domingo, 13 de março de 2022

Hoje é dia do sagrado jejum de Sri Amalaki Vrata Ekadasi. Dia 13/03/2022 História do Amalaki Vrata Ekadashi.

   
O Rei Mandhata certa vez disse para Vasishtha Muni:  "ó grande sábio, por bondade, seja misericordioso para comigo e conta-me sobre um jejum sagrado que me beneficiará eternamente."
 
   Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tenha a bondade de ouvir enquanto descrevo o melhor de todos dias de jejum, Amalaki Ekadashi.  Aquele que observa fielmente um jejum neste Ekadashi obtém enorme opulência, livra-se dos efeitos de todo tipo de pecados, e obtém liberação.  Jejuar neste Ekadashi é mais purificante que doar mil vacas em caridade a um brahmana puro.  Portanto por favor me escute atentamente enquanto conto a história do caçador que, embora diariamente ocupado em matar animais inocentes para ganhar a vida, obteve liberação por observar um jejum no Amalaki Ekadashi e seguir as regras e regulaçöes de adoração prescritas.
 
   Uma vez havia um reino chamado Vaidisha, onde todos brahmanas, kshatriyas, vaishyas e shudras eram igualmente dotados de conhecimento védico, grande força corpórea, e refinada inteligência.  ó leão entre os reis, o reino inteiro estava cheio de sons védicos, nem uma só pessoa era ateísta, e ninguém pecava.  O governante deste reino era o Rei Pashabinduka, um membro da dinastia de Soma, a lua.  Ele também era conhecido como Citraratha e era muito religioso e veraz.  Dizem que o Rei Citraratha tinha a força de dez mil elefantes e que era muito rico e conhecia os seis ramos da sabedoria védica perfeitamente. (1)

   Durante o reino de Maharaja Citraratha, nem uma só pessoa em seu reino tentou praticar o dharma (dever) de outra, tão perfeitamente ocupados em seus próprios dharmas estavam todos brahmanas, kshatriyas, vaishyas e shudras.  Não se viam nem miseráveis nem pobretöes pelo reino afora, e nem havia seca ou inundação.  Na verdade, o reino estava livre de doenças, e todos gozavam de boa saúde.  As pessoas prestavam serviço devocional amoroso à Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Vishnu, assim como fazia o rei, que também prestava serviço especial ao Senhor Shiva.  Além do mais, duas vezes por mês todos jejuavam no Ekadashi.
 
   Desta maneira, ó melhor dos reis, os cidadãos de Vaidisha viviam muitos e longos anos em grande felicidade e prosperidade.  Abandonando todas variedades de religião materialista, dedicavam-se completamente ao serviço amoroso ao Senhor Supremo, Hari.
Uma vez, no mês de Phalguna, veio o sagrado jejum de Amalaki Ekadashi junto com Dvadashi.  O Rei Citraratha realizou que este jejum em particular concederia benefício especialmente grande, e portanto ele e todos cidadãos de Vaidisha observaram este sagrado Ekadashi mui estritamente, seguindo cuidadosamente todas regras e regulaçöes.
 
   Após banhar-se num rio, o rei e todos seus súditos foram ao templo do Senhor Vishnu, onde crescia uma árvore Amalaki.  Primeiro o rei e seus principais sábios ofereceram à árvore um pote cheio d'água, bem como um belo dossel, calçados, ouro, diamantes, rubis, pérolas, safiras, e incenso aromático.  Então adoraram o Senhor Parashurama com estas oraçöes:  "ó Senhor Parashurama, ó filho de Renuka, ó ser que agrada a todos, ó libertador de todos mundos, por bondade venha para baixo desta sagrada árvore Amalaki e aceite nossas humildes reverências."  Então oraram à árvore Amalaki:  "ó Amalaki, ó filha do Senhor Brahma, tu podes destruir todos tipos de reaçöes pecaminosas.  Por favor aceite nossas respeitosas reverências e estas humildes dádivas.  ó Amalaki, és na verdade a forma do Brahman, e uma vez foste adorada pelo próprio Senhor Ramachandra.  Quem quer que te circumambule portanto imediatamente é libertado de todos seus pecados."
 
   Após oferecer estas excelentes oraçöes, o Rei Citraratha e seus súditos permaneceram acordados durante toda a noite, orando e adorando segundo as regulaçöes que governam um sagrado jejum de Ekadashi.  Foi durante esta ocasião auspiciosa de jejum e oração que um homem mui irreligioso se aproximou da assembléia, um homem que mantinha a si e a sua família matando animais.  Oprimido pela fadiga e pecado, o caçador viu o rei e os cidadãos de Vaidisha observando Amalaki Ekadasi realizando uma vigília a noite toda, jejuando e adorando o Senhor Vishnu no lindo cenário da floresta, que estava brilhantemente iluminada por muitas lâmpadas.  O caçador escondeu-se pertinho, desejando saber que seria esta extraordinária cena diante dele.  "O que está acontecendo aqui?" pensava.  O que  viu naquela maravilhosa floresta sob aquela sagrada árvore Amalaki foi a Deidade do Senhor Damodara sendo adorada sobre a asana do pote d'água, e o que ouviu eram devotos cantando cançöes sagradas descrevendo as formas e passatempos transcendentais do Senhor Sri Krishna. Esquecendo-se de si, este ferrenho assassino irreligioso de inocentes aves e animais passou a noite inteira em grande espanto enquanto observava a celebração de Ekadashi e ouvia a glorificação do Senhor. 
 
   Logo após o alvorecer, o rei e seu séquito real - inclusive os sábios ca corte e todos cidadãos - completaram sua observância de Ekadashi e retornaram à cidade de Vaidisha.  O caçador então retornou a sua cabana e comeu alegre sua refeição.  No devido tempo o caçador morreu, porém o mérito que acumulara por jejuar no Amalaki Ekadashi e ouvir a glorificação da Suprema Personalidade de Deus, bem como por ser forçado a ficar acordado a noite toda, tornaram-no qualificado a renascer como um grande rei com muitas quadrigas, elefantes, cavalos, e soldados.  Seu nome era Vasuratha, o filho do Rei Viduratha, e governava o reino de Jayanti.
O Rei Vasuratha era forte e destemido, refulgente como o sol, e tão belo como a lua.  Em força era como Vishnu, e em matéria de perdão, tal como a própria terra.  Muito caridoso e sempre veraz, o Rei Vasuratha sempre prestava serviço devocional amoroso ao Supremo Senhor Sri Vishnu.  Por isso, tornou-se muito bem versado no conhecimento védico.  Sempre ativo nos assuntos do estado, gostava de cuidar muito bem de seus súditos, como se fossem seus próprios filhos.  Não gostava que ninguém fosse orgulhoso e costumava esmagá-lo quando o via.  Realizou muitos tipos de sacrifícios, e sempre certificava-se que os necessitados de seu reino recebessem suficiente caridade.
 
   Certo dia, enquanto caçava na selva, o Rei Vasuratha desgarrou-se da trilha e perdeu o caminho.  Vagando durante algum tempo e eventualmente ficando cansado, fez uma pausa sob uma árvore e, usando seus braços como travesseiros, caiu no sono.  Enquanto dormia, selvagens bárbaros de uma tribo encontraram-no e, lembrando de sua inimizade já de longa data para com o rei, começaram a discutir entre si várias maneiras de matá-lo.  "É porque ele matou nossos pais, mães, cunhados, netos, sobrinhos e tios que somos forçados a vagar sem rumo como um bando de loucos."  Dizendo isto, prepararam-se para matar o Rei Vasuratha com várias armas, inclusive lanças, espadas, flechas e cordas místicas.
 
   Mas nenhuma destas armas mortais conseguia nem mesmo tocar o rei adormecido, e em breve a incivilizada tribo comedora-de-cães ficou temerosa.  O medo consumiu-lhes a força, e logo perderam o pouco de inteligência que tinham e ficaram quase inconscientes pela desorientação e fraqueza.  De repente uma linda mulher apareceu do corpo do rei, assustando os aborígenes.  Decorada com muitos ornamentos, emitindo uma fragrância maravilhosa, usando uma excelente guirlanda em redor do pescoço, suas sobrancelhas franzidas numa expressão de ira feroz, e seus fogosos olhos vermelhos luzindo, parecia a própria morte personificada.  Com sua chamejante chakra rapidamente ela matou todos caçadores tribais, que haviam tentado assassinar o rei adormecido.
 
   Bem naquele momento o rei acordou, e vendo toda tribo morta ao redor dele, ficou espantado.  Perguntava-se:  "Esses são todos grandes inimigos meus!  Quem os matou tão violentamente?  Quem é meu grande benfeitor?"
 
   Nesse mesmo momento ouviu uma voz do céu:  "Perguntas quem te ajudou.  Bem, quem é aquela pessoa que só ela pode auxiliar qualquer um atormentado?  Não é outro senão Sri Keshava, a Suprema Personalidade de Deus, Aquele que salva todos que se refugiam Nele sem qualquer motivo egoísta."
 
   Ao ouvir estas palavras, o Rei Vasuratha foi tomado de amor pela Suprema Personalidade de Deus.  Retornou a sua capital e governou ali como um segundo Indra, sem quaisquer obstáculos.
"Portanto, ó Rei Mandhata" o venerável Vasishtha Muni concluiu, "quem observa o sagrado Amalaki Ekadashi indubitavelmente alcançará a suprema morada do Senhor Vishnu, tão grande é o mérito religioso obtido por observar este mais sagrado dia de jejum."
 
   Assim termina a narrativa das glórias do Phalguna-sukla Ekadashi ou Amalaki Ekadashi, do Brahmanda Purana.
 
Notas:
1) Os seis ramos da sabedoria védica são:  1. O sistema Karma-mimamsa de Jaimini; 2. O sistema Sankhya do Senhor Kapila, filho de Devahuti; 3. Filosofia Nyaya de Gautama e Kamada; 4. Filosofia Mayavada de Ashtavakra; 5. Yoga-sutra de Patanjali, e 6. Filosofia Bhagavata de Srila Vyasadeva.


sábado, 5 de março de 2022

Entenda o que esta acontecendo na guerra entre Russia e Ucrânia. O professor Olavo de Carvalho já falou sobre isto em 2015.

Olavo de Carvalho explica a nova ordem mundial e os três esquemas de poder global.


1 - Os três esquemas globalistas: Euro-Ocidental, Russo-Chinês e Islâmico 2 - Globalismo euro-ocidental: cientificismo secularista 3 - Globalismo russo-chinês: marxismo 4 - Globalismo islâmico: a influência de Sayyid Qutb no mundo islâmico 5 - James Rickards (Currency Wars: The Making of the Next Global Crisis) e Porter Stansberry 6 - A crise do dólar: tendência geral de não usar o dólar nas transações internacionais 7 - O BRICS e o esquema Russo-Chinês: plano de criação de uma nova moeda internacional


 





Quais são os fatores e os atores históricos, políticos, ideológicos e econômicos que podem definir a dinâmica e a configuração do poder no mundo e qual a posição dos Estados Unidos da América no que é conhecido como Nova Ordem Mundial? Essa é a pergunta que o cientista político russo Alexandre Dugin e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho procuram responder nesse debate. Cada autor busca esclarecer como vê o conflito de interesses no plano internacional, elucidando quem são seus principais atores e quais as forças e objetivos envolvidos.





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O Livro Negro do Comunismo traz a público o saldo estarrecedor de mais de sete décadas de história de regimes comunistas: massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, expurgos assassinos liquidando o menor esboço de oposição, fome e miséria que dizimaram indistintamente milhões de pessoas, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança.Os autores, historiadores que permanecem ou estiveram ligados à esquerda, não hesitam em usar a palavra genocídio, pois foram cerca de 100 milhões de mortos. Esse número assustador ultrapassa, por exemplo, o número de vítimas do nazismo e até mesmo o das duas guerras mundiais somadas. Genocídio, holocausto, por tanto, confirmado pelos vários relatos de sobreviventes e, principalmente, pelas revelações dos arquivos hoje acessíveis.O Livro Negro do Comunismo não quer justificar nem encontrar causas para tais atrocidades. Tampouco pretende ser mais um capítulo na polêmica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos e teorias marxistas. Trata-se, sobretudo, de dar nome e voz às vítimas e a seus algozes. Vítimas ocultas por demasiado tempo sob a máquina de propaganda dos PCs espalhados pelo mundo. Algozes muitas vezes festejados e recebidos com toda a pompa pelas democracias ocidentais.Todos que de algum modo tomaram parte na aventura comunista neste século estão, doravante, obrigados a rever suas certezas e convicções.Encontra-se, assim, uma das principais virtudes deste livro: à luz dos fatos aqui revelados, o Terror Vermelho deve estar presente na consciência dos que ainda creem num futuro para o comunismo.Uma verdadeira mina de informações detalhadas que registra a perversidade de um sistema que sempre será violento pois não entende outro modo de se impor, especialmente em tempos de paz.Esta edição acompanha numerosos testemunhos, mapas dos "Gulags" e das deportações e ainda 32 páginas de fotografias.



A Revolução Francesa de 1789 é normalmente descrita como um acontecimento glorioso, libertador e fraternal, que significou o triunfo de uma Razão há longo tempo amadurecida e desejada na Europa e que destruiu o mundo do Ancien Régime. Mas o acontecimento que é apontado como o fundador de valores como a Liberdade, Igualdade e Fraternidade, representou, simultaneamente, um dos mais sangrentos períodos da história contemporânea, com marcas que perduram até aos dias de hoje.
O Livro Negro da Revolução Francesa não pretende «branquear» factos. É inegável que a extrema violência que este acontecimento gerou – e que, no entanto, se reclama como sendo um produto das Luzes – deixou marcas indeléveis em sucessivas gerações no mundo ocidental.

Este livro pretende apresentar uma visão alternativa não só da Revolução Francesa, mas também dos processos revolucionários globalmente considerados, oferecida por trabalhos e reflexões críticas com um valor e autoridade que são, frequente e precipitadamente, recusados, mas que têm sido fundamentais para a desconstrução da «mitologia» revolucionária. Das perseguições religiosas aos tribunais do Terror, da guerra civil à destruição de obras de arte, o leitor poderá, com o presente livro, ganhar uma nova perspectiva sobre um dos acontecimentos mais marcantes da História.

Esta obra colectiva conta com a participação de mais de quatro dezenas de especialistas oriundos de várias áreas do conhecimento (como Pierre Chaunu, Jean Tulard, Emmanuel Le Roy Ladurie, Stéphane Courtois, este último autor/coordenador do Livro Negro do Comunismo), que procuram abordar vários aspectos e dimensões da Revolução Francesa de uma forma inovadora e rigorosa.



Ao mapear as atividades das organizações secretas, esse livro apresenta uma narrativa cronológica de todas as revoluções, da Renascença (que começou em 1453) até a Revolução Russa. Cobre as realizações mais importantes de todos os revolucionários lendários, como Robespierre e Lênin. Mostra como as visões utópicas de sociedades ideais acabam em massacres e decapitações, contendo assim uma advertência. Cada revolução é apresentada em termos de uma dinâmica em quatro partes, nova e original. Um idealista tem uma visão oculta, que outros enunciam em termos intelectuais. Ela é corrompida por um regime político e tem como resultado a supressão física (como nos expurgos de Stálin). O sumário, no final de cada capítulo, inclui tabelas que resumem essa dinâmica, de acordo com cada rev




O que foi a Escola de Frankfurt? Entenda o papel da indústria cultural e da teoria crítica

Contexto histórico da Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt está inserida no contexto histórico do século XX. Apesar das duas guerras mundiais, os trabalhadores não se uniram contra seus patrões como Marx previa. Além disso, devido à Revolução Russa, as discussões sobre a implementação de regimes socialistas se fortaleciam... continue lendo clique aqui


Membros originais da Escola de Frankfurt:

Max Horkheimer (frente, à esquerda), Theodor Adorno (frente, à direita) e Jürgen Habermas ao fundo, em 1965 em Heidelberg.

A "Segunda geração" de teóricos da Escola de Frankfurt incluía:

Pessoas que foram temporariamente associadas com o Instituto para Pesquisa Social e teóricos da Escola de Frankfurt incluem:







"Não é preciso nenhum estudo especial para saber que, invariavelmente, o discurso comunista, pró-comunista ou esquerdista é cem por cento baseado na exploração da compaixão e da culpa. Isso é da experiência comum.


Mas o que o dr. Lobaczewski e seus colaboradores descobriram foi muito além desse ponto. Eles descobriram, em primeiro lugar, que só uma classe psicopatas tem a agressividade mental suficiente para se impor a toda uma sociedade por esse meios. Segundo: descobriram que, quando os psicopatas dominam, a insensitividade moral se espalha por toda a sociedade, roendo o tecido das relações humanas e fazendo da vida um inferno. Terceiro: descobriram que isso acontece não porque a psicopatia seja contagiosa, mas porque aquelas mentes menos ativas que, meio às tontas, vão se adaptando às novas regras e valores, se tornam presas de uma sintomalogia claramente histéria, ou histeriforme.

O histérico não diz o que sente, mas passa a sentir aquilo que disse - e, na medida em que aquilo que disse é a cópia de fórmulas prontas espalhadas na atmosfera como gases onipresentes, qualquer empenho de chamá-lo de volta às suas perpecções reais abala de tal modo a sua segurança psicológica emprestada, que acaba sendo recebido como uma ameaça, uma agressão, um insulto."

Olavo de Carvalho (trecho do prefácio)




 

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