quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mitos sobre a dislexia

Mitos sobre a dislexia

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010 às 9:0h
Tamanho da fonte:
  Diminuir fonte Aumentar fonte

Buscar entender os filhos, quando há falta de interesse, pode começar dentro de casa.
Buscar entender os filhos, quando há falta de interesse, pode começar dentro de casa.
Voltamos às aulas, e o dilema com o retorno aos estudos vem dos pais, que buscam entender os filhos quando há algum problema no aprendizado. Na verdade, as dificuldades em aprender a ler e escrever podem estar associadas à dislexia.

Há quem afirme que a dislexia atrapalha a alfabetização, o que é errado, pois investigações na área de didática são unânimes ao demonstrar que se alfabetizar está longe de ser uma tarefa simples. É um processo complexo em que as ideias dos pequenos nem sempre coincidem com as dos adultos.

Estudos recentes conduzidos por cientistas, nos Estados Unidos, apontaram para uma descoberta neurofisiológica que pode desmitificar a ligação genética da dislexia. De cada cem alunos encaminhados ao médico com suspeita de dislexia, apenas três efetivamente têm a doença. Não há relação direta entre disfunções no exame eletroencefalográfico e dificuldades de aprendizagem. O que significa que a maior parte dos problemas não é de origem patológica, mas sim de uma junção de vários fatores internos e externos.

A tutora do Portal Educação e fonoaudióloga, Carolina Cysne, afirma que os estudos mostram que não há relação direta entre disfunções no exame e dificuldades de aprendizagem, nos casos de Dislexia.


 Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Faça você mesmo: Mini ar condicionado USB



Verão, calor, o ventilador soprando ar quente e você aí sofrendo na frente do PC? Seus problemas acabaram! Agora você pode fazer seu próprio mini ar-condicionado caseiro. Confira no vídeo abaixo:ou clique aqui

Material necessário:

- 1 cooler, aquele ventiladorzinho que tem dentro dos computadores, você pode tirar daquele computador velho que não funciona mais ou mesmo comprar um m qualquer loja de informática;
- 1 CD velho, pode ser aquele que queimou ao gravar ou aquele CD velho todo arranhado que você não escuta mais;
- 1 cabo USB ou fonte 12v;
- 1 lata;
- Alguns gelinhos.
Como fazer? Confira no vídeo abaixo: se não o velo em seu e-mail clique aqui
Para ter mais dicas e solucionar dúvidas sobre o mini-projeto clique aqui.
Um produto similar foi desenvolvido e está a venda no site da Amazon, o Desktop Air Conditioner, basta congelar uma garrafinha de água, encaixar no aparelho e ligar na entrada USB de seu computador ou em um transformador. Veja algumas imagens do produto:
3172NRX0E9L._SS400_
 
yhst-78359274419338_2092_149973988
 
yhst-78359274419338_2092_150061015
 
yhst-78359274419338_2092_150000218


Fonte: http://www.megacubo.net/faca-voce-mesmo-mini-ar-condicionado-usb/http://www.megacubo.net/faca-voce-mesmo-mini-ar-condicionado-usb/

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Estréia de filmes na semana.



Trailer do filme "Guerra ao Terror"

Trailer do filme "Guerra ao Terror" (The Hurt Locker), de Kathryn Bigelow, com Jeremy Renner, Anthony Mackie, Brian Geraghty, Guy Pearce, Ralph Fiennes, David Morse, Evangeline Lilly. O filme acompanha um esquadrão antibombas do exército americano em missões no iraque. A apenas 38 dias de completarem um ano de serviço e voltarem para casa, eles sofrem a baixa do comandante da equipe, que é substituído por um soldado muito menos cuidadoso consigo mesmo e com os outros. Lançado diretamente em DVD no Brasil antes mesmo da estreia nos cinemas americanos, o filme passou em branco por aqui e não aproveitou os ecos do sucesso de crítica feito no exterior. © Imagem Leia mais: "Guerra ao Terror" em DVD

Trailer do filme "Premonição 4"

Trailer legendado do filme "Premonição 4" ("Final Destination: Death Trip"), com Bobby Campo, Shantel VanSanten e Haley Webb. Uma premonição salva um adolescente e seus amigos da morte num acidente numa corrida de carro. A Morte, porém, vai atrás do grupo. Estreia dia 05 de fevereiro. Direção: David R. Ellis. © PlayArte

Trailer legendado do filme "O Que Resta do Tempo" ("The Time That Remains")

Trailer legendado do filme "O Que Resta do Tempo" ("The Time That Remains"), com Elia Suleiman, Saleh Bakri, Samar Qudha Tanus. Quatro episódios atuobiográficos que marcaram a família do diretor palestino Elia Suleiman, entre 1948 e o tempo atual. Estreia dia 05 de fevereiro. Direção: Elia Suleiman. © Imovision

Fonte: http://cinema.uol.com.br/



Obrigado por sua visita, volte sempre.


pegue a sua no TemplatesdaLua.com

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Geografia, plano de aula. Organizações Políticas anos iniciais

 

Geografia

Prática pedagógicaPaisagem cultural

Atividade Permanente Ensino Fundamental I

Rural e urbano: diferentes na paisagem, mas cada vez mais misturados

Bloco de Conteúdo
Geografia
Introdução
A paisagem é um conceito na geografia contemporânea que se convencionou definir como “o visível do espaço geográfico”. Assim não é o espaço integralmente, pois nesse há conteúdos, funções e significados que não são visualmente identificáveis e só o são por outros meios. Nesse segmento escolar o tema da paisagem é muito presente justamente para sua concretude, por sua palpabilidade para a criança. Embora a paisagem é uma expressão apenas das realidades geográficas ela pode ser é um meio de acesso à leitura do espaço, para se compreender fenômenos sociais e naturais.

Esse raciocínio pode fazer sentido quando as referências são as paisagens urbanas e as paisagens rurais. Visualmente bem distintas, suas imagens podem servir de caminho para a distinção dos modos de vida, dos hábitos culturais, dos processos econômicos, das condições ambientais, tudo muito importante no desenvolvimento cognitivo da criança.
Nesse plano de aulas o objetivo é propor atividades que contribuam para essas distinções, mas também que já avancem para uma percepção um pouco mais sofisticada, aquela que relaciona movimentos sociais e diferentes realidades geográficas, no caso voltado para a distinção entre urbano e rural. Mas, para se chegar a tal uma questão chave deverá ser trabalhada: a atualização da distinção do urbano e do rural, algo perfeitamente perceptível para uma criança.

Objetivos - Trabalhar a distinção, de modo atualizado, entre realidades urbanas e realidades rurais, por intermédio da leitura da paisagem.

- Identificar e relacionar os movimentos sociais às realidades geográficas urbanas e rurais, visando uma exposição simples da complexidade que envolve essas duas realidades.

Espera-se como desdobramento desse plano de aula que as seguintes expectativas de aprendizagem sejam alcançadas:

- que os estudantes sejam capazes de distinguir as paisagens rurais das paisagens urbanas, notando que elas são manifestações visuais do espaço de realidades sociais que comportam modos de vida, relativamente diferentes (já foram mais diferentes);


- que adquiram noções sobre a existência de movimentos sociais e das relações existentes entre esses movimentos e os quadros de vida, que são também geográficos, que os abriga.

Conteúdos
- Paisagens rurais e paisagens urbanas
- Movimentos sociais
- Movimentos sociais nas diversas realidades geográficas

Anos
4º e 5º

Tempo estimado
3 aulas

Material necessário
Fotografias alusivas às paisagens rurais e às paisagens urbanas

Desenvolvimento das atividades 1ª aula O professor poderia iniciar trabalhando a construção de um quadro simples, mas que serve para introduzir, de forma ajustada, algum raciocínio conceitual na questão da distinção entre paisagens rurais e paisagens urbanas:

Elementos da paisagemRuralUrbana
1. Espaços naturais
+ _
_
2. Presença de Vegetação
+
_
3. Presença de Fauna (domesticada e silvestre)
+
_
4. Presença de gente
_
+
5. Presença de edificações
_
+
6. Presença de infra-estruturas (estradas, redes elétricas, escolas etc.)
+ _
+
A idéia é que o professor apresente o quadro vazio aos estudantes e que individualmente, ou em grupo ou ainda num diálogo aberto com questionamentos livres e problematizados com a classe o quadro vá sendo preenchido. Todos os elementos presentes no quadro têm expressão visual. Certamente essa lista pode ser aperfeiçoada com outros elementos. A sugestão é que não necessariamente o preenchimento se dê com sinais de mais e de menos. Os alunos podem preencher verbalmente, descrevendo como percebem. Se for preciso, caso os alunos demonstrem não ter tido experiência concreta com alguma dessas paisagens (provavelmente a rural), talvez seja adequado mostrar-se a eles fotografias das paisagens e pedir que olhem segundo os itens do quadro.

Com o quadro preenchido pode-se apresentar um segundo quadro que se refere a elementos que não têm necessariamente expressão visual, mas que ajudam a caracterizar as realidades sociais mais amplas presentes e representadas por essas paisagens. A idéia aqui é que eles consigam ir além do que a paisagem mostra, ou melhor, e principalmente, que por intermédio da paisagem eles consigam deduzir alguma do modo de vida, da cultura, das atividades econômicas ali desenvolvidas. A apresentação do quadro encerra essa aula, na próxima aula vai se desenvolver novamente uma dinâmica para o preenchimento.


Elementos da vida socialRuralUrbana
1. Tipos de bens produzidos
_
+
2. Quantidade de bens produzidos
+
+
3. Número de profissões
_
+
4. Diversidade de tipos de pessoas
_
+
5. Diversidade de práticas culturais e de lazer
_
+
6. Local de moradia dos trabalhadores
Nas fazendas
Nas cidades
2ª aula Como o novo quadro a ser preenchido foi apresentado no final da aula anterior, é possível que os alunos tenham tido tempo para construir respostas. Não importa, deve-se chegar ao preenchimento e introduzir agora algumas questões:

Que indicativos há na paisagem rural que permite afirmar que há poucos tipos de atividades?
Que indicativos há que diga que a produção é grande?
Que indicativos há que diga que há poucas profissões?
Que indicativos há de que os trabalhadores moram nas fazendas?

O objetivo desses questionamentos é estimular a enxergar as relações existentes entre a expressão visual e os significados possíveis. Exemplo: vastos campos agrícolas que aparecem tomando quase toda a paisagem rural indicam uma atividade econômica muito dominante: a agricultura, algo que não poderá ser depreendido ao se observar uma paisagem urbana, que visualmente pode dar indicativo de múltiplas atividades. Por outro lado não é o mais importante que os estudantes acertem e sim que façam as relações. Caso façam essa fase da atividade atingiu seu pleno objetivo e contribui para algo bastante produtivo.

Depois dessa fase a sugestão agora é aproveitar as caracterizações e as relações feitas para introduzir uma pequena problematização que atualiza a clássica distinção entre campo e cidade. Não convém, porém, em nome da facilidade pedagógica criar estereótipos que separam o rural e o urbano de forma muito marcada. Talvez, tenha surgido nas caracterizações dúvidas a respeito do local onde moram os trabalhadores das duas realidades geográficas ou então sobre as práticas culturais e de lazer. Vale comentar com os estudantes esses dois exemplos.

O professor pode fazer alusão à presença nas zonas rurais de indústrias (pode mostrar fotos inclusive). É cada vez mais comum a presença do que chama agroindústria para a produção de álcool, de suco de laranja embalado e congelado, de “tortas” e óleo de soja etc. Os trabalhadores dessas indústrias têm várias profissões (engenheiros, operadores de máquinas, técnicos de informática etc.) e na maioria dos casos moram nas cidades e trabalham na zona rural. Se têm várias profissões logo não são todos agricultores. E isso já é algo mais parecido com a cidade. Trabalhadores do rural morando na cidade indicam uma mistura dessas duas realidades.

Os moradores do mundo rural desenvolvem atividades culturais típicas desse modo de vida: festas, música, brincadeiras e competições de destreza com animais etc. Mas é só isso? As coisas são assim atualmente? As pessoas da zona rural não vão às cidades com freqüência, não estudam nas cidades, não praticam lazeres urbanos, as ligações entre o campo e a cidade não bem mais intensas atualmente (mais meios de transporte, de comunicação etc.)? Esse não é mais um exemplo de mistura dessas duas realidades, que se mantêm as paisagens bem distintas, não é o mesmo com os modos de vida?

Esses comentários vão fazer sentido junto aos estudantes visto todo o trabalho anterior de identificação, de classificação e caracterização das paisagens rurais e urbanas, que serviram também para ver algo mais amplo cujos indicativos estão nessas paisagens. E vão servir de cenário para a conclusão da seqüência didática, com a terceira aula.

3ª aula O professor pode começar com o seguinte comentário: as populações que vivem as realidades rurais e as urbanas podem encontrar muitas dificuldades para conseguir seu sustento, educar seus filhos, cuidar da saúde, lugar de moradia etc. No Brasil existe um bom número de pessoas nessas condições e eles não estão conformados e ninguém, nem quem está bem, pode se conformar com isso. É nesse cenário que surgem os chamados movimentos sociais. Grupos de pessoas de uma região, de um espaço, de uma profissão se organizam para reivindicar junto às autoridades melhores condições para suas vidas. Em nosso país existem movimentos sociais nas zonas rurais e existem movimentos sociais nas cidades.

Algumas questões que o professor pode fazer (e dialogando com os estudantes promover a construção das respostas), podem agora encaminhar um levantamento que ajude os estudantes a identificar e classificar os movimentos sociais em associação com as realidades rurais e urbanas. Esses são procedimentos indispensáveis para se caminhar em direção à compreensão.

Quando se fala em movimentos sociais rurais está se referindo a movimentos de trabalhadores que moram no campo e não daqueles novos trabalhadores das agroindústrias, por exemplo, que moram nas cidades. E o que fazem esses que moram no campo? Os quadros construídos anteriormente fornecem a resposta. São agricultores. E que podem estar reivindicando? O que agricultores normalmente reivindicam, antes de tudo? Terra para plantar, antes de tudo. Não há agricultor sem terra, sem acesso à terra. Ou como empregado de alguém ou como proprietário ou ainda outras formas. No Brasil existe problemas diversos de acesso à terra para um segmento importante de trabalhadores que se organizam em movimentos. Só para ilustrar, vale mencionar que um deles chama-se Movimentos dos Sem Terra (MST), o que demonstra qual o principal motivo para a organização desse movimento.

E quando se fala em movimentos urbanos o que há de parecido? Alguma coisa, mas não muita coisa? As cidades são espaços bem mais complexos, com muito mais gente, mais diversidade de negócios, diversidade de interesses e os movimentos sociais podem ser organizar por muitos motivos diferentes, inclusive alguns relacionados à condição do espaço, à condições que podem ser notadas nas paisagens. Vários exemplos dessa modalidade de movimento social, relacionadas ao espaço, podem ser dados:

a) Movimento por moradias;
b) Movimento por moradias dignas (que envolvem pessoas que moram em favelas, figura marcante de nossas paisagens urbanas);
c) Movimento por transportes, visto que em geral eles não são bons em nossas cidades e as pessoas têm muitas dificuldades para se locomover;
d) Movimento por melhorias das condições ambientais do espaço, e essas podem ser bem visíveis na paisagem: rios poluídos, pequena arborização, derrubada de árvores, excesso de edificações etc.

Não são somente esses os movimentos sociais urbanos, mas eles ilustram bem uma característica forte dos movimentos diversos que podem surgir nesse tipo de espaço.
Para concluir essa seqüência vale mais um comentário que mostra como as realidades desses dois espaços (rural e urbano) se misturam. O comentário é o seguinte: o movimento social dos homens do campo reivindicando terras para trabalhar realiza várias ações, mas algumas delas se dão nas cidades. São manifestações, passeatas, atos públicos. Por que será? Se for preciso deve-se explicar ao estudante o que são esses atos públicos. Mas, voltando, por que nas cidades? O que há nas cidades que faz com que esses movimentos para elas se dirijam? Uma pista pode ser dada para que as reflexões das crianças encontrem uma referência para se apoiar: existe bastante gente para ver a manifestação, existem os governantes, a chamada opinião pública, a imprensa. Aqui o professor deve dar muitos exemplos, antes esperando o que vem por parte dos estudantes. A conclusão é a demonstração de novo da ligação que há entre esses dois mundos, que cada vez mais é o mesmo mundo.

Avaliação Além da participação nas atividades propostas que servem para identificar distinções entre campo e cidade, mas também semelhanças e relações, algumas atividades complementares podem ser propostas e essas podem se constituir novas situações de avaliação. Pequenas pesquisas sobre movimentos sociais concretos da vida real em suas cidades e nas zonas rurais próximas podem ser exemplo. E/ou então expor os alunos a notícias ou pequenos textos referentes a movimentos sociais e pedir para que eles caracterizem esses movimentos segundo o que foi discutido nas diversas aulas: se são movimentos rurais ou urbanos, o que reivindicam etc.

Quer saber mais?
BIBLIOGRAFIABRANDT, Vinicius Caldeira (1982) - “Da resistência aos movimentos sociais: A emergência das classes populares em São Paulo”, in Singer, P. e Brandt, V.C. (org.), São Paulo: O povo em movimento, Petrópolis, Vozes/CEBRAP.
Fernando Portela / Bernardo Mançano Fernandes. Reforma Agrária. São Paulo: Ática.
SADER, Eder, 1988. Quando novos personagens entraram em cena, São Paulo, Paz e Terra, 1988. 
Consultor: Jaime Oliva
Geógrafo, professor da UNIFIEO de Osasco e autor de livros didáticos.



Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

domingo, 31 de janeiro de 2010

Lição de casa é coisa séria. Para torná-la mais atraente, saiba como usar blogs, fóruns e chats para transformar a rotina da turma


Geografia

Prática pedagógicaGeografia - ciência - informação
Edição 229 | Janeiro/Fevereiro 2010

Lição de casa com a Web 2.0

Lição de casa é coisa séria. Para torná-la mais atraente, saiba como usar blogs, fóruns e chats para transformar a rotina da turma

Anderson Moço (novaescola@atleitor.com.br), de Lavras, MG

Foto: Pedro Motta
TODOS CONECTADOS Em casa, os alunos do Centro Educacional NDE UFLA estudam com o apoio de Karla (primeira foto). Fotos: Pedro Motta
Uma velha aliada do processo de ensino e aprendizagem anda esquecida e até malfalada. Ela atende por várias alcunhas: lição, tema e tarefa de casa são as mais conhecidas. Em parte, esse comportamento está relacionado ao fato de que muitos professores não valorizam essa etapa do processo de construção do conhecimento e propõem atividades pouco intencionais. As crianças, por sua vez, não realizam o que foi pedido ou simplesmente copiam e colam informações da internet para se livrar do que foi pedido.

Esse cenário precisa mudar. "A lição de casa é o único momento em que a criança está longe da escola e se encontra com o que sabe e o que não sabe. É a hora de tomada de consciência das próprias dificuldades", diz Chris D'Albertas, psicóloga, professora do Colégio Vera Cruz, de São Paulo, e estudiosa do assunto. E mais: é uma maneira de desenvolver uma relação de responsabilidade com a própria aprendizagem e com os compromissos da vida, além de um estímulo à autonomia, já que não se trata de tarefas feitas simplesmente para entregar ao professor, mas de um instrumento poderoso de aprendizagem para o aluno. "Para nós, docentes, a lição possibilita rever o que foi planejado. Se, por exemplo, a turma teve dificuldade para realizar uma atividade, é sinal da necessidade de retomar o conteúdo trabalhado", completa Chris. Por isso, é fundamental rever como o material é recebido. "A escola faz a criança ver a tarefa como algo que ela precisa trazer certinho e que será corrigido pelo professor. E isso é um erro grande", ressalta a especialista. No momento da entrega, é preciso dar um retorno aos estudantes. Por que determinada questão não foi respondida? O que foi difícil resolver? Por quê? Por que houve muitas respostas distintas para a mesma questão? Em resumo, a boa lição de casa é aquela que desafia o aluno, fazendo com que ele coloque em jogo seus conhecimentos e perceba se há dificuldades.

Foto: Pedro Motta
CARA A CARA Antes de entrar no mundo virtual, a turma tem acesso ao conteúdo nas aulas presenciais
Para a professora Karla Emanuella Veloso Pinto, eleita Educadora do Ano no Prêmio Victor Civita Educador Nota 10 de 2009, tudo isso estava muito claro, tanto que ela revolucionou a lição de casa de uma maneira bastante original (e acessível): usou a internet para definir e acompanhar como as turmas do 8º e 9º anos faziam as tarefas de Geografia que ela propunha (leia mais no quadro à direita). "Karla conseguiu se aproximar da realidade dos jovens, que vivem conectados, e mudar o jeito como eles encaram as tarefas", ressalta Sueli Furlan, docente da Universidade de São Paulo (USP) e selecionadora do Prêmio.

Como principal ferramenta de trabalho, Karla lançou mão de um ambiente virtual, uma espécie de rede de relacionamentos a serviço da Educação. Chats e fóruns foram usados não só para enviar as atividades para a garotada. Ela programava situações de debate online, tirava dúvidas via internet e ainda disponibilizava material de referência para a consulta bibliográfica. A ideia agradou a ponto de alguns estudantes passarem acessar as plataformas e publicar as pesquisas que realizavam e comentários a respeito das postagens dos colegas até mesmo durante os fins de semana e à noite.

Novos ambientes de aprendizagem
Foto: Pedro Motta
SEM FRONTEIRAS Karla inovou o conceito de lição de casa trabalhando online com toda a turma
Karla Emanuella Veloso Pinto tem 29 anos, a Educadora Nota 10 de 2009, e é natural de Lavras, a 240 quilômetros de Belo Horizonte, e mãe de uma menina de 9 anos. Formada em Filosofia, começou a lecionar Geografia assim que terminou a faculdade. No começo do ano passado, resolveu encarar uma proposta desafiadora: explorar o ambiente virtual de aprendizagem com as turmas de 8º e 9º ano do Centro Educacional NDE Ufla, escola que fica instalada no campus da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e tem apoio da instituição. Foi uma aluna da universidade quem desenvolveu e disponibilizou essa rede de relacionamentos a serviço da Educação. "Eu nunca tinha usado a internet para acompanhar a aprendizagem dos meus alunos e nem sabia como começar. Tive de aprender a usar os recursos e planejar cada passo", conta a professora.

- Objetivos
Quando ofereceram o ambiente virtual para Karla trabalhar, ela percebeu que a ferramenta permitiria estabelecer relações entre as aulas presenciais e as tecnologias que fazem parte do cotidiano dos alunos. Além disso, seria possível valorizar a lição de casa, acompanhar as dúvidas da turma e acabar com um problema que invadiu as escolas: os trabalhos copiados da internet.

- Passo a passo
Primeiro os alunos e a professora tiveram de aprender a usar o ambiente virtual desenvolvido pela Ufla. A navegação e as ferramentas são bem simples, nada muito diferente do que se encontra na internet - o grande diferencial é que se trata de um ambiente fechado, ao qual só a turma tem acesso. Nas aulas presenciais, eram trabalhados os conteúdos relacionados à ordem socioeconômica mundial e aos conflitos entre países. Ao acessar o ambiente virtual, os jovens tinham de postar pesquisas sobre o tema e opinar usando argumentos consistentes. Fóruns e chats possibilitavam à professora tirar as dúvidas que restavam em sala e verificar se todos estavam lendo os textos de referência e participando de modo satisfatório das discussões.

- Avaliação
Uma das vantagens de trabalhar com um ambiente virtual é que tudo fica registrado na rede: quem entregou o quê, a que horas, como foi a participação de cada aluno nas discussões etc. Isso permitiu que Karla acompanhasse as aprendizagens de perto revisse o planejamento sempre que percebia que alguma coisa não estava clara, além de analisar o posicionamento de todos (sem exceção), pois em sala há sempre estudantes que participam menos que outros.
Recursos gratuitos ajudam a turbinar as aulas

É fato que professores de todas as disciplinas podem se beneficiar do uso de uma série de elementos disponíveis na internet, como blogs, chats e fóruns de discussão. Além de muitos estarem disponíveis gratuitamente (basta se cadastrar para ter acesso e publicar o conteúdo desejado), a inclusão digital é uma realidade cada vez mais presente não só nas escolas como também na casa dos brasileiros.

Foto: Pedro Motta
DIRETO DA INTERNET Os saberes conquistados no ambiente virtual são expostos em sala, durante seminários
De acordo com estudo da Fundação Victor Civita (FVC), encomendado ao Ibope, 98% das escolas públicas das capitais brasileiras têm computadores e 83% acessam a internet por banda larga. No entanto, há que se destacar que para a disciplina de Geografia o ganho de trabalhar online é ainda maior: os conteúdos disponíveis na rede estão muito ligados a assuntos do dia a dia (como guerras, política ambiental e sustentabilidade) e são encontrados em inúmeros sites de notícias e outras páginas de informação (leia o projeto didático na página seguinte). Além disso, com o computador conectado, é possível ter contato com muitos tipos de mapas, vídeos e capítulos de livros que servem como referência bibliográfica.

"As ferramentas virtuais devem ser escolhidas de acordo com o perfil dos alunos e do trabalho que se quer desenvolver. Cada recurso aciona uma habilidade específica e é capaz de proporcionar uma experiência diferente", ressalta Levon Boligian, professor de Metodologia do Ensino de Geografia da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). O blog, por exemplo, é um ambiente virtual exclusivo e pode ser atualizado de maneira simples. É perfeito para publicar textos e estimular os comentários da garotada sobre eles, propor pesquisas para serem publicadas ali mesmo etc. Já os fóruns são úteis para concentrar a discussão a respeito de um assunto específico. O docente pode colocar algumas informações sobre um tema que esteja sendo trabalhado em sala e propor um debate embasado em argumentos construídos pela turma depois de todos terem analisado o material.

Quer saber mais?
CONTATOS
Centro Educacional NDE Ufla, Campus Histórico da Universidade Federal de Lavras, s/n, 37200-000, Lavras, MG, tel. (35) 3829-1187
Chris D'Albertas
Karla Emanuella Veloso Pinto
Levon Boligian

BIBLIOGRAFIA
O Ensino de Geografia no Século XXI
, José Willian Vesentini, 288 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 49,90 reais 

INTERNET
Em Spaceblog, BlogspotWordpress e Forumeiros, espaço e instruções para criar blogs e fóruns gratuitamente.


Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

PLANEJAMENTO DE CIÊNCIAS: CONTEÚDOS 1º à 4º séries

 

PLANEJAMENTO DE CIÊNCIAS: CONTEÚDOS 1º à  4º séries


1ª Série
Biodiversidade Vegetal
Biodiversidade Animal
Sentidos Humanos
Projetos Humanos
Conceito Unificador: Natureza Objetiva Homem Projetivo
Os vegetais são diversos, intera-gem com o meio, encerram um conjunto de funções vitais e apareceram na terra em tempos diferentes.
Os animais são diversos, intera-gem com o meio, encerram um conjunto de funções vitais e apareceram na terra em tempos diferentes.
O homem usa seus sentidos para colher informações sobre o mundo ao seu redor.
O homem assimila informações e usa a sua capacidade intelectual para projetar coisas.
2ª Série
Planeta
Matéria
Evolução
Gestação
Conceito Unificador: Padrões de Mudanças
A terra e o universo estão em permanente mudança.
A matéria se transforma e pode ser classificada com base nestas transformações.
Diferentes espécies habitaram a terra em tempos diversos
Os organismos são gerados a partir de uma monumental mudança biológica.
3ª Série
Clima
Tempo
Vegetais
Interrelações
Conceito Unificador: Escalas e Processos
A atmosfera e a hidrosfera são afetadas pela atividade humana e por processos naturais que se repetem.
Água, ar e sol modelam o tempo que pode ser observado e medido.
As plantas em seu processo natural interagem com o solo e com o tempo.
A especialização de vegetais e animais é interdependente
4ª Série
Eletricidade
Magnetismo
Corpo Humano
Nutrição
Conceito Unificador: Sistemas e Interações
A energia provoca movimento de matéria e pode ser percebida de forma indireta.
A energia existe em diferentes formas e gera campos de força.
O corpo humano é formado por um conjunto de sistemas que o controla, que modifica e transporta alimentos, que o suporta e o locomove.
Para funcionar e desenvolver-se de forma apropriada o corpo humano tem necessidades específicas.



Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Série Educação Editora Ática, bons livros para formação do professor da Educação infantil e Anos iniciais. Indicação de leitura 65

Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare está com erro entre em contato.