quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mitos sobre a dislexia

Mitos sobre a dislexia

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 às 9:0h
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Buscar entender os filhos, quando há falta de interesse, pode começar dentro de casa.
Buscar entender os filhos, quando há falta de interesse, pode começar dentro de casa.
Voltamos às aulas, e o dilema com o retorno aos estudos vem dos pais, que buscam entender os filhos quando há algum problema no aprendizado. Na verdade, as dificuldades em aprender a ler e escrever podem estar associadas à dislexia.

Há quem afirme que a dislexia atrapalha a alfabetização, o que é errado, pois investigações na área de didática são unânimes ao demonstrar que se alfabetizar está longe de ser uma tarefa simples. É um processo complexo em que as ideias dos pequenos nem sempre coincidem com as dos adultos.

Estudos recentes conduzidos por cientistas, nos Estados Unidos, apontaram para uma descoberta neurofisiológica que pode desmitificar a ligação genética da dislexia. De cada cem alunos encaminhados ao médico com suspeita de dislexia, apenas três efetivamente têm a doença. Não há relação direta entre disfunções no exame eletroencefalográfico e dificuldades de aprendizagem. O que significa que a maior parte dos problemas não é de origem patológica, mas sim de uma junção de vários fatores internos e externos.

A tutora do Portal Educação e fonoaudióloga, Carolina Cysne, afirma que os estudos mostram que não há relação direta entre disfunções no exame e dificuldades de aprendizagem, nos casos de Dislexia.


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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Faça você mesmo: Mini ar condicionado USB



Verão, calor, o ventilador soprando ar quente e você aí sofrendo na frente do PC? Seus problemas acabaram! Agora você pode fazer seu próprio mini ar-condicionado caseiro. Confira no vídeo abaixo:ou clique aqui

Material necessário:

- 1 cooler, aquele ventiladorzinho que tem dentro dos computadores, você pode tirar daquele computador velho que não funciona mais ou mesmo comprar um m qualquer loja de informática;
- 1 CD velho, pode ser aquele que queimou ao gravar ou aquele CD velho todo arranhado que você não escuta mais;
- 1 cabo USB ou fonte 12v;
- 1 lata;
- Alguns gelinhos.
Como fazer? Confira no vídeo abaixo: se não o velo em seu e-mail clique aqui
Para ter mais dicas e solucionar dúvidas sobre o mini-projeto clique aqui.
Um produto similar foi desenvolvido e está a venda no site da Amazon, o Desktop Air Conditioner, basta congelar uma garrafinha de água, encaixar no aparelho e ligar na entrada USB de seu computador ou em um transformador. Veja algumas imagens do produto:
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Fonte: http://www.megacubo.net/faca-voce-mesmo-mini-ar-condicionado-usb/http://www.megacubo.net/faca-voce-mesmo-mini-ar-condicionado-usb/

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estréia de filmes na semana.



Trailer do filme "Guerra ao Terror"

Trailer do filme "Guerra ao Terror" (The Hurt Locker), de Kathryn Bigelow, com Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse, Evangeline Lilly. O filme acompanha um esquadrão antibombas do exército americano em missões no iraque. A apenas 38 dias de completarem um ano de serviço e voltarem para casa, eles sofrem a baixa do comandante da equipe, que é substituído por um soldado muito menos cuidadoso consigo mesmo e com os outros. Lançado diretamente em DVD no Brasil antes mesmo da estreia nos cinemas americanos, o filme passou em branco por aqui e não aproveitou os ecos do sucesso de crítica feito no exterior. © Imagem Leia mais: "Guerra ao Terror" em DVD

Trailer do filme "Premonição 4"

Trailer legendado do filme "Premonição 4" ("Final Destination: Death Trip"), com Bobby Campo, Shantel VanSanten e Haley Webb. Uma premonição salva um adolescente e seus amigos da morte num acidente numa corrida de carro. A Morte, porém, vai atrás do grupo. Estreia dia 05 de fevereiro. Direção: David R. Ellis. © PlayArte

Trailer legendado do filme "O Que Resta do Tempo" ("The Time That Remains")

Trailer legendado do filme "O Que Resta do Tempo" ("The Time That Remains"), com Elia Suleiman, Saleh Bakri, Samar Qudha Tanus. Quatro episódios atuobiográficos que marcaram a família do diretor palestino Elia Suleiman, entre 1948 e o tempo atual. Estreia dia 05 de fevereiro. Direção: Elia Suleiman. © Imovision

Fonte: http://cinema.uol.com.br/



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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Geografia, plano de aula. Organizações Políticas anos iniciais

 

Geografia

Prática pedagógicaPaisagem cultural

Atividade Permanente Ensino Fundamental I

Rural e urbano: diferentes na paisagem, mas cada vez mais misturados

Bloco de Conteúdo
Geografia
Introdução
A paisagem é um conceito na geografia contemporânea que se convencionou definir como “o visível do espaço geográfico”. Assim não é o espaço integralmente, pois nesse há conteúdos, funções e significados que não são visualmente identificáveis e só o são por outros meios. Nesse segmento escolar o tema da paisagem é muito presente justamente para sua concretude, por sua palpabilidade para a criança. Embora a paisagem é uma expressão apenas das realidades geográficas ela pode ser é um meio de acesso à leitura do espaço, para se compreender fenômenos sociais e naturais.

Esse raciocínio pode fazer sentido quando as referências são as paisagens urbanas e as paisagens rurais. Visualmente bem distintas, suas imagens podem servir de caminho para a distinção dos modos de vida, dos hábitos culturais, dos processos econômicos, das condições ambientais, tudo muito importante no desenvolvimento cognitivo da criança.
Nesse plano de aulas o objetivo é propor atividades que contribuam para essas distinções, mas também que já avancem para uma percepção um pouco mais sofisticada, aquela que relaciona movimentos sociais e diferentes realidades geográficas, no caso voltado para a distinção entre urbano e rural. Mas, para se chegar a tal uma questão chave deverá ser trabalhada: a atualização da distinção do urbano e do rural, algo perfeitamente perceptível para uma criança.

Objetivos - Trabalhar a distinção, de modo atualizado, entre realidades urbanas e realidades rurais, por intermédio da leitura da paisagem.

- Identificar e relacionar os movimentos sociais às realidades geográficas urbanas e rurais, visando uma exposição simples da complexidade que envolve essas duas realidades.

Espera-se como desdobramento desse plano de aula que as seguintes expectativas de aprendizagem sejam alcançadas:

- que os estudantes sejam capazes de distinguir as paisagens rurais das paisagens urbanas, notando que elas são manifestações visuais do espaço de realidades sociais que comportam modos de vida, relativamente diferentes (já foram mais diferentes);


- que adquiram noções sobre a existência de movimentos sociais e das relações existentes entre esses movimentos e os quadros de vida, que são também geográficos, que os abriga.

Conteúdos
- Paisagens rurais e paisagens urbanas
- Movimentos sociais
- Movimentos sociais nas diversas realidades geográficas

Anos
4º e 5º

Tempo estimado
3 aulas

Material necessário
Fotografias alusivas às paisagens rurais e às paisagens urbanas

Desenvolvimento das atividades 1ª aula O professor poderia iniciar trabalhando a construção de um quadro simples, mas que serve para introduzir, de forma ajustada, algum raciocínio conceitual na questão da distinção entre paisagens rurais e paisagens urbanas:

Elementos da paisagemRuralUrbana
1. Espaços naturais
+ _
_
2. Presença de Vegetação
+
_
3. Presença de Fauna (domesticada e silvestre)
+
_
4. Presença de gente
_
+
5. Presença de edificações
_
+
6. Presença de infra-estruturas (estradas, redes elétricas, escolas etc.)
+ _
+
A idéia é que o professor apresente o quadro vazio aos estudantes e que individualmente, ou em grupo ou ainda num diálogo aberto com questionamentos livres e problematizados com a classe o quadro vá sendo preenchido. Todos os elementos presentes no quadro têm expressão visual. Certamente essa lista pode ser aperfeiçoada com outros elementos. A sugestão é que não necessariamente o preenchimento se dê com sinais de mais e de menos. Os alunos podem preencher verbalmente, descrevendo como percebem. Se for preciso, caso os alunos demonstrem não ter tido experiência concreta com alguma dessas paisagens (provavelmente a rural), talvez seja adequado mostrar-se a eles fotografias das paisagens e pedir que olhem segundo os itens do quadro.

Com o quadro preenchido pode-se apresentar um segundo quadro que se refere a elementos que não têm necessariamente expressão visual, mas que ajudam a caracterizar as realidades sociais mais amplas presentes e representadas por essas paisagens. A idéia aqui é que eles consigam ir além do que a paisagem mostra, ou melhor, e principalmente, que por intermédio da paisagem eles consigam deduzir alguma do modo de vida, da cultura, das atividades econômicas ali desenvolvidas. A apresentação do quadro encerra essa aula, na próxima aula vai se desenvolver novamente uma dinâmica para o preenchimento.


Elementos da vida socialRuralUrbana
1. Tipos de bens produzidos
_
+
2. Quantidade de bens produzidos
+
+
3. Número de profissões
_
+
4. Diversidade de tipos de pessoas
_
+
5. Diversidade de práticas culturais e de lazer
_
+
6. Local de moradia dos trabalhadores
Nas fazendas
Nas cidades
2ª aula Como o novo quadro a ser preenchido foi apresentado no final da aula anterior, é possível que os alunos tenham tido tempo para construir respostas. Não importa, deve-se chegar ao preenchimento e introduzir agora algumas questões:

Que indicativos há na paisagem rural que permite afirmar que há poucos tipos de atividades?
Que indicativos há que diga que a produção é grande?
Que indicativos há que diga que há poucas profissões?
Que indicativos há de que os trabalhadores moram nas fazendas?

O objetivo desses questionamentos é estimular a enxergar as relações existentes entre a expressão visual e os significados possíveis. Exemplo: vastos campos agrícolas que aparecem tomando quase toda a paisagem rural indicam uma atividade econômica muito dominante: a agricultura, algo que não poderá ser depreendido ao se observar uma paisagem urbana, que visualmente pode dar indicativo de múltiplas atividades. Por outro lado não é o mais importante que os estudantes acertem e sim que façam as relações. Caso façam essa fase da atividade atingiu seu pleno objetivo e contribui para algo bastante produtivo.

Depois dessa fase a sugestão agora é aproveitar as caracterizações e as relações feitas para introduzir uma pequena problematização que atualiza a clássica distinção entre campo e cidade. Não convém, porém, em nome da facilidade pedagógica criar estereótipos que separam o rural e o urbano de forma muito marcada. Talvez, tenha surgido nas caracterizações dúvidas a respeito do local onde moram os trabalhadores das duas realidades geográficas ou então sobre as práticas culturais e de lazer. Vale comentar com os estudantes esses dois exemplos.

O professor pode fazer alusão à presença nas zonas rurais de indústrias (pode mostrar fotos inclusive). É cada vez mais comum a presença do que chama agroindústria para a produção de álcool, de suco de laranja embalado e congelado, de “tortas” e óleo de soja etc. Os trabalhadores dessas indústrias têm várias profissões (engenheiros, operadores de máquinas, técnicos de informática etc.) e na maioria dos casos moram nas cidades e trabalham na zona rural. Se têm várias profissões logo não são todos agricultores. E isso já é algo mais parecido com a cidade. Trabalhadores do rural morando na cidade indicam uma mistura dessas duas realidades.

Os moradores do mundo rural desenvolvem atividades culturais típicas desse modo de vida: festas, música, brincadeiras e competições de destreza com animais etc. Mas é só isso? As coisas são assim atualmente? As pessoas da zona rural não vão às cidades com freqüência, não estudam nas cidades, não praticam lazeres urbanos, as ligações entre o campo e a cidade não bem mais intensas atualmente (mais meios de transporte, de comunicação etc.)? Esse não é mais um exemplo de mistura dessas duas realidades, que se mantêm as paisagens bem distintas, não é o mesmo com os modos de vida?

Esses comentários vão fazer sentido junto aos estudantes visto todo o trabalho anterior de identificação, de classificação e caracterização das paisagens rurais e urbanas, que serviram também para ver algo mais amplo cujos indicativos estão nessas paisagens. E vão servir de cenário para a conclusão da seqüência didática, com a terceira aula.

3ª aula O professor pode começar com o seguinte comentário: as populações que vivem as realidades rurais e as urbanas podem encontrar muitas dificuldades para conseguir seu sustento, educar seus filhos, cuidar da saúde, lugar de moradia etc. No Brasil existe um bom número de pessoas nessas condições e eles não estão conformados e ninguém, nem quem está bem, pode se conformar com isso. É nesse cenário que surgem os chamados movimentos sociais. Grupos de pessoas de uma região, de um espaço, de uma profissão se organizam para reivindicar junto às autoridades melhores condições para suas vidas. Em nosso país existem movimentos sociais nas zonas rurais e existem movimentos sociais nas cidades.

Algumas questões que o professor pode fazer (e dialogando com os estudantes promover a construção das respostas), podem agora encaminhar um levantamento que ajude os estudantes a identificar e classificar os movimentos sociais em associação com as realidades rurais e urbanas. Esses são procedimentos indispensáveis para se caminhar em direção à compreensão.

Quando se fala em movimentos sociais rurais está se referindo a movimentos de trabalhadores que moram no campo e não daqueles novos trabalhadores das agroindústrias, por exemplo, que moram nas cidades. E o que fazem esses que moram no campo? Os quadros construídos anteriormente fornecem a resposta. São agricultores. E que podem estar reivindicando? O que agricultores normalmente reivindicam, antes de tudo? Terra para plantar, antes de tudo. Não há agricultor sem terra, sem acesso à terra. Ou como empregado de alguém ou como proprietário ou ainda outras formas. No Brasil existe problemas diversos de acesso à terra para um segmento importante de trabalhadores que se organizam em movimentos. Só para ilustrar, vale mencionar que um deles chama-se Movimentos dos Sem Terra (MST), o que demonstra qual o principal motivo para a organização desse movimento.

E quando se fala em movimentos urbanos o que há de parecido? Alguma coisa, mas não muita coisa? As cidades são espaços bem mais complexos, com muito mais gente, mais diversidade de negócios, diversidade de interesses e os movimentos sociais podem ser organizar por muitos motivos diferentes, inclusive alguns relacionados à condição do espaço, à condições que podem ser notadas nas paisagens. Vários exemplos dessa modalidade de movimento social, relacionadas ao espaço, podem ser dados:

a) Movimento por moradias;
b) Movimento por moradias dignas (que envolvem pessoas que moram em favelas, figura marcante de nossas paisagens urbanas);
c) Movimento por transportes, visto que em geral eles não são bons em nossas cidades e as pessoas têm muitas dificuldades para se locomover;
d) Movimento por melhorias das condições ambientais do espaço, e essas podem ser bem visíveis na paisagem: rios poluídos, pequena arborização, derrubada de árvores, excesso de edificações etc.

Não são somente esses os movimentos sociais urbanos, mas eles ilustram bem uma característica forte dos movimentos diversos que podem surgir nesse tipo de espaço.
Para concluir essa seqüência vale mais um comentário que mostra como as realidades desses dois espaços (rural e urbano) se misturam. O comentário é o seguinte: o movimento social dos homens do campo reivindicando terras para trabalhar realiza várias ações, mas algumas delas se dão nas cidades. São manifestações, passeatas, atos públicos. Por que será? Se for preciso deve-se explicar ao estudante o que são esses atos públicos. Mas, voltando, por que nas cidades? O que há nas cidades que faz com que esses movimentos para elas se dirijam? Uma pista pode ser dada para que as reflexões das crianças encontrem uma referência para se apoiar: existe bastante gente para ver a manifestação, existem os governantes, a chamada opinião pública, a imprensa. Aqui o professor deve dar muitos exemplos, antes esperando o que vem por parte dos estudantes. A conclusão é a demonstração de novo da ligação que há entre esses dois mundos, que cada vez mais é o mesmo mundo.

Avaliação Além da participação nas atividades propostas que servem para identificar distinções entre campo e cidade, mas também semelhanças e relações, algumas atividades complementares podem ser propostas e essas podem se constituir novas situações de avaliação. Pequenas pesquisas sobre movimentos sociais concretos da vida real em suas cidades e nas zonas rurais próximas podem ser exemplo. E/ou então expor os alunos a notícias ou pequenos textos referentes a movimentos sociais e pedir para que eles caracterizem esses movimentos segundo o que foi discutido nas diversas aulas: se são movimentos rurais ou urbanos, o que reivindicam etc.

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIABRANDT, Vinicius Caldeira (1982) - “Da resistência aos movimentos sociais: A emergência das classes populares em São Paulo”, in Singer, P. e Brandt, V.C. (org.), São Paulo: O povo em movimento, Petrópolis, Vozes/CEBRAP.
Fernando Portela / Bernardo Mançano Fernandes. Reforma Agrária. São Paulo: Ática.
SADER, Eder, 1988. Quando novos personagens entraram em cena, São Paulo, Paz e Terra, 1988. 
Consultor: Jaime Oliva
Geógrafo, professor da UNIFIEO de Osasco e autor de livros didáticos.



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domingo, 31 de janeiro de 2010

Lição de casa é coisa séria. Para torná-la mais atraente, saiba como usar blogs, fóruns e chats para transformar a rotina da turma


Geografia

Prática pedagógicaGeografia - ciência - informação
Edição 229 | Janeiro/Fevereiro 2010

Lição de casa com a Web 2.0

Lição de casa é coisa séria. Para torná-la mais atraente, saiba como usar blogs, fóruns e chats para transformar a rotina da turma

Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br), de Lavras, MG

Foto: Pedro Motta
TODOS CONECTADOS Em casa, os alunos do Centro Educacional NDE UFLA estudam com o apoio de Karla (primeira foto). Fotos: Pedro Motta
Uma velha aliada do processo de ensino e aprendizagem anda esquecida e até malfalada. Ela atende por várias alcunhas: lição, tema e tarefa de casa são as mais conhecidas. Em parte, esse comportamento está relacionado ao fato de que muitos professores não valorizam essa etapa do processo de construção do conhecimento e propõem atividades pouco intencionais. As crianças, por sua vez, não realizam o que foi pedido ou simplesmente copiam e colam informações da internet para se livrar do que foi pedido.

Esse cenário precisa mudar. "A lição de casa é o único momento em que a criança está longe da escola e se encontra com o que sabe e o que não sabe. É a hora de tomada de consciência das próprias dificuldades", diz Chris D'Albertas, psicóloga, professora do Colégio Vera Cruz, de São Paulo, e estudiosa do assunto. E mais: é uma maneira de desenvolver uma relação de responsabilidade com a própria aprendizagem e com os compromissos da vida, além de um estímulo à autonomia, já que não se trata de tarefas feitas simplesmente para entregar ao professor, mas de um instrumento poderoso de aprendizagem para o aluno. "Para nós, docentes, a lição possibilita rever o que foi planejado. Se, por exemplo, a turma teve dificuldade para realizar uma atividade, é sinal da necessidade de retomar o conteúdo trabalhado", completa Chris. Por isso, é fundamental rever como o material é recebido. "A escola faz a criança ver a tarefa como algo que ela precisa trazer certinho e que será corrigido pelo professor. E isso é um erro grande", ressalta a especialista. No momento da entrega, é preciso dar um retorno aos estudantes. Por que determinada questão não foi respondida? O que foi difícil resolver? Por quê? Por que houve muitas respostas distintas para a mesma questão? Em resumo, a boa lição de casa é aquela que desafia o aluno, fazendo com que ele coloque em jogo seus conhecimentos e perceba se há dificuldades.

Foto: Pedro Motta
CARA A CARA Antes de entrar no mundo virtual, a turma tem acesso ao conteúdo nas aulas presenciais
Para a professora Karla Emanuella Veloso Pinto, eleita Educadora do Ano no Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 de 2009, tudo isso estava muito claro, tanto que ela revolucionou a lição de casa de uma maneira bastante original (e acessível): usou a internet para definir e acompanhar como as turmas do 8º e 9º anos faziam as tarefas de Geografia que ela propunha (leia mais no quadro à direita). "Karla conseguiu se aproximar da realidade dos jovens, que vivem conectados, e mudar o jeito como eles encaram as tarefas", ressalta Sueli Furlan, docente da Universidade de São Paulo (USP) e selecionadora do Prêmio.

Como principal ferramenta de trabalho, Karla lançou mão de um ambiente virtual, uma espécie de rede de relacionamentos a serviço da Educação. Chats e fóruns foram usados não só para enviar as atividades para a garotada. Ela programava situações de debate online, tirava dúvidas via internet e ainda disponibilizava material de referência para a consulta bibliográfica. A ideia agradou a ponto de alguns estudantes passarem acessar as plataformas e publicar as pesquisas que realizavam e comentários a respeito das postagens dos colegas até mesmo durante os fins de semana e à noite.

Novos ambientes de aprendizagem
Foto: Pedro Motta
SEM FRONTEIRAS Karla inovou o conceito de lição de casa trabalhando online com toda a turma
Karla Emanuella Veloso Pinto tem 29 anos, a Educadora Nota 10 de 2009, e é natural de Lavras, a 240 quilômetros de Belo Horizonte, e mãe de uma menina de 9 anos. Formada em Filosofia, começou a lecionar Geografia assim que terminou a faculdade. No começo do ano passado, resolveu encarar uma proposta desafiadora: explorar o ambiente virtual de aprendizagem com as turmas de 8º e 9º ano do Centro Educacional NDE Ufla, escola que fica instalada no campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e tem apoio da instituição. Foi uma aluna da universidade quem desenvolveu e disponibilizou essa rede de relacionamentos a serviço da Educação. "Eu nunca tinha usado a internet para acompanhar a aprendizagem dos meus alunos e nem sabia como começar. Tive de aprender a usar os recursos e planejar cada passo", conta a professora.

- Objetivos
Quando ofereceram o ambiente virtual para Karla trabalhar, ela percebeu que a ferramenta permitiria estabelecer relações entre as aulas presenciais e as tecnologias que fazem parte do cotidiano dos alunos. Além disso, seria possível valorizar a lição de casa, acompanhar as dúvidas da turma e acabar com um problema que invadiu as escolas: os trabalhos copiados da internet.

- Passo a passo
Primeiro os alunos e a professora tiveram de aprender a usar o ambiente virtual desenvolvido pela Ufla. A navegação e as ferramentas são bem simples, nada muito diferente do que se encontra na internet - o grande diferencial é que se trata de um ambiente fechado, ao qual só a turma tem acesso. Nas aulas presenciais, eram trabalhados os conteúdos relacionados à ordem socioeconômica mundial e aos conflitos entre países. Ao acessar o ambiente virtual, os jovens tinham de postar pesquisas sobre o tema e opinar usando argumentos consistentes. Fóruns e chats possibilitavam à professora tirar as dúvidas que restavam em sala e verificar se todos estavam lendo os textos de referência e participando de modo satisfatório das discussões.

- Avaliação
Uma das vantagens de trabalhar com um ambiente virtual é que tudo fica registrado na rede: quem entregou o quê, a que horas, como foi a participação de cada aluno nas discussões etc. Isso permitiu que Karla acompanhasse as aprendizagens de perto revisse o planejamento sempre que percebia que alguma coisa não estava clara, além de analisar o posicionamento de todos (sem exceção), pois em sala há sempre estudantes que participam menos que outros.
Recursos gratuitos ajudam a turbinar as aulas

É fato que professores de todas as disciplinas podem se beneficiar do uso de uma série de elementos disponíveis na internet, como blogs, chats e fóruns de discussão. Além de muitos estarem disponíveis gratuitamente (basta se cadastrar para ter acesso e publicar o conteúdo desejado), a inclusão digital é uma realidade cada vez mais presente não só nas escolas como também na casa dos brasileiros.

Foto: Pedro Motta
DIRETO DA INTERNET Os saberes conquistados no ambiente virtual são expostos em sala, durante seminários
De acordo com estudo da Fundação Victor Civita (FVC), encomendado ao Ibope, 98% das escolas públicas das capitais brasileiras têm computadores e 83% acessam a internet por banda larga. No entanto, há que se destacar que para a disciplina de Geografia o ganho de trabalhar online é ainda maior: os conteúdos disponíveis na rede estão muito ligados a assuntos do dia a dia (como guerras, política ambiental e sustentabilidade) e são encontrados em inúmeros sites de notícias e outras páginas de informação (leia o projeto didático na página seguinte). Além disso, com o computador conectado, é possível ter contato com muitos tipos de mapas, vídeos e capítulos de livros que servem como referência bibliográfica.

"As ferramentas virtuais devem ser escolhidas de acordo com o perfil dos alunos e do trabalho que se quer desenvolver. Cada recurso aciona uma habilidade específica e é capaz de proporcionar uma experiência diferente", ressalta Levon Boligian, professor de Metodologia do Ensino de Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). O blog, por exemplo, é um ambiente virtual exclusivo e pode ser atualizado de maneira simples. É perfeito para publicar textos e estimular os comentários da garotada sobre eles, propor pesquisas para serem publicadas ali mesmo etc. Já os fóruns são úteis para concentrar a discussão a respeito de um assunto específico. O docente pode colocar algumas informações sobre um tema que esteja sendo trabalhado em sala e propor um debate embasado em argumentos construídos pela turma depois de todos terem analisado o material.

Quer saber mais?
CONTATOS
Centro Educacional NDE Ufla, Campus Histórico da Universidade Federal de Lavras, s/n, 37200-000, Lavras, MG, tel. (35) 3829-1187
Chris D'Albertas
Karla Emanuella Veloso Pinto
Levon Boligian

BIBLIOGRAFIA
O Ensino de Geografia no Século XXI
, José Willian Vesentini, 288 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 49,90 reais 

INTERNET
Em Spaceblog, BlogspotWordpress e Forumeiros, espaço e instruções para criar blogs e fóruns gratuitamente.


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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PLANEJAMENTO DE CIÊNCIAS: CONTEÚDOS 1º à 4º séries

 

PLANEJAMENTO DE CIÊNCIAS: CONTEÚDOS 1º à  4º séries


1ª Série
Biodiversidade Vegetal
Biodiversidade Animal
Sentidos Humanos
Projetos Humanos
Conceito Unificador: Natureza Objetiva Homem Projetivo
Os vegetais são diversos, intera-gem com o meio, encerram um conjunto de funções vitais e apareceram na terra em tempos diferentes.
Os animais são diversos, intera-gem com o meio, encerram um conjunto de funções vitais e apareceram na terra em tempos diferentes.
O homem usa seus sentidos para colher informações sobre o mundo ao seu redor.
O homem assimila informações e usa a sua capacidade intelectual para projetar coisas.
2ª Série
Planeta
Matéria
Evolução
Gestação
Conceito Unificador: Padrões de Mudanças
A terra e o universo estão em permanente mudança.
A matéria se transforma e pode ser classificada com base nestas transformações.
Diferentes espécies habitaram a terra em tempos diversos
Os organismos são gerados a partir de uma monumental mudança biológica.
3ª Série
Clima
Tempo
Vegetais
Interrelações
Conceito Unificador: Escalas e Processos
A atmosfera e a hidrosfera são afetadas pela atividade humana e por processos naturais que se repetem.
Água, ar e sol modelam o tempo que pode ser observado e medido.
As plantas em seu processo natural interagem com o solo e com o tempo.
A especialização de vegetais e animais é interdependente
4ª Série
Eletricidade
Magnetismo
Corpo Humano
Nutrição
Conceito Unificador: Sistemas e Interações
A energia provoca movimento de matéria e pode ser percebida de forma indireta.
A energia existe em diferentes formas e gera campos de força.
O corpo humano é formado por um conjunto de sistemas que o controla, que modifica e transporta alimentos, que o suporta e o locomove.
Para funcionar e desenvolver-se de forma apropriada o corpo humano tem necessidades específicas.



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Estréias de filmes neste fim de semana.



O Fim da Escuridão (Edge of Darkness) trailler



Mel Gibson, em sua volta como ator após quase 8 anos, faz um policial cuja filha é assassinada na porta de sua casa. Ao investigar o crime, ele descobre uma conspiração envolvendo a empresa em que ela trabalhava, o governo e muitas autoridades. Baseada em uma série inglesa. Com Mel Gibson e direção de Martin Campbell, diretor de 007 - Cassino Royale.
Zumbilândia - trailer legendado (HD)
Columbus (Jesse Eisenberg) habituou-se a fugir de tudo que o assusta. Tallahassee (Woody Harrelson) não tem medo. Se ele tivesse, acabaria com ele. Em um mundo infestado por zumbis, estes dois sobrevivem perfeitamente. Mas agora, estão prestes a enfrentar o mais terrível panorama de todos: um ao outro.


INVICTUS - Trailer HD Legendado by Digerati
 
Após a queda do Apartheid na África do Sul durante seu primeiro mandato como presidente, Nelson Mandela fez campanha para sediar a Copa do Mundo de Rugby, em 1995. Novo filme de Clint Eastwood, estrelado por Morgan Freeman e Matt Damon. Estreia no Brasil em 2010.



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Diagnóstico incial: você sabe o que eles já sabem?


Matemática

Edição 229 | Janeiro/Fevereiro 2010

Diagnóstico incial: você sabe o que eles já sabem?

Realizar uma sondagem do que os alunos conhecem no início do ano é essencial, certo? Saiba aqui como fazer isso com Matemática

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=== PARTE 1 ====
Avaliação inicial em Matemática. Fotos: Dercílio. Ilustrações: Daniela Domingues
O ano está começando e você tem uma nova turma para acompanhar. Além de reconhecer os rostos e gravar os nomes, uma tarefa mais difícil (e mais importante) o aguarda: investigar o que cada aluno sabe para planejar o que todos devem aprender. É o chamado diagnóstico inicial, ou sondagem das aprendizagens, uma das atividades mais importantes no diálogo entre o ensino e a aprendizagem. Afinal, não dá para decidir que a turma tem de dominar determinado tema sem antes descobrir o que ela já conhece sobre esse assunto. Até porque, diferentemente do que muitos acreditam, ela costuma saber muita coisa. “Antes mesmo de entrar na escola, as crianças têm ideias prévias sobre quase todos os conteúdos escolares. Desde pequenas, elas interagem com o mundo e tentam explicá-lo”, afirma Jussara Hoffmann, especialista em Educação e professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “É preciso conhecê-las para não repetir conceitos nem propor tarefas além do que a garotada é capaz de compreender.” Daí a importância da avaliação inicial. “Esse olhar é imprescindível para construir uma visão detalhada de cada estudante e, com isso, poder planejar as aulas com base nas reais necessidades de aprendizagem do grupo”, explica Jussara. O bom diagnóstico não tem por objetivo contabilizar os erros ou classificar (e rotular) os alunos. Ou seja, não é uma prova, no sentido tradicional. “A ideia é enxergar problemas semelhantes que permitam direcionar o planejamento das atividades”, completa Leika Watabe, coordenadora do Programa Ler e Escrever, da prefeitura de São Paulo. Em outras palavras, o que está em jogo é entender as principais necessidades da turma para orientar as formas de ensinar. Por isso, não é qualquer atividade que serve para a realização de um bom diagnóstico. Os especialistas dizem que só as situações-problema permitem que o aluno mobilize todo o conhecimento que tem sobre o assunto. Não basta apresentar uma questão e obter um sim ou não como resposta – no máximo, um comentário dos mais participativos. “A chave é trabalhar e refletir sobre o problema”, ressalta Leika, “pois não é verbalizando que eles vão mostrar o que sabem.” Quer um exemplo? Se você perguntar para uma criança o que ela pensa sobre os números, ela nunca conseguirá verbalizar uma resposta que explicite suas hipóteses. Pode parecer óbvio, mas muita gente comete esse erro. Com as produções em mãos, é possível analisar o que cada um sabe e como representa isso no papel. A avaliação é o momento também de compreender a lógica empregada na resolução da tarefa. O produto final desse trabalho é uma espécie de mapa, com os conhecimentos da sala. Se ninguém conhece um conteúdo, é claro que ele tem de ser trabalhado de forma prioritária. Se a maioria já resolve bem determinadas questões, a chave é pensar em formas de dar mais atenção aos que estão um passo atrás. Sobretudo entre os alfabetizadores, esse tipo de sondagem é bem conhecido. Mas, nas outras áreas, essa atividade ainda é pouco difundida. O fato é que existem formas amplamente testadas e aprovadas de fazer diagnósticos precisos para muitos conteúdos – em Língua Portuguesa, para a produção de texto (você descobre o que a turma sabe em termos de ortografia, gramática e até organização textual), e em Matemática, no bloco de Números e Operações (para medir os conhecimentos sobre escrita numérica e no que diz respeito à resolução de problemas dos campos aditivo e multiplicativo). Nas páginas de nosso site (www.ne.org.br), você encontra uma seleção de textos que mostram em detalhes a avaliação diagnóstica em Alfabetização e produção de texto. E, nas próximas páginas, está um guia detalhado de como realizá-la com diversos conteúdos de Matemática para as séries iniciais. Vire a página e confira, passo a passo, como descobrir o que os alunos já sabem sobre o que você planeja ensinar.
=== PARTE 2 ====
=== PARTE 3 ====
=== PARTE 4 ====

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Prepare seu português




Prepare seu português

Dez cuidados básicos para quem deseja aumentar o domínio do idioma e melhorar sua capacidade de comunicação no ano que se inicia




Para quem quer assumir novos desafios este ano, aprimorar a própria expressão em língua portuguesa não é problema a ser minimizado.O desempenho no próprio idioma em diferentes situações formais é, em geral, tomado como diapasão de outros atributos da pessoa. Se somos descuidados com o português, no que mais seremos descuidados? Se alguém fala comigo de forma truncada, pode errar em outros momentos do nosso relacionamento.
O idioma é, como se vê nestas páginas, mais do que a gramática da língua. A expressão em língua portuguesa pode não se limitar a um decorar de regras gramaticais - sua premissa está em mostrar nossa versatilidade comunicativa e nossa capacidade de tirar de letra os diversos contextos em que nos metemos e os diferentes relacionamentos que mantemos. Saber português significa trabalhar melhor, namorar melhor, interagir melhor.
Ao seguir esse pressuposto, Língua sugere a seguir um programa de orientação para quem deseja aumentar o domínio sobre o idioma e, com isso, melhorar sua comunicação cotidiana neste ano que se inicia. São dez cuidados básicos que, não esgotando cada um dos temas aqui propostos, alertam sobre eventuais fragilidades pessoais ou são pontos de partida para a formação, a produção de textos e discursos orais ajustados às nossas necessidades comunicativas. Afinal, o modo como nos expressamos faz o idioma. As dicas que seguem podem tornar a expressão em língua portuguesa um obstáculo a menos a ser superado, ante os outros que o ano anuncia. (LCPJ)

1. A concordância na volta das férias
Cuidado antes de contar como passou a virada de ano e as horas de lazer
Sintaxe
O tropeço
A explicação
O correto
"Fazem" três semanas que viajei.
"Fazer", quando exprime tempo, é impessoal, fica no singular.
"Faz"
Chegou "em" São Paulo "a" dois dias e partirá daqui "há" cinco horas, a trabalho.
Verbos de movimento exigem "a", e não "em" (vai ao cinema, levou a família à praia).
Chegou "a" São Paulo "há" dois dias e partirá daqui "a" cinco horas, a trabalho.
"Houveram" muitos carros na estrada.
"Há" indica passado (= "faz") e "a" indica distância ou tempo futuro (não equivale a "faz"). "Haver", como "existir", é invariável.
"Houve"
"Há" dez dias "atrás" eu estava no Nordeste.
Redundância. "Há" e "atrás" têm a mesma função de indicar passado na frase.
"Há dez dias eu estava no Nordeste" ou "Dez dias atrás eu estava no Nordeste"
Se eu "ver" o agente de viagens de novo...
A conjugação de "ver" é: "se eu vir, revir, previr". Do verbo "vir": "se eu vier".
Se eu "vir"
Eis o roteiro "onde" baseei a viagem.
O advérbio ou o pronome relativo "onde" expressa a ideia de lugar: "O hotel onde fiquei").
Eis o roteiro "em que" baseei a viagem.
Não "lhe" vi no aeroporto.
O pronome "lhe" substitui "a ele", "a você", por isso não pode ser usado com objeto direto: "não o convidei"; "a mulher o deixou"; "ele a ama".
Não o "vi"
Para "mim" passar o réveillon.
O pronome aqui age como sujeito da frase. Portanto,"mim" não passa o réveillon, porque não pode ser sujeito. Daí: "para eu passar", "para eu trazer", "para eu definir".
Para "eu" passar
Entre "eu" e você.
Depois de preposição (no caso, "entre"), usa-se "mim" ou "ti".
Entre "mim" e você.
Preferi sair da cidade "do que" ficar.
Prefere-se sempre uma coisa "a" outra.
Preferi sair "a" ficar.
A guia era "meia" boba.
"Meio", como todo advérbio, não varia (não vai para o plural nem muda de gênero).
"meio" boba
"Existe" muitos hotéis na região.
Verbos como "existir", "bastar", "faltar", "restar" e "sobrar" admitem o plural.
Existem
2. Cuidados na escrita das palavras
Erros ortográficos podem desfazer a boa imagem que os outros fazem de nós

Os problemas de grafia dos brasileiros são muito maiores do que as dúvidas porventura estimuladas pelo novo acordo ortográfico, que completou um ano no país. O sistema Anglo compilou até uma lista com erros frequentes em redações de concursos. Há os tropeços de memória semântica ou sintática e de insegurança gráfica ("porque" junto ou não, "mal"/"mau", "exceção", "privilégio", "flagrante", "infringir" etc.). Há também a falta de correlação visual ou de sensibilidade acústica na hora de se localizar a sílaba tônica: "anônimato" (por comparar-se ao cognato primitivo "anônimo"), "espontâneidade" (devido a "espontâneo"), "essêncial" (de "essência"), "ingênuidade", "paciênte", "váriados". E há os casos em que se sabe que uma palavra tem acento, mas não onde: daí "tambêm" e "alguêm", denunciando o quanto a pessoa escreve pelo olho, não pelo ouvido nem pelo cálculo. Outra categoria é a dos termos acentuados sem consciência do que se está fazendo. Daí "algúns", "álias", "cancêr", "chápeu", "avalia-lá", "ângustia".
O balanço é preliminar. Imagine se fosse feita uma amostra estatística completa?
Ortografia
O tropeço
O Correto
Advinhar
Adivinhar
Ascenção
Ascensão
Beneficiente
Beneficente
Excessão
Exceção
Pego em "gragrante"
"Flagrante"("fragrante" refere-se a "fragrância", odor)
Impecilho
Empecilho
"Mal" uso
"Mau" ("bom" x "mau"; "bem" x "mal")
Paralizado
Paralisado
Pixar
Pichar
"Porque" você foi?
"Por que"(separado). Se estiver dada ou subentendida a palavra "razão", é escrito separadamente. Reserve "porque", junto, para as respostas
Previlégio
Privilégio
Vultuoso
Vultoso
Frustado
Frustrado

3 Férias para as muletas
Comece o ano sem os cacoetes linguísticos que atormentam ouvidos e leitores exigentes

Termos populares nos centros urbanos ("entende?", "veja bem!", "como eu estava falando" etc.) acabam por produzir ruídos na comunicação quando usados a todo instante, de forma indiscriminada, não raro destoando do contexto em que são usados e sempre truncando ou simplificando em demasia o que expressamos. Por isso, quem deseja, a partir deste ano, largar um vício (de linguagem) deve redobrar a atenção à própria fala, tomar cuidado para não transformar as expressões que usa em clichês.

Vícios de linguagem
O tropeço
O correto
A explicação
"O atraso no pagamento implicou em multa"
"O atraso no pagamento implicou multa"
No sentido de "ocasionar" ou "provocar", não pede preposição.
"O laboratório fez o exame e o resultado do mesmo será enviado ao paciente."
"O laboratório fez o exame e o seu resultado será enviado ao paciente"
"Mesmo" é pronome demonstrativo, não pessoal; deve dar lugar a "ele" ou outro substantivo.
"Reclame do problema junto a operadora"
"Reclame do problema à operadora"
A locução adverbial "junto a" equivale a "perto de". Não substitui as preposições (no caso, "em").
"Renato, enquanto engenheiro, deixa a desejar"
"Renato, como engenheiro, deixa a desejar"
A conjunção deve ser usada quando se deseja indicar noção de temporalidade, não no lugar da conjunção "como": "Enquanto estudávamos, outros divertiam-se".
"Tipo assim", "a nível de"
Evitar
Configuram uso de gírias ou outros termos que demonstram falta de instrução.
"Governo cria novos empregos"
"Governo cria empregos"

É preciso evitar a tautologia, repetição desnecessária de uma ideia ("Iphan restaura velho casarão") ou de um termo já pronunciado (subir para cima, surpresa inesperada).
4. Regras simples evitam decoreba
A intuição e a generalização de exemplos concretos podem ser mais efetivas do que a memorização de todas as normas
É preciso haver o encontro da preposição "a" com o artigo "a" para que ocorra a contração, a fusão dessas duas vogais, assinalada pelo acento grave indicativo de crase.
A mesma fusão ocorre também na presença da preposição ante os pronomes demonstrativos "aquela", "aquele", "aquilo" e ante o demonstrativo "a".
Há erro de crase, portanto, em situações em que não há a fusão das vogais.
"Levei à ela toda a papelada" (levei a + ela).
Aqui, o pronome pessoal "ela" não admite o artigo.
Na prática, a intuição e a generalização de exemplos concretos de crase podem ser mais efetivas que a decoreba de regras. Se intuimos a regra básica de que só se usa crase diante de palavras femininas quando há preposição seguida de artigo, evitamos ocorrências como "à 80 km", "à correr" ou "à Pedro". Afinal, nunca pensamos em crase com palavras masculinas ou verbos: daí não haver "a lápis", "a contragosto", "a custo".
Se lembramos que o sinal grave também serve para eliminar ambiguidades, evitamos tirar a crase em contextos que pedem, por exemplo, "à beira", "à boca miúda", "à caça".
O mais são regras específicas, em expressões como "a distância" (que só leva crase com distância determinada: "O hotel fica à distância de 10 quilômetros"). Aí não tem jeito: é mesmo preciso memorizar as regras.
5. Adaptação ao interlocutor dita o rumo da prosa
Ao conversar, é preciso adaptar-se ao nível de formalidade e reduzir a resistência da plateia à sua opinião

Falar bem é mais do que se fazer entender. É saber o contexto em que sua fala será recebida.
A falta de adequação ao nível de formalidade exigido pelo contexto virou um problema de idioma. Há de se preparar o terreno, modificar o conjunto de opiniões e valores prévios, partilhados por quem nos ouve, e só então abrir espaço para a nossa opinião.

Para falar melhor, é preciso, enfim, entender o interlocutor, para não confrontá-lo de imediato. O que não significa fazer o jogo oportunista de quem concorda com tudo. Deve-se criar um campo neutro de conversação, mas que prepare o interlocutor para a opinião que se defenderá. Começar por afirmações com as quais a pessoa concorda sinaliza que não se é adversário, abrindo espaço para o próximo ato. Sem esse esforço prévio, o ouvinte nem teria paciência em nos ouvir.
6. Como organizar o que dizer
Ordenar as ideias é o primeiro passo para quem quer fazer entender-se
Começar um assunto, pular o meio, retomar o fio da meada, para depois desviar-se de novo, todo atrapalhado. Sinais como esses mostram desorganização de pensamentos, e esta sinaliza uma falta de objetivos sobre como tratar um assunto. A imagem que fica é de alguém disperso, inseguro, talvez pouco confiável.
Por isso, alguns cuidados prévios.
1 Imagine todos os aspectos negativos de cada afirmação sua. Esteja preparado para responder a cada um desses fatores.
2 Qual a informação compartilhada pelo leitor? Quem nos lê ou escuta não tem obrigação de intuir o que sabemos e pensamos.
É razoável buscar construir, na mente do ouvinte, uma imagem do que se fala. Ao escrever, é preciso ordenar as ideias e os termos da oração (sujeito, predicado, complementos), ter cuidado na escolha de palavras e usá-las em construções sintáticas as mais simples. Organize o que vai dizer, definindo o rumo a seguir após escolher os argumentos que vai usar.
Todo escrito se organiza em torno de um elemento de referência, que lhe dá coesão. A partir dele, todo o resto se posiciona.

Uma ideia deve levar à próxima, sem sobressaltos. Uma afirmação relaciona-se à anterior e à seguinte. Um texto bem escrito não provoca perguntas de preenchimento, em que o leitor tem de voltar ao mesmo trecho para entender o que foi dito.
Técnica de redação
A CRIAÇÃO DOS ARGUMENTOS
Escolha o seu modo de organizar o que tem a dizer
- Fazer lista de palavras-chave.
- Anotar o que vem à mente, desordenado, então cortar e ordenar.
- Resumir ideias e partir para o detalhe, o exemplo, a ideia secundária.
- Criar 1º parágrafo para desbloquear e desenvolver as ideias nele contidas.
- Escrever a ideia central e as secundárias em frases isoladas para aí interligá-las.
- Criar um sumário ou esquema geral do texto.
- Organizar na mente os blocos do texto para depois estruturá-lo.
7. Vencer o desafio de ser entendido
Erro de português também ocorre porque não conseguimos nos fazer compreender
Uma frase perde clareza por má ordenação das ideias e até por pontuação inadequada. Ser claro requer esforço. A linguística mostrou que sentidos se formam no conjunto da enunciação, na composição de coerência e coesão, nos significados configurados na memória.
Há clareza a ser cultivada antes mesmo do primeiro esboço. Afinal, um leitor também "lê" com a memória: ao fim da leitura, improvável que se tenha o texto inteiro radiografado na mente, palavra por palavra. Tende-se a fazer pausas, para que nossa memória de curto prazo forme um resumo do lido até ali. É com essa síntese mental que avançamos a leitura.
Muitos incisos e elementos interca­lados fazem o leitor não saber o mo­mento da pausa necessária a seu resumo. Daí o problema com frases longas, excesso de apostos e fatos acumulados, sobreposição de protagonistas e de números. Eles atrapalham a síntese mental. Alguns obstáculos são semânticos: termos raros, gírias, jargões e formulações desconhecidas ou pouco acessíveis. Outros são sintáticos:
  • Apostos que desarticulam a informação;
  • Frágil progressão de tópicos;
  • Acúmulos de elementos, ideias e conclusões por frase;
  • Anacolutos (iniciar uma coisa, encerrar com outra: "O advogado que não escreve o que diz, não é difícil prever situações de conflito no tribunal");
  • Hipérbatos (um termo interrompe o elo de outros dois: "Aguenta a escola pública da iniciativa privada uma concorrência desleal" (em vez de: "A escola pública aguenta da iniciativa privada uma concorrência desleal").
  • Pontuação: a ausência ou o deslocamento de sinais muda o sentido, e afeta a clareza. Uma mera vírgula refaz um raciocínio: em "Ele não falou, de alegria" x "
Ele não falou de alegria", exemplos de Maria Helena de Nóbrega, da USP, alude-se à disposição emocional do sujeito na primeira frase, e o tema "alegria", na segunda.8. O inusitado da redação criativa
Ninguém nasce criativo, mas pode desenvolver estratégias que melhoram seu texto

Criatividade é a habilidade de criar respostas novas, talvez inusitadas, para os problemas de expressão que temos.
É mudar o eixo em que as coisas são apresentadas.
O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de referências familiar.
O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro quadro de referências.
O estímulo primário do texto criativo é abastecer-se de informações de variadas fontes, e ter a disciplina de ver sempre que bicho dá o ato de conectá-las.
Pode-se, por exemplo, inserir uma informação antiga em contexto novo, aplicada a problema atual. Ou modificar a relação habitual que há entre duas ou mais coisas ou seres.
O raciocínio sequencial, convergente, tende a viciar a escrita de dois modos:
1 Se o redator foi muito intimidado no processo escolar, pode tornar-se demasiado crítico consigo mesmo ao escrever.
2 Falta de familiaridade com outras soluções: tendemos a moldar nosso texto a fórmulas que conhecemos.
Por isso, um texto, para ser criativo, deve ser visto como um jogo de xadrez: que movimento devo fazer, qual levaria a que situação e que efeito obterei? Que ideia ou imagem torna palpável o que quero dizer? Ser inventivo é saltar o quadro de referências predominante. Alterar o próprio ponto de vista ou aprofundar o exame de um fenômeno observado. É prestar atenção à informação disponível fazendo um atento exame flexível das implicações dela.
9. O zelo independe do meio
Rapidez e concisão não podem ser pretextos para textos truncados na internet
Mensagens eletrônicas são um misto de língua escrita e falada. A redação rápida é, aqui, comparável à fala de improviso. Mas é preciso considerar que a mensagem será lida. Pensa-se e digita-se quase que ao mesmo tempo. Ao ser recebida pelo destinatário, o autor da mensagem não estará fisicamente presente para esclarecer imprecisões e trechos obscuros. Por isso, escrever de maneira rápida exige síntese e releitura, antes do envio.
Muita gente costuma escrever em meios eletrônicos como se estivesse falando despreocupadamente, com frases mal organizadas, sem clareza. O texto tende à informalidade, mas precisa evitar erros que comprometam a imagem do redator.
Como a redação da correspondência empresarial demanda rapidez, os textos devem priorizar a simplicidade, clareza e objetividade. Uma vez que ninguém tem tempo a perder, o vocabulário deve fazer parte da linguagem usual, sem rebuscamentos que tornem a mensagem complicada. Mas simplicidade vocabular não significa repetição exaustiva de termos, abreviações apressadas ou construções truncadas. Para obter concisão, qualquer que seja o meio, deve-se evitar dizer em muitas palavras o que se poderia dizer em poucas.
Concisão on-line
Em vez de
Use
Chegar a uma conclusão
Concluir
Chegar a uma decisão
Decidir
Conduzir uma investigação a respeito
Investigar
Fazer um exame
Estudar
Levar a efeito um estudo
Tentar
Levar a efeito uma tentativa
Repetir

10. Revisar o próprio texto
Repassar o próprio texto, à procura de falhas de concepção e redação, pode salvar o dia
Revise cada escrito, do texto a ser publicado ao e-mail mais despretensioso. Na revisão, é preciso fingir ser o próprio leitor de um texto que você fez, para buscar as questões que o rascunho pode ter deixado de fora. O leitor ou ouvinte não deve passar pelas dificuldades que você passou ao ler o próprio original.
Leitura final
- Tenha em mente o projeto de texto que você se propõe.
- Confira se o texto flui ponto a ponto.
- Verifique se afirmações se antecipam a eventuais indagações do leitor.
- Corte o que for irrelevante.
- Não omita informações; não exagere nos detalhes.
- Não insista em fatos de que o leitor já disponha.
- Melhor dispor de forma linear os elementos da frase.
- Não desvie do assunto.
- Veja se os trechos não devem ser distribuídos noutro ponto do texto.
- Não repita conectores, muitos "que" para iniciar explicações ou restrições a termos já expostos.
- Busque palavras com sentidos apropriados ao tema.
- Evite usar termos como se fossem sinônimos ou antônimos, mas que não têm real relação semântica.
- Faça revisão gramatical do escrito. Três vezes.
- Quanto terminar, pare.


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O Senhor da Morte Yamaraja e suas 4 cartas. Aproveita sua forma de vida humana. Cante Hare Krsna e seja feliz.

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