terça-feira, 17 de setembro de 2024

Não brinquem com Israel e Irã aconteceu uma explosão de pagers. Por João Maria Andarilho.

Helicóptero que transportava presidente do Irã cai nas montanhas

Ebrahim Raisi

Publicado em 19/05/2024 - 12:42 Por Elwely Elwelly e Parisa Hafezi – repórteres da Reuters* - Dubai

Um helicóptero que transportava o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, e seu ministro das Relações Exteriores caiu neste domingo (19) enquanto atravessava uma área montanhosa sob forte neblina ao retornar de uma visita à fronteira do Azerbaijão, disse uma autoridade iraniana à Reuters. 

Link de toda a matéria. https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-05/helicoptero-que-transportava-presidente-do-ira-cai-nas-montanhas

Morte de líderes do Hamas e Hezbollah gera temor de escalada

Jennifer Holleis
01/08/2024
1 de agosto de 2024

Operações contra Fouad Shukur, do Hezbollah, e Ismail Haniyeh, do Hamas, devem reforçar influência de alas ainda mais extremistas nos dois grupos e enfraquecer negociações de cessar-fogo em Gaza, avaliam analistas.


Os recentes assassinatos de dois dos principais líderes do Hezbollah e do Hamas, grupos radicais islâmicos que recebem apoio do Irã, elevaram as tensões no Oriente Médio a um novo patamar.

Na terça-feira (30/07), as forças israelenses afirmaram que haviam assassinado Fouad Shukur, em Beirute, capital do Líbano. O corpo de Shukur, um dos principais comandantes do Hezbollah, foi encontrado na noite de quarta-feira. Israel culpou Shukur por orquestrar o ataque nas Colinas de Golã matou 12 crianças isralenses no fim de semana. Shukur também era um veterano do Hezbollah que teve envolvimento nos ataques terroristas que provocaram a morte de quase 300 soldados americanos e franceses no Líbano em 1983.

Na quarta-feira, foi a vez de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, ser morto em Teerã, no Irã. Israel havia repetidamente apontado Haniyeh como um alvo após a ofensiva terrorista lançada pelo Hamas em 7 de outubro, que resultou na morte 1.200 pessoas em Israel, e que acabou por desencadear a atual guerra na Faixa de Gaza, enclave palestino que era controlado pelo grupo.

Continue lendo link https://www.dw.com/pt-br/morte-de-líderes-do-hamas-e-hezbollah-gera-temor-de-escalada/a-69825598


Hezbollah culpa Israel após explosões de pagers matarem nove no Líbano
1 hora atrás
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David Gritten
Londres0:22

Assista: Pequena explosão em supermercado no Líbano


Nove pessoas, incluindo uma criança, foram mortas depois que pagers portáteis usados ​​por membros do grupo armado Hezbollah para se comunicar explodiram no Líbano, disse o ministro da Saúde do país.

O embaixador do Irã no Líbano estava entre as outras 2.800 pessoas que ficaram feridas nas explosões simultâneas em Beirute e em várias outras regiões.

O Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, disse que os pagers pertenciam “a funcionários de várias unidades e instituições do Hezbollah” e confirmou a morte de oito combatentes.

O grupo culpou Israel pelo que chamou de “essa agressão criminosa” e prometeu que receberia “justa retribuição”. O exército israelense se recusou a comentar.



Horas antes das explosões, o gabinete de segurança de Israel disse que interromper os ataques do Hezbollah no norte do país para permitir o retorno seguro dos moradores deslocados era um objetivo oficial de guerra.

Houve trocas de tiros quase diárias na fronteira entre Israel e Líbano desde o dia seguinte ao início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, em 7 de outubro.

O Hezbollah disse que está agindo em apoio ao grupo palestino apoiado pelo Irã. Ambos são proscritos como organizações terroristas por Israel, Reino Unido e outros países.

O porta-voz da ONU disse que os últimos acontecimentos no Líbano foram "extremamente preocupantes, especialmente porque estão ocorrendo em um contexto extremamente volátil".

Israel estabelece nova meta de guerra para devolver moradores ao norte


Alívio libanês enquanto o Hezbollah e Israel parecem recuar do abismo
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Deputada americana apresenta lei que impedirá entrada de Moraes nos EUA. Terça Livre




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Debate Cristina Graeml (PMB) x Requião (Mobiliza)

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Você sabe PENSAR? | FILOSOFIA & CULTURA - Aula 58


Transcrição da aula pelo
TurboScribe Você sabe PENSAR FILOSOFIA & CULTURA - Aula 58 20:49 08:31 Mute Settings (0:00) Olá, caros amigos, nós estamos aqui, então, no nosso programa Filosofia e Cultura. (0:05) Nunca esqueça aí de fazer inscrição no canal, de compartilhar, deixar a sua curtida. (0:10) E hoje eu gostaria de tratar de um ponto que é o básico do básico. (0:14) Nós estamos aqui, às vezes, falando tanto de filosofia, de cultura, tantas reflexões (0:18) e análises a partir de tantos autores. (0:21) Mas o que é o pensar? (0:23) O que significa pensar? (0:25) Você já parou para pensar sobre isso? (0:27) Fica até engraçado, meio que redundante. (0:30) Ou seja, é muito comum, evidentemente, quando nós falamos de pensar, nós associarmos o (0:36) pensar com outros verbos, como articular, relacionar, refletir, analisar. (0:42) E, de fato, o pensar tem a ver com isso. (0:45) Alguns até chegam ao ponto de fazer quase que uma identificação absoluta entre pensar (0:51) e filosofar. (0:52) Ou seja, é por isso que muitas pessoas vão dizer que o filosofar, no fundo, é o ato (0:59) de estar pensando. (1:00) Nós precisamos entender que, de fato, o ato de pensar é próprio ali do ser humano. (1:07) Nós pensamos e realizamos esse ato de pensar. (1:12) Tudo isso, no fundo, é possível porque somos seres racionais. (1:16) Portanto, pensar é justamente você poder considerar, analisar, refletir sobre determinada (1:22) coisa a partir de uma capacidade que é intrínseca do ser humano. (1:28) Ou seja, justamente porque somos portadores da razão, da inteligência, enfim, é por (1:34) isso que nós temos essa capacidade. (1:36) E, evidentemente, que o fato de termos essa capacidade, isso mostra que pensar tem uma (1:43) relevância muito grande na vida humana. (1:45) A planta, o cachorro, uma pedra, a questão do conhecimento não faz falta para eles. (1:51) Ou seja, como eles não têm essa capacidade de pensar, ou seja, de buscar entender o que (1:58) uma coisa é, ou um problema, ou a própria realidade, a partir, repito, de uma capacidade (2:04) própria, nunca esqueça disso, então eu não vejo uma pedra pensando, uma planta pensando (2:08) e nem um cachorro pensando. (2:10) Você não vê expressões disso. (2:12) Às vezes ficam algumas dúvidas que não têm muito sentido, ou seja, para eu ter uma (2:16) dúvida eu preciso ter um motivo razoável. (2:18) Então, quando eu olho para essas realidades, você não vê nada ali que implique necessariamente (2:24) a compreensão de que eles tenham uma capacidade de expressar, porque, no fundo, não expressam (2:30) nada nesse sentido, as suas atividades realizadas não expressam nada nesse sentido. (2:34) Portanto, se o ser humano, de fato, tem essa possibilidade, essa capacidade de pensar a (2:40) partir de algo que não é externo, mas é interno à sua natureza, isso com certeza (2:44) vai ter uma relevância, uma importância. (2:46) Ou seja, justamente porque podemos pensar, nós temos uma possibilidade de ter um conhecimento (2:52) mais rigoroso sobre a própria realidade, seja uma realidade sensível, inteligível, o que (2:57) for, da mesma forma que, pelo ato de pensar, nós podemos ter uma vida moral mais equilibrada, (3:04) ou seja, temos a clareza do que é o bem, do que é o mal, do que é possível, do que (3:08) não é possível, do que convém fazer nas mais diversas situações, da mesma maneira (3:13) que esse ato de pensar também nos capacita não só a ter um conhecimento mais rigoroso, (3:20) não só a ter um discernimento moral mais claro, mas também a enfrentar os mais diversos (3:25) problemas e desafios, não só teóricos, mas práticos na nossa vida. (3:30) Então veja que todos esses pontos e outros aqui mostram a relevância e a importância (3:34) do pensar na nossa vida, e quando o ser humano de fato não cultiva uma vida do pensamento, (3:41) ele está indo contra ou ele está desvalorizando aquilo, digamos assim, que é próprio da (3:47) sua natureza enquanto ser humano, ele está indo contra a sua especificidade, digamos (3:52) assim. (3:53) Agora, não basta pensar, não basta simplesmente realizar um ato de pensar qualquer, eu preciso (4:00) saber pensar bem, e aqui começa a ficar um pouquinho mais complicado, então eu peço (4:06) que você chegue ou que preste atenção no que eu vou dizer. (4:09) Ou seja, o que é pensar bem? (4:13) Então se não basta só pensar, mas eu tenho que pensar bem, o que significa pensar bem? (4:19) Ora, o primeiro ponto, a primeira coisa que nós precisamos lembrar é que existem três (4:23) operações básicas da nossa razão, tem três operações básicas da nossa inteligência. (4:27) A primeira é o que muitos autores chamam de simples apreensão. (4:31) O que seria essa simples apreensão? (4:33) É o ato pelo qual a nossa razão conhece alguma coisa, ela consegue aprender, ou seja, (4:39) ela consegue captar aquela coisa, a natureza daquela coisa, sem afirmar e sem negar nada. (4:47) Então a finalidade da simples apreensão, que é uma operação da inteligência, uma (4:53) operação da nossa razão, a finalidade é justamente deste ato, é justamente aprender (4:58) o que? (4:59) Aprender a natureza de uma coisa, e na medida em que vai aprendendo, captando a natureza (5:05) daquela coisa, vai formando um conceito. (5:08) Então o termo dessa operação é justamente o que? (5:12) O conceito, a noção. (5:14) Então o conceito que nós expressamos, a noção que nós temos sobre a coisa, de fato (5:18) o termo dessa operação é justamente o conceito que de uma certa maneira tem relação com (5:24) a natureza da coisa. (5:26) E a expressão oral de tudo isso, a expressão oral desse termo, desse conceito, é a palavra, (5:32) a palavra que nós usamos, a palavra homem, a palavra mesa, a palavra vida, etc. (5:37) Isso é uma palavra que evidentemente está pressupondo ali um conceito que pressupõe (5:41) essa simples apreensão. (5:43) Lógico que alguém poderá dizer, ah professor, mas existem conceitos absurdos, tem conceitos (5:48) que não têm sentido, por exemplo, o conceito de círculo quadrado. (5:53) Mas como é possível eu ter um conceito de círculo quadrado? (5:57) Bom, é possível porque quando eu falo círculo quadrado, ele é um conceito que pressupõe (6:03) os pontos que eu disse, mas na realidade ele é um conceito que não é nem certo e nem (6:09) errado. (6:09) Ele não é nem verdadeiro e nem falso. (6:12) Por quê? (6:12) Porque quando você diz círculo quadrado, você não está afirmando nada e você não (6:18) está negando nada, essa que é a grande questão. (6:22) Ou seja, da mesma forma que eu quando digo círculo quadrado é uma coisa, repito, é (6:29) um conceito que pressupõe ali o processo da simples apreensão, captei, mas não é nem (6:34) verdadeiro e nem falso, porque eu não estou afirmando e negando nada. (6:36) Agora, se você disser um círculo quadrado é possível, aí você está dizendo algo (6:42) falso, algo que não é correto. (6:44) Mas veja que aí você não está só na simples apreensão, você não captou simplesmente (6:49) ali uma realidade ou a natureza de algo e está expressando por um conceito. (6:55) Não, você afirmou, um círculo quadrado é possível. (6:58) Então você expressou um juízo, você fez um julgamento, e o juízo é justamente a (7:04) segunda operação da razão. (7:06) Então veja que eu posso simplesmente dizer, eu posso captar homem, eu captei, ou seja, (7:14) a natureza, homem, eu posso captar a natureza desse negócio, expressar por um conceito (7:20) que é homem, sem dizer se ele é vivo ou se não é vivo, se é sadio ou se não é (7:26) sadio. (7:27) Então eu posso simplesmente captar e expressar homem sem afirmar e negar nada. (7:31) E aí eu estou no livro da simples apreensão. (7:33) Agora, quando eu vou para o âmbito de um juízo, aí é outra coisa. (7:38) Quando eu vou para o âmbito do juízo, eu estou falando da segunda operação. (7:41) E essa segunda operação da razão é o ato pelo qual a nossa razão afirma ou nega algo (7:47) de um ser. (7:48) Esse ser é o sujeito e aquilo que nós afirmamos ou negamos é o predicado. (7:53) Então quando você atribui um determinado predicado a um sujeito, você está afirmando. (7:57) Quando você nega, você está excluindo esse predicado daquele sujeito. (8:00) Então o João é bonito, é um juízo afirmativo. (8:05) Laura não é bonita, é um juízo negativo. (8:08) Então veja que eu posso ter juízos afirmativos e juízos negativos. (8:12) No afirmativo você diz esse predicado está presente nesse sujeito. (8:15) No juízo negativo eu excluo esse predicado desse sujeito. (8:18) E nós fazemos isso no nosso dia a dia constantemente. (8:20) Nós afirmamos e negamos coisas, nós emitimos juízos constantemente. (8:24) Então o juízo, ele é ou é correto ou é incorreto, ou é verdadeiro ou é falso, tá (8:29) certo? (8:30) Então isso é muito importante. (8:31) Então o juízo, na medida em que afirma ou nega, ou seja, na medida em que ele pode ser (8:35) ou negativo ou afirmativo, justamente por afirmar ou negar, se posicionando, o juízo (8:41) é verdadeiro ou é falso. (8:42) Da mesma forma que eu tenho juízos analíticos e juízos sintéticos. (8:47) O que é um juízo analítico? (8:49) É aquele em que a inclusão do predicado no sujeito se justifica pela simples análise (8:55) dos termos. (8:56) Então quando eu falo o homem é animal racional, a análise da palavra do termo homem já justifica (9:02) o animal racional. (9:03) Eu vejo que realmente, se é homem, esse animal racional, a animalidade e a racionalidade (9:08) está contida nesse termo. (9:10) Então no juízo analítico, a presença do predicado no sujeito, eu vou justificar analisando (9:15) o próprio termo e a própria palavra. (9:17) No juízo sintético não, a relação entre predicado e sujeito é um pouquinho mais (9:20) complexa. (9:21) Ou seja, no juízo sintético, a presença de um predicado em um sujeito não é uma presença (9:27) necessária, ou seja, a relação entre predicado e sujeito é uma relação contingente. (9:33) Logo, determinado predicado naquele sujeito, já que é contingente, só se justifica, (9:38) só se comprova pela experiência. (9:41) Então quando eu digo este cão é manso, analisando a palavra cão, você tira dela (9:47) necessariamente a mansidão? (9:50) Não. (9:50) Então quando eu digo este cão é manso, esse predicado nesse sujeito só se justifica, (9:54) só se comprova na medida em que eu tenho a experiência daquilo. (9:57) Pela experiência eu consigo comprovar, eu vou lá e vejo, mas eu não posso então deduzir (10:01) que a mansidão necessariamente está inclusa na categoria canina. (10:06) E portanto o juízo, ele afirma ou nega, pode ser analítico ou sintético, e é por isso (10:10) que os nossos juízos podem ser verdadeiros ou falsos. (10:13) E por isso que a gente tem que saber como elaborar os nossos juízos e não emitir juízos (10:18) temerários, juízos apressados, que muitas vezes as pessoas fazem isso. (10:23) E quantos problemas surgem e são gerados por causa de juízos temerários e apressados? (10:29) E o terceiro ato da razão, o terceiro ato da nossa inteligência é o raciocínio. (10:35) É o ato pelo qual a nossa razão passa de algo menos conhecido para algo mais conhecido. (10:40) Parte de uma determinada verdade, um pouco mais conhecida, para acabar deduzindo, vendo (10:45) uma outra verdade. (10:47) E aí veja que de fato isso aqui é extremamente importante. (10:52) Então a simples apreensão, ela tem em revidente o seu lugar, eu capto ali a natureza de algo (10:57) e isso gera um conceito e eu expresso pela palavra. (11:00) Pelos juízos, a minha razão afirma ou nega algo, seja de maneira analítica ou sintética, (11:06) e a expressão oral do juízo são as nossas proposições, não vai confundir com preposição, (11:12) mas são as nossas proposições, e aí tem vários tipos de proposições, as contraditórias, (11:17) as contrárias, as subcontrárias, as subalternas. (11:21) Então quando eu digo todo homem é justo, por exemplo, e aí eu digo algum homem não (11:27) é justo, essas são proposições contraditórias, porque se todo homem é justo, todo homem (11:33) é justo, todo, todo, aí o outro vem e diz não, algum homem não é justo, mas peraí, (11:38) se todos são justos, como é que algum pode não ser? (11:40) Então há uma contradição enorme aí, são proposições contraditórias e existem de (11:45) outros tipos. (11:46) E o nosso raciocínio, ou seja, é ele que realmente vai ter um peso maior, então é (11:51) lógico que o raciocínio pressupõe toda a questão da simples apreensão, da compreensão (11:56) do que é um conceito, de como eu expresso isso ali no termo, pelas palavras, como eu (12:01) estabeleço definições, etc., da mesma forma os tipos de proposições e como eu faço (12:06) conversões de proposições e para construir o que, ou seja, no nosso raciocínio vai estar (12:12) presente ali, querendo ou não, muitos elementos da simples apreensão e das proposições. (12:17) E de fato, quando nós falamos da questão do raciocínio, ou seja, basicamente na tradição (12:23) fala-se do raciocínio dedutivo e do raciocínio indutivo. (12:26) No raciocínio dedutivo você parte de um elemento, de um ponto geral, para chegar até (12:32) uma conclusão particular, em algo particular, enquanto que na indução é o contrário, (12:37) você parte do mais particular, o ponto de partida é o mais particular, para depois (12:42) você chegar àquilo que é mais geral, a uma generalização. (12:46) Então, por exemplo, o exemplo clássico de dedução, todo homem é mortal, Sócrates (12:53) é homem, logo Sócrates é mortal, então veja que eu parto de algo mais geral e geralmente (12:59) esse elemento aí é a base, ou seja, todo homem é mortal, Sócrates é homem, logo (13:04) Sócrates é mortal, melhor dizer. (13:07) Então se todo homem é mortal e se o Paulo, a Maria e o José é homem, então eles também (13:12) serão mortais. (13:13) Quando você vai para o raciocínio indutivo, ocorre uma mudança disso daí, então eu (13:17) diria as plantas, os animais e os homens se movem por si mesmos, ora, todos os corpos (13:24) viventes são plantas, animais e homens, logo todos os corpos viventes se movem por si mesmos. (13:32) Então veja que são dois tipos de raciocínio que evidentemente têm a sua validade, mas (13:38) nós precisamos entender que o ponto de partida de todo o raciocínio é justamente o que (13:46) em lógica vai chamar de premissas. (13:49) Então sempre que eu estabeleço um raciocínio, seja de forma dedutiva ou indutiva, eu estou (13:54) ali me baseando em determinados pontos, em determinadas premissas e a partir disso eu (13:59) vou fazer algum tipo de inferência, chegar a alguma conclusão. (14:03) Por isso que muitos autores vão dizer que pensar também implica ou também significa (14:09) argumentar. (14:10) A questão da argumentação, o argumento, a argumentação é justamente o que? (14:16) A expressão sensível dessa atividade da razão, dessa operação da razão. (14:24) Por isso que nós precisamos entender que todo raciocínio, todo argumento, ele vai (14:28) ter um antecedente e ele vai ter um consequente. (14:31) O antecedente é o que? (14:33) É o ponto de partida, é o que em lógica nós vamos chamar de premissas ou determinadas (14:39) proposições que estão ali na base. (14:41) Então eu tenho como ponto de partida determinadas proposições ou premissas e a partir delas (14:46) eu vou chegar a uma determinada conclusão. (14:49) Ou seja, eu tenho o antecedente, que são as proposições ou premissas, e eu tenho o consequente, (14:56) que é a conclusão que eu vou inferir a partir dessas premissas. (15:00) Mas é evidente que aqui devemos tomar um cuidado enorme. (15:03) Por quê? (15:04) Porque, de fato, um raciocínio, um argumento, ele pode ser, por um lado, como se fosse formalmente (15:11) válido e a conclusão ser falsa. (15:14) Essa é a questão. (15:15) Ou seja, pode ser que eu tenha ali todo um raciocínio e um argumento que, por um lado, (15:19) ele tem sentido, ele tem, digamos, uma validade formal, mas a conclusão é um pouco confusa. (15:25) Então por isso que alguns dizem, olha, é necessário saber distinguir entre consequência (15:30) e consequente. (15:31) Ou seja, o consequente, aquela conclusão que eu chego, é um tipo de juízo. (15:36) E o juízo lembra que é ou verdadeiro ou falso, na medida em que, pelo juízo, eu afirmo (15:42) ou nego algo. (15:43) Ou eu afirmo determinado predicado a um sujeito ou eu nego esse predicado naquele sujeito. (15:47) Então todos os juízos, ou é V ou é F, então o consequente, ele é um juízo, que é verdadeiro (15:53) ou falso. (15:55) E a consequência? (15:56) A consequência é um tipo de relação, é um tipo de ligação que nós estamos fazendo (16:01) de proposições. (16:02) Então, por exemplo, quando eu digo todo homem é imortal, ora, Pedro é homem, logo, Pedro (16:10) é imortal. (16:11) Onde está o problema desse raciocínio? (16:13) Onde está o problema desse argumento? (16:14) O problema é que, quando eu digo todo homem é imortal, ora, Pedro é homem, você tem (16:21) uma consequência, porque você está fazendo uma relação, todo homem é imortal, primeira (16:25) premissa ali, com a segunda, ora, Pedro é homem. (16:29) Então essa consequência, ela é correta, mas como ela é correta? (16:33) É correta porque eu disse todo homem é mortal e eu estou colocando Pedro dentro da categoria (16:38) homem. (16:39) E, portanto, Pedro realmente entra na categoria de homem. (16:43) Como Pedro entra realmente na categoria de homem, essa primeira proposição com a segunda (16:48) está fazendo uma consequência. (16:50) Tá bom, até aí está correto, só que baseado nisso, aí eu chego a um consequente, aí eu (16:56) digo, logo, Pedro é imortal. (16:58) Esse consequente é falso, ou seja, é possível ter uma consequência que é correta e chegar (17:04) a um consequente errado, a um consequente falso. (17:06) Então, por mais que ali, quando eu digo todo homem é imortal, ora, Pedro é homem, e ali (17:12) é uma consequência correta, por outro lado eu chego a um consequente falso. (17:16) Por quê? (17:17) Porque a categoria de homem, a categoria de homem, se atribui um predicado falso. (17:24) Então a primeira premissa, ela é viciada. (17:28) Quando eu digo todo homem é imortal, aí já está o problema. (17:31) Quando eu digo todo homem é imortal, ora, Pedro é homem, eu não estou tendo aí consequente, (17:36) eu estou tendo consequência. (17:37) A consequência é correta porque, de fato, Pedro está dentro da categoria de homem. (17:42) Mas, por outro lado, o consequente é falso, por quê? (17:44) Porque eu coloco na categoria de homem um predicado que não pertence a ela, que é (17:49) a imortalidade. (17:50) Portanto, é possível ter uma consequência correta e um consequente falso. (17:55) Ou seja, é possível que você tenha um raciocínio, um argumento que, do ponto de vista formal, (17:59) não tem problema, mas, mesmo assim, ele não é verdadeiro. (18:02) E é por isso que vai surgir o problema das falácias. (18:06) Ou seja, o que é uma falácia? (18:07) É um raciocínio incorreto, tá certo? (18:09) Que parece reto, parece certo, mas ele é portador de um defeito, ou seja, a sua conclusão (18:16) é falsa. (18:17) A falácia que pode receber dois nomes, a falácia que pode ser chamada de sofisma ou (18:22) de paralogismo. (18:23) Então muitos dizem, olha, a falácia enquanto sofisma é quando nós temos a intenção (18:27) de enganar o outro. (18:28) Ou seja, eu sei o que eu estou fazendo, estou ali manipulando, então no sofismo, a falácia (18:32) enquanto sofisma teria a intenção de enganar. (18:34) E no paralogismo seria um erro sem ter muita consciência. (18:38) Ou seja, eu cometo um erro, me engano ali e não percebi. (18:42) Isso seria a falácia enquanto paralogismo. (18:44) E aí tem vários tipos de falácia, a falácia do equívoco, a falácia de passar de um sentido (18:48) a um outro, a ignorância da questão, ou seja, a falácia de você misturar e confundir o (18:55) acidental com o essencial, a falácia da petição de princípios, tem várias. (19:00) E aproveito, né, ou seja, o nosso querido amigo aqui, irmão Filipe Trielli, tem vários (19:05) vídeos nesse sentido, sobre falácia, dando exemplos, mostrando com toda clareza o que (19:10) é. (19:11) Então eu recomendo, vai lá, dá uma olhada nos vídeos do Filipe, eu não vou ficar aqui (19:14) repetindo todos esses exemplos que ele está dando ali com muita propriedade, com muita (19:19) maravilha do jeito dele, digamos assim. (19:21) E por fim, alguém poderia perguntar duas coisas. (19:24) Primeiro, professor, quais são as causas da falácia? (19:26) Por que a pessoa comete um raciocínio incorreto, seja consentemente ou com intenção de enganar (19:32) ou não? (19:33) Me parece que tem três coisas que precisam ser levadas em consideração. (19:36) A primeira coisa é uma imperfeita observação da realidade. (19:39) A pessoa olha o mundo, olha a realidade e não observa de uma maneira minimamente adequada. (19:45) Ou seja, ela muitas vezes vê, por exemplo, fatos que no fundo, no fundo não existem. (19:50) Muitas vezes são muito mais projeções e expressões de desejos dela do que fatos (19:55) em si mesmo, né? (19:56) Então ela vê fatos que no fundo não são reais. (19:59) Ela vê coisas que muitas vezes não correspondem à própria realidade. (20:02) Então, portanto, essa observação imperfeita da realidade gera muito problema, né? (20:07) A segunda coisa é a interpretação inexata dessa própria realidade. (20:11) Ou seja, ela pega uma coincidência ocasional, por exemplo, como se fosse profundamente essencial. (20:17) E além disso, o que a gente chama de enumeração insuficiente. (20:21) Aí eu fui ali, por exemplo, sei lá, agredido e roubado por um menino e aí eu chego à (20:25) conclusão que todo menino não presta e é agressivo e bandido. (20:29) Então essas coisas, de fato, elas colaboram para que as falácias vão se estabelecendo. (20:35) Ou seja, ou porque eu não tenho paciência para observar a realidade, eu quero tanto (20:38) explicar que eu acabo apressando o que não dá, eu acabo pegando uma coisa que é ocasional (20:43) como se fosse essencial, eu acabo pegando um caso isolado, uma situação e faço uma (20:48) generalização apressada e por aí vai. (20:50) E como combater as falácias, os falsos raciocínios? (20:53) Só tem um jeito. (20:54) Eu preciso estudar lógica. (20:56) Eu preciso conhecer as regras da lógica para conseguir refutar os mais diversos tipos de (21:03) falácias, senão não tem como. (21:06) Então vejam, meus amigos, tudo isso mostra o quê? (21:09) Mostra que, de fato, se nós temos uma natureza racional, isso é importante. (21:13) Quando o ser humano despreza isso, ele, por um lado, não só perde, não só deixa de (21:18) ter, como poderia dizer, um conhecimento mais rigoroso, um discernimento moral mais claro, (21:23) uma capacidade maior de enfrentar problemas, ele perde tudo isso. (21:26) Ou seja, ele deixa de ter essas referências que ajudariam muito na sua vida. (21:30) Mas além dele perder isso, o problema é que quando eu não cultivo, de fato, a minha (21:35) natureza racional, quando eu não valorizo a vida da razão, e veja que eu não estou (21:39) falando aqui de racionalismo, isso é outra coisa, eu estou falando no sentido de valorizar (21:42) aquilo que é próprio da nossa vida humana. (21:44) Quando o princípio de comando da minha vida não é a razão e quando eu não cultivo (21:47) essa vida racional, com certeza eu estou propenso a ser manipulado por um monte de pessoas, (21:53) por um monte de discursos vazios e contraditórios, e ao mesmo tempo também de ter uma visão (21:59) da realidade extremamente confusa e deturpada. (22:03) Então, ir contra a nossa natureza, abrir mão daquilo que é tão primoroso em nós, (22:08) é querer pagar um preço muito alto. (22:11) Se você gostou aí do vídeo, deixe sua curtida, compartilhe, se inscreva no canal, e muito (22:15) obrigado pela sua atenção. (22:18) Um forte abraço, até o nosso próximo encontro. Pronto para Atualizar para Ilimitado?

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Diploma de graduação pode substituir certificado de conclusão de Ensino Médio, decide TRF5 Última atualização: 10/03/2023 às 12:05:00 Por un...