Como uma tradição apocalíptica é utilizada nas mãos de odiadores anti-judeus e anti-muçulmanos
Um clérigo jordaniano em recente visita ao Canadá citou de forma enganosa um hadith sem contexto ou explicação, oque justificadamente provocou condenações da comunidade muçulmana, assim como numerosas manchetes em todo o mundo. Um hadith é um relato oral que fora transmitido pelo Profeta Muhammad, e pode ser incrivelmente complexo, uma vez que é preciso avaliar todas as cadeias de transmissão de uma determinada declaração registrada em um hadith, a fim de chegar a uma conclusão adequada sobre de que se trata o hadith em particular. Nesse caso, uma única frase foi citada, uma descrevendo rochas e árvores clamando aos muçulmanos: “Há um judeu atrás de mim, venha matá-lo“.
Esta não é a primeira vez que este texto em específico tem sido usado para fomentar o sentimento anti-semita dentro da comunidade muçulmana. Os líderes e estudiosos muçulmanos devem denunciar com força tal retórica e esclarecer a condenação inequívoca do Islã de todas as formas de anti-semitismo, racismo, discriminação e xenofobia. É claro que os islamofóbicos se empenharam na oportunidade de soar os alarmes e gerar uma nova onda de propaganda acusando os muçulmanos de ambições genocidas em relação aos judeus, e de afirmar que o islã é inerentemente anti-semita e uma ameaça à civilização ocidental.
Explicação do hadith Descontextualizado
A história sobre uma batalha apocalíptica sobrenatural entre o bem e o mal
Quando olhamos através de diferentes narrações do hadith em questão, descobrimos que a frase sendo citada é realmente parte de uma narrativa maior no gênero da escatologia (a parte da teologia que trata do fim dos tempos e do Dia do Juízo), descrevendo o retorno de Jesus e a batalha apocalíptica entre Jesus e o Dajjal (Anticristo). [1] Nesta batalha que ocorrerá entre os exércitos de Jesus e do Dajjal, vários milagres sao previstos, incluindo que o Dajjal se derreterá quando Jesus o vê, e que as rochas e árvores inanimadas falarão e identificarão os soldados do Dajjal (Sunan Ibn Majah 4077).
Esta é uma história sobre a batalha entre dois grupos de soldados envolvidos na guerra, um lado do qual é claramente injusto; Não se refere a civis inocentes. e não é realmente uma batalha entre ‘’muçulmanos versus judeus’’! De fato, os muçulmanos acreditam que todos os cristãos, judeus e muçulmanos justos seguirão Jesus depois que ele retornar (Alcorão 4: 159), enquanto cristãos, judeus e muçulmanos equivocados estarão seguindo o Dajjal. De fato, outros hadiths demonstram que muitas das forças do Dajjal serão na verdade compostas de muçulmanos equivocados (Sahih Ibn Majah 179). [2]
Os judeus estão entre os mocinhos do apocalipse muçulmano
Além disso, a grande maioria dos judeus NÃO será seguidora do Dajjal, como o comentário do hadith descreve que os seguidores do Dajjal virão de apenas duas das doze tribos israelitas, enquanto a maioria dos judeus será do povo justo entre as forças do bem igualmente com cristãos e muçulmanos (Fayd al-Bari, Anwar Shah Kashmiri, 4/197). [3] Afinal, o Dajjal será um ditador assassino que alega ser Deus, um anátema para todos os seguidores da tradição abraâmica, bem como para todas as pessoas de consciência. Os muçulmanos não acreditam que as rochas e as árvores estarão apontando aleatoriamente para pessoas inocentes, mas sim para soldados dos combatentes do Dajjal que estarão envolvidos na matança de pessoas inocentes. A identidade religiosa dos soldados do Dajjal incluem malfeitores de todas as origens (incluindo os muçulmanos equivocados). Outras variantes do hadith afirmam que as rochas e as árvores simplesmente dirão: “Aqui está um rejeitador da verdade escondido atrás de mim!” (Musnad Ahmad 3546), e não usa a palavra “judeu” para descrevê-los. Portanto, este hadith descreve uma batalha futura entre guerreiros e que só pode ocorrer após o retorno de Jesus; De modo nenhum este hadith pode ser interpretado como uma prescrição para sair e prejudicar civis ou membros pacíficos de qualquer comunidade de fé. O Alcorão condena explicitamente a violência contra civis e não-combatentes, afirmando que : “Quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade.” (5:32) e: “Se eles se retirarem, não vos combaterem e vos propuserem a paz, sabei que Deus não vos faculta combatê-los.“(4:90). A guerra só é permitida em defesa contra a agressão ou para ajudar os oprimidos, como no caso de Jesus lutando contra as forças do Dajjal.
A questão do anti-semitismo e do Armageddon
Todas as três religiões abraâmicas (Islã, Cristianismo e Judaísmo) têm tradições bem estabelecidas sobre um Messias profetizado que se envolverá em uma batalha contra as forças do mal nos tempos finais, seja o retorno de Cristo que combaterá todas as nações da terra, ou a vinda do Masiach ben Yossef que destruirá os edomitas e inimigos de Israel. [4] Os três grupos tiveram de explicar estas passagens escatológicas esotéricas, a fim de evitar antagonismos com outras comunidades. Em 2012, um politico membro do partido democrata americano renunciou o cargo após declarar: “Os cristãos apenas querem que estejamos lá para que possamos ser abatidos e convertidos e trazer a segunda vinda de Jesus Cristo.” [5] A Bíblia descreve o Armagedom em termos dolorosos a respeito dos inimigos de Cristo / Israel (Veja: Zacarias 14:12 [6]). É necessário que pessoas de todas as religiões não permitam que seus textos sobre o fim dos tempos sejam seqüestrados de uma forma que valide a fala ou as ações de ódio no presente. Todas as crenças abraâmicas têm ensinamentos escatológicos que são esotéricos e requerem uma interpretação crítica cuidadosa. Os principais líderes de todas as comunidades religiosas enfatizam consistentemente a tolerância e o respeito pelos outros.
O Islã denuncia todas as formas de anti-semitismo e racismo
O Profeta Muhammad ensinou a seus companheiros a respeitar pessoas de todas as origens de fé e cuidar de todos. Ele disse: “Doe em caridade a pessoas de todas as fés” (Musannaf Ibn Abi Shaybah 3/177) [7] e ele pessoalmente costumava doar dinheiro regularmente para patrocinar uma família judia em sua comunidade. [8] Quando o Profeta viu o cortejo fúnebre de um judeu passando, ele se levantou por respeito. Quando alguns companheiros apontaram que o falecido não era muçulmano, ele os repreendeu dizendo: “Não é uma alma humana?” (Sahih Bukhari 1250). A lição aqui é respeitar toda a humanidade. Alguns judeus converteram-se ao Islã e outros, como o rabino Mukhayriq, continuaram a praticar o judaísmo e ainda permaneceram em bons termos com o Profeta (Seerah Ibn Hisham 1/518). Mesmo quando o Profeta faleceu, ele teve sua armadura hipotecada a um judeu (Sahih Bukhari 2759), uma narração que mostra que manteve boas relações com judeus até sua morte. Como diz o Alcorão: “Deus nada vos proíbe, quanto àquelas que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e eqüidade, porque Deus aprecia os eqüitativos.” (60: 8). Segundo Al-Tabari, um dos primeiros comentaristas, este versículo encoraja boas relações com “todas as seitas, credos e religiões” (Tafsir al-Tabari 60: 8). Esses ensinamentos do Alcorão inspiraram muçulmanos ao longo dos tempos. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Grande Mesquita de Paris resgatou os judeus que fugiam dos nazistas e forneceu-lhes um porto seguro e meios de fuga. Este é o legado que os muçulmanos devem recordar e reviver.
Além de respeitar outras crenças, o Islã proíbe prejudicar os outros e coloca grande ênfase nos muçulmanos mantendo relações positivas com aqueles que estão alheios a sua fé. O Profeta Muhammad deixou um aviso severo sobre perseguir os outros, “Quem prejudicar um não-muçulmano em paz conosco nunca vai cheirar a fragrância do paraíso, embora sua fragrância possa ser sentida a uma distância de quarenta anos de viagem” (Sahih Bukhari 6516) . No Dia do Juízo, o próprio Profeta argumentará em favor de não-muçulmanos perseguidos e contra os muçulmanos que os perseguiram: “Se alguém prejudica um não-muçulmano em paz conosco, viola seus direitos, o sobrecarrega com mais trabalho do que ele é capaz de executar, ou toma algo dele sem seu consentimento, então eu serei seu advogado no Dia da Ressurreição. “(Sunan Abi Dawud 3052). Esta injunção atordoante deve fazer todo muçulmano pensar duas vezes antes de ferir a qualquer um.
[1] Fath al-Bari by Ibn Hajar al-’Aqsalani, Sharh Sahih Muslim by al-Nawawi, Umdatul-Qari por Badr al-Deen al-’Ayni.
[2]Esta narração afirma que ele irá surgir do grupo desviado conhecido como Khawarij (Sunan Ibn Majah 179) e de acordo com os comentários em Ibn Majah, ele irá emergir na liderança de um grande exercito (“jaysh al-adheem”) dos Khawarij (Shuruh Sunan Ibn Majah, editado por Raed Sabri Ibn Abi Ulfah). Outra narração (Sahih Bukhari 1881) afirma que ele irá se reunir com os munafiqeen de Meca e Medina- aqueles que externamente clamam serem muçulmanos porém a insinceridade na fé será evidente quando eles se aliarem com o Dajjal.
[3] Fayd al-Bari explains, “This is only about the Jews whom Jesus is fighting against, namely those in the armies of Dajjal.” In fact, if Dajjal is followed by a cult of seventy thousand wearing green shawls this amounts to less than 0.5% of the global population, a tiny fraction.
Fayd al-Bari explica, “Isto é apenas sobre os judeus contra os quais Jesus estará lutando, nomeadamente aqueles nos exercitos do Dajjal.” De fato, se o Dajjal for seguido por um culto de setenta mil vestindo xales verdes (como afirma uma narração) isso equivale a menos de 0,5% da população global, uma pequena fração.
[4] “Appendix II – Mashiach in Jewish Law by Rabbi Dr. J. Immanuel Schochet, from his book “Mashiach – the Messianic Era in Jewish Law” on Chabad.org. Dr. Schochet writes, “Interestingly enough, according to Pirkei deR. Eliezer ch. 28 (in non-censored versions), the Ishmaelites (Arabs) will be the final kingdom to be defeated by Mashiach.” https://www.chabad.org/library/moshiach/article_cdo/aid/101747/jewish/Appendix-II.htm#footnote6a101747
[7] Musannaf ibn Abi Shaybah, and Silsilah al-Saheehah vol 6, p628. Árabe: ( تصدقوا على أهل الأديان كلها)
[8] Kitab al-Amwal, Abu Ubayd al-Qasim ibn Sallam d224H, pp727-728, Dar alShuruq 1989. Árabe: ( عن سعيد بن المسيب أن رسول الله صلى الله عليه وسلم تصدق على أهل بيت من اليهود بصدقة ، فهي تجري عليهم ).
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Em 1622, quarenta anos depois de sua morte, foi canonizada pelo papa Gregório XV. Em 27 de setembro de 1970, Paulo VI proclamou-a uma Doutora da Igreja e reconheceu seu título de Mater Spiritualium (Mãe da Espiritualidade), em razão da contribuição que a santa proporcionou à espiritualidade católica.[6] Seus livros, inclusive uma autobiografia ("A Vida de Teresa de Jesus") e sua obra-prima, "O Castelo Interior" (em castelhano: El Castillo Interior), são parte integral da literatura renascentista espanhola e do corpus do misticismo cristão. Suas práticas meditativas estão detalhadas em outra obra importante, o "Caminho da Perfeição" (Camino de Perfección).
Depois de sua morte, o culto a Santa Teresa se espalhou pela Espanha durante a década de 1620 principalmente durante o debate nacional pela escolha de um padroeiro, juntamente com Santiago Matamoros.
Primeiros anos
Teresa de Cepeda y Ahumada nasceu em 1515 em Gotarrendura, uma aldeia na província de Ávila, no Reino de Castela. Seu avô paterno, Juan Sánchez, era um marrano (um converso ou descendente de judeu converso) e foi condenado pela Inquisição espanhola por ter supostamente retornado à fé judaica. Seu pai, Alonso Sánchez de Cepeda, comprou um título cavaleiro e conseguiu com sucesso ser assimilado pela sociedade católica. A mãe de Teresa, Beatriz de Ahumada y Cuevas,[7] era especialmente dedicada à missão de criar a filha como uma piedosa cristã. Teresa era fascinada por relatos sobre vidas de santos e fugiu aos sete anos com seu irmão mais novo Rodrigo para tentar conseguir seu martírio entre os mouros. Seu tio conseguiu impedi-los por sorte ao vê-los já fora das muralhas quando voltava de outra cidade.[8]
A morte de Beatriz quando Teresa tinha apenas quatorze anos provocou-lhe uma tremenda tristeza que estimulou-a abraçar ainda mais a devoção à Virgem Maria como sua mãe espiritual. Porém, ela adquiriu também um interesse exagerado na leitura de ficções populares, principalmente novelas de cavalaria, e um renovado interesse em sua própria aparência.[9] Na mesma época, foi enviada como interna para uma escola de freirasagostinianas em Ávila,[10] o Convento de Nossa Senhora da Graça.
Pouco depois, piorou de uma enfermidade que começara a molestá-la antes de professar seus votos e seu pai a retirou do convento. A irmã Joana Suárez acompanhou Teresa para ajudá-la. Os médicos, apesar de todos os tratamentos, deram-se por vencidos e a enfermidade, provavelmente malária, se agravou. Teresa conseguiu suportar o sofrimento, graças a um livro devocional que lhe fora dado de presente por seu tio Pedro, "O Terceiro Alfabeto Espiritual", do Padre Francisco de Osuna. Esta obra, seguindo o exemplo diversas outras de místicos medievais, consistia de instruções para exames de consciência, para auto-concentração espiritual e contemplação interior (técnicas conhecidas no jargão místico como oratio recollectionis ou oratio mentalis). Teresa também fazia uso de outras obras ascetas como o Tractatus de oratione et meditatione de São Pedro de Alcântara, talvez muitas das obras nas quais Santo Inácio de Loyola baseou seus "Exercícios Espirituais" e possivelmente os próprios "Exercícios". Teresa seguiu as instruções da obra e começou a praticar a oração mental. Finalmente, após três anos, ela recuperou a saúde e retornou diretamente para tomar o hábito no Carmelo.
Teresa conta que durante sua enfermidade, ascendia do estágio mais baixo, da "oração mental", ao de "oração do silêncio" ou mesmo ao de "devoções de êxtase", que era um de união perfeita com Deus (veja abaixo). Durante este estágio final, Teresa conta que experimentava com frequência uma rica "benção de lágrimas". Conforme a distinção católica entre pecado mortal e venial foi se tornando clara para ela, passou também a compreender o terror profundo do pecado e a natureza do pecado original. Em paralelo, conscientizou-se de sua própria impotência em confrontar o pecado e certificou-se da necessidade da sujeição absoluta a Deus.
Por volta de 1556, vários amigos sugeriram que este conhecimento recém-revelado a Teresa era de origem diabólica e não divina e, como resultado, Teresa passou a infligir a si própria diversas torturas e outras formas de mortificação. Mas seu confessor, o padrejesuítaFrancisco de Borja, reassegurou-a da divina inspiração de seus pensamentos. No dia de São Pedro de 1559, Teresa se convenceu firmemente que Jesus Cristo teria aparecido para ela de corpo presente, só que invisível. Estas visões continuaram por mais de dois anos ininterruptos e, numa delas, um serafim[a] trespassou repetidamente seu coração com a ponta inflamada de uma lança dourada provocando nela uma inefável dor espiritual e corporal:
“ Eu vi em sua mão uma longa lança de ouro e, na ponta, o que parecia ser uma pequena chama. Ele parecia para mim estar lançando-a por vezes no meu coração e perfurando minhas entranhas; quando ele a puxava de volta, parecia levá-las junto também, deixando-me inflamada com um grande amor de Deus. A dor era tão grande que me fazia gemer; e, apesar de ser tão avassaladora a doçura desta dor excessiva, não conseguia desejar que ela acabasse... ”
— Santa Teresa de Ávila.
Esta visão foi a inspiração de uma das mais famosas obras de Bernini, a escultura "O Êxtase de Santa Teresa", que está na Igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. A memória deste episódio serviu de inspiração pelo resto da vida de Teresa e motivou sua perene disposição de imitar a vida e os sofrimentos de Jesus, epitomizada no motto geralmente associado com ela: "Senhor, ou me deixe sofrer ou me deixe morrer".
Reformadora
Teresa entrou para o Convento Carmelita da Encarnação em Ávila em 2 de novembro de 1535 e logo se viu cada vez mais em desarmonia com os males que assolavam o mosteiro. Entre as 150 freiras que viviam ali, a observância do enclausuramento - projetado para reforçar o espírito e a prática da oração - tornou-se tão relaxada que já não mais cumpria seu objetivo. A invasão diária de visitantes, muitos de alto status social e político, viciaram a atmosfera do local com preocupações frívolas e conversas tolas. Cada vez mais convencida de sua indignidade, Teresa invocava com frequência os grandes santos penitentes, Santo Agostinho e Santa Maria Madalena, aos quais estão associados dois fatos que foram decisivos na vida da santa. O primeiro foi a leitura das "Confissões" de Santo Agostinho. O segundo foi um chamamento à penitência que ela experimentou diante de um quadro da Paixão de Cristo: "Senti que Santa Maria Madalena vinha em meu socorro... e desde então muito progredi na vida espiritual". Sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensanguentado em agonia. Certa ocasião, ao deter-se sob um crucifixo muito ensanguentado, perguntou: "Senhor, quem vos colocou aí?" Pareceu-lhe ouvir uma voz: "Foram tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa". Ela chorou muito e a partir de então não voltou a perder tempo com conversas inúteis e nas amizades que não a levavam à santidade. Teresa que começou a planejar alguma ação para reverter a situação.[11]
O incentivo para expressar publicamente suas motivações interiores foi incentivado em Teresa pelo padre franciscanoSão Pedro de Alcântara, que a conheceu por volta de 1560 e tornar-se-ia depois seu diretor espiritual e mentor. Teresa decidiu fundar um carmelo reformado, corrigindo o relaxamento que encontrou no claustro do Carmelo da Encarnação e em outros. Guimara de Ulloa, uma amiga muito rica financiou a empreitada.
A pobreza extrema do novo carmelo, fundado em 1562 e batizado de Convento de São José, a princípio escandalizou os habitantes e as autoridades de Ávila, o que colocou o pequeno carmelo e sua capela sob o risco de ser suprimido. Contudo, poderosos patrocinadores, incluindo São Luís Beltrán e o próprio bispo de Ávila, e a impressão de uma subsistência assegurada e prosperidade potencial logo transformaram animosidade em aplausos.
Em março de 1563, quando Teresa se mudou para o novo claustro, recebeu sanção papal ao seu princípio primal de pobreza absoluta através da renúncia à propriedade, logo consolidado numa "Constituição". Seu plano era reavivar regras antigas e mais estritas, suplementando-as com novos regulamentos, como as três disciplinas de flagelação cerimonial prescritas para o Ofício Divino todas as semanas e também o abandono do uso de calçados. Teresa estabeleceu em seu convento a mais estrita clausura e o silêncio quase perpétuo. As religiosas vestiam hábitos toscos, usavam sandálias em vez de sapatos (por isso foram chamadas "descalças") e eram obrigadas a abstinência perpétua de carne. A fundadora, a princípio, não aceitou comunidades com mais de treze religiosas. Mais tarde, nos conventos que possuíam alguma renda, aceitou que residissem vinte monjas.
Nos cinco primeiros anos no novo convento, Teresa permaneceu reclusa e dedicou-se a escrever.
Em 1567, ela recebeu uma carta patente de um prior geral carmelita, Rubeo de Ravena, para fundar novas casas de sua ordem e, com este objetivo, Teresa passou a realizar longas viagens por todas as províncias da Espanha, relatadas em seu "Libro de las Fundaciones". Entre 1567 e 1571, conventos reformados foram fundados em Medina del Campo, Malagón, Valladolid, Toledo, Pastrana, Salamanca e Alba de Tormes.
Como parte de sua patente original, Teresa recebeu permissão para criar duas novas casas para homens que desejassem adotar suas reformas e, para ajudá-la, convenceu São João da Cruz e Santo Antônio de Jesus. Eles fundaram o primeiro convento de irmãos carmelitas descalços em novembro de 1568 em Duruello. Outro amigo, Jerónimo Gracián, um visitator dos carmelitas da antiga observância da Andaluzia, comissário apostólico e, depois, prior provincial das reformas teresianas, colocou toda a força de seu apoio para permitir a fundação de conventos em Segóvia (1571), Beas de Segura (1574), Sevilha (1575) e Caravaca de la Cruz (Múrcia, 1576), enquanto que o profundamente místico João da Cruz, através de sua poderosa pregação, promovia a conversão de novos membros para o movimento.
Em 1576, uma série de perseguições começou por parte dos carmelitas da antiga observância contra Teresa, seus amigos e suas reformas. Em acordo com um conjunto de resoluções adotadas no capítulo geral em Placência, os definitors da ordem proibiram a fundação de novos conventos e condenaram Teresa a uma reclusão voluntária em uma de suas instituições. Ela obedeceu e escolheu ficar no Carmelo de São José em Ávila, a primeira. Seus amigos e subordinados foram alvo de grandes provações.[12]
Finalmente, depois de diversos anos, suas súplicas por escrito ao reiFilipe II da Espanha conseguiram aliviar a situação. Em 1579, os processos contra ela e Graciano na Inquisição foram engavetados, o que permitiu que suas reformas continuassem. Um memorando do papa Gregório XIII permitiu a criação de um provincial especial para o novo ramo das freiras carmelitas descalças.[12]
Nos três anos finais de sua vida, Teresa fundou conventos em Villanueva de la Jara, no norte da Andalusia(1580), Palencia (1580), Soria (1581), Burgos e Granada (1582). No total, dezessete conventos, todos menos um fundados pessoalmente por ela. Uma mesma quantidade de mosteiros para homens foram também estabelecidos durante os vinte anos de sua atividade reformadora.
A aflição final acometeu Teresa em uma de suas inúmeras viagens, desta vez no trecho entre Burgos e Alba de Tormes. Ela morreu em 1582, justamente no dia que as nações católicas do mundo estavam fazendo a troca do calendário juliano para o gregoriano, o que requereu a eliminação de todas as datas entre 5 e 14 de outubro do calendário. Assim, ou Teresa morreu antes da meia-noite de 4 de outubro ou nas primeiras horas de 15 de outubro, dia escolhido para celebrar sua festa. Suas últimas palavras foram: "Meu Senhor, é hora de seguir adiante. Pois bem, que seja feita Tua vontade. Ó meu Senhor e meu Esposo, a hora que tanto esperei chegou. É hora de nos encontrarmos!".[13] Foi sepultada em Alba de Tormes, onde repousam suas relíquias.
O cerne do pensamento místico de Teresa em todas as suas obras é a ascensão da alma em quatro estágiosː[15]
O primeiro - "oração mental" - é o de devota contemplação ou concentração, o afastamento da alma do mundo exterior e especialmente a devota observância da paixão de Cristo e da penitência.[16]
O segundo - "oração de silêncio" - é aquele no qual pelo menos a vontade humano se perde na de Deus em virtude de um estado carismático sobrenatural agraciado por Deus, enquanto as demais faculdades, como memória, razão e imaginação, ainda não estão preservadas das distrações mundanas. Apesar de esta distração parcial se dar por causa de atos exteriores como a repetição ininterrupta de orações ou a escrita de temas espirituais, o estado prevalecente é o de quietude e silêncio.[17]
O terceiro - "devoção de união" - já não é apenas um estado sobrenatural, mas essencialmente um êxtase. Nele, a razão também é absorvida por Deus e apenas a memória e a imaginação permanecem. Este estado é caracterizado por uma ditosa paz, por um delicioso sono de, pelo menos, as mais elevadas faculdades da alma ou ainda por um arrebatamento consciente no amor de Deus.[15]
O quarto - "devoção do êxtase ou arrebatamento" - é um estado passivo no qual o sentimento de estar num corpo desaparece (veja II Coríntios 12:2–3). A atividade sensorial cessa, a memória e a imaginação também são absorvidas em Deus ou são "intoxicadas". Corpo e espírito sofrem de uma dor doce e feliz, que alterna entre um tenebroso brilho, uma completa impotência e inconsciência, uma sensação de estrangulação ou, às vezes, de um voo extático tão intenso que o corpo literalmente se ergue no espaço. Estes efeitos, depois de meia-hora, são seguidos por um relaxamento completo de algumas horas num estado parecido com um desmaio, no qual todas as faculdades [mentais] desaparecem na união com Deus.[15] Em seguida, o sujeito acorda aos prantos, o clímax da experiência mística, o que produz um transe. Tradições piedosas relatam que Teresa, como São Francisco de Assis, foi vista levitando durante a missa mais de uma vez.
Teresa é uma das mais importantes autoras sobre a oração mental e sua posição entre os autores da teologia mística é única. Em todas as suas obras sobre o tema, ela relata suas próprias experiências pessoais, que, ajudada por sua profunda perspicácia e capacidade analítica, explica de forma clara. Sua definição de "oração contemplativa" foi utilizada pelo Catecismo da Igreja Católica: "Oração contemplativa, na minha opinião, é nada mais que um compartilhamento íntimo entre amigos; significa dedicar tempo com frequência para estar sozinho com aquele que sabemos que nos ama".[18]
Reconhecimentos
Teresa foi beatificada em 24 de abril de 1614 pelo Papa Paulo V e canonizada em 12 de março de 1622 por Gregório XV. É conhecida como Santa Teresa de Jesus.
Em 1617, os Tribunais de Castela, a pedido dos devotos de Teresina, declararam padroeira da Espanha e das Índias. No entanto, os jacobinos apelaram que Santa Teresa ainda não havia sido canonizada e defendiam que o patrono da Espanha era Santiago, desde tempos imemoriais e principalmente da invasão muçulmana. Por isso se tornou Copatrona. Em 1627, apenas cinco anos após a canonização, a Santa Sé reiterou o título de Copatrona. Juntamente com o Sr. Santiago El Mayor e a Imaculada Conceição (padroeira e imperatriz da Espanha e das Índias), sua celebração se tornou uma das três principais na corte hispânica.
O culto de Santa Teresa foi tão forte nas Índias, que o rei Felipe IV em 1640, por carta real, foi proclamado por Copatrona da Capitania Geral do Reino da Guatemala, solicitando celebrar seu partido como um dos quatro principais (ao lado dos da Concepcion limpa, Santiago e Santa Cecília) na cidade, cabeça e coração do povo colonial da América Central. Com a transferência da Cidade, Independência e a fundação da República, Santa Teresa tornou-se Copatrona da República e Iglesia da Guatemala.
Foi nomeada doutora honoris causa pela Universidade de Salamanca e posteriormente nomeada patrona dos escritores.
No entanto, a Igreja Católica como instituição não reconheceu oficialmente o ensino da vida espiritual realizada por Santa Teresa de Jesus, nem seu doutorado na Igreja. Várias tentativas foram feitas nesse sentido, a última em 1923. O motivo da rejeição foi sempre o mesmo: "obstat sexus" (o sexo o impede). [19]
Finalmente, em 27 de setembro de 1970[20], Santa Teresa de Jesus tornou-se (juntamente com Santa Catarina de Siena ) a primeira mulher levantada pela Igreja Católica ao status de Doutor da Igreja, sob o pontificado de Paulo VI.
A Igreja Católica celebra sua festa em 15 de outubro.
Em 2015, a Universidade Católica de Ávila nomeou seu doutorado honorário.
A "Autobiografia", escrita antes de 1567 sob a direção de seu confessor, fr. Pedro Ibáñez;[21]
"O Caminho da Perfeição" (El Camino de Perfección), também escrito sob a direção de Ibáñez;[22]
"Meditações sobre o Cântico do Cânticos" (1567), escrita para suas "filhas" do Carmelo;
"O Castelo Interior" (El Castillo Interior; 1577), na qual compara a alma contemplativa a um castelo com sete sucessivas cortes (ou câmaras) interiores, análogas aos sete céus;[23]
"Relações" (Relaciones), uma extensão de sua autobiografia relatando suas experiências internas e externas na forma de epístolas;
Duas obras menores: "Conceitos de Amor" (Conceptos del Amor) e "Exclamações" (Exclamaciones);
Além destas, há também "As Cartas (Las Cartas; Saragossa, 1671), as correspondências de Teresa, da qual restaram 342 cartas completas e fragmentos de outras 87. A prosa de Teresa é marcada de uma graça sem afetações, de esmerada ornamentação e de um encantador poder expressivo, qualidades que a colocam no primeiro escalão da literatura espanhola;
Finalmente, seus raros poemas estão reunidos em "Todas as Poesias" ("Todas las poesías", Munster, 1854) e se distinguem pela ternura e pelo ritmo.
O poema moderno "Vós Sois as Mãos de Cristo", embora seja amplamente atribuído a Teresa,[24][25] não aparece em suas obrasː[26]
“
Cristo não tem atualmente sobre a terra nenhum outro corpo se não o teu; Nenhumas[b] outras mãos senão as tuas; Nenhuns[b] outros pés senão os teus... Vós sois os olhos com que a compaixão de Cristo deve olhar o mundo; Vós sois os pés com que Ele deve ir fazendo o bem, Vós sois as mãos com que Ele deve abençoar os homens de hoje...
”
Santa Teresa e o Menino Jesus de Praga
Embora não exista nenhum relato histórico de que Teresa tenha sido proprietária da estátua do Menino Jesus de Praga,[27] de acordo com uma lenda popular, Teresa teria presenteado-a a uma nobre que viajava para Praga.[28][29]
Acredita-se, porém, que Teresa de fato carregava consigo uma estátua do Menino Jesus em suas viagens, mas não é possível confirmar se a estátua de Praga é esta estátua. Lendas sobre o tema já circulavam na região no século XVII.
Santa Teresa também aparece em um filme biográfico de 1984 chamado Teresa de Jesús protegendo uma estátua do Menino em suas perigosas viagens. Em algumas cenas, as irmãs religiosas se revezam para trocar suas vestes. A devoção ao Menino Jesus se espalhou rapidamente pela Espanha, possivelmente por conta das visões de Teresa.[30] A freiras espanholas que estabeleceram a ordem das carmelitas na França trouxeram consigo a devoção, que se espalhou.[31] De fato, uma das mais famosas devotas de Teresa, Teresa de Lisieux,[32] uma freira carmelita francesa batizada em sua homenagem, escolheu o nome de "Irmã Teresa do Menino Jesus da Santa Face".
Padroeira
Na década de 1620, o Reino da Espanha debatia quem deveria ser o santo padroeiro do país; as alternativas eram manter o padroeiro tradicional, Saniago Matamoros ("matador de mouros") ou adotar uma combinação dele com a recém-canonizada Santa Teresa de Ávila. Os defensores de Teresa afirmavam que a Espanha enfrentava novos desafios, especialmente a ameaça do protestantismo e do declínio social nos lares, o que requeria um padroeiro mais moderno, que entendesse estes problemas e que pudesse guiar os espanhóis. Os defensores de "Santiago" rebateram ardorosamente estes argumentos e, no final, saíram vitoriosos, mas Santa Teresa permaneceu muito mais popular entre a população.[33]
Santa Teresa, no Brasil, também é considerada padroeira dos professores. [34][35][36]
[a]^ Teresa escreveu que deve ter sido um querubim ("Deben ser los que llaman cherubines"), mas o irmão Domingo Báñez anotou na margem que a descrição parecia mais um serafim (mas parece de los que se llaman seraphis), uma identificação que a maior parte dos editores da obra de Teresa seguiram.[37]
[b]^Estas formas estão plural entanto os substantivos; em que insólito se as depare, o emprego foi mais que necessário, porquanto se não pudera correger “Nenhuma outras mãos... […] Nenhum outros olhos... […]”
Dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor, em todo o Brasil. Mas você sabe qual o motivo da comemoração nesta data específica? A resposta vem do Brasil Imperial.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Teresa de Ávila), Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava basicamente da descentralização do ensino, do salário dos professores, das matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até sobre como os professores deveriam ser contratados.
A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.
Cento e vinte anos depois do decreto, em 1947, um professor paulista teve a ideia de transformar a data em feriado e iniciou a tradição de homenagear os professores no dia 15 de outubro, em referência ao decreto de D. Pedro I.
A ideia surgiu porque o período letivo do segundo semestre escolar era muito longo, ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo o período. Cansados, literalmente, um pequeno grupo de quatro educadores, liderados por Samuel Becker, teve a ideia de organizar um dia de folga, para amenizar a estafa. O dia também serviria como uma data para se analisar os rumos do restante do ano letivo.
Foi então que o professor Becker sugeriu que esse encontro acontecesse no dia 15 de outubro. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça de professores e alunos, que levavam doces de casa, para uma pequena confraternização.
O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase “Professor é profissão. Educador é missão”.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.
O Decreto definia a essência e razão do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”.
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A história de Salomão Becker, o criador do Dia do Professor - Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Docentes veterano e novato falam sobre o amor e a missão na formação de estudantes para o mercado de trabalho
“Professor é profissão. Educador é missão”. Conhecida por dez entre dez professores, a frase sintetiza muito bem a missão dos professores, que têm esse dia tão especial nesta terça-feira (15). Poucos sabem a história de Salomão Becker (1922-2006), dono da frase e responsável pela inclusão do Dia dos Professores no calendário escolar, em 1947.
Nascido em Piracicaba, Becker foi um apaixonado pelo magistério e lecionou durante 49 anos em diversas escolas estaduais na capital, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. A ideia de celebrar o Dia dos Professores surgiu uma conversa com outros três colegas, no antigo “Caetaninho”, o Ginásio Caetano de Campos, na rua Augusta.
O quarteto teve a ideia de de organizar um dia de parada para repor as energias e analisar os rumos do ensino no estado. Becker sugeriu que o encontro acontecesse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos se confraternizavam trazendo doces e salgados.
A sugestão foi aceita pelos colegas e logo se espalhou por outras escolas paulistas, sendo seguida por outros estados brasileiros. No dia 14 de outubro de 1963, o Dia dos Professores foi oficializado nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682.
Homenagem da Secretaria
O secretário Rossieli Soares publicou vídeo em seu Instagram sobre a data e deixou um recado a todos os educadores:
“Certamente todos nós, quando paramos para pensar em pessoas que impactaram nossas vidas, lembramos de professores. Eu lembro de professores do Ensino Médio, Graduação e do quanto eles foram importantes para meu futuro. Os professores possuem um importante papel em nossa sociedade e nosso trabalho é reconhecer e recompensá-los por todo o esforço dedicado”, pontua o secretário da Educação Rossieli Soares.
Para todos, vale sempre: valorizar as boas práticas e boas ações de todos na rede é valorizar o professor.. “Nós não somos apenas uma escola, somos uma família, por isso tentamos desenvolver projetos que os alunos gostem e se sintam acolhidos. Ser professor é, antes de tudo, acolher”, relata a professora Vera Moreira, da Escola Estadual Olavo Hansen.