segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resenha do livro o que é Educação


Resenha do livro o que é Educação



BRANDÃO. Carlos Rodrigues. O que é Educação. 41°Ed. São Paulo, Brasiliense 2007.

O autor é natural do Rio de Janeiro graduado em psicologia pela PUC, tem o mestrado em Antropologia pela UNB e o doutorado em Antropologia USP. Foi professor universitário na UNB (Universidade de Brasília) da UFG (Universidade Federal de Goiás) e pela UNICAMP (Universidade Federal de Campinas).

Entre suas principais obras são: Os Deuses do Povo: Uma introdução às religiões, Diário de Campo: Antropologia como alegoria, Educação como cultura, Educação Popular, Identidade e Etnia, O que é folclore entre outros.

A presente obra visa fazer uma discussão sobre o conceito de educação saber que a inventou, e desmistificar a idéia que só existe o processo educacional somente na escola. O escrito se desdobra em nove capítulos.

O primeiro capítulo, Educação? Educações aprender com o índio, (p.7 -12)  argumenta que em nenhum lugar dá para escapar da educação, que esta se apresenta em toda parte da vida que pode ser na casa, rua, igreja, escola que tanto pode ser para ensinar, para aprender e ao mesmo tempo ensinar e aprender, e questiona o conceito de educação, para colocar em seu lugar a palavra educações no plural, por não é só em um lugar que se aprende e ensina, mas em todos os lugares. E diz que a educação é a construção social de um determinado povo, que tanto pode ajudar para a sua autonomia como também para aceitar a submissão a outros povos. E cita o exemplo de uma carta famosa de um índio americano que escreveu para os colonizadores que ofereciam uma educação, para seus filhos, e dizia que agradecia, mas que a educação dos colonizadores não correspondia à realidade que eles precisavam dos homens de sua aldeia, pois se tornavam inúteis, e em contra partida ofereceu a educação a sua educação para os filhos dos colonizadores para se tornarem verdadeiros guerreiros. E conclui que a educação é uma construção do imaginário dos grupos sociais para transformá-los em algo melhor naquilo que se considera ideal.

No segundo capitulo, Quando a escola é na aldeia, (p.13-26) a educação existe em lugares em que não há escola, por isso em lugares em que há redes de estrutura sociais a transmissão de conhecimento de uma geração para outra. Os antropólogos tiveram um olhar sobre a relação que os nativos tinham entre si ensinando seus valores para as gerações mais novas, eles não utilizavam a palavra educação para designar esse fenômeno de transmissão de conhecimento de uma geração mais velha para a mais nova, mas sim de ritual de passagem. Aqueles que sabiam ensinavam, quem não sabia ficava atento observava e imitava aos mais velhos, pois o que aprendia eram as atividades no cotidiano, com objetivo de formar os mais novos para assumirem as funções sociais de sua tribo.

No terceiro capitulo, Então surge a escola, (p.27- 35)diz que quando os povos tradicionais começam a separar um saber que tem um sentido que se faz, e que em seguida se tem consciência que se faz, começa a transmitir o que se sabe para os outros, ou seja, ensinar o saber adquirido por várias gerações e passa para novas gerações, em que "todos" se transformam como educador, e apresenta como algumas tribos africanas transmitiam o seu conhecimento para os mais novos, e diz que vários grupos dividem e hierarquizam os vários tipos de saber, e diz que a educação está presente em todo canto do mundo, presente nas relações sociais entre as pessoas que são perenes e persistem nas sociedades humanas. E diz que a escrita surgiu nos povos enriquecido com um poder muito centralizado como exemplo dos egípcios ou dos astecas, mas que com o passar do tempo a educação mostrou sinônimo de diferença de classes como pode se observado na Grécia, e em Roma, e ai surgiu possivelmente à invenção da escola.

No quarto capítulo, Pedagogos, mestres-escola e sofistas, (p. 36- 47) apresenta como era a experiência educacional na Grécia Antiga que era o problema da aprendizagem dos ofícios simples no período da paz e na guerra. Nesse sentido houve a transição entre os saberes da agricultura, do artesanato da subsistência e da arte, tudo misturado com os princípios da honra e a solidariedade ligada com a fidelidade da polis. Nesse contexto existe uma diferença entre a educação do homem livre, e do escravo. O escravo aprendia os saberes fora da escola, já os homens livres tinham sempre um professor particular que o ensina como devia ser sempre livre. Durante um determinado período a educação era somente o privilegio da nobreza guerreira, e se aprendia as tradições escutando as declamações poéticas de Homero. Os pobres não podiam levar seus filhos à escola, por não ter condição financeira para pagar ao professor. Com o tempo a educação clássica deixa de ser assunto para alguns privilegiados para ser uma questão da polis. E Brandão conclui esse capitulo dizendo que a grande contribuição que a civilização grega apresentou para a civilização ocidental e que esta esqueceu com o tempo é que a educação existe em toda parte, e que vai muito além da escola convencional, e diz que são as pequenas relações sociais existente entre vários membros da sociedade é que vai construído a educação.

No quinto capítulo, A educação que Roma fez, e o que ela ensina, (p.48-53) faz um paralelo entre a educação grega e a educação romana, dizendo que os primeiros latinos eram camponeses e viviam em comunidade, e que a iniciação das crianças e dos adolescentes era aprender os valores dos antepassados, que chamavam de educação doméstica, que se aprendia em casa, com intuito de chegar à formação de uma consciência moral. No inicio da formação da cidade de Roma não existia um cuidado na educação física e intelectual de seus cidadãos ociosos que pensavam primeiramente somente em governar e guerrear. Com enriquecimento da nobreza romana, essa se afasta do labor da terra e se ocupa somente pela política. E dessa maneira pouco a pouco o ensino que era pastoril camponês passa a ser a formação para ser guerreiro, e ai surge uma oposição entre o ensino dos pais e dos mestres-pedagogos que convivem com os educandos e os acompanham durante um determinado período de sua vida para a formação de seu saber. E conclui que a educação romana influenciada em parte pelo espírito grego vai ajudar os filhos dos soldados e funcionário romanos a controlar os vencidos e impor sobre eles a vontade, e a visão de mundo do dominador.

No sexto capítulo, Educação: Isto e aquilo, ao contrário de tudo, (p.54-60) Brandão refleti sobre a palavra educação confrontando com conceito dos dicionários e chega à conclusão que eles tentam explicar o que a educação serve. Faz uma comparação com a legislação brasileira no final da ditadura que diz que o objetivo da educação é preparar para o trabalho, e conseqüentemente exercer sua cidadania, e após analisar a legislação educacional, apresenta outra interpretação da educação que pode se manifestar como uma ideologia que atende interesses econômicos de um determinado grupo social. E conclui esse capitulo dizendo que a definição, e a legislação sobre a educação é feita como uma maneira de camuflar os interesses de uma determinada classe social que tem o poder econômico, como político.

No sétimo capitulo, Pessoas "versus" sociedade: um dilema que oculta outros, (p. 61-72) inicia a sua explicação sobre o conceito de educação de uma maneira filosófica se ela é inata, vem de dentro da pessoa, ou se ela externa o meio que forma a pessoa. E resolve o dilema dizendo que a educação é uma construção social que foi pensada por uma pessoa ou instituição com o objetivo de atender uma necessidade do coletivo, para que individuo obtenha tudo que precise para construir sua subjetividade. Ou seja, o intuito da Educação é formação integral desse ser humano. E volta a discussão que essência da educação é a humanização desse(a) homem e mulher para manutenção da comunidade como era feito na Grécia Antiga, e em Roma, e diz que a educação é uma parte real da vida de como esse ser humano deve existir. E conclui que a educação humanística visa retornar o sentido de educação que era pensando pelos gregos e romanos, uma educação voltada para a comunidade.

No oitavo capítulo, Sociedade contra Estado: Classe e educação, (p.73-97) Brandão diz que a educação é uma prática social, em que o fim desta é determinado pelas pessoas que estão a sua frente, por isso esta pode ser usada como um mecanismo de dominação por determinados grupos sociais. E retorna a idéia de capítulos anteriores em diz que a educação não é uma propriedade individual, mas é da comunidade, ou seja, é o resultado de uma consciência vivida por uma determinada comunidade humana, que pode ser da família, de uma classe, ou de um grupo de profissionais. Por isso o surgimento de vários tipos de educação e sua evolução depende dos fatores sociais que determinam o desenvolvimento e as transformações da educação. E questiona sobre qual seria o ideal de perfeição da educação, e esse ideal é determinado pelas necessidades que pequenos grupos sociais têm para a sua sobrevivência, pois cada sociedade determina a função de seus membros. E apresenta mais uma variável da educação que esta pode ser uma possibilidade de mudança, pois a sociedade não é parada está em constante mudança e a leis precisam ser mudada, como a sociedade muda. E conclui fazendo uma reflexão sobre as leis que regem a educação no país, que diz algo, e que na pratica ocorre tudo ao contrario. Por isso que há uma predominância de uma educação autoritária na sociedade desigual.  

No nono capítulo, A esperança na educação, (p.78-110) faz uma reflexão dos capítulos anteriores, e reforça a idéia que a educação se dá fora do poder de controle do sistema escolar, e que é preciso reinventar a educação no dia-a-dia, algo que as pequenas comunidades sabem fazer se reunir para reinvidicar seus direitos que muitas vezes o Estado ignora. Questiona a estrutura escolar dos pedagogos que dizem que a educação só se dá pela escola, e se esquecem que a educação é vida, está muito além da escola. E conclui dizendo que somente o educador "deseducado" é que pode transforma essa realidade educacional, e dar um novo sentido para educação com a valorização do cotidiano de seus alunos.

A leitura da obra é um subsidio importante para todos os professores e graduandos (as) de todas as licenciaturas.

No plano estrutural do texto o autor utiliza o método etnográfico para descrever as diferentes experiências pedagógicas para questionar o conceito de educação baseado na estrutura escolar; e usa a teoria marxista para fundamentar a sua tese.

A linguagem do autor é simples e acessível para qualquer estudante que pretende pesquisa sobre o conceito de educação.

Assim, a obra é uma leitura importante para todos os educadores, tem uma visão diferente da educação que tenta fugir das estruturas, no entanto a única limitação do livro é que o autor vê a educação influenciada pela concepção durkheimiana em que uma geração mais velha é que ensina a mais nova, e impede a possibilidade de um velho aprender com o mais jovem, um adulto apreender com uma criança. Tirando essa limitação o livro é de uma grande valia para o estudo sobre a educação.
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/resenha-do-livro-o-que-e-educacao-2560528.html


   

fonte. http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/resenha-do-livro-o-que-e-educacao-2560528.html

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domingo, 29 de maio de 2011

Por que existe tanta injustiça no mundo?

Por que existe tanta injustiça no mundo?


 
Todo ser humano tem um senso de justiça e igualdade, que quando ameaçado causa muito desconforto. Gostaríamos que todos tivessem as mesmas oportunidades, o mesmo acesso a educação e aos recursos. Contudo, quando observamos o mundo, vemos tantas disparidades que fica difícil de acreditar que possa existir um “Deus”, que esteja tomando conta de tudo isso e que seja tão parcial. Por que tanta violência contra pessoas indefesas? E os animais? E o tráfico de drogas e os crimes hediondos como pode tudo isso?

Segundo a tradição védica, essa percepção de que o mundo é injusto é uma visão distorcida da realidade, que é compreensível devido as limitações do ponto de vista de um ser humano e a chave para o entendimento do equilíbrio do universo é a chamada “Lei do Karma”.

Os Vedas estabelecem a Lei do Karma que, resumidamente, diz que nada no universo está livre de causa e efeito ou ação e reação. O nascimento de uma pessoa em uma determinada família, país, época e etc é resultado das ações de outras vidas e aquilo que é feito nessa vida, quando não colhido nessa, é carregado para a próxima, nenhuma ação passa impune ou sem os devidos méritos.

Se for questionado se isso não é uma crença, a resposta é sim, é uma crença, pois, levando em consideração que ninguém tem acesso a experiência pré-nascimento ou pós-morte, o que acontece antes e depois não pode ser provado nessa vida. E esse, afinal de contas, é o papel dos Vedas, preencher essa lacuna nos assuntos onde não temos acesso, de modo que assim os Vedas são vistos como um meio de conhecimento para o ser humano.

Já que dizer que não existe “nada” também não pode ser provado, para uma pessoa que não tem acesso aos Vedas, existem duas crenças para se escolher. Entretanto, a lógica também nega a possibilidade de descontinuidade do indivíduo. Se o objetivo da vida for a morte, a anulação completa, por que uma pessoa iria nascer em primeira instância? Para ir da morte para morte? Se objetivo da vida fosse a morte, não seria necessário nascer. E qual seria o propósito de tudo aqui, se no final a gente fosse jogar tudo fora?O resultado de todo uma vida simplesmente desaparece?

A lógica não suporta a crença da “descontinuidade” e por fim, na prática, nossa experiência também não. Toda ação gera um resultado, essa é nossa experiência, e tudo que começa, tem uma causa, nada está realmente está sendo criado, tudo está a todo tempo se transformando, essa não é nossa experiência? Por que nossa vida seria diferente? A experiência também não é harmônica com a idéia de que a vida termina em um “abismo para não existência”. Existem ainda algumas experiências particulares de “mediuns” e pessoas especiais que afirmam ter algum contato com o pós-morte ou com suas vidas anteriores, que reforça ainda mais a idéia que a história do indivíduo não começa nem termina aqui.

Voltando ao nosso assunto principal que é o sentimento de parcialidade e desigualdade, se pudéssemos correlacionar uma injustiça que uma pessoa sofre com uma causa, uma ação do passado dessa mesma pessoa, não iríamos ter o mesmo senso de desigualdade, mesmo diante das maiores atrocidades e sofrimentos que uma pessoa possa passar. Ninguém tem pena de um prisioneiro quando se entende porque ele está preso. Por mais que possamos ter compaixão por ele e de verdade não desejar o seu mau, o entendimento de toda a situação faz com que o que poderia ser um sentimento de injustiça e parcialidade seja balanceado.

Agora se tirarmos uma foto da sociedade e vermos que simplesmente uns tem liberdade e outros são obrigados a viver na prisão, naturalmente, concluiremos que existe o caos e a desarmonia.

Sendo assim, devido as nossas limitações de conhecimento sobre o presente, o passado e o que dirá o futuro, é compreensível considerar esse universo um ambiente injusto e desarmônico. Entretanto, com auxílio da visão dos Vedas, que aponta para Lei do Karma, com apoio da lógica, que diz que é incoerente uma vida sem continuidade e da nossa experiência, que nega que qualquer evento desse universo possa estar livre de causa e efeito, a visão de que todos estão plantando e colhendo os frutos das suas ações se estabelece como verdadeira, e então é possível relaxar e se sentir seguro, mesmo com todas as diferenças da nossa sociedade.

 
Através de uma foto simples, de uma patinador dançando no gelo, podemos inferir uma desarmonia, que dá margem a insegurança e ao medo, mas somos capazes de acomodar essa percepção, na visão do movimento como um todo, o que gera admiração e a apreciação da beleza assimétrica presente em um instante como esse.

Nesse universo não existe o bem, o mau, nem ao menos a injustiça, são apenas a curvas da dança do Senhor “Shiva”, todas as pessoas estão colhendo o que plantaram e estão plantando o que vão colher amanhã, assim, posso apreciar as diferenças desse universo, tomar para mim a responsabilidade dos meus atos e colocar “Deus” no seu devido lugar, como aquele que dá o fruto das ações.



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sexta-feira, 27 de maio de 2011

DMN - H. Aço

Enviado por em 28/02/2008
Vídeo postado pelo portal Movimento Hip Hop.


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Linguagem do Corpo: Cristina Cairo




Enviado por em 10/07/2009
Patricia Rizzo da Jovem Pan Online entrevista a psicóloga Cristina Cairo. Acesse: http://www.jovempan.com.br

Resumo do Livro: LINGUAGEM DO CORPO (Cristina Cairo) - Ed. Mercuryo

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Linguagem do Corpo: Cristina Cairo



Enviado por em 10/07/2009
Patricia Rizzo da Jovem Pan Online entrevista a psicóloga Cristina Cairo. Acesse: http://www.jovempan.com.br


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Interpretação de sonhos, linguagem do inconsciente



Enviado por em 15/10/2008

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