terça-feira, 19 de janeiro de 2021

História de quinze séculos #olavotemrazao à 17 anos o professor previu o que acontece hoje nas redes sociais que censuram.







Olavo de Carvalho

Jornal da Tarde, 17 de junho de 2004

Desmantelado o Império, as igrejas disseminadas pelo território tornaram-se os sucedâneos da esfrangalhada administração romana. Na confusão geral, enquanto as formas de uma nova época mal se deixavam vislumbrar entre as névoas do provisório, os padres tornaram-se cartorários, ouvidores e alcaides. As sementes da futura aristocracia européia germinaram no campo de batalha, na luta contra o invasor bárbaro. Em cada vila e paróquia, os líderes comunitários que se destacaram no esforço de defesa foram premiados pelo povo com terras, animais e moedas, pela Igreja com títulos de nobreza e a unção legitimadora da sua autoridade. Tornaram-se grandes fazendeiros, e condes, e duques, e príncipes, e reis.

A propriedade agrária não foi nunca o fundamento nem a origem, mas o fruto do seu poder. Poder militar. Poder de uma casta feroz e altiva, enriquecida pela espada e não pelo arado, ciosa de não se misturar às outras, de não se dedicar portanto nem ao cultivo da inteligência, bom somente para padres e mulheres, nem ao da terra, incumbência de servos e arrendatários, nem ao dos negócios, ocupação de burgueses e judeus.

Durante mais de um milênio governou a Europa pela força das armas, apoiada no tripé da legitimação eclesiástica e cultural, da obediência popular traduzida em trabalho e impostos, do suporte financeiro obtido ou extorquido aos comerciantes e banqueiros nas horas de crise e guerra.

Sua ascensão culmina e seu declínio começa com a fundação das monarquias absolutistas e o advento do Estado nacional. Culmina porque essas novas formações encarnam o poder da casta guerreira em estado puro, fonte de si mesmo por delegação direta de Deus, sem a intermediação do sacerdócio, reduzido à condição subalterna de cúmplice forçado e recalcitrante. Mas já é o começo do declínio, porque o monarca absoluto, vindo da aristocracia, dela se destaca e tem de buscar contra ela — e contra a Igreja — o apoio do Terceiro Estado, o qual com isso acaba por tornar-se força política independente, capaz de intimidar juntos o rei, o clero e a nobreza.

Se o sistema medieval havia durado dez séculos, o absolutismo não durou mais de três. Menos ainda durará o reinado da burguesia liberal. Um século de liberdade econômica e política é suficiente para tornar alguns capitalistas tão formidavelmente ricos que eles já não querem submeter-se às veleidades do mercado que os enriqueceu. Querem controlá-lo, e os instrumentos para isso são três: o domínio do Estado, para a implantação das políticas estatistas necessárias à eternização do oligopólio; o estímulo aos movimentos socialistas e comunistas que invariavelmente favorecem o crescimento do poder estatal; e a arregimentação de um exército de intelectuais que preparem a opinião pública para dizer adeus às liberdades burguesas e entrar alegremente num mundo de repressão onipresente e obsediante (estendendo-se até aos últimos detalhe da vida privada e da linguagem cotidiana), apresentado como um paraíso adornado ao mesmo tempo com a abundância do capitalismo e a “justiça social” do comunismo. Nesse novo mundo, a liberdade econômica indispensável ao funcionamento do sistema é preservada na estrita medida necessária para que possa subsidiar a extinção da liberdade nos domínios político, social, moral, educacional, cultural e religioso.

Com isso, os megacapitalistas mudam a base mesma do seu poder. Já não se apóiam na riqueza enquanto tal, mas no controle do processo político-social. Controle que, libertando-os da exposição aventurosa às flutuações do mercado, faz deles um poder dinástico durável, uma neo-aristocracia capaz de atravessar incólume as variações da fortuna e a sucessão das gerações, abrigada no castelo-forte do Estado e dos organismos internacionais. Já não são megacapitalistas: são metacapitalistas – a classe que transcendeu o capitalismo e o transformou no único socialismo que algum dia existiu ou existirá: o socialismo dos grão-senhores e dos engenheiros sociais a seu serviço.

Essa nova aristocracia não nasce, como a anterior, do heroísmo militar premiado pelo povo e abençoado pela Igreja. Nasce da premeditação maquiavélica fundada no interesse próprio e, através de um clero postiço de intelectuais subsidiados, se abençoa a si mesma.

Resta saber que tipo de sociedade essa aristocracia auto-inventada poderá criar – e quanto tempo uma estrutura tão obviamente baseada na mentira poderá durar.


fonte:  https://olavodecarvalho.org/historia-de-quinze-seculos/

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Paolo Zanotto: “Vírus com reproduções rápidas podem favorecer cargas vir...

domingo, 17 de janeiro de 2021

O PLURALISMO SINGULAR DA UFPEL

Licenciados em filosofia e sociologia impedidos. Bacharel em química co...


Filosofia e Sociologia no Ensino Médio A Lei nº 9.394/96 dispõe: Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes: (...) § 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: (...) III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. A Lei nº 11.684/08 altera o art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias nos currículos do ensino médio. A Camâra de Educação Básica aprovou parecer e resolução que tratam da inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio: Parecer CNE/CEB nº 38/2006, aprovado em 7 de julho de 2006 - Inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio. Resolução CNE/CEB nº 4, de 16 de agosto de 2006 - Altera o artigo 10 da Resolução CNE/CEB nº 3/98, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Parecer CNE/CEB nº 22/2008, aprovado em 8 de outubro de 2008 - Consulta sobre a implementação das disciplinas Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio. Resolução CNE/CEB nº 1, de 18 de maio de 2009 - Dispõe sobre a implementação da Filosofia e da Sociologia no currículo do Ensino Médio, a partir da edição da Lei nº 11.684/2008, que alterou a Lei nº 9.394/1996, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). http://portal.mec.gov.br/pnaes/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12768-filosofia-e-sociologia-no-ensino-medio-sp-1870990710#:~:text=A%20Lei%20nº%2011.684%2F08,nos%20curríc

PROFESSOR OLAVO DE CARVALHO FALA SOBRE IMAGINÁRIO & ARTES VISUAIS. APRES...

Resposta para Ana sobre a crise do Covid 19 e mortes em Manaus a corrupção mata. Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião etc




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sábado, 9 de janeiro de 2021

Afro-brasileiro ? brasileiro deixe de vitimismo.

Donald Trump suspenso do Twitter. Um ataque contra a democracia a liberdade



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Hoje 09/01/2021 é dia sagrado de jejum de sri saphala ekadasi. Lendo a história e os benefícios ma Podcast conservador






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Hoje é dia do sagrado jejum de Sri Saphala Ekadasi. dia 09/01/2021. Sábado. História abaixo das bênçãos. matérias e espirituais do jejum.

   
Yudhishthira Maharaja disse:  "ó Sri Krishna, qual o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena obscura do mês de Pausha (dez/jan)?  Como é observado, e qual Deidade é adorada nesse dia?  Por favor narra-me isso plenamente, ó Janardana."
 
   A Suprema Personalidade de Deus respondeu:  "ó melhor dos reis, porque desejas ouvir, descreverei plenamente para ti as glórias do Pausha-krishna Ekadashi.
 
   Não fico tão satisfeito pelo sacrifício ou caridade, como fico quando Meus devotos observam um jejum total no Ekadashi.  Conforme sua melhor possibilidade, portanto, a pessoa deve jejuar no Ekadashi, o dia do Senhor Hari.
 
   ó Yudhishthira, urge que ouças com atenção indesviável as glórias do Pausha-krishna Ekadashi, que cai no Dvadasi.  Conforme expliquei anteriormente, não se deve diferenciar entre os muitos Ekadashis.  ó rei, para beneficiar a humanidade em geral agora descrever-te-ei o processo de observar Pausha-krishna Ekadashi.
 
   Pausha-krishna Ekadashi também é conhecido como Saphala Ekadashi.  Neste dia sagrado se deve adorar o Senhor Narayana, pois Ele é sua Deidade governante.  Deve-se seguir o método anteriormente descrito de jejuar.  Assim como entre as serpentes Shesha-naga é a melhor, entre as aves Garuda é o melhor, entre os sacrifícios Ashvamedha-yajna é o melhor, entre os rios a Mãe Ganga é a melhor, entre os deuses o Senhor Vishnu é o melhor, e entre os seres  bípedes os brahmanas são os melhores, assim também entre todos dias de jejum, Ekadashi é o melhor.  ó principal dos reis nascidos na dinastia Bharata, quem quer que observe estritamente Ekadashi se torna muito querido por Mim e verdadeiramente adorável para Mim de qualquer maneira.  Agora ouça enquanto descrevo o processo para observar Saphala Ekadashi.
 
   No Saphala Ekadashi Meu devoto deve adorar-Me oferecendo-Me frutas frescas segundo o tempo, lugar e circunstância, e por meditar em Mim como a completamente auspiciosa Personalidade Suprema.  Ele deve oferecer-Me frutas jambira, romãs, betel, côco, goiaba, nozes, cravos, mangas, e diferentes tipos de especiarias aromáticas.  Também deve oferecer-Me incenso e luminosas lamparinas de ghee, pois tal oferenda de lamparinas no Saphala Ekadashi é especialmente gloriosa.  O devoto deve tentar ficar acordado a noite toda. Agora por favor ouça com a atenção indesviável enquanto te conto quanto mérito se obtém se jejuar e permanecer acordado durante a noite inteira.  ó melhor dos reis, não existe sacrifício ou peregrinação que confira mérito equivalente ou maior que o mérito que se obtém por jejuar no Saphala Ekadashi.  Tal jejum - particularmente se a pessoa puder permanecer acordada a noite toda - confere o mesmo mérito ao fiel devoto como se realizasse austeridade durante cinco mil anos.  ó leão entre os reis, por favor ouça a gloriosa história deste Ekadashi.
 
   Uma vez havia uma cidade chamada Campavati, que era governada pelo santo Rei Mahishmata.  Tinha ele quatro filhos, o mais velho dos quais, Lumpaka, sempre estava ocupado em atividades muito pecaminosas - sexo ilícito com as esposas de outros, jogatina, e contínua associação com conhecidas prostitutas.  Seus maus atos gradualmente reduziram a fortuna de seu pai, o Rei Mahishmata.  Lumpaka também se tornou muito crítico para com os semideuses e brahmanas, e a cada dia blasfemava Vaisnavas.  Afinal o Rei Mahishmata, vendo a condição de seu filho, exilou-o na floresta.  Por medo do rei, até mesmo parentes compadecidos não acorreram em defesa de Lumpaka, tão zangado estava o rei e tão pecaminoso era Lumpaka.
 
   Desnorteado em seu exílio, Lumpaka pensava consigo mesmo:  "Meu pai me mandou embora, e até meus familiares não levantaram nenhuma objeção.  Que devo fazer agora?"  Ele tramava pecaminosamente e pensava:  "Vou voltar furtivamente para a cidade, oculto nas trevas e roubar todas riquezas.  Durante o dia ficarei de longe na floresta, e à noite retornarei para a cidade."  Pensando assim, Lumpaka entrou na escura floresta.  Matava muitos animais durante o dia, e de noite roubava artigos valiosos da cidade.  Os habitantes da cidade pegaram-no diversas vezes, porém por temor ao rei deixaram-no sozinho.  Pensavam que devia ser devido aos pecados de seus nascimentos pretéritos que perdera suas facilidades reais e que agia tão pecaminosamente.
 
   Embora um carnívoro, Lumpaka também comia frutas todo dia.  Residia sob uma velha árvore banyan que por acaso era muito querida pelo Senhor Vasudeva.  De fato, muitos adoravam-na como o deus de todas árvores da floresta.  No devido decorrer do tempo, enquanto Lumpaka estava realizando tantas atividades pecaminosas e condenáveis, chegou Saphala Ekadashi.  Na véspera de Ekadashi, Lumpaka teve que passar a noite inteira sem dormir devido ao frio severo e sua pouca roupa de cama.  O frio não só roubou-lhe toda tranquilidade mas também quase o matou.  Quando o sol se levantou, seus dentes batiam e ele estava em coma, e durante toda manhã daquele dia, Ekadashi, ele não conseguia acordar de seu estupor.
 
Árvore Sagrada Banyan Figueira da Bengala. É a árvore nacional da Índia
   Quando o meio-dia do Saphala Ekadashi chegou, o pecaminoso Lumpaka finalmente voltou a si e conseguiu levantar de seu lugar sob a árvore banyan.  Mas a cada passo tropeçava e caía no chão.  Como um coxo, andava lenta e hesitantemente, sofrendo grandemente pela fome e sede em meio à selva.  Tão fraco estava Lumpaka que nem sequer conseguiu matar um só animal naquele dia.  Em vez disso, viu-se reduzido a coletar quaisquer frutas que tivessem caído ao solo.  Na hora em que retornou para a árvore banyan, o sol se pusera.
 
   Colocando as frutas no chão perto dele, Lumpaka começou a berrar:  "Oh, que infelicidade!  Que devo fazer?  Querido pai, a que ponto cheguei?  ó Sri Hari, por favor seja misericordioso para comigo e aceite estas frutas!"  Novamente foi forçado a ficar acordado a noite toda sem dormir, mas nesse meio tempo a Suprema Personalidade de Deus, Madhusudana, ficara satisfeito com a oferenda de Lumpaka das frutas silvestres, e Ele as aceitou.  Lumpaka sem querer observara um jejum completo de Ekadashi, e assim pelo mérito que angariou naquele dia, recuperou seu reino sem maiores obstáculos.
 
   Ouça, ó Yudhishthira, o que aconteceu com o filho do Rei Mahishmata quando apenas um fragmento de mérito brotou dentro de seu coração.
 
   Enquanto o sol nascia belamente na manhã seguinte ao Ekadashi, um lindo cavalo aproximou-se de Lumpaka e postou-se perto dele.  Ao mesmo tempo, uma voz repentinamente falou do céu claro e azul:  "Este cavalo é para ti, Lumpaka!  Monta nele e rapidamente cavalga para saudar tua família!  ó filho do Rei Mahishmata, pela misericórdia do Senhor Vasudeva e a força de mérito que adquiriste por observar Saphala Ekadashi, teu reino lhe foi devolvido sem quaisquer empecilhos maiores.  Tal é o benefício que adquiriste por jejuar neste dia auspicioso. Agora vai até teu pai e desfruta de teu devido lugar nesta dinastia."
 
   Ao ouvir estas palavras celestiais, Lumpaka montou no cavalo e cavalgou de volta para a cidade de Campavati.  Pelo mérito que acumulara por jejuar no Saphala Ekadashi, ele se tornara um belo príncipe novamente e pode absorver sua mente nos pés de lótus da Suprema Personalidade de Deus, Hari.  Em outras palavras, ele se tornara Meu devoto puro.
 
   Lumpaka ofereceu a seu pai, o Rei Mahishmata, suas humildes reverências e uma vez mais aceitou suas responsabilidades de príncipe.  Vendo seu filho decorado com ornamentos Vaisnavas e tilaka, o Rei Mahishmata deu-lhe o reino, e Lumpaka governou sem oposição por muitos e muitos anos.  Sempre que ocorria Ekadashi, ele adorava o Senhor Supremo com grande devoção.  E pela misericórdia de Sri Krishna ele obteve uma bela esposa e bom filho.  Na velhice Lumpaka entregou seu reino a seu filho - assim como seu pai, o Rei Mahishmata, havia feito com ele - e então foi para a floresta servir o Senhor Supremo com a mente e sentidos controlados.  Purificado de todo desejo material, abandonou seu corpo e retornou ao lar, de volta para Deus, obtendo um local próximo aos pés de lótus do Senhor Sri Krishna. ó Yudhishthira, quem se aproxima de Mim como Lumpaka fez será completamente liberto da lamentação e ansiedade.  Na verdade, qualquer pessoa que observe corretamente este glorioso Saphala Ekadashi - mesmo que seja sem saber, tal como Lumpaka - se tornará famosa neste mundo.  Tornar-se-á perfeitamente liberada na morte e retornará para Vaikuntha.  Quanto a isso não há dúvida.  Além do mais, quem quer que simplesmente ouça as glórias do Saphala Ekadashi, obtém o mesmo mérito derivado por quem realiza um Rajasuya-yajna, e no mínimo vai para o céu em seu próximo nascimento."
 
   Assim termina a narrativa das glórias do Pausha-krishna Ekadashi ou Saphala Ekadashi, do Bhavishya-uttara Purana.


Conversas sobre Didática,