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quinta-feira, 28 de novembro de 2019
terça-feira, 26 de novembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
20 de novembro não tem nada de consciênte, João maria Andarlho utópico
A intelectualidade negra do Império Antes da Abolição, editores e homens de letras descendentes de escravos desempenharam papel social importante https://revistapesquisa.fapesp.br/2016/11/18/a-intelectualidade-negra-do-imperio/ Obrigado pela visita, volte sempre.
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Kriyá - Técnicas de Purificação
Kriyá é um termo feminino que significa fazer, executar, ação, atividade, trabalho, ou exercícios feito em partes. Após os tratados de Hatha Yoga, este termo acabou ganhando uma autonomia e se transformou em sinônimo de “técnicas de purificação do corpo.”
O yoga visa trabalhar o ser humano de forma integral e para que isso aconteça devemos começar pelo alicerce, o próprio corpo físico, matéria densa. Se o corpo não é purificado, prána não fluirá pelas nádís e se prána não flui, a meditação não acontecerá. Se prána não flui de forma harmônica, a mente tende a se identificar com a instabilidade e o sádhaka se transforma na própria instabilidade. Mas se as bases do praticante forem firmes e equilibradas, a mente do sádhaka será estável e sáttwica, por conseqüência, o sádhaka se identifica com a estabilidade, transformando-se numa pessoa sáttwica.
Somente com o corpo purificado, com as energias fluindo harmoniosamente, emoções e pensamentos estáveis, é que a mente poderá fluir para um estado de meditação, livrando-se de pensamentos turbulentos e dispersivos, desejos exacerbados e de todas as formas de kleshas.
Esses “novos” grupos de técnicas (kriyás) são um grande legado deixado das escrituras de Hatha Yoga. A percepção que o corpo pode e deve ser explorado por esta nova ótica faz com que o praticante tenha uma nova ferramenta para evoluir. Essa percepção de trabalhar o corpo, de todas as maneira, foi uma revolução dentro do pensamento e da Historiografia do Yoga.
As kriyás, desde então, tornaram-se efetivamente em um patrimônio do Yoga. Isso não significa que os conceitos de purificação e limpeza não estivessem inseridos no contexto da filosofia. Pátañjali já tinha definido dentro dos preceitos éticos (yama / niyama) o conceito de shauchan, que significa purificação e limpeza. Shauchan não significa apenas manter limpas as coisas que estão ao seu redor, shaunchan se estende à pureza física, emocional e mental.
O ásana, a partir do advento do Hatha Yoga, também ganhou uma nova conotação que complementará o conceito de ásana definido por Pátañjali, que era uma posição sentada, firme e confortável para vivenciarmos o samyama, concentração, meditação e iluminação.
O legado das escrituras de Hatha Yoga nos fala que as mais diversas posições corporais, as técnicas de purificação (as kriyás), a descrição do sistema de chakras, nádís, despertamento da shaktí kundaliní e o corpo que assumirá posições específicas visando ativar chakras e despertar kundalini (mudrá, que a partir do Hatha Yoga também são sinônimos de algumas posições corporais) são novas ferramentas para prosseguirmos na senda.
Somente com o corpo estável é que o pránáyáma se tornará estável. Aquele que tiver sucesso no controle da respiração e no conhecimento da bioenergia cósmica (prána vidya) terá sucesso na auto-realização.
O Hatha Yoga, portanto, ampliou ainda mais a força do sistema de Pátañjali, o Rája Yoga. O praticante agora prepara o corpo para poder concentrar e meditar com mais facilidade, ou podemos expor estas mesmas frase com outras palavras: o sádhaka pratica Hatha Yoga para que a sua mente flua em Rája Yoga.
Não há dissociação entre ambos. A dissociação é uma tendência de ocidentais modernos que possuem pensamentos sectários e que acham que uma coisa é completamente oposto à outra, grave engano. É muito mais uma jogada de marketing uma afirmação deste nível do que realmente uma preocupação com a filosofia, infelizmente isso realmente acontece, e muito... Os shástras (escrituras) e principalmente os Mestres Indianos nunca dissociam o Hatha Yoga do Rája Yoga. Começando pela própria visão da Hatha Yoga Pradípiká:
Hatha Yoga Pradípiká 1:2
“O Yogi Svátmáráma, depois de saudar solenemente a deidade e seu guru, estabelece, desde o início, que o ensinamento do Hatha Yoga é somente um meio para a realização do Rája Yoga.”
Gheranda Samhitá 1:1
“Saúdo Adíshwara (o primeiro Senhor) que ensinou a ciência do Hatha Yoga, verdadeira escada que conduz às alturas sublimes do Rája Yoga.”
Shiva Samhitá 5:181
“O Hatha Yoga não pode ser obtido sem o Rája Yoga, nem o Rája Yoga pode ser obtido sem o Hatha Yoga. Logo, permita que o Yogi primeiro aprenda o Hatha Yoga a partir das instruções do sábio Guru”
Swámi Sivananda – Hatha Yoga
“Há vários tipos de Yoga, que variam de acordo com o temperamento do praticante. Em um sentido genérico o Yoga inclui o: Karma Yoga, Bhakti Yoga, Jñána Yoga e Hatha Yoga, mas considerando um sentido restrito há somente o Rája Yoga. O Hatha Yoga não deve ser considerado separado do Rája Yoga.
Hatha Yoga significa a união entre o “Ha” e o “Tha”, isto é, entre o Sol e a Luz.
Prána é conhecido com o nome de Sol e Apána com o nome de Luz. Em tal sentido Hatha Yoga expressa a união de Prána com o Apána. Este Yoga prepara o estudante para o Rája Yoga e é, portanto, um auxiliar deste.”
Swami Vishnudevananda – Meditação e mantra
“O Hatha Yoga, que é, na realidade, um aspecto do Rája Yoga que trata com as energias do corpo astral, por meio de exercícios ou posturas e meditação em kundaliní.”
B.K.S. Iyengar - Light on Yoga
“Normalmente se acredita que o Rája Yoga e o Hatha Yoga são coisas inteiramente distintas, diferentes e opostas, que os Yoga Sútras de Pátañjali lidam com a disciplina espiritual e que o Hatha Yoga Prádipiká de Swátmáráma lida somente com a disciplina física. Não é assim, pois o Hatha Yoga e o Rája Yoga se complementam e formam uma única aproximação em direção a Libertação. Assim como um alpinista precisa de escada, corda, ganchos, preparo físico e disciplina para subir os picos gelados dos Hilamayas, o aspirante ao yoga precisa do conhecimento e disciplina do Hatha Yoga de Swátmáráma para alcançar as alturas do Rája Yoga considerados por Pátañjali.”
As duas primeiras obras que aparecem detalhadamente esses grupos de exercícios de purificação do corpo são: Hatha Yoga Pradípiká, do Yogi Swátmárama e Gheranda Samhitá, atribuído a autoria ao sábio Gheranda. Aproximadamente nos séculos XIV e XV respectivamente.
As técnicas mais conhecidas de purificação corpórea recebem, no conjunto, o nome de “Shat Karma” e segundo a Hatha Yoga Pradípiká “as seis ações (shat karmas) são: dhauti, vasti, neti, trátaka, nauli e kapálabhati ”
DHAUTI significa lavar, limpar, mas neste caso é um grupo de técnicas de lavagem e limpeza do corpo.
O Hatha Yoga Pradípiká expõe inicialmente o dhauti como a lavagem do trato digestivo.
Segundo o texto Yogi Swátmáráma:
II:24
”Dhauti: engole-se lentamente uma tira de pano umedecida, de quatro polegadas de largura e quinze palmos comprimento e se retira em seguida, seguindo as instruções do guru.”
Vastra Dhauti é o nome desta descrita na Hatha Yoga Pradípiká e visa a limpeza do trato digestivo. A tira de pano deve ser cuidadosamente limpa antes desta técnica. Observe bem a tira para que ela não solte nenhum fio ou pedaço de linha. A tira de pano deve estar umedecida para a execução do vastra dhauti. Durante o primeiro dia de execução engula somente poucos centímetros, retenha alguns segundos e retire muito vagarosamente para não irritar ou ferir a garganta. Dia após dia de execução da técnica vá ampliando os centímetros e o tempo de permanência e sempre retirando muito lentamente. Não é necessário executar todos os dias, podendo ser feito três em três dias ou de quinze em quinze dias, dependendo do caso. Sempre é sugerido a ingestão de leite após a execução deste dhauti. O leite atua como um lubrificante da garganta.
Existem ainda outras variações de dhauti:
Vaman ou Vamana Dhauti: beba quatro ou cinco copos de água levemente salgada. Realize alguns ciclos vigorosos de uddiyana bandha (compressão abdominal) e depois vomite a água ingerida. Caso não vomitar a água espontaneamente, coloque os dedos médio e indicador na base da língua para facilitar a expulsão da água pela boca. Ideal que seja feito pela manha e em jejum. A água pode estar em temperatura ambiente ou levemente norma.
Chakshu dhauti – limpeza dos olhos com ablução. Faça uma concha com uma mão e coloque água no espaço da palma da mão. Usa-se água mineral ou água fervida, em temperatura ambiente ou levemente morna com uma pitada de sal; chá de camomila ou soro fisiológico. Baixe a cabeça em direção a mão e coloque a cavidade ocular sobre a concha da mão. Depois eleve a cabeça buscando direcionar esta água para os olhos. Mantenha o olho bem aberto para que a água envolva bem o olho. Também é possível utilizar um copo de água ao invés da concha da mão. Lave muito bem as mãos para fazer o chakshu dhauti. Depois compense fazendo a ablução com o outro olho.
Danta dhauti – antigamente feito com pó de catechu (também conhecido como palmeira de betel), utilizando o dedo indicador ou médio da mão direita para esfregar bem os dentes com este pó. A versão moderna é a escova de dente.
Danta múla Dhauti – purificar e fortalecer as raízes dos dentes. Para fazer esta kriyá basta pressionar bem os maxilares por alguns segundos e depois descontraia completamente. Essa pressão aumenta o fluxo sangüíneo nas raízes dos dentes, fortalecendo os dentes. Uma alimentação com sementes duras, que exijam uma pressão dos dentes e dos maxilares, também atua como danta múla dhauti.
Vátasára dhauti: Purificação do estômago utilizando ar.
Segundo a Gheranda Samhitá 1:15-16
“Contraia a boca como bico de um corvo e toma o ar vagarosamente, enchendo completamente o estômago. Movimenta o ar absorvendo e depois força-o a sair pelo ânus.”
“O vátására é um processo secreto que produz a purificação do corpo destruindo todos os males e aumenta o fogo gástrico”
Pode-se utilizar uddiyana bandha ou nauli kriyá para auxiliar no direcionamento do ar e depois executar sarvangásana para expelir o ar. Matsyendrásana e mayurásana também auxiliam no processo de eliminação do ar.
Várisára Dhauti: Purificação do estômago utilizando água.
Segundo a Gheranda Samhitá 1:17
“Enche a boca com água até a garganta, bebendo lentamente. Movimentando-a depois pelo estômago, expelindo-a pelo reto.”
Pode-se utilizar vários ciclos de uddiyana bandha ou nauli kriyá para auxiliar no processo de direcionamento da água pelos intestinos e na evacuação da água.
Karna Dhauti – limpeza dos ouvidos. Utilizando o dedo limpo para a limpeza dos pavilhões auditivos. Nos dias de hoje utilize um cotonete para tal finalidade, sem enfiá-lo muito profundamente.
Jihva Dhauti – Limpeza da língua. Era utilizado os dedos das mãos para fazer a limpeza da língua. Hoje em dia pode ser feito com uma escova macia ou mesmo com um raspador de língua apropriado.
Kapálarandhra dhauti – limpeza dos seis frontais, região da face e testa. É feito com massageamento na região do intercílio ou com percussão feita com os dedos de uma das mãos nesta região. A massagem é feita com movimentos firmes e circulares. A percussão é feita com firmeza e com uma mesma intensidade de suaves batidas, fazendo uma efetiva repercussão nesta região.
VASTI – lavagem dos intestinos
Vasti é uma técnica de lavagem e purificação dos intestinos utilizando água ou ar. Jala vasti é a lavagem dos intestinos utilizando água e Sthala Vasti é a purificação utilizando ar.
Jala vasti segundo a Hatha Yoga Pradípika 2:26
”Em utkásana e submergido em água até o umbigo, introduz-se no reto um tubo fino de bambu me contrai-se o esfíncter anal.”
A variação de utkásana para o jala vasti consiste em sentar-se de cócoras, com os glúteos sobre os calcanhares e os pés separados na mesma linha dos quadris, os pés naturalmente se voltam para fora nesta variação de utkásana. Com o domínio total da musculatura abdominal, principalmente dominando a nauli kriyá, consegue-se puxar a água pelo ânus, fazer circular pelos intestinos e ventre e depois expelir a água com o auxílio do nauli kriyá.
Devemos consideram que essa técnica possui muitos séculos de existência e que era feita em margens de rios que não eram poluídos por produtos químicos, como são os rios e lagos dos dias de hoje. Nos dias de hoje, para a execução do jala vasti, pode-se utilizar um clister para fazer a lavagem intestinal. Existem algumas terapias alternativas que chamam esta técnica de Hidrocolonterapia, que é o tratamento de limpeza e desintoxicação através da introdução de água filtrada pelo reto, envolvendo com água todo o intestino grosso. Com esta limpeza do organismo, eliminam-se placas de resíduos que ficam aderidas nas paredes dos intestinos advindos de uma alimentação pobre em fibras, com excesso de carnes, excesso de alimentos refinados, excesso de glúten e de produtos lácteos.
Sthala Vasti: purificação dos intestinos utilizando ar.
Gheranda Samhitá 1:48-49 descreve o sthala vasti da seguinte maneira:
“Sthala vasti se faz ficando paschimottánasana, mova os intestinos lentamente para baixo e executa asviní mudrá (rápida e sucessiva contração e descontração dos esfíncteres anal).”
“Praticando este exercício, nunca se ficará constipado, sendo que o fogo gástrico será aumentado, curando casos de flatulências.”
Ainda pode-se executar o sthaka vasti em viparita karaní mudrá, uma posição corporal que se assemelha muito com o sarvangásana. A diferença que no sarvángásana o tronco fica na verticalidade e na viparita karaní mudrá o tronco fica entre 45 e 60 graus, em relação ao solo.
Em viparita karaní mudrá traga os joelhos bem próximos ao peito. Execute uddiyana bandha ou nauli kriyá para criar um vácuo na região abdominal e direcionar ar através do reto para dentro dos intestinos. Para alguns ciclos para projetar o ar para dentro, permaneça alguns minutos e depois execute nauli kriyá ou uddiyana bandha para expulsar o ar.
NETI – técnica de limpeza dos seis faciais e fossas nasais.
Grupos de técnicas que fazem uma excelente limpeza das mucosas nasais. Estes grupos de exercícios se dividem em alguns grupos:
-Sútra neti: utilizando cordão, fio.
-Jala neti: utilizando água.
-Ghrita neti: utilizando ghee, manteiga clarificada.
-Dugdha neti: utilizando leite.
Sútra neti segundo a Hatha Yoga Pradípiká:
II:29
“introduz-se um cordão fino, de um palmo de comprimento, por uma das fossas nasais e puxa-se pela boca.”
Com uma forte inspiração o cordão é projetado para o interior da narina até pode ser suavemente retirado pela boca. Com os dedos polegar e indicador retire o cordão. Faça o mesmo com a outra narina.
Jala Neti – purificação das narinas utilizando água. Utilize água morna e salgada. Existe um bule de cerâmica denominado “lota” que é especifico para esta finalidade.
Ferva água e espere até que ela fique levemente morna. Com meio litro de água fervida dá para fazer uma excelente limpeza das duas narinas. Acrescente uma boa pitada de sal na água, movimente a água salgada com uma colher até que o sal se dissolva por completo na água. Pode utilizar como medida uma colher rasa de chá de sal.
Coloca a água no lota. Incline a cabeça para frente e depois gire a cabeça para um dos lados. Introduza o bico do lota na narina que está acima e lentamente despeje a água no interior da narina. Mantenha a boca aberta para respirar durante toda a execução do jala neti. É natural que água demore um pouquinho para sair pela narina de baixo. Se for executar esta kriyá pela primeira vez fique tranqüilo que essa é uma técnica de fácil execução e que sempre dá certo. O importante é manter a calma e de preferência executar esta técnica sob a orientação de um professor de yoga qualificado e que saiba executar a técnica com perfeição. Após esvaziar o lota, execute na outra narina.
Ghrita neti: é feito da mesma maneira que o jala neti, porem utilizando leite morno. Porém requerem instrução de um professor.
Ghrita neti: “se faz passando ghee no interior das narinas com o dedo indicador. Isso é muito necessário na Índia, pois o ar é muito seco e é preciso lubrificar as narinas para facilitar a respiração.”
TRÁTAKA – exercícios oculares
Trátakas são técnicas de fixação ocular em algum objeto que têm por objetivo tonificar nervos e músculos ópticos, assim como ajuda a descansar as vistas. Ideal para quem passa muito tempo de frente de um monitor de computador.
Segundo a Hatha Yoga Prádipiká II:32:
“Olha-se fixamente, sem pestanejar, em objeto pequeno até surgirem lagrimas nos olhos. Os Mestres chamam esta prática de trátaka.”
Tradicionalmente é usada uma vela acesa elevada na altura dos olhos como suporte para a execução do trátaka. Assim os olhos ficam fixos na chama, permanecendo o máximo de tempo com os olhos abertos, buscando lacrimejar os olhos.
Além de executarmos desta maneira, podemos ainda executar kriyás com movimentos oculares.
1ª variação:
Estenda o braço direito à frente mantendo o braço na mesma linha do ombro. Execute merudanda mudrá com a mão direita e mantenha os olhos fixos no dedo polegar. Para executar merudanda mudrá feche a mão direita, como se fosse dar um soco, e eleve o polegar. Olhe fixamente para a unha do polegar direito e vá lentamente afastando o braço para direita. A cabeça não se move, somente acompanhe toda a movimentação com os olhos. Esforce-se para fazer toda a movimentação ocular sem piscar. Explore a visão periférica no ponto de maior afastamento do braço.
Busque uma boa permanência e depois retorne o braço bem lentamente. Ao retornar pisque bem os olhos para lubrificar e eliminar o esforço muscular exercido nos músculos e nervos ópticos. Faça o mesmo para o lado direito, para cima e para baixo.
2ª variação:
Estenda os dois braços à frente em merudanda mudrá e mantenha os olhos fixos nas unhas dos dedos polegares. Vá lentamente flexionando os cotovelos e aproximando os dedos polegares bem próximos da ponta do nariz. Esforce-se para fazer toda a movimentação ocular sem piscar.
Busque uma boa permanência e depois retorne os braços bem lentamente. Ao retornar pisque bem os olhos para lubrificar e eliminar o esforço muscular exercido nos músculos e nervos ópticos. Faça o mesmo para cima, direcionando os dedos e os olhos para a região do ájña chakra, ponto entre as sombrancelhas.
NAULI – massagem abdominal com movimento circulares da musculatura abdominal.
Nauli ou nauli kriyá é uma técnica de difícil execução que exigirá disciplina e paciência. Para executarmos a técnica com perfeição, o sádhaka deve possuir uma excelente consciência muscular da região abdominal, aprender a isolar os músculos retos abdominais e depois controlar a contração e descontração desses músculos. Com o controle total desta região, os músculos abdominais se movimentarão da esquerda para direita ou vice-versa, como se fosse “um redemoinho de um rio.”
Nauli kriyá segundo a Hatha Yoga Pradípiká:
II:33
“Inclinam-se os ombros para frente, apoiando-se com firmeza as palmas das mãos nos joelhos; move-se o ventre para a esquerda e para a direita como um redemoinho em um rio. Os siddhas chamam esta técnica de nauli.”
II:34
“Esta excelente prática de Hatha Yoga elimina a inércia do fogo gástrico, estimula a digestão, deixa uma sensação agradável e elimina todos os males e desajustes dos humores.”
Nauli kriyá no Gheranda Samhita aparece com o nome de Lauliki Yoga,
1:52
“Mova com energia os intestinos e o estômago de um lado para o outro. Este é o Lauliki Yoga. Elimina todas as enfermidades e aumenta o fogo gástrico.”
A Hatha Yoga Pradípiká fornece as informações iniciais para a execução desta kriyá. Primeiro fique em pé com os pés afastados. Flexione os joelhos e pressione as mãos sobre respectivas coxas, ou seja, mão esquerda sobre a coxa esquerda e mão direita sobre a coxa direita. A pressão das mãos sobre as coxas facilita o isolamento e a movimentação da musculatura abdominal.
Solte todo o ar e inicie as movimentações circulares dos músculos abdominais. Descontraia ombros e pescoço durante a execução do nauli. A cabeça pode ficar naturalmente voltada para frente durante a execução do nauli. Faça sempre sem ar. Precisando inspirar, desfaça as contrações circulares e inspire, podendo elevar um pouco o tronco durante a inspiração. Para fazer uma nova execução, solte o ar novamente, coloque as mãos sobre as coxas e inicie uma nova série.
Por se tratar de uma técnica com um nível elevado de execução, ela não tem como realmente ser ensinada por livros, o ensinamento deve acontecer diretamente de um professor de yoga qualificado. O que foi descrito aqui foram os passos iniciais ou simplesmente uma apresentação da técnica para quem ainda não a conhece e para quem já a conhece não deixa de ser uma revisão dos seus fundamentos.
Técnicas preparatórias:
uddiyana bandha: faça um rechaka (exalação) pleno buscando eliminar completamente o ar dos pulmões e permaneça ser retenção durante toda a execução da técnica. Uma vez com os pulmões vazios, comprima bem a musculatura abdominal, projetando o abdômen bem para dentro e para cima, como se fosse direcionar a musculatura abdominal para a espinha. Permaneça sem ar durante toda a contração e precisando inspirar desfaça o bandha e inspire.
Vahnisara dhauti ( também conhecido de agnisara dhauti ou rajas uddiyana bandha)
Gheranda Samhita 1:20. “Pressionar cem vezes o abdômen contra a coluna vertebral. Isto é agnisara ou limpeza com fogo. Conduz ao êxito na prática de yoga, cura todas as enfermidades do estômago e incrementa o fogo interno.”
Execute este dhauti utilizando a mesma lógica respiratória do uddiyana bandha. Faça uma exalação completa e contraia e descontraia rapidamente a musculatura abdominal. Desfaça as movimentações quando precisar inspirar.
Madhyana nauli: a contração isolada da musculatura central da região abdominal.
Vamah nauli: a contração isolada da musculatura do lado esquerdo da região abdominal.
Dakshinah nauli: a contração isolada da musculatura do lado direito da região abdominal.
Com o domínio dessas cinco técnicas preparatórias, nauli kriyá é facilmente executado. As três últimas descritas, madhyana, vamah e dakshinah nauli, são as que mais exigirão disciplina e paciência.
KAPÁLABHÁTI – é uma técnica de limpeza das vias respiratórias e dos pulmões.
Kapála significa crânio e bháti brilhante. A tradução do nome corresponde à sensação adquirida durante e após a execução da técnica. Kapálabháti proporciona uma hiper-oxigenação em todo o organismo, por isso a sensação de “crânio brilhante”.
O kapálabháti consiste em inspirar lento e profundamente e exalar com forca e ruído. Contraia vigorosamente a região do diafragma para expulsar o ar, como se fosse a contração abdominal de uma tosse. Músculos da face e ombros não se contraem, somente a região do abdômen. É uma técnica respiratória com apenas duas fases, inspiração e exalação, sem retenção entre a inspiração e a exalação. Inspiração bem lenta e silenciosa e exalação rápida e ruidosa.
Em vários textos o kapálabháti aparece descrito como bhastriká pránáyáma ou vice–versa. Tradicionalmente o kapálabháti é executado como na descrição acima.
A Hatha Yoga Pradípiká é um dos casos que descreverá kapálabháti como se fosse o bhastriká pránáyáma:
II:35
“Esta técnica consiste em fazer-se rechaka e púraka rapidamente produzindo o ruído do fole de um ferreiro. Esta técnica é denominada de kapálabháti e elimina todos os males atribuídos à fleuma.”
A Gheranda Samhitá fornece outras variação sobre o kapálabháti.
I:55 – Kapálabháti elimina as desordens produzidas por fleuma e são de três tipos:
-Vamah krama
-Vyut krama
-Shit krama
Vamah krama
Gheranda Samhitá I:56 – Vama Krama: se inspira pelo orifício esquerdo do nariz e se expira pelo direito. Na continuação, se inspira pelo direito e se expira pelo esquerdo.
Gheranda Samhitá I:57 – esta prática deve ser efetuada sem esforço. Com esta prática se eliminam as desordens produzidas por fleuma.
Este vamah krama lembra o jala neti, a única diferença é que ele é feito com ar e não com água. Assim como também lembra o nádí shodhana pránáyáma, técnica respiratória de purificação das nádís. Na Gheranda Samhitá, o vamah krama não é visto como uma técnica de purificação de nádís pelo fato de estar exposta juntamente ao shat karmas, as seis ações purificatórias. Portando é uma técnica visa equilibrar a passagem do ar nas narinas e purificar as vias respiratórias utiliza-se somente o ar.
Vyut Krama
Gheranda Samhitá I:58 – “Vyut Krama – absorver água por ambas fossas nasais e elimina lentamente pela boca. Com o vyut-krama se eliminam as desordens produzidas por fleuma (kapha).
Shit Krama
Gheranda Samhitá 1:59 – “Shit Krama: absorva água pela boca e elimine lentamente pelas fossas nasais. Com esta prática, o yogi transforma-se em formoso como o Deus Káma.”
Essas seis ações de purificação (shat karmas) compõem as principais kriyás ou técnica de purificação do organismo do Yoga. Algumas delas são de fácil execução e podem ser facilmente descritas e compreendidas através de livros, mas mesmo assim sempre busque a orientação de um professor de Yoga que tenha domínio nessas ações purificatórias.
Daniel Nodari (Mahádeva)
Om Namah Shivaya
(Texto autorizado e cedido por Daniel Nodari - professor de Yoga e músico - Ministra aulas na Casa do Yogin, Av Marilando 274, Bairro Higienópolis - Porto Alegre (51)30193688 - casadoyogin@terra.com.br e no Yoga Ganesha Studio - Rua Lima e Silva 740, 2 andar, Cidade Baixa, Porto Alegre, RS. (51) 3286.3068 - yogaganesha@yogaganesha.com. Contato: nodariwrum@gmail.com, danielyoga@gmail.com)
Bibliografia:
FEUERSTEIN, George. A tradição do Yoga.
IYENGAR. B.K.S. A arvore do Ioga.
____________. B.K.S. Light on Yoga.
KUPFER, Pedro. Dicionário de Yoga.
____________. Yoga prático.
MIRANDA, Caio. Hatha Yoga, a Ciência da Saúde Perfeita.
MONIER-WILLIANS, M. A Sansktrit English Dictionary
ROSE, André de. Pránáyáma: muito além da respiração.
SIVANANDA, Swami. Hatha Yoga.
____________. Kundaliní Yoga.
SWÁTMÁRAMA, Yogi. Hatha Yoga Pradípiká.
VISHNUDEVANANDA, Swami. O livro completo do Yoga.
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segunda-feira, 18 de novembro de 2019
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
Musica na educação infantil links de Monografias inteiras.
A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/54802.pdf
A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL PEDAGOGIA Abordagem da importância da música na educação infantil, a importância da música do desenvolvimento cognitivo da criança, grandes pedagogos que influenciaram na educação infantil e projetos de músicas de sucesso envolvendo a educação infantil. https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-importancia-musica-na-educacao-infantil.htm
MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTILhttp://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4754/1/MD_EDUMTE_VII_2014_37.pdf
MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2016/03/TCC-Lucilene-Fagundes-Chiochetta.pdf
A MÚSICA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DA ... - UEPB
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1327/1/PDF%20-%20Annielly%20da%20Silva%20Andrade.pdfObrigado pela visita, volte sempre.
Como usar lousa e giz na sala de aula, com video aula explicativa.
A princípio, estas dicas podem causar um estranhamento. Afinal, em pleno séc. XXI, com acesso a recursos digitais inovadores, por que falar em ferramentas tão antiquadas quanto os centenários quadros negros? Se mesmo as escolas mais pobres contam com sala informatizada e aparelhos de datashow, porque bater a tecla no bolorento giz?
Podemos destacar as dificuldades que a escola e, consequentemente, os professores têm em utilizar este tipo de tecnologia. É fato que muitas escolas não ensinam o professor a utilizar a lousa e giz, empurrando o mesmo para a sala de aula, como se a experiência anterior como aluno, ou mesmo a posterior graduação, fossem suficientes medidores de competência didática.
Professor “Giz & Tal”
Eu já vinha buscando este artigo há um tempo, vasculhando na internet. A inspiração veio com o amigo Robson Freire, do blog Caldeirão de Idéias. Pelo que percebi, o texto original pertence a José Carlos Antônio, do blog Professor Digital.
De uma forma brilhante, José Carlos utiliza uma corruptela para se referir aos professores que, desprovidos de recursos tecnológicos digitais, ainda dependem da lousa e giz. Desta forma, ele utiliza o termo “Professor Giz & Tal”, como contraparte do “Professor Digital”.
Confesso que eu sou um professor que utiliza muitos recursos digitais em sala de aula. Todavia, não dispenso o uso da lousa e giz, apesar de haver a alternativa da lousa e pincel atômico. Admito também que tenho muito a aprender com estas dicas, visando um melhor uso desta tecnologia.
As dicas
As dicas serão apresentadas com adaptações.
fonte: https://historiadigital.org/tutoriais/como-usar-lousa-e-giz-na-sala-de-aula/1. Use diversas cores de giz e não apenas o giz branco: o giz é uma ferramenta pobre e se você usar apenas giz branco sua lousa será horrivelmente monótona. Procure usar uma padronagem coerente de cores: por exemplo, use sempre as mesmas cores para cada categoria como títulos, subtítulos, destaques, anotações importantes, etc.2. Divida corretamente o espaço da lousa: deixe um espaço de meio metro à esquerda da lousa para anotações sobre a pauta da aula, data, capítulo, etc. e mantenha esse pedaço da lousa sem apagá-lo durante toda a aula. Deixe outro meio metro do lado direito da lousa para anotações provisórias (como contas ou outras anotações que poderão ser feitas e apagadas durante a aula). Use sempre uma mesma cor para fazer linhas divisórias.3. No espaço restante da lousa, procure fazer divisões em retângulos tanto mais próximos quanto possível do “retângulo de ouro”: se sua lousa tem 1 m de altura, faça divisões com comprimentos de 1,6 m cada uma, aproximadamente (ou seja, você deve dividir a lousa em retângulos cujo comprimento seja 1,6 vezes maiores do que a altura.4. Use letras grandes e traços grossos: Até o aluno de visão mais aguçada ficará grato se não tiver que adivinhar o que foi que você quis escrever com aquela nanoletra ilegível que você mesmo mal enxerga estando a dez centímetros dela.5. Se sua letra for feia, treine muito até que ela fique bonita: professor não é médico e lousa não é receituário. Ou você escreve de uma forma legível e com letra bonita e caprichada ou passa a usar artefatos tecnológicos que o dispensem disso (como notebooks e datashows, por exemplo).6. Dê palestras, não “aulinhas”: Use uma vareta ou uma régua de 1 m como apontador para indicar aquilo sobre o que estiver falando durante suas explicações (apontadores laser não funcionam muito bem em lousas escritas com giz) e jamais fique de costas para a sala durante as explicações.7. Prepare sua aula e o uso da sua lousa: certifique-se de que colocará na lousa apenas o essencial para organizar as idéias, conceitos e informações que serão apresentadas e trabalhadas em aula. Use a lousa como ferramenta de apoio e não como desculpa para enrolar a classe.8. Não seja conivente com a irresponsabilidade: Se sua escola não fornecer giz colorido, apagadores ou lousas onde se possa escrever, escreva um e-mail solicitando em caráter emergencial o que lhe falta e envie para a Secretaria de Educação do seu município ou do seu estado, a cargo da área pedagógica.9. Recolha todas as pontas pequenas de giz que sobrarem depois da aula e leve-as com você: se a escola não tiver quem as recolha e recicle, jogue-as no lixo da sala dos professores. Isso evita que encontremos pontas de giz espalhadas pelos corredores e aconteçam pequenas guerrilhas coloridas na sala de aula.10. Use sempre um creme para as mãos à base de silicone antes de usar o giz: O giz resseca a pele da mão, causa ruptura nas cutículas, é horrível para limpar, fica grudado debaixo das unhas (principalmente para quem tem unhas grandes) e se aspirado ao longo de muito tempo seu pó pode causar câncer, enfisema e outras doenças decorrentes da acumulação de seus minerais no pulmão.
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