sexta-feira, 29 de agosto de 2008

CONVENÇÃO (con.ven.ção). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:

CONVENÇÃO (con.ven.ção)

Durante a última semana, ocorreu a convenção do Partido Democrata dos Estados Unidos, que aclamou o nome do senador pelo Estado de Illinois Barack Obama como candidato a presidente do partido nas eleições que acontecerão em novembro próximo.

O substantivo feminino 'convenção' tem sua origem no latim, 'conventio, onis'.

A palavra designa um encontro de pessoas em um mesmo local para discutir determinado tema de interesse comum, assim como também pode designar um conjunto de regras combinado por uma associação, ou a atribuição de significados e interpretações a certos sinais, situações etc., para que sejam entendidos da mesma forma por todos, igualando os comportamentos.

>> Definição do dicionário Aulete Digital:

CONVENÇÃO (con.ven.ção)

Substantivo feminino.
1 Encontro de pessoas reunidas para discutir assuntos de interesse comum; CONGRESSO; CONFERÊNCIA.
2 Pol. Reunião dos membros de um partido político realizada com o propósito de escolha de candidatos ou de determinação da posição do partido frente a certos temas.
3 Conjunto de regras adotadas a partir de uma combinação ou acordo prévio: A convenção do condomínio proíbe festas na garagem.
4 O que é acatado por uso ou costume social em um grupo, comunidade ou sociedade.
5 Aquilo que somente ganha sentido ou valor após uma combinação prévia: O sinal vermelho é a convenção usada para indicar que se deve parar.
6 Técnica, prática ou recurso adotado por certa atividade ou por certo meio profissional
7 Jur. Acordo entre duas ou mais partes referente a um fato específico

[Plural: -ções.]

[Formação: Do latim 'conventio, onis'.]

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Os Efeitos Da Pedagogia Do Exame.


Os Efeitos Da Pedagogia Do Exame

Autora: SOBREIRA, R.C.de F.

Este texto tem como objetivo analisar as observações gerais sobre a pratica da avaliação da aprendizagem nas escolas brasileiras.

O aspecto que mais chama a atenção na pratica educativa brasileira, é de que a avaliação da aprendizagem ganhou um espaço amplo nos processos de ensino, que esta pratica educativa escolar passou a ser direcionada por uma pedagogia do exame. O exemplo mais explicito desta pedagogia está na prática de ensino do ultimo anos do ensino médio, em que todas as atividades escolares se voltam para um treinamento em solucionar questões de provas para preparar os alunos para o vestibular. De acordo com LUCKESI, o exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma pedagogia do exame do que por uma pedagogia centrada no ensino-aprendizagem.

Os alunos estão centrados na promoção, estão interessados em saber como se dará o processo de promoção no final do período escolar. O que predomina é a nota. Já os professores, protestando ser um elemento motivador da aprendizagem, utilizam as provas como instrumentos de ameaça e tortura prévia dos alunos. Os pais ficam na expectativa pelas notas de seus filhos O importante é que tenham notas para serem aprovados.

As escolas estão centradas unicamente nos resultados das provas e exames, através de sua administração elas desejam verificar no todo das notas como estão os alunos. O sistema social se contenta com as notas obtidas nos exames. O próprio sistema de ensino, aparentemente o que lhe interessa são os resultados gerais: as notas.

Estes fatos vem ocorrendo ao longo dos séculos. A pedagogia jesuítica do século XV, tinha uma atenção especial com o ritual das provas e exames. A pedagogia comeniana do século XVII, não leva em conta o uso dos exames como meio de estimular os alunos ao trabalho intelectual de aprendizagem. Comenios diz que o medo é um excelente fator para manter a atenção dos alunos.

A sociedade burguesa aperfeiçoou seus mecanismos de controle, dentre eles destacamos a seletividade escolar e seus processos de formação das personalidades dos educandos. Mais importante do que ser uma oportunidade significativa, a avaliação tem sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do professor, não só no ensino fundamental e médio, mas também no universitário. As notas são operadas como se nada tivesse a ver com a aprendizagem. A relação entre sujeitos – professor-aluno – passa a ser uma relação entre coisas – exames e notas. É a nota que domina tudo, e é em função dela que se vive na prática escolar.

Hoje não se usa mais o castigo físico na escola, como se usava até meados do século XX, mas se usa um castigo mais sutil e perverso: o psicológico. A avaliação da aprendizagem nas escolas tem exercido esse papel, por meio da ameaça. (Luckesi,2002,p.25).

Os resultados da pedagogia do exame podem ser descritos sobre três efeitos:

1º) pedagogicamente falando, ele concentra-se nos exames, não ajuda na aprendizagem dos alunos. O verdadeiro papel da avaliação da aprendizagem seria subsidiar na construção de conhecimentos. Pedagogicamente a avaliação da aprendizagem não cumpre sua função de subsidiar a decisão de melhoria da aprendizagem;

2º) psicologicamente – a sociedade, por meio do sistema e dos professores, desenvolve formas de ser da personalidade dos alunos que se conformam aos seus ditames. O autocontrole psicológico, talvez seja a pior forma de controle, desde que o sujeito é presa de si mesmo;

3º) sociologicamente – a avaliação está muito mais articulada com a reprovação do que com a aprovação e daí vem a sua contribuição para a seletividade social.

REGINA CELIA DE FREITAS SOBREIRA

Titulação: Pedagogia/UFV/MG

Tel.:31-3891-3408

E-mail: ginacelia13@yahoo.com.br

Bibliografia:

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 12 ed.

São Paulo: Cortez, 2002, p. 180.

A autora,

Regina Sobreira

Sou Licenciada em pedagogia pela UFV/MG/1987,tenho cinco anos de experiencia no ensino fundamental, de 5ª á 8ª série e ensino médio, e doze anos de experiencia na área de educação infantil, direção e coordenação de professores, e praticamente dois anos de experiencia em EJA. no momento, curso disciplinas de mestrado na UFV.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/6590/1/os-efeitos-da-pedagogia-do-exame/pagina1.html

Fique agora com vídeos sobre este tema. Obrigado por me visitar. Bom Final de semana.

Edufamam
Avaliação da aprendizagem (Luckesi)


claudiatei3
Metodologia ou tecnologia?


Quer saber mais,

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0191/aberto/mt_127178.shtml

http://www.centrorefeducacional.com.br/avaforma.htm

http://www.centrorefeducacional.pro.br/avapque.htm

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Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa.


Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa.


M. H. Lorentz

A linguagem tem por objetivo a comunicação entre os seres humanos, portanto quanto mais precisa for a linguagem, melhor será o resultado de nossa comunicação.

O que é a palavra não? Uma abstração. O "não", por si só, não diz nada, logo o cérebro se fixa no que vem depois do "não".

Nossas mentes para saber em que não pensar, precisam primeiro pensar.

Não pense em um balão azul.

Pense em um balão azul.

Analise as duas frases acima. Em que você pensou quando leu uma e leu outra?

Na mesma coisa, em um balão azul.

Assim sendo, quando queremos obter um resultado, o melhor é nos referirmos ao que queremos, por exemplo:

Em caso de incêndio use a escada.

É muito comum encontrarmos em muitos prédios: "Em caso de incêndio não use o elevador".

Principalmente numa situação de pânico, é muito mais difícil e demorado pensar primeiro no que não fazer para depois pensar no que fazer. A linguagem mais rápida e que obtém melhores resultados é a linguagem afirmativa; dizer o que deve ser feito.

O uso de uma linguagem negativa provoca o comportamento que se quer evitar.

É muito comum encontrarmos nos caixas eletrônicos um adesivo em que está escrito:

Não se esqueça de retirar o cartão.

E, também, é muito comum encontrarmos os cartões esquecidos no caixa eletrônico. Se a linguagem do adesivo for mudada, será mais fácil atingir o objetivo:

Lembre-se de retirar o cartão.

Nos shoppings onde o estacionamento é pago, encontramos cartazes espalhados em todo o shopping, dizendo: Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento. E estamos sempre encontrando pessoas voltando do estacionamento que fizeram o que? Esqueceram de validar o cartão.

O adequado é: Lembre de validar o ticket de estacionamento.

Você já teve, provavelmente, a experiência de pensar em "Não posso esquecer de ......." e obter o resultado de esquecer exatamente aquilo que na realidade você queria lembrar.

Qual o resultado que a campanha "Não use drogas" vem obtendo?

O consumo de drogas vem aumentando ano após ano. Além da palavra não, quanto mais a palavra droga é utilizada, mais é repetida, mais ela é reforçada e lembrada, levando muitos adolescentes a ficar cada vez mais curiosos a respeito, pois é por ser tão falada eles decidem experimentá-la.

Há pouco tempo foi veiculada na televisão uma campanha "se beber, não dirija.

Você não acha que seria mais adequado dizer:

Se beber álcool, chame um táxi ou peça uma carona.

O foco de uma campanha deve estar no objetivo a ser alcançado e colocado em linguagem afirmativa.

Em vez de uma campanha pela não violência, é muito mais eficaz uma Campanha pela Paz, como a que motivou a população na semana passada. A não violência, na realidade nos trás à mente imagens e situações de violência, que queremos evitar; e afasta as pessoas em vez de motivá-las. E, ainda, faz com que pensemos em violência em vez de paz.

Nunca, evite, e outras negativas, tem o mesmo efeito que um não.

Nunca tranque o cruzamento, evite trancar o cruzamento ou não tranque o cruzamento fazem-nos pensar na mesma coisa: trancar o cruzamento.

Deixe o cruzamento livre, é a linguagem afirmativa, objetiva e eficaz.

Você diria a alguém:

"Pinte esta parede de não azul". (qualquer cor, menos azul?)

Ou, "Não pinte esta parede de azul". (não é para pintar, ou não de azul? ou de que cor?)

Exemplos com crianças:

Não mexa nisto, melhor, vá brincar com aquilo.

Cuidado para não cair olhe o degrau, preste atenção na escada.

Em algumas situações é muito adequado usar o não:

Você não precisa comer toda a comida que está no prato. (Se você quer que a criança coma toda a comida).

Você não precisa ir estudar agora. (Se você quer que vá estudar agora).

São situações em que desejamos que a pessoa faça o que estamos dizendo que não.

Todos nós conhecemos pais, gerentes e outras pessoas que, querendo ajudar, nos dizem e aos outros o que não fazer. O que fazem, de forma inconsciente, é chamar nossa atenção exatamente para o que não queriam que fizéssemos. "Não se preocupe.", "Não entre em pânico", "Não fique aborrecido", "Não acho que você seja chato". Usar a linguagem negativa consigo mesmo é algo que a maioria das pessoas faz. "Não vou pensar mais nisso" e continuamos pensando, "Evite comer doces se quer emagrecer", só para citar alguns exemplos. Existe a tendência a pensar no que não queremos fazer e, em seguida, muitas vezes, começar a fazê-lo.

Em vez de dizer o que não queremos, podemos dizer o que queremos. Tente isto. Pense em uma frase negativa que você vem dizendo a si mesmo e experimente transformá-la em afirmativa, agora.

Em vez de dizer "Não quero comer doces" ou "Não quero engordar", tente dizer, "Quero comer comidas saudáveis" ou "Quero emagrecer". Isso não só é mais agradável como, na verdade, reorienta a sua mente e prepara você para um número maior de realizações desejadas, focalizando as coisas positivas que quer que aconteça.

Se você aplicar isto na sua vida, em breve vai começar a obter os resultados que deseja.

Alguns exemplos para o dia a dia:

(coloque em local visível até se habituar com o uso)


Em vez de:

USE:

Não pense em...

Pense em...

Em caso de incêndio não use o elevador

Em caso de incêndio use a escada.

Não se preocupe.

Fique tranqüilo

Não se aborreça.

Esqueça

Não esqueça o seu cartão

Lembre de retirar o cartão

Não se esqueça de validar o ticket de estacionamento

Lembre de validar o ticket de estacionamento

Se beber álcool, não dirija.

Se beber álcool chame um táxi.

Nunca tranque o cruzamento.

Deixe o cruzamento livre.

Evite trancar o cruzamento.

Deixe o cruzamento livre.

Não se preocupe.

Fique tranqüilo.

Não entre em pânico.

Fique calmo.

Não se aborreça.

Esqueça, deixe passar.

Não fique aborrecido.

Pense em algo agradável.

Não quero comer doces.

Quero comer comidas saudáveis.

Não quero comer comidas gordurosas.

Quero comer frutas e verduras.

Não quero engordar.

Quero emagrecer.

Quero perder peso.

Quero atingir o meu peso ideal.

Não pinte esta parede de azul.

Pinte esta parede verde.

Não quero perder tempo.

Quero aproveitar bem o tempo.

Não quero perder tempo com isso.

Quero usar o menor tempo possível.....

Não quero me atrasar.

Quero chegar no horário.

Meu filho, não mexa nisso.

Meu filho, vá brincar com...

Meu filho, não mexa nisso.

Meu filho, pode mexer e brincar com....

Não suba na cadeira.

Por favor, sente na cadeira.

Não suba na cadeira.

Subir na cadeira é perigoso...

Cuidado para não derramar o copo.

Preste atenção no copo, tome cuidado.

É proibida a entrada de menores de ...

Só é permitida a entrada de maiores de...

Não pise na grama

Use os passeios para caminhar

Não fume

Mantenha o ar limpo

Proibido fumar

Use o fumódromo para fumar

Não coloque o papel no vaso

Coloque o papel no cesto ao lado


EXERCÍCIO

TRANSFORMANDO FRASES NEGATIVAS EM AFIRMATIVAS

Preservando a intenção da frase, redija cada uma das frases abaixo em forma positiva. (Todas as frases são de contextos reais).

1. Não use o elevador em caso de incêndio.

2. Não ponha as mãos no vidro.

3. Nunca tranque o cruzamento.

4. Evite pisar na grama.

5. Favor não jogar papel no vaso.

6. Não entre sem limpar os pés.

7. Você nem deverá sentir-se culpada.

8. Nunca atravesse com o sinal vermelho.

9. Não deixe ao alcance das crianças.

10.Proibida a entrada de menores de 18 anos.

11.Não tomar este medicamento antes das refeições.

12.Cuidado para não cair.

13.Se não for dormir agora, vai estar com sono amanhã.

14.Se você não estudar, não vai passar.

Fonte: http://www.metas.com.br/

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O potencial criativo. (vamos refletir).



"O potencial criativo de qualquer pessoa ultrapassa tudo o que já foi realizado por toda a humanidade junta."


Peter Kline
The Every Days Genius Great Ocean Publishers

Criatividade

Albert Einstein é considerado um dos homens mais inteligentes que pisaram a face da Terra, um cientista brilhante, um orgulho para a raça humana. Porém, nem sempre foi considerado assim. Você sabia disso?

Na escola, quando criança, Einstein foi um verdadeiro fracasso. Sentia grande dificuldade em matérias como história e geografia e um dos seus professores, inclusive, chegou mesmo a prever um futuro sombrio para ele: "- É um debilóide! Não vai chegar a lugar algum!"

A mesma coisa aconteceu com outro gênio da humanidade: Thomas Edison, o homem que inventou a lâmpada elétrica. Aos oito anos, Edison foi matriculado na escola do reverendo Engle, em Detroit, que não precisou de muito tempo para conceituá-lo como um "retardado", um "estúpido". Por causa da sua dificuldade em aprender, Edison foi praticamente expulso e nunca mais freqüentou escola alguma.

Os casos de Einstein e Edison, contudo, não foram únicos na história. Gandhi também foi um aluno medíocre. Sofreu muito com a tabuada e costumava voltar para casa correndo para que seus colegas não pudessem zombar da sua 'burrice". Tinha um raciocínio muito lento e uma memória péssima.

Acontece que esses três "burrinhos" foram longe. Eles superaram todas as expectativas, contrariaram todas as previsões e acabaram se tornando celebridades universais. Se você quer saber como essas coisas podem acontecer na vida de qualquer um, inclusive na sua, veja na próxima postagem.


Fonte: http://www.camarabrasileira.com/criatividade1.htm

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Técnicas de Memorização e Estudo Eficaz .

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Uma caracterização sobre distúrbios de aprendizagem.


Uma caracterização sobre distúrbios de aprendizagem

Lourdes P.de Souza Manhani, Regina Célia T.Craveiro, Rita Cássia A.Rodrigues, Rose Inês Marchiori
agosto/2006

Introdução

Nas literaturas sobre aprendizagem, muito se tem discutido sobre distúrbios versos dificuldade de aprendizagem, ficando claro que não são sinônimos.
Sem pretensão de esgotar o assunto, apresentamos uma revisão bibliográfica na visão de diversos autores sobre as terminologias adotadas.
No Brasil, foi ( Lefèvre:1975) que introduziu o termo distúrbio de aprendizagem como sendo:
síndrome que se refere à criança de inteligência próxima à média, média ou superior à média, com problemas de aprendizagem e/ou certos distúrbios do comportamento de grau leve a severo, associados a discretos desvios de funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC), que podem ser caracterizados por várias combinações de déficit na percepção, conceituação, linguagem, memória, atenção e na função motora”.
Após esta data, muito se tem discutido e abordado sobre o assunto, visto a importância no contexto da aprendizagem, surgindo diversos trabalhos e outras definições sobre o assunto.
Conforme (Fonseca: 1995) distúrbio de aprendizagem está relacionado a um grupo de dificuldades específicas e pontuais, caracterizadas pela presença de uma disfunção neurológica. Já a dificuldade de aprendizagem é um termo mais global e abrangente com causas relacionadas ao sujeito que aprende, aos conteúdos pedagógicos, ao professor, aos métodos de ensino, ao ambiente físico e social da escola.
Já em (Ciasca e Rossini: 2000) as autoras defendem que a dificuldade de aprendizagem é um déficit específico da atividade acadêmica, enquanto o distúrbio de aprendizagem é uma disfunção intrínseca da criança relacionada aos fatores neurológicos.
Os fatores neurológicos citados pelos autores, significa que essas dificuldades estão relacionadas na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas que se referem as disfunções no sistema nervoso central. Não podemos também deixar de considerar que as dificuldades de aprendizagem muitas vezes podem ocorrer concomitantemente com outras situações desfavoráveis, como: alteração sensorial, retardo mental, distúrbio emocional, ou social, ou mesmo influências ambientais de qualquer natureza.
Diante de todo o contexto envolvendo distúrbios de aprendizagem, é necessário que muito se reflita acerca de como podemos contribuir na aprendizagem dessas crianças. Uma conclusão prévia que já nos atrevemos a traçar é de que não é prudente inserirmos todas as crianças com distúrbio de aprendizagem num mesmo grupo. Para melhor distinção entre os distúrbios de aprendizagem, é evidente que devemos tomar como base as manifestações mais evidentes que produzem impacto no desempenho da criança. Há pelo menos dois grupos que se distinguem pelo quadro que apresentam. Enquanto num podemos encontrar crianças com um quadro de deficiência mental, sensorial (visual, auditiva) ou motora, resultem de retardo mental, afecções neurológicas ou sensoriais, de outro lado, ou outro grupo de crianças que apresentam como manifestação os problemas escolares decorrentes de alterações de linguagem cuja inteligência, audição, visão e capacidade motora estão adequadas, sendo, então, o quadro de distúrbio de aprendizagem decorrente de disfunções neuropsicológicas que acometem o processamento da informação, resultando em problemas de percepção, processamento, organização e execução da linguagem oral e escrita.
Uma das questões fundamentais nesse contexto é detectar as manifestações desses distúrbios. A princípio parece-nos óbvio que alguns casos é perfeitamente perceptível, porem é relevante e necessário que saibamos como podem aparecer as manifestações de distúrbio de aprendizagem.
Alguns autores já abordaram o assunto de uma forma que nos fica evidente como os sintomas aparecem ou são manifestados.
Um dos autores que trata esse assunto de uma forma bastante clara é Lerner (1989), que descreveu as manifestações da seguinte forma:

  • Distúrbios da atenção e concentração que retrata os comportamentos das crianças com e sem hiperatividade e impulsividade;
  • Problemas receptivos e de processamento da informação diz respeito à competência lingüística, como as atividades de escrita, distinção de sons e de estímulos visuais, aquisição de léxico, compreensão e expressão verbal;
  • Dificuldades de leitura manifestada pela aquisição das competências básicas relacionadas a fase de decodificação, como sendo a compreensão e interpretação de textos, as dificuldades de escrita e presença de erros ortográficos em gera.
  • Dificuldades na matemática, que se revelam na aquisição da noção de números, no lidar com quantidades e relações espaços-temporais e problemas de aquisição e utilização de estratégias para aprender, manifestados na falta de organização e utilização de funções metacognitivas, comprometendo o sucesso na aprendizagem.

Definições sobre Aprendizagem:
- Aprendizagem é a aquisição de conhecimento ou especialização; faz-nos ignorar todo processo oculto existente no ato de aprender;
- Mudança permanente de comportamento, resultado de exposição a condições do meio ambiente;
- Um processo evolutivo e constante, que implica uma seqüência de modificações observáveis e reais no comportamento do indivíduo, de forma global (físico e biológico), e do meio que o rodeia, onde esse processo se traduz pelo aparecimento de formas realmente novas compromissadas com o comportamento.
Tanto na visão neurológica como em diversas correntes psicológicas, a aprendizagem, apresenta pontos comuns e com significados intrínsecos, que convergem para o fato de que tudo aquilo que se sabe, o homem deve aprendê-lo, porém, é na escola que há um vínculo integrativo da sociedade, cuja principal forma de ação é sobre o indivíduo em seu desenvolvimento global, direta e abrangentemente, visando à maior possibilidade de renovação e liberdade.
O aprendiz é concebido como um manipulador inteligente e flexível que busca a informação e trata de organizá-la, integrá-la, armazená-la e recuperá-la, de forma ativa e ajustada às estruturas cognitivas de que dispõe internamente.
Prestar atenção, compreender, aceitar, reter, transferir e agir são alguns dos componentes principais da aprendizagem. Todavia, se isso não ocorrer, com o aprendiz, implica que há nessa criança um Distúrbio de Aprendizagem.

Mas o que é Distúrbio de Aprendizagem?
Designam-se crianças que apresentam dificuldades de aquisição de matéria teórica, embora apresentem inteligência normal, e não demonstrem desfavorecimento físico, emocional ou social.
Segundo essa definição, as crianças portadoras de distúrbio de aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência mental.
Considera-se que uma criança tenha distúrbio de aprendizagem quando: a) Não apresenta um desempenho compatível com sua idade quando lhe são fornecidas experiências de aprendizagem apropriadas; b) Apresenta discrepância entre seu desempenho e sua habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes áreas; expressão oral e escrita, compreensão de ordens orais, habilidades de leitura e compreensão e cálculo e raciocínio matemático.
Além disso, costuma-se considerar quatro critérios adicionais no diagnóstico de distúrbios de aprendizagem. Para que a criança possa ser incluída neste grupo, ela deverá: a) Apresentar problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas; b) Apresentar uma discrepância significativa entre seu potencial e seu desempenho real; c) Apresentar um desempenho irregular, isto é, a criança tem desempenho satisfatório e insatisfatório alternadamente, no mesmo tipo de tarefa; d) O problema de aprendizagem não é devido a deficiências visuais, auditivas, nem a carências ambientais ou culturais, nem problemas emocionais.

Principais distúrbios de aprendizagem:

1- Dislexia
Refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita durante o desenvolvimento, é um atraso no desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito. São de três tipos: visual, mediada pelo lóbulo occipital fonológica, ediada pelo lóbulo temporal; e mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-frontal.

2- Disgrafia
Falha na aquisição da escrita implicando uma inabilidade ou diminuição no desenvolvimento da escrita.

3- Discalculia
Falha na aquisição da capacidade e na habilidade de lidar com conceitos e símbolos matemáticos.

Diagnósticos de distúrbios de aprendizagem
O processo de diagnosticar é como levantar hipóteses. Uma boa hipótese ou teoria explica uma grande quantidade de dados observáveis que são originados de diferentes níveis de análise.
O diagnosticador apresenta vantagens importantes que compensam. Uma delas é que ele possui muito mais dados sobre um sujeito do que geralmente um pesquisador tem sobre todo o grupo de sujeitos.
Para diagnosticar deve haver:

  • Sintomas apresentados;
  • O histórico inicial do desenvolvimento;
  • Histórico escolar;
  • O comportamento durante os testes;
  • Os resultados dos testes;

Como diagnosticadores e terapeutas, é importante ter um bom domínio de quais características caem em qual categoria (algumas são típicas da espécie e outras são únicas do indivíduo).
Embora um bom clínico deva estar consciente e fazer uso dos atributos únicos de um paciente, o processo científico na compreensão e no tratamento dos distúrbios mentais dependem de como eles apresentam variação “moderada”, diferenciando características de grupos dentro de nossa espécie. Se assim, não for, o trabalho com saúde mental se reduz apenas a tratar os problemas que cada um enfrenta na vida ou a recriar o campo para cada indivíduo único.
Outra crítica pressupõe um único modelo de causalidade física para todos os distúrbios comportamentais. A maioria dos diagnósticos não fornece uma explicação para todos os aspectos do paciente. Eles permitem tratamento e identificação eficiente, e a pesquisa sobre um dado diagnóstico pode levar a identificação precoce ou a prevenção. Podem contribuir para pesquisa básica em desenvolvimento humano.
Finalmente, o diagnóstico em si pode ser terapêutico para pais e pacientes, porque um diagnóstico acurado fornece uma explicação para os sintomas que perturbam o paciente e um foco para os esforços que os pais e a criança já estão fazendo para aliviar os sintomas.

Diagnóstico diferencial
Os diagnósticos são um emaranhado de situações associadas, que dependem de algumas poucas restrições de peso e de muitas restrições mais leves. Nem todos os pacientes com determinados distúrbios apresentam os sintomas característicos. Ex: Nem sempre um autismo têm estereotipias motoras ou aversão à fixação do olhar, embora sejam sintomas freqüentes do autismo. Estes sintomas oferecem evidências para este diagnóstico, mas sua ausência não viola uma restrição de peso. A tomada de decisão diagnóstica envolve a ponderação da adequação de diferentes diagnósticos competitivos às restrições de peso e às leves, fornecidas pelos dados.
Um outro componente importante no processo de diagnóstico é o reconhecimento de que isto é um processo e de que as decisões diagnósticas não são possíveis até que haja dados suficientes.
Como há poucas restrições de peso em diagnósticos, diagnósticos duplos (ou triplos) são possíveis e mesmo desejáveis. Crianças com distúrbios de aprendizagem têm freqüentemente um segundo diagnóstico psiquiátricos co-morbido, que pode ou não estar etiologicamente separado dos distúrbios de aprendizagem. No modelo o “espaço diagnóstico” é definido por duas dimensões, uma para distúrbios de aprendizagem e a outra para distúrbios psiquiátricos. A finalidade do diagnóstico é encontrar o ponto neste espaço bidimensional que melhor se ajuste ao funcionamento cognitivo e emocional presente do paciente.
Não se supõe que os dois eixos tenham diferentes implicações etiológicas, com os distúrbios de aprendizagem sendo mais orgânico e os distúrbios emocionais mais “ambientais”. Ao contrário, todos os diagnósticos em cada eixo são conceitualizados como resultado do funcionamento alterado do sistema nervoso central (SNC), sendo estas alterações causadas por certa mistura de influências genéticas e ambientais, em que influências ambientais se referem a fatores de riscos tanto neuro-evolutivos, como ferimento na cabeça, quanto à história de aprendizagem social da criança.
Uma parte importante e às vezes negligenciada da avaliação da criança com distúrbios de aprendizagem é o fornecimento de um feedback ou retorno aos pais, a profissionais e à criança que é o paciente.

Aspectos psicopedagógicos
As causas mais freqüentes para as dificuldades de aprendizagem:
1- Escola
Além da instituição escola, estão incluídos nestes item os fatores intra-escolares como inadequação de currículos, de programas, de sistemas de avaliação, de métodos de ensino, e relacionamento professor - aluno. Vale salientar a necessidade de diferenciar com uma especial atenção, as crianças com dificuldades de aprendizagem das crianças com dificuldades escolares. Para elas essas últimas revelam a incompetência da instituição educacional no desempenho de seu papel social e não podem ser consideradas como problemas dos alunos.
É comum vermos professores usando material de ensino desestimulante, desatualizado, totalmente desprovido de significado para muitas crianças, sem levar em consideração suas diferenças individuais. O aluno não se envolve no processo de ensino-aprendizagem e fica mais difícil a assimilação de conhecimentos.
2- Fatores intelectuais ou cognitivos.
3- Déficits físicos e ou sensoriais.
4- Desenvolvimento da linguagem.
5- Fatores afetivos-emocionais.
6- Fatores ambientais (nutrição e saúde).
7- Diferenças culturais e ou sociais.
8- Dislexia.
9- Deficiência não verbais.

Numa criança com DA o desenvolvimento se processa mais lentamente do que em outra criança, especialmente na área da atenção seletiva. Não considere essas crianças defeituosas, deficientes ou permanentemente inaptas. Podem aprender!
Procure uma forma de ensino. Não procure algo que esteja errado na criança. É provável que seu método de ensino e a forma de aprendizagem pela criança estejam em defasagem. Nem a criança nem o professor devem ser responsabilizados por isso, mas o professor pode ser responsável se não tentar algo mais.

Conclusões e considerações finais
Ao nos depararmos com quadros de crianças com distúrbios de aprendizagem, nos surge a preocupação em que nós professores podemos contribuir para que esse aluno, mesmo diante de suas dificuldades possa aprender? A esse questionamento refletimos sobre o papel da escola e a inter-relação com a família.
Consideremos que o papel da escola deveria ser o de desenvolver o potencial de cada um, respeitando as características individuais do aluno e sempre procurando reforçar os pontos fracos e auxiliando na superação dos pontos fracos, evitando dessa forma que as dificuldades que as crianças possuem na sejam motivos para serem excluídas no processo de aprendizagem e muito menos possam ser rotuladas ou discriminadas.
Outro fator que muito colabora no papel da escola, é a família, pois permite a troca de experiência entre pais e professores. É muito importante que haja uma integração entre os ambientes (escola e família) para se compor o quadro de uma forma real e objetiva. Tanto os pais quanto os professores precisam entender que as dificuldades que a criança possua não é culpa de ninguém, e que se tiver um trabalho em conjunto todos serão beneficiados, principalmente a criança.
Temos que ter em mente que não há criança que não aprenda, o que ocorre é que algumas aprendem de modo mais rápido, outras não, mas sem sombras de dúvida, chega-se a conclusão que independentemente da via neurológica utilizada, o sucesso escolar de crianças com distúrbios de aprendizagem possa ser uma associação de fatores que envolvam ambiente adequado + estímulo+ motivação + organismo, possibilitando que o professor na sua árdua tarefa de lidar com as mais diferentes adversidades saiba que antes de tudo, ser necessário saber avaliar, distinguir e principalmente querer mudar, respeitando cada criança em seu estado de desenvolvimento.

Referências Bibliográficas

  • CIASCA, S.M. & ROSSINI, S.D.R.: Distúrbio de aprendizagem: mudanças ou não? Correlação de uma década de atendimento. Temas sobre desenvolvimento, 8(48): 11-16, 2000.
  • FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
  • LEFRÈVE, AB. ( Coord. ) Disfunção Cerebral Mínima. São Paulo: Editora Sarvier, 1975.
  • CIASCA, Sylvia M. Distúrbio de Aprendizagem: Proposta de Avaliação Interdisciplinar. S.P: Casa do Psicólogo, 2003. Pp 19 – 29.
  • LERNER, J. Learning disabilities: theories, diagnosis and teaching strategies. Boston: Houghton Mifflin Comp., 1989.
  • PENNINGTON, Bruce F. Diagnóstico de Distúrbios de Aprendizagem. S.P: Pioneira, 1997. Pp 34 – 40. Cap.3, Parte I.


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Fonte: http://www.abpp.com.br/artigos/58.htm

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