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quarta-feira, 16 de setembro de 2020
Médico explica por que não faz sentido fechar escolas por causa da covid-19
Como argumento, Alessandro Loiola afirma que a taxa de mortes por covid em pessoas com menos de 19 anos é 0,0007%
No Brasil, existem pouco mais de 60 milhões de habitantes com menos de 19 anos. Até 24 de agosto, menos de 500 pessoas nessa faixa etária haviam morrido vítimas da covid-19 no país. “A taxa de mortes por covid em pessoas com até 19 anos de idade é 0,0007%”, observou o médico Alessandro Loiola, em entrevista à rádio Jovem Pan de Maringá, na manhã de 9 setembro. “Simplesmente não faz sentido fechar escola. Não devia nem ter sido fechada, e não sei por que estão perdendo tempo discutindo quando vai abrir.”
Leia também: “A educação pode ser a maior vítima da epidemia de medo”
“OMS: escolas só devem ficar fechadas se não houver alternativa”
Confrontado com o argumento de que essas crianças seriam responsáveis por levar o vírus para casa, Loiola relacionou uma série de profissionais que não permaneceram em confinamento durante a pandemia. “Policiais, médicos, enfermeiros, porteiros, motoristas de ônibus, taxistas, pedreiros, balconistas, lixeiros, jornalistas, funcionários de cartórios, lotéricas, mecânicos, pedreiros, frentistas, atendentes, lojistas, motoboys, seguranças, cozinheiras, técnicos de laboratório, faxineiros, operários, operadores de máquina, montadores de automóvel, farmacêuticos, cinegrafistas, radialistas, salva-vidas, aeromoças, pilotos, comissários de bordo, camelôs, socorristas do Samu e familiares que visitam pacientes internados, nenhum deles tem o risco de levar o vírus para casa”, ironizou. “Só a criança na bendita da escola.”
Com mais de 400 mil habitantes, Maringá não registrou uma única morte por coronavírus em crianças e adolescentes. Segundo os dados atuais da Secretaria de Saúde do Estado, o mais novo dos 109 pacientes que foram mortos pelo vírus chinês no município tinha 21 anos — e somente dois com menos de 30 anos.
Manaus
Sessenta dias depois de reabertas as escolas particulares de Manaus, nenhum caso de covid-19 foi registrado nelas. Um estudo coordenado pelo médico Fabio Jung, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostrou que as crianças são menos suscetíveis à covid-19 e que o novo coronavírus é 4,5 vezes menos agressivo que o agente da gripe (influenza) na faixa etária até 14 anos. Ao detalhar o que vem acontecendo em outros países que já retomaram as aulas, o documento também comprova que a reabertura das escolas não acelera a transmissão do vírus.
Apesar disso, a maior parte das cidades brasileiras está com as escolas fechadas por causa da pandemia de coronavírus há quase 200 dias. Um triste recorde mundial.
Fonte: https://revistaoeste.com/medico-explica-por-que-nao-faz-sentido-fechar-escola-por-causa-da-covid-19/
terça-feira, 15 de setembro de 2020
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
Paidéia : A Formação do Homem Grego. Werner Jaeger. Leitura obrigatória....
Segundo Werner Jaeger (2001), Paidefia era o “processo de educação em sua forma verdadeira, a forma natural e genuinamente humana” na Grécia antiga. O termo também significa a própria cultura construída a partir da educação. Era este o ideal que os gregos cultivavam do mundo, para si e para sua juventude. Uma vez que o governo próprio era muito valorizado pelos gregos, a Paideia combinava ethos (hábitos) que o fizessem ser digno e bom tanto para o governante quanto para o governado. Não tinha como objetivo ensinar ofícios, mas sim treinar a liberdade e nobreza. Paideia também pode ser encarada como o legado deixado de uma geração para outra na sociedade.
Além de formar o homem, a educação deve ainda formar o cidadão. A antiga educação, baseada na ginástica, na música e na gramática deixa de ser suficiente. Então nesse instante o ideal educativo grego aparece como paideia, formação geral que tem por tarefa construir o homem como homem e como cidadão. Platão define Paideia da seguinte forma “(…) a essência de toda a verdadeira educação ou paideia é a que dá ao homem o desejo e a ânsia de se tornar um cidadão perfeito e o ensina a mandar e a obedecer, tendo a justiça como fundamento” (cit. in Jaeger, 2001).
Jaeger (2001) diz que os gregos deram o nome de paideia a “todas as formas e criações espirituais e ao tesouro completo da sua tradição, tal como nós o designamos por Bildung ou pela palavra latina, cultura.” Então para traduzir o termo paideia “não se possa evitar o emprego de expressões modernas como civilização, tradição, literatura, ou educação; nenhuma delas coincidindo, porém, com o que os gregos entendiam por paideia. Cada um daqueles termos se limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, teríamos de empregá-los todos de uma só vez.” (Jaeger, 2001).
O conceito de paideia em toda sua abrangência não designa unicamente a técnica própria para preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos escolares.
No diálogo A República (Politéia), escrito por Platão, o mais brilhante e conhecido discípulo de Sócrates, as ideias expostas por ele – o sonho de uma vida harmônica, fraterna, que dominasse para sempre o caos da realidade – servirão como a matriz inspiradora de todas as utopias aparecidas e da maioria dos movimentos de reforma social que desde então a humanidade conheceu.
Essa é a obra mais importante de Platão. Nela ele expõe suas principais ideias.
Platão idealiza uma cidade onde seria utilizada a pura racionalidade. Nela encontra discípulos capazes de compreender todas as renúncias que a razão lhes impõe, mesmo quando duras. Os interesses pessoais se encontram com os da totalidade social.
A obra expõe o mundo das Ideias e declara que este seria um mundo transcendente que está por trás do mundo sensível. As Ideias são formas puras, modelos perfeitos eternos e imutáveis. O que pertence ao mundo dos sentidos se corrói e se desintegra com a ação do tempo. Porém, tudo o que percebemos é formado a partir das Ideias, tornando-se cópias imperfeitas desses modelos espirituais. Só podemos atingir a realidade das Ideias na medida em que nossa mente se afasta do mundo concreto, usando sistematicamente o discurso para se chegar à essência do mundo. A dialética é um instrumento de busca da verdade.
Platão acreditava numa alma imortal que já existia no mundo das Ideias antes de habitar nosso corpo. E quando passa a habitá-lo esquece das Ideias perfeitas. Então o mundo se apresenta a partir de uma vaga lembrança e a alma quer voltar para o mundo das Ideias.
O filósofo fala da renuncia do indivíduo em prol da comunidade, impondo inúmeras condições para a vida.
Apesar do título, A República (em grego: Politéia), esta obra não tem como ponto principal a reflexão sobre teoria política. Nesta o filósofo lida sobretudo com as questões em torno da formação grega, na tentativa de impor uma orientação filosófica de educação em oposição à paideia poética então vigente. Outro alvo que tem em vista é a carreira que os sofistas vinham desenvolvendo como educadores que preparavam os cidadãos a saberem argumentar nos embates democráticos. Portanto, não tinham um compromisso com a verdade, seus argumentos giravam em torno das percepções, opiniões e crenças.
A república ideal seria mais um resultado da paideia filosófica que Platão tenta fundamentar e argumentar nesta obra do que o tema central da argumentação em si. Platão acaba por ter seu pensamento sistematizado por aqueles que adotam sua teoria. Isso nos leva a considerá-lo o “pai” da filosofia, ao menos da filosofia enquanto pensamento sistematizado.
A República é a obra mais extensa do autor e pertence a uma fase mais madura de sua vida. Seu estilo é o diálogo, isto é, um processo de discussão (dialética) através de perguntas e respostas com o objetivo de atingir a verdade. A obra é composta por dez livros tendo início e fim com a discussão em torno da justiça para criação de um “Estado perfeito”.
No início do livro X Sócrates retoma a crítica à poesia como meio educativo. Pois, esta não revela as coisas como são, nos revela somente a aparência; e da natureza humana descreve somente o trágico e o triste. Enfim, a poesia está a três passos da realidade. Deverá ser excluída da Cidade uma arte dessa espécie levando em consideração a razão para proceder (607b), pois seria prejudicial à justiça e às demais virtudes (608b). Sócrates dá a entender que a poesia deva ser substituída pela filosofia como meio educativo, pois somente esta pode nos revelar na sua forma dialética o que é a realidade de fato.
O restante do livro X constitui uma advertência à prática do Bem, ou seja, da justiça e das demais virtudes. Sócrates cita o mito de Er, onde fala da recompensa no pós morte: afinal, a vida “é um grande combate, meu caro Glauco, é mais do que se imagina, o que consiste em nos tornarmos bons ou maus. De modo que não devamos deixar-nos arrastar por honrarias, riquezas, nem poder algum, nem mesmo pela poesia, descurando a justiça e as outras virtudes” (608b).
Sócrates trata da imortalidade da alma e tenta equacionar o destino com a responsabilidade. Com as figuras femininas: Laquesis (passado), Cloto (presente) e Átropos (futuro), as filhas da Necessidade, Sócrates folga os laços do férreo destino, defendido pelo pensamento grego anterior: “Não é o gênio que vos escolherá, mas vós que escolhereis o gênio. O primeiro a quem a sorte couber, seja o primeiro a escolher uma vida a que ficará ligado pela necessidade. A virtude não tem senhor; cada um a terá em maior ou menor grau, conforme a honrar ou a desonrar. A responsabilidade é de quem a escolhe. O deus é isento de culpa” (617 e).
Não é sem mérito que Platão é considerado o “pai” da filosofia moderna, em sua obra explora os principais problemas do pensamento ocidental. Ética, estética, política, metafísica, inclusive uma filosofia da linguagem são vistos em sua intimidade através de ricos diálogos. É importante ressaltar que essas críticas feitas pelo filósofo instigaram outros pensadores e nos levaram a uma gama de conhecimento maior que a anterior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLATÃO. A República. Trad. Carlos Alberto Nunes. UFPR, 1976.
JAEGER, Werner Wilhelm, 1888-1961. Paideia: a formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira. 4ª Ed. – São Paulo: Martins Fontes, 2001.
fonte: https://www.coladaweb.com/filosofia/a-formacao-do-homem-grego-segundo-werner-jaeger-e-plataodomingo, 13 de setembro de 2020
Hoje é dia de jejum de Sri Ekadasi. 13/09/2020 A História do Indira Ekadashi. Extra em podcast.
A História do Indira Ekadashi
Dia de Jejum de Sri Ekadasi. Indira Ekadasi #21. 13/09/2020. Lendo a História.
Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião
sábado, 12 de setembro de 2020
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Pedagogia livros que não são citados nas Universidades. Indicações de leitura 42
Emburrecimento Programado: o Currículo Oculto da Escolarização Obrigatória:John Taylor Gatto
O debate atual sobre termos um currículo nacional é uma farsa. Já temos um currículo oculto cujo objetivo é emburrecer, e nenhuma mudança nos conteúdos pode reverter seus efeitos macabros. As escolas ensinam exatamente o que pretendem, e o fazem muito bem: elas são um mecanismo de engenharia social. Está na hora de encararmos o fato de que a escola obrigatória é nociva para as crianças e que fazer remendos não resolverá o problema. A culpa não é dos professores ruins ou da falta de investimento: injetar mais dinheiro ou mais gente nessa instituição doente fará apenas com que ela fique ainda mais doente. Se queremos mudar o que está rapidamente se transformando num desastre de ignorância, temos de compreender que a instituição escolar serve para “escolarizar”, mas não para “educar”, e que “educar” e “escolarizar” são termos mutuamente excludentes. É urgente ignorarmos as vozes autorizadas da televisão e da mídia e recuperarmos as premissas fundamentais de uma verdadeira educação.
Inger Enkvist : Educação: Guia Para Perplexos (Português)
A Falácia Socioconstrutivista: por que os Alunos Brasileiros Deixaram de Aprender a ler e Escrever (Português) Capa comum – Versão integral, 1 janeiro 2020
Maquiavel Pedagogo (Português) Capa comum – 1 janeiro 2013
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