ele é mais um presidente da China do que da Coréia".
Lições da História
Apesar de sua proximidade e amplos negócios com a China continental, Taiwan registrou um número relativamente pequeno de infecções.
Em 26 de janeiro, a Universidade John Hopkins identificou Taiwan como o segundo maior risco de epidemia se espalhar para fora da China. No entanto, medidas robustas de prevenção se mostraram eficazes.
Autoridades de Taiwan começaram a embarcar em aviões e avaliar passageiros em 31 de dezembro de 2019, depois que as autoridades de Wuhan confirmaram o surto pela primeira vez. No início de fevereiro, Taiwan proibiu a entrada de estrangeiros que viajaram para a RPC.
Em 10 de março, existem apenas 47 casos confirmados em Taiwan. A ilha auto-governada tem sido considerada um modelo para o controle de epidemias, apesar de ter sido repetidamente negada a participação na OMS amiga do PCC.
Como disse o comentarista de assuntos da China, Heng He, Taiwan tem um entendimento claro do regime comunista e pode ser o único estado que aprendeu as lições do surto de SARS de 2003, que também começou na China.
Em Hong Kong, que viu milhões de moradores enfrentarem a invasão de Pequim às liberdades e ao Estado de Direito da cidade desde o ano passado, o surto foi igualmente moderado.
Por outro lado, o Japão, embora não alinhado geoestrategicamente com a RPC, colocou lucro acima da prudência. Com milhões de chineses viajando para o Japão para fazer compras e passear anualmente, o país demorou a fechar suas fronteiras às chegadas do continente.
Recentemente, o PCC tentou retratar seu tratamento draconiano da epidemia de coronavírus como um triunfo para o sistema autoritário do Partido. Mas o registro histórico chinês é mais preocupante. Ao longo dos séculos, pragas e outras calamidades sinalizaram a queda das dinastias imperiais.
Tomando a história como um espelho, como estudiosos chineses antigos fizeram, é evidente que a pandemia de coronavírus é uma calamidade ligada ao PCCh e a seus 70 anos de governo brutal. E hoje, o mundo é uma comunidade interconectada. Qualquer país, comunidade ou organização que se mantenha muito próximo do PCCh e caia em desilusão provará os frutos amargos desse envolvimento.
https://www.theepochtimes.com/where-ties-with-communist-china-are-close-the-coronavirus-follows_3268389.html
Sem Título-1.png
HEITORDEPAOLA
https://www.heitordepaola.online/post/desdobramentos-do-ardil-do-pcc-sob-o-tácito-apoio-da-oms-e-endosso-de-incautos
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Os Maias, uma farsa brasileira
A NHONHO O QUE É DE NHONHO
Os Maias, uma farsa brasileira
- Fábio Gonçalves
- 12 de março de 2020 5:21 pm
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Vô getulista, pai socialista, neto golpista: como a história familiar explica a ascensão (e a possível queda) de Rodrigo Maia, presidente da Câmara e imagem robusta de tudo aquilo que o povo brasileiro rejeita na política
O Avô Hefesto
Falemos a verdade. Se houve realmente uma época de radicalismo ideológico no Brasil, e da mais deslavada ideologia fascista, isto de seu nos tempos do Vargas. Já são favas contadas essa história de Pai dos Pobres, de grande líder desenvolvimentista. Até pega mal. Vargas era um rematado ditador, um tirano absoluto, nos moldes da época. Vale dizer que uma porção de abacaxis estatistas que ainda calejamos as mãos para descascar foram plantados e cultivados durante o seu reinado. Veja-se, como exemplo, a treta que é para mexer nesse negócio de Leis Trabalhistas, engenhoca criada quase na base do copy and paste da Carta di Lavoro, do Mussolini.
Mas não falaremos de Vargas, nem de Mussolini, nem de décimo-terceiro. Falaremos de um dos mais poderosos clãs da nossa política cujo patriarca remonta da era getulista.
Felinto Epitácio Maia é o Abraão dos Maias – não o do antiquíssimo povo pré-colombiano, mas o da família de cariocas e nordestinos acostumados, há décadas, ao mando público.
Este Felinto comandou por quinze anos a Casa da Moeda do Brasil e era, por esses tempos, colega de Luís Simões Lopes, homem que presidiu, de cabo a rabo, o DASP.
Me desmentindo, volto ao Getúlio. O DASP era uma espécie de centro de formação para políticos sérios. Não que os outros não fossem, mas os do DASP, segundo a ementa, seriam racionais, técnicos, homens cuja mente e o espírito estariam acima dos arranca-rabos político-partidários. Do DASP, assim prometia o Vargas, só sairia administrador público capaz, gente que superaria aquele cordialismo patrimonialista que, como denunciava o Sérgio Buarque, é condição essencial do homem brasileiro – tanto mais dos mandachuvas.
Esta é a mentalidade do centralismo fascista à nossa moda, estigma que formou JK, os milicos – os de 64 e os de hoje –, os comunistas, a galera do Centrão.
Pois é deste Olimpo varguista que saiu o Hefesto Maia, divindade cunhadora de dinheiro que botou na Caixa de Pandora da política nacional alguns dos maiores flagelos da “Velha Política”.
Pois, é filho deste Felinto o César, o Maia que governou por três vezes a Cidade Maravilhosa.
O Pai César
César Maia nasceu coevo ao fim do Estado Novo, em 45. Ficando jovem, foi estudar engenharia em Ouro Preto. De lá, saiu militante radical.
Novamente me desdigo e volto ao Mussolini. Benito, o operístico ditador que, romântico, querendo reconstruir o Império Romano, malemá conseguiu reaver as terras de Aníbal e acabou dependurado de ponta cabeça, morto da silva, em praça pública, este Benito, em juventude, era socialista de carteirinha.
Voltei a isso porque é esta a dupla fita de DNA deste clã político nacional: de um lado o fascismo registrado em cartório, assumido, de cara limpa; doutro o fascismo pintado de vermelho, disfarçado de democracia, alegando-se tribuno da plebe. Pai varguista; filho comunista. Duas faces da mesma moeda – cunhada na beira da praia do Flamengo.
César Maia foi estudar em Minas e entrou para uma versão mais casca grossa do PCB, o PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Nesses tempos, como fizesse oposição ao regime militar, panfletou pelas ruas de Belo Horizonte um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), grupo de esquerda que era ilegal naquela época. Neste permeio, porém, César foi além da gritaria e da panfletagem universitária. Ele também treinou tiro e ameaçou entrar para a guerrilha urbana.
Com efeito, em 68, numa reunião da UNE, em Itabuna (SP), Maia foi preso pela primeira vez. Daí, depois de uma série de outras detenções, cavou um documento falso, dizendo-se louco, e conseguiu se exilar, primeiro na Argentina e em seguida no Chile, país então comandado pelo comunista Salvador Allende – que, segundo o dissidente soviético Vasili Mitrokhin, foi eleito com grana de Moscou, discretamente distribuída pela KGB.
Para além dos Andes, César Maia foi estudar Economia, na Universidade Nacional, e lá teve aulas com o intelectual marxista José Serra – sim, o mesmo esquálido tucano que a esquerda costuma chamar de direitista total. Com o Serra, César aprendeu a fazer lá suas contas e foi, de cálculo em cálculo, largando mão do comunismo adolescente – foi virando o tal do social-democrata, que é o fascista adulto, engravatado, no melhor estilo DASP.
Além de tomar aulas de matemática com o antipático militante, foi também para o lados de Santiago que César casou-se com a nativa Mariangeles e teve com ela gêmeos, um casalzinho, Daniela e Rodrigo – este mesmo que vocês estão pensando.
Ainda em terras chilenas, César assistiu de perto a queda de Allende. Ele estava em Santiago no fatídico 11 de setembro de 1973. Neste dia, os Andes foram abalados pelo bombardeio da Força Aérea ao Palácio de la Moneda. Dali, Allende saiu morto, suicidado. Assumiu o poder o comandante-em-chefe do Exército chileno: Augusto Pinochet.
Depois de o caldo entornar no Chile, César ainda esteve no Portugal, às portas da Revolta dos Cravos, movimento que pôs fim ao salazarismo, antes de retornar ao Brasil. A volta se deu em fins desse mesmo 73. Ao aterrissar, foi pego no Galeão, ficou em cana por três meses. Depois de então foi liberado.
Sendo um esquerdista convicto, mas cabalmente desempregado, César foi pedir trabalho para uns capitalistas, capitalistas judeus, o pessoal da Klabin Irmãos, uma das firmas mais tradicionais do Brasil.
(Mera nota de rodapé no longo livro da dialética dos marxistas – que não chamamos aqui de hipocrisia ou mesmo cachorrice, por educados que somos.)
Da Klabin, o socialista bom de conta – dos poucos que já se viram no mundo – foi convidado a comandar a Secretaria da Fazenda do Rio, à época sob o jugo de Leonel Brizola, outro esquerdista ferrenho que também esteve exilado e voltou à política patrícia para iniciar a longa marcha para o abismo da nossa antiga capital.
César Maia, portanto, já foi pedetista (do PDT), partido que hoje é tocado pela dinastia psicotrópica dos Ferreira Gomes.
Pela sigla trabalhista, chegou a deputado federal em 87 (até 93), onde participou da constituinte que assinalou a transição do governo verde-oliva para a sucessão de governos vermelhos. Assim o Brasil foi pulando de fascismo em fascismo.
Depois, nas eleições de 89, em que – Kyrie eleison – Collor, Lula e Brizola se acotovelavam para chegar ao Planalto, César foi o principal assessor econômico do candidato pedetista. Tivesse vencido o Leonel, teríamos um Maia chefiando a Fazenda Nacional.
Mas não foi na legenda do Brizola que ele engatou na carreira política. Tendo brigado com o chefe em 91, passou ao PMDB e, no ano seguinte, venceu Benedita da Silva (PT) nas eleições municipais: tornou-se prefeito do Rio (93-97).
No pleito seguinte, como não fosse possível concorrer à reeleição, emplacou seu sucessor, Luiz Paulo Conde (98-2001), e, em 2002, trocando farpas com o antigo aliado – que achara muito gosto em ter consigo as chaves da cidade – venceu novamente e permaneceu no Palácio até 2009.
Outra curiosidade – não chamo de contradição, tampouco de canalhice pura e simples, porque sou jornalista recatado: antes de terminar seu primeiro mandato como prefeito fluminense, em 96, César saiu do PMDB e foi para o PFL.
Ora, nos tempos dos milicos, estes eram os dois partidos legais. O MDB aglomerava os oposicionistas e o ARENA (mais tarde PFL) era o grêmio governista. Como o sujeito passa de um a outro como quem troca de meias é um mistério impenetrável da alma dos políticos nacionais.
Hoje, César, dizendo-se velho, já com a coluna empenada, segue contente com a vereança carioca.
Agora ele é todo para o filho, o Rodrigo.
O maior dos Maias
Espremido no meio de uma horda de repórteres sedentos e ansiosos, ameaçado pelos mais variegados modelos de microfones, sob a mira dos mais indiscretos flashes dos fotógrafos, está um homem balofo, a testa umedecida do calor, meia dúzia de gotas escorrendo pelas têmporas, invadindo a papada colossal apertada no colarinho que de quando em quando é afrouxado pelas mãos nervosas do homem. Seu semblante é de quem espera alguma pergunta maliciosa, algo que lhe dê um acesso de gagueira, coisa inadmissível para políticos graúdos – tanto mais aos que já tiveram seus nomes citados em delações premiadas. Uma escorregada, neste caso, pode culminar numa mancha que custaria muitas matérias em jornais camaradas – e político não gosta de dever favor.
Portanto, num sufoco desses, vale lembrar tim-tim por tim-tim as dicas do media trainning, do coach, da professora de ioga. Daí que a voz, a despeito da cara, saia firme, segura, só dizendo respostas prudentes, no mais perfeito dos tons políticos, aquele que diz sem dizer coisa alguma, pois, eis aqui uma lição de ouro: dizer qualquer coisa de substancial em política é arranjar inimigos, e, como bem se sabe, toda a arte do bom político, quer dizer, daquele que quer fazer mesmo sucesso na política, mais especificamente na política brasileira, e se manter, até a velhice senil, nos mais altos postos do poder, seja em Brasília, ou na Câmara de uma comarca dos confins do Acre, toda a arte para se chegar a esta glória consiste em, custe o que custar, jamais arrumar um inimigo. Nenhum. Vejam o Esperidião Amin, o Gonzaga Patriota, o Claudio Cajado, parlamentares de décadas.
O homem afofado pela mídia nacional, nos idos de 2019, é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Felinto Ibarra Epitácio Maia.
Maia nasceu no Chile de Allende, em 1970, mas cresceu no Brasil, no Rio, vendo o pai prosperar na política. E tomou gosto pela coisa.
Como seja, na juventude Maia ingressou no curso de economia da Faculdade Cândido Mendes, mas, diferindo nisto do pai, não aguentou o abuso teórico matemático e saltou direto para a vida profissional: entre 90 e 97 trabalhou em bancos, no BMG e no Itaú.
Aí, de um nada, saltou ao poder público.
Em 97, somando 27 anos, o jovem e macérrimo Maia virou Secretário de Governo da Prefeitura do Rio, à época sob os desígnios do afilhado político do seu pai, o Luiz Conde.
(Não que o pai tenha interferido, nem mesmo com um telefonema, digo mais, nem mesmo com uma piscadela, para colocar o filhão num tão honroso cargo. Maia chegou onde chegou por méritos indiscutíveis).
Mas a Secretaria do município litorâneo era pouco para esse neto de um deus olímpico varguista e filho de um Odisseu socialista.
Desta sorte, no ano seguinte, 98, Maia concorreu, de primeiro, a uma cadeira no parlamento de Brasília – e venceu. O filho do César Maia, menino de tudo, alcançou quase 100 mil votos; voou para o Planalto Central, cheio das pompas e circunstâncias, e de lá nunca mais saiu.
Bem articulado – no sentido politiqueiro do termo – Maia foi fazendo fama na Casa Baixa. De cara, foi escalado para importantes comissões, como a do Banestado, e ali, entre tapinhas nas costas e apertos de mão, sempre olhando no olho, consolidou sua posição, riscou seu território.
Já em 2002, Rodrigo Maia aparecia na lista dos 100 políticos mais importantes do Congresso, comenda importe, moeda de troca valiosa na hora de barganhar com os pares, de firmar alianças. Na surdina, sem muita mídia e alarde, o rapaz foi crescendo – tanto em poder quanto em cintura.
Maia virou deputado pelo PFL e foi um dos principais orquestradores da transformação desta legenda no DEM, em 2007. Com a mudança, Maia, enfim, assumiu a presidência nacional da agremiação. Virou o homem forte do partido.
Tentando retomar o cajado que já fora do pai, em 2012 Maia concorreu à Prefeitura do Rio mas recebeu só 3% dos votos válidos. Viu-se que nem sempre a estima entre os amigos políticos se reflete em amor popular. Na verdade, arrisco que, via de regra, dá-se o diametralmente oposto: quanto mais bem-querido pelos políticos, mais ojeriza o fulano desperta ao povo. Maia, desta forma, aquietou-se no parlamento.
Daí veio a Lava Jato.
Tudo quanto é político graúdo estava metido na trama. Era um tal de engravatado preso pra cá, poderoso delatando pra lá. Um deus-nos-acuda.
Nesse balaio, subiu o coro pelo impeachment de Dilma. As ruas lotaram; os políticos, todos na corda bamba, se tremeram do cabelo aos sapatos, ameaçando cair nas redes de Moro, Deltan e companhia. O presidente da Câmara à época, o Cunha, estava também andando na prancha.
Num pandemônio desses, precisava alguém assumir a Casa, alguém querido por todos, um articulador consumado, uma unanimidade entre os camaradas. Carecia salvar a imagem da classe. Socorrer a honra de uns Calheiros, uns Aécios. Para este fim, botaram na Mesa o Maia. E eis a apoteose do clã.
Rodrigo Maia chegou à presidência da Câmara em 2016, quando o Cunha foi para o xadrez – e que Deus tenha misericórdia desta nação. Como durante essa década e meia no Congresso este Maia houvesse crescido – em influência e silhueta – parecia ter as costas largas o suficiente para blindar seus colegas de plenário e comissões, sem que ele mesmo se tornasse alvo dalguma batida da PF.
Pois este Maia, nessa época já roliço e sempre assaltado pelos suores caudalosos e pelos engulhos de preocupação, conseguiu segurar a barra do Temer no caso Joesley, com vistas a estancar a crise política que vinha atravancando o país. Cumprira sua missão.
Entretanto, desgraçadamente ele mesmo e seu pai foram citados numa das temíveis delações dos magnatas da Odebrecht. Numa lista de apelidos pitorescos dos políticos ladrões, Rodrigo aparecia alcunhado como “Botafogo”, seu time de coração, e César como “Déspota”.
Com base numa análise do sistema de propinas da empreiteira, a Procuradoria-Geral da República, à época sob o comando de Raquel Dodge, apontou que Maia filho e Maia pai teriam recebido valores da empreiteira, somando R$ 1,4 milhões, para bancar suas campanhas entre 2008 e 2010.
Mais tarde, em agosto de 2019, um inquérito conclusivo da Polícia Federal cravou que Maia está metido em três crimes: caixa três, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Pelo bem da pátria, porém, não há vivalma que se lembre disso e cobre das autoridades uma resposta cabal. Tudo pelo bem da pátria.
Vale dizer que, mesmo com a denúncia botafoguense lhe pesando nos ombros, Maia reelegeu-se deputado no pleito de 2018 e acabou escolhido para permanecer como Dono da Casa Baixa no biênio 2019-2021.
Por fim, em 2019, Maia passou a comandar uma espécie revolta intestina para, na base do tapetão, emplacar o parlamentarismo no Brasil. A cria do Déspota quer virar Premiê, Chefe de Governo. (Mas, claro, sem passar pelo crivo do povo).
O tom assumido pelo todo-poderoso do Congresso é de que a classe política, esta mesma odiada pelo população, pois não há saco social que suporte década e meia da mais desavergonhada roubalheira seguida dos mais rematados trambiques para se safar das punições, para Maia a politicada, ao contrário, é gente boa, gente necessária, e que se o país está andando, se houve reforma da previdência, se a economia saiu do brejo, se a criminalidade aliviou, é tudo por causa dos parlamentares sérios, destes que estão muito acima das arengas ideológicas, que só tem como norte, do amanhecer ao pôr-do-sol, o futuro áureo para a nação.
Maia, portanto, é o líder daquele grupo que segue a tendência política que se queria com o DASP. Está no sangue.
Vale acrescentar que esta postura de Maia rendeu-lhe o ônus de ser um dos principais alvos dos apoiadores do atual governo, sobretudo na internet.
Numa porção de manifestações pelas redes e mesmo em protestos públicos, Maia, apelidado de Nhonho, foi o principal alvo da turba, acusado de atrapalhar o governo com o fim de engrandecer-se e se tornar uma sombra ainda maior, sombra debaixo da qual centristas e afins poderão seguir escondidos.
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