Em Campinas e região o número de demitidos chega a 220
No Estado 80% dos dispensados são mestres e doutores
O Grupo Anhanguera Educacional, que em Campinas responde pelas
Faculdades Anhanguera FAC I, II, III e IV, demitiu cerca de 900
professores em diversas cidades do Estado de São Paulo no final de
dezembro, a maioria das demissões atingiu mestres e doutores. Somente em
Campinas são 123 demitidos, seguida de Piracicaba, com 60 demitidos,
Limeira 20 e Santa Bárbara d'Oeste 15 professores.
O maior número de demissões ocorreu em São Paulo e no ABC, na
Universidade Bandeirante (Uniban), na Universidade do Grande ABC
(UniABC), na Faculdade Senador Fláquer, na Faculdade Anchieta e na
Faculdade Editora Nacional (Faenac). O Sinpro ABC estima que quase 50%
dos professores da UniABC tenham perdido o emprego neste final de ano.
"Nós estávamos ouvindo boatos há uma semana de que as demissões
atingiriam 1.200 professores da Anhanguera em todo o Estado. O maior
número de demitidos está na Uniban, universidade adquirida em setembro
deste ano pela Anhanguera. O curioso é que 80% são mestres e doutores,
que serão substituídos por graduados e especialistas, obviamente
rebaixando os salários dos professores, reduzindo a qualidade de ensino e
aumentando os lucros do grupo Anhanguera", disse Cláudio Jorge,
presidente do Sinpro Campinas.
A Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp) fará uma
reunião com todos os Sindicatos já no início de janeiro para estudar as
medidas a serem tomadas e para discutir as demissões em massa. As
demissões serão levadas também ao MEC para que verifique a legalidade do
ato.
Uniban
A aquisição mais recente do Grupo Anhanguera foi a Uniban, que
custou R$ 510 milhões. A compra ocorreu em setembro passado e a
estrutura de 13 campi da Uniban (dez no Estado de São Paulo, dois no
Paraná e um em Santa Catarina) entraram no pacote.