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Dez cuidados básicos para quem deseja aumentar o domínio do idioma e melhorar sua capacidade de comunicação no ano que se inicia | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Para quem quer assumir novos desafios este ano, aprimorar a própria expressão em língua portuguesa não é problema a ser minimizado.O desempenho no próprio idioma em diferentes situações formais é, em geral, tomado como diapasão de outros atributos da pessoa. Se somos descuidados com o português, no que mais seremos descuidados? Se alguém fala comigo de forma truncada, pode errar em outros momentos do nosso relacionamento. O idioma é, como se vê nestas páginas, mais do que a gramática da língua. A expressão em língua portuguesa pode não se limitar a um decorar de regras gramaticais - sua premissa está em mostrar nossa versatilidade comunicativa e nossa capacidade de tirar de letra os diversos contextos em que nos metemos e os diferentes relacionamentos que mantemos. Saber português significa trabalhar melhor, namorar melhor, interagir melhor. Ao seguir esse pressuposto, Língua sugere a seguir um programa de orientação para quem deseja aumentar o domínio sobre o idioma e, com isso, melhorar sua comunicação cotidiana neste ano que se inicia. São dez cuidados básicos que, não esgotando cada um dos temas aqui propostos, alertam sobre eventuais fragilidades pessoais ou são pontos de partida para a formação, a produção de textos e discursos orais ajustados às nossas necessidades comunicativas. Afinal, o modo como nos expressamos faz o idioma. As dicas que seguem podem tornar a expressão em língua portuguesa um obstáculo a menos a ser superado, ante os outros que o ano anuncia. (LCPJ) 1. A concordância na volta das férias Cuidado antes de contar como passou a virada de ano e as horas de lazer
Erros ortográficos podem desfazer a boa imagem que os outros fazem de nós Os problemas de grafia dos brasileiros são muito maiores do que as dúvidas porventura estimuladas pelo novo acordo ortográfico, que completou um ano no país. O sistema Anglo compilou até uma lista com erros frequentes em redações de concursos. Há os tropeços de memória semântica ou sintática e de insegurança gráfica ("porque" junto ou não, "mal"/"mau", "exceção", "privilégio", "flagrante", "infringir" etc.). Há também a falta de correlação visual ou de sensibilidade acústica na hora de se localizar a sílaba tônica: "anônimato" (por comparar-se ao cognato primitivo "anônimo"), "espontâneidade" (devido a "espontâneo"), "essêncial" (de "essência"), "ingênuidade", "paciênte", "váriados". E há os casos em que se sabe que uma palavra tem acento, mas não onde: daí "tambêm" e "alguêm", denunciando o quanto a pessoa escreve pelo olho, não pelo ouvido nem pelo cálculo. Outra categoria é a dos termos acentuados sem consciência do que se está fazendo. Daí "algúns", "álias", "cancêr", "chápeu", "avalia-lá", "ângustia". O balanço é preliminar. Imagine se fosse feita uma amostra estatística completa?
3 Férias para as muletas Comece o ano sem os cacoetes linguísticos que atormentam ouvidos e leitores exigentes Termos populares nos centros urbanos ("entende?", "veja bem!", "como eu estava falando" etc.) acabam por produzir ruídos na comunicação quando usados a todo instante, de forma indiscriminada, não raro destoando do contexto em que são usados e sempre truncando ou simplificando em demasia o que expressamos. Por isso, quem deseja, a partir deste ano, largar um vício (de linguagem) deve redobrar a atenção à própria fala, tomar cuidado para não transformar as expressões que usa em clichês.
A intuição e a generalização de exemplos concretos podem ser mais efetivas do que a memorização de todas as normas É preciso haver o encontro da preposição "a" com o artigo "a" para que ocorra a contração, a fusão dessas duas vogais, assinalada pelo acento grave indicativo de crase. A mesma fusão ocorre também na presença da preposição ante os pronomes demonstrativos "aquela", "aquele", "aquilo" e ante o demonstrativo "a". Há erro de crase, portanto, em situações em que não há a fusão das vogais. "Levei à ela toda a papelada" (levei a + ela). Aqui, o pronome pessoal "ela" não admite o artigo. Na prática, a intuição e a generalização de exemplos concretos de crase podem ser mais efetivas que a decoreba de regras. Se intuimos a regra básica de que só se usa crase diante de palavras femininas quando há preposição seguida de artigo, evitamos ocorrências como "à 80 km", "à correr" ou "à Pedro". Afinal, nunca pensamos em crase com palavras masculinas ou verbos: daí não haver "a lápis", "a contragosto", "a custo". Se lembramos que o sinal grave também serve para eliminar ambiguidades, evitamos tirar a crase em contextos que pedem, por exemplo, "à beira", "à boca miúda", "à caça". O mais são regras específicas, em expressões como "a distância" (que só leva crase com distância determinada: "O hotel fica à distância de 10 quilômetros"). Aí não tem jeito: é mesmo preciso memorizar as regras. 5. Adaptação ao interlocutor dita o rumo da prosa Ao conversar, é preciso adaptar-se ao nível de formalidade e reduzir a resistência da plateia à sua opinião Falar bem é mais do que se fazer entender. É saber o contexto em que sua fala será recebida. A falta de adequação ao nível de formalidade exigido pelo contexto virou um problema de idioma. Há de se preparar o terreno, modificar o conjunto de opiniões e valores prévios, partilhados por quem nos ouve, e só então abrir espaço para a nossa opinião. Para falar melhor, é preciso, enfim, entender o interlocutor, para não confrontá-lo de imediato. O que não significa fazer o jogo oportunista de quem concorda com tudo. Deve-se criar um campo neutro de conversação, mas que prepare o interlocutor para a opinião que se defenderá. Começar por afirmações com as quais a pessoa concorda sinaliza que não se é adversário, abrindo espaço para o próximo ato. Sem esse esforço prévio, o ouvinte nem teria paciência em nos ouvir. 6. Como organizar o que dizer Ordenar as ideias é o primeiro passo para quem quer fazer entender-se Começar um assunto, pular o meio, retomar o fio da meada, para depois desviar-se de novo, todo atrapalhado. Sinais como esses mostram desorganização de pensamentos, e esta sinaliza uma falta de objetivos sobre como tratar um assunto. A imagem que fica é de alguém disperso, inseguro, talvez pouco confiável. Por isso, alguns cuidados prévios. 1 Imagine todos os aspectos negativos de cada afirmação sua. Esteja preparado para responder a cada um desses fatores. 2 Qual a informação compartilhada pelo leitor? Quem nos lê ou escuta não tem obrigação de intuir o que sabemos e pensamos. É razoável buscar construir, na mente do ouvinte, uma imagem do que se fala. Ao escrever, é preciso ordenar as ideias e os termos da oração (sujeito, predicado, complementos), ter cuidado na escolha de palavras e usá-las em construções sintáticas as mais simples. Organize o que vai dizer, definindo o rumo a seguir após escolher os argumentos que vai usar. Todo escrito se organiza em torno de um elemento de referência, que lhe dá coesão. A partir dele, todo o resto se posiciona. Uma ideia deve levar à próxima, sem sobressaltos. Uma afirmação relaciona-se à anterior e à seguinte. Um texto bem escrito não provoca perguntas de preenchimento, em que o leitor tem de voltar ao mesmo trecho para entender o que foi dito.
Erro de português também ocorre porque não conseguimos nos fazer compreender Uma frase perde clareza por má ordenação das ideias e até por pontuação inadequada. Ser claro requer esforço. A linguística mostrou que sentidos se formam no conjunto da enunciação, na composição de coerência e coesão, nos significados configurados na memória. Há clareza a ser cultivada antes mesmo do primeiro esboço. Afinal, um leitor também "lê" com a memória: ao fim da leitura, improvável que se tenha o texto inteiro radiografado na mente, palavra por palavra. Tende-se a fazer pausas, para que nossa memória de curto prazo forme um resumo do lido até ali. É com essa síntese mental que avançamos a leitura. Muitos incisos e elementos intercalados fazem o leitor não saber o momento da pausa necessária a seu resumo. Daí o problema com frases longas, excesso de apostos e fatos acumulados, sobreposição de protagonistas e de números. Eles atrapalham a síntese mental. Alguns obstáculos são semânticos: termos raros, gírias, jargões e formulações desconhecidas ou pouco acessíveis. Outros são sintáticos:
Ninguém nasce criativo, mas pode desenvolver estratégias que melhoram seu texto Criatividade é a habilidade de criar respostas novas, talvez inusitadas, para os problemas de expressão que temos. É mudar o eixo em que as coisas são apresentadas. O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de referências familiar. O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro quadro de referências. O estímulo primário do texto criativo é abastecer-se de informações de variadas fontes, e ter a disciplina de ver sempre que bicho dá o ato de conectá-las. Pode-se, por exemplo, inserir uma informação antiga em contexto novo, aplicada a problema atual. Ou modificar a relação habitual que há entre duas ou mais coisas ou seres. O raciocínio sequencial, convergente, tende a viciar a escrita de dois modos: 1 Se o redator foi muito intimidado no processo escolar, pode tornar-se demasiado crítico consigo mesmo ao escrever. 2 Falta de familiaridade com outras soluções: tendemos a moldar nosso texto a fórmulas que conhecemos. Por isso, um texto, para ser criativo, deve ser visto como um jogo de xadrez: que movimento devo fazer, qual levaria a que situação e que efeito obterei? Que ideia ou imagem torna palpável o que quero dizer? Ser inventivo é saltar o quadro de referências predominante. Alterar o próprio ponto de vista ou aprofundar o exame de um fenômeno observado. É prestar atenção à informação disponível fazendo um atento exame flexível das implicações dela. 9. O zelo independe do meio Rapidez e concisão não podem ser pretextos para textos truncados na internet Mensagens eletrônicas são um misto de língua escrita e falada. A redação rápida é, aqui, comparável à fala de improviso. Mas é preciso considerar que a mensagem será lida. Pensa-se e digita-se quase que ao mesmo tempo. Ao ser recebida pelo destinatário, o autor da mensagem não estará fisicamente presente para esclarecer imprecisões e trechos obscuros. Por isso, escrever de maneira rápida exige síntese e releitura, antes do envio. Muita gente costuma escrever em meios eletrônicos como se estivesse falando despreocupadamente, com frases mal organizadas, sem clareza. O texto tende à informalidade, mas precisa evitar erros que comprometam a imagem do redator. Como a redação da correspondência empresarial demanda rapidez, os textos devem priorizar a simplicidade, clareza e objetividade. Uma vez que ninguém tem tempo a perder, o vocabulário deve fazer parte da linguagem usual, sem rebuscamentos que tornem a mensagem complicada. Mas simplicidade vocabular não significa repetição exaustiva de termos, abreviações apressadas ou construções truncadas. Para obter concisão, qualquer que seja o meio, deve-se evitar dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas.
10. Revisar o próprio texto Repassar o próprio texto, à procura de falhas de concepção e redação, pode salvar o dia Revise cada escrito, do texto a ser publicado ao e-mail mais despretensioso. Na revisão, é preciso fingir ser o próprio leitor de um texto que você fez, para buscar as questões que o rascunho pode ter deixado de fora. O leitor ou ouvinte não deve passar pelas dificuldades que você passou ao ler o próprio original.
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Cena do seriado Esqueceram de nós - A vila das crianças: sem adultos, crianças buscam criar regras de convivência |
Rosely Sayão: diálogo deve ter como foco a educação de todas as crianças, e não do "meu filho", ou do "meu aluno" |
Marcos Ercíbio Couto: angústia com os limites da atuação paterna, já que os filhos controlam a situação |
Quando o pai bate à porta |
Um aluno é repreendido em sala de aula e, do caminho até a sala da diretoria, liga aos pais pelo celular e relata o ocorrido. Quando chega à direção, os pais já estão em contato com a escola, em tom acusatório. A cena ao lado é cada vez mais comum nas escolas particulares brasileiras: pais que se sentem no direito de cobrar, intervir, mudar. "O trabalho fundamental dos pais não é defender os filhos, mas encorajá-los para os enfrentamentos com a vida pública que estão na escola", propõe Julio Groppa Aquino, da Feusp. Algumas escolas cedem. Abraçam projetos de educação ambiental, educação para o trânsito e tantas outras coisas que servem de vitrine. Qual o limite entre o desejo do pai e a vontade da escola? Para Groppa Aquino, os pais precisam entender que os dilemas escolares têm um sentido formativo. É ali que as crianças se relacionam com o mundo público: testam as leis, as punições, os limites, o sexo. "O que chamamos de indisciplina remete a essa experimentação ativa das crianças. Isso não é desvio, é da natureza da vida escolar", diz. |
Pais, escola e tecnologia |
A união entre escola e família muitas vezes acaba sendo sinônimo de controle de jovens e crianças exercido pelas duas instituições. É o que atesta a recente medida adotada pela rede municipal de ensino de Altinópolis, cidade paulista localizada a 70 km de Ribeirão Preto, região noroeste do estado. Desde o último mês de novembro, os alunos da escola municipal Padre Geraldo Trossel estão sendo monitorados por câmeras distribuídas por salas de aula e pelo pátio. A partir do próximo ano letivo, os pais terão acesso, via internet e ao vivo, às imagens gravadas. A notícia foi veiculada no jornal Folha de S. Paulo no dia 1º de dezembro. De acordo com a prefeitura, as câmeras serão implantadas em todas as unidades. Para Marcos Hernani Hyssa Luis (PMDB), prefeito da cidade, os equipamentos foram instalados como parte do projeto pedagógico, que busca uma aproximação entre os pais e a escola. "A questão da segurança está inserida nesse contexto", disse. Mas não é só o governo municipal que encabeça a ideia. Os pais dos alunos aprovaram a mudança e pensam que ela deveria ser adotada em outras escolas. Ricardo Honório Tozzi, uma das fontes ouvidas pelo jornal, é pai de Karen Gonçalvez, de 12 anos. "Os alunos vão ficar meio constrangidos de perturbar porque tudo vai ser filmado", disse. Antônio Sérgio Bendazolli, outro pai cujo filho está matriculado na escola, afirmou que pretende até comprar um computador para acompanhar o que se passa na escola - para ele, os problemas com a droga podem ser enfrentados com o uso da câmera. |
Para Saber mais |
A parceria presente - A relação família-escola numa escola da periferia de São Paulo, Marcia Gallo, LCTE Editora, 2009. Cadernos Cenpec Escola, família e comunidade, diversos autores, 2009. Crianças (con)fundidas entre a escola e a família, Liliana Sousa, Porto Editora. Escola e família numa rede de (des)encontros - Um estudo das representações de pais e professores, Lelia de Cassia Faleiros Oliveira, Editora Cabral, 2002. Escola-família - Uma relação em processo de reconfiguração, Pedro Silva e Stephen R. Stoer, Porto Editora, 2005. Família e escola, Maria Alice Nogueira, Editora Vozes, 2000. Família e educação - Olhares da psicologia, Lucia Moreira e Ana M. A. Carvalho, Editora Paulinas, 2008. Família e escola - A arte de aprender para ensinar, Albertina de Mattos Chraim, Editora Wak, 2009. Família: modos de usar, Julio Groppa Aquino e Rosely Sayão. Editora Papirus, 2007. Os bastidores da relação família-escola, Daniela de Figueiredo Ribeiro, tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, 2004. |
Ouça este conteúdo Temos a tendência de acreditar que a guerra é sempre algo a ser evitado. Mas, e se existisse um grupo que conquistasse fo...