sábado, 23 de março de 2013

Capitulo 06 Memória e Aprendizagem




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Análise das relações entre memória e aprendizagem na construção do saber




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GLOBO NEWS: Bolsonaro e Alexandre Garcia falam sobre a "Comissão da Verd...



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BOLSONARO SAÚDA NIEMEYER - UM "AUTÊNTICO" COMUNISTA




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A Ditadura do Proletariado e o Desemprego no Brasil - Dep Jair Bolsonaro...



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Roda de-conversa- Faculdade de educação da Unicamp 04 de abril de 2013, às 11h, na sala da Congregação da FE




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Diálogos ‘‘Educação Comparada e Formação de Professores’’ 25.mar.2013 Salão Nobre da FE-Unicamp




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sexta-feira, 22 de março de 2013

Um.Crime.de.Mestre COMPLETO DUBLADO




sinopse: Willy Beachum (Ryan Gosling) é um jovem e ambicioso promotor público, que está no melhor momento de sua vida profissional. Ele tem 97% de vitória nos casos em que atuou e está prestes a assumir um cargo na famosa agência Wooton Sims. Porém, antes de deixar o cargo de promotor ele tem um último desafio pela frente: Ted Crawford (Anthony Hopkins). Após descobrir que sua esposa o estava traindo, Ted a matou com um tiro na cabeça. Parecia um caso simples, já que era um crime premeditado e com uma confissão clara, mas Ted cria um labirinto complexo em torno do caso de forma a tentar sua absolvição.

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Código de conduta 2009 COMPLETO EM .AVI



Clyde (Gerard Butler) é um dedicado pai de família que testemunha sua esposa e filha serem assassinadas. Um dos culpados ganha liberdade graças a um acordo feito com o ambicioso promotor Nick (Jamie Foxx). Anos depois o assassino é encontrado morto e Clyde é preso mesmo sem provas contra ele. Seu unico objetivo, é denunciar o corrupto sistema judicial nem que para isso tenha que matar um a um, todos os envolvidos. Mas, se Clyde já está na cadeia, como o promotor poderá impedi-lo se ele está sempre um passo a frente de todos?

Trailer em http://www.youtube.com/watch?v=n34wVR...

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A REVOLUÇÃO DOS BICHOS



Numa alegoria a corrupção do poder na União Soviética comandada por seu líder, Josef Stalin, o escritor George Orwell escreveu "A Revolução dos Bichos". Considerada um best-seller, a obra narra a história do fazendeiro Jones (Pete Postlephwaite). Um homem beberrão e cruel que explora seus animais. Revoltados com seu proprietário, eles se organizam em seu lar. De posse da terra, os bichos passam a controlar o lugar, decretando uma série de novas regras.

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A FORTALEZA - Christopher Lambert



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Calendário vaishinava: Ekadasi - dia 23 de março 2013



Dia 23 de Março
Jejum completo de grãos e cereais para
AMALAKI VRATA EKADASI


Dia 24 de Março
Sri Madhavendra Puri – Desaparecimento

Dia 27 de Março
SRI GAURANGA MAHAPRABHU – APARECIMENTO
*** GAURA PURNIMA ***
(JEJUM COMPLETO ATÉ O NASCER DA LUA)
Aniversário de aparecimento do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu, que é o mesmo Krsna no papel de Seu próprio devoto. Ele aparece neste mundo para difundir o amor a Krsna através do canto congregacional de Seus santos nomes. Ele apareceu em Sridhama Mayapur, Bengala Ocidental, em 1486. Suas atividades e ensinamentos estão descritos em detalhes no livro "Ensinamentos do Senhor Caitanya" e no "Sri Caitanya-Caritamrta".

Dia 28 de Março

Festival de Jagannatha Misra

Dia 3 de Abril
Sri Srivasa Pandita – Aparecimento

Amalaki Ekadasi
               O rei Mandhata certa vez disse para Vasistha muni:
                   -Ó grande sábio, bondosamente seja misericordioso comigo e descreva o jejum sagrado que irá me beneficiar eternamente.
                   Vasistha muni respondeu:
                   -Ó rei, por favor ouça enquanto lhe descrevo o melhor de todos os dias de jejum, Amalaki Ekadasi. Aquele que fielmente observa o jejum neste Ekadasi, alcança muita riqueza, livra-se dos efeitos de todos os tipos de pecados e obtém a liberação. Jejuar neste Ekadasi, é mais purificante do que doar mil vacas em caridade a um brahmana qualificado. Portanto, por favor me ouça atenciosamente, enquanto lhe descrevo a história de um caçador, que embora se ocupasse diariamente em matar animais inocentes para sua subsistência, obteve a liberação observando o jejum no Amalaki Ekadasi, e seguindo as regras e regulações prescritas de adoração.
                   Havia uma vez um reino chamado Vaidisa, onde todos os brahmanasksatriyasvaisyas e sudras estavam igualmente capacitados com o conhecimento védico, grande força corporéa e inteligência apurada. Ó leão entre os reis, em todo reino havia vibrações de sons védicos, nenhuma pessoa sequer era ateísta e ninguém era pecador. O governador deste reino era o rei Pasabinduka, um membro da dinastia soma, a lua. Ele também era conhecido como Citraratha, e era muito religioso e veraz. Está dito que o rei Citraratha, tinha a força de dez mil elefantes, que ele era muito rico e conhecia as seis ramificações do conhecimento védico(nota 1) perfeitamente.
                   Durante o reinado de maharaja Citraratha, nem siquer uma pessoa em seu reino, tentava se desviar do seu dharma (dever ocupacional). Assim, perfeitamente ocupados em seu próprio dharma, estavam todos os brahmanasksatriyasvaishyas e sudras. Nem miséria nem pobreza eram vistas neste reinado, e não havia secas nem enchentes. As pessoas prestavam serviço amoroso à Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Vishnu, tal como fazia o rei, o qual também prestava serviço especial ao senhor Shiva. Além disso, duas vezes por mês, todos jejuavam no Ekadasi.
                   Desta maneira, ó melhor dos reis, os habitantes de Vaidisa viviam muitos anos em grande felicidade e prosperidade. Abandonando todas variedades de religião materialista, eles se dedicavam completamente ao serviço amoroso ao Senhor Supremo Hari.
                   Uma vez, no mês de Phalguna, chegou o santo jejum do Amalaki Ekadasi, que estava conectado com o Dvadasi, portanto Maha Dvadasi. O rei Citraratha realizou que este jejum em particular, iria conceder um grande benefício especial. Assim, ele e todos os habitantes de Vaidisa, observaram este Ekadasi sagrado mui estritamente, seguindo cuidadosamente todas as regras e regulações pertinentes.
                   Após banharem-se em um rio, o rei e todos os seus súditos foram a um templo do Senhor Vishnu, onde havia uma árvore Amalaki. Primeiramente, o rei e seus principais sacerdotes ofereceram a árvore um pote com água, e também um fino dossel, bem como ouro, diamantes, rubis, pérolas, safiras e incenso aromático. Então eles invocaram e adoraram o Senhor Parasurama com essas orações:
                   -Ó Senhor Parasurama! Ó filho de Renuka! Ó ser totalmente satisfeito! Ó libertador dos mundos! Bondosamente venha até esta santa árvore e aceite nossas humildes reverências. 
                   Então eles oraram para a árvore Amalaki:
                   -Ó Amalaki! Ó cria do senhor Brahma! Você pode destruir todos os tipos de reações pecaminosas. Por favor aceite nossas respeitosas reverências, e estes humildes presentes. Ó Amalaki! Você é realmente a forma do brahmam, e você certa vez foi adorada pelo Senhor Ramachandra em pessoa. Quem quer que lhe circungire, livra-se imediatamente de todos os pecados.
                   Após oferecer essas excelentes orações, o rei Citraratha e seus súditos, permaneceram despertos por toda noite, orando e adorando de acordo com as regras e regulações relativas ao jejum de Ekadasi. E foi durante esta hora auspiciosa do jejum e oração, que um homem muito irreligioso aproximou-se da assembléia. Um homem que mantinha-se, ele e sua  família, matando animais. Oprimido pelo cansaço e pecados, o caçador viu o rei e os habitantes de Vaidisa observando o Amalaki Ekadasi, através da vigília por toda noite; do jejum e da adoração ao Senhor Vishnu, naquele belíssimo local da floresta, o qual estava iluminado por muitas lâmpadas brilhantes. O caçador então escondeu-se próximo, maravilhado com aquela visão extraordinária perante ele. Ele pensou: "O que está acontecendo ali?"  O que ele viu naquela linda floresta, embaixo da sagrada árvore Amalaki, foi a deidade do Senhor Damodara sendo adorada sobre uma asana de um pote dágua. E o que ele ouviu, eram os devotos cantando os sagrados sons descrevendo as formas e passatempos transcendentais do Senhor Sri Krishna. Apesar dele ser um matador firmemente irreligioso de animais e pássaros inocentes, ele passou toda noite muito surpreso com o que estava vendo na celebração do Ekadasi e ouvindo a glorificação ao Senhor Supremo Sri Krishna.
                   Logo após o nascer do sol, o rei e toda sua comitiva real, incluindo os sábios da corte e todos habitantes, completaram a observação do Ekadasi e retornaram para a cidade de Vaidisa. O caçador então retornou a sua cabana e tomou com alegria a sua refeição. No decurso do tempo o caçador morreu, mas o mérito que ele obteve por jejuar no Amalaki Ekadasi e ouvir a glorificação à Suprema Personalidade de Deus, e também por ter sido forçado a permanecer acordado por toda noite, tornou-o elegível a renascer como um grande monarca capacitado com muitas quadrigas, elefantes, cavalos e saldados. Seu nome era Vasuratha, o filho do rei Viduratha, e ele governou o reino de Jayante.
                   O rei vasuratha era forte e destemido, tão refulgente como o sol e belo como a lua. Na força ele era como Vishnu, e em perdão ele era como a terra. Muito caridoso e sempre veraz, o rei Vasuratha sempre prestava serviço devocional amoroso ao Senhor Supremo, Sri Vishnu. Ele portanto, tornou-se muito bem versado no conhecimento védico. Sempre ativo nos afazeres do estado, ele desfrutava de cuidar muito bem de seus súditos, como se eles fossem seus próprios filhos. Ele não gostava do orgulho em ninguém e costumava esmagá-lo se o visse. Ele executou muitos tipos de sacrifícios e sempre garantia que os necessitados de seu reino, recebessem caridade suficiente.
                   Um dia, enquanto passeava na floresta, o rei Vasuratha perdeu-se. Perambulando por algum tempo e eventualmente ficando esgotado, ele descansou sobre uma árvore e usando seus braços como travesseiro, dormiu profundamente. Enquanto ele dormia, alguns bárbaros tribais vieram até ele e lembrando a sua muita antiga inimizade contra o rei, eles começaram a discutir entre si as várias maneiras para matar o rei que dormia:
                   -É por causa dele que nossos pais, mães e cunhados, netos, sobrinhos e tios foram mortos e nós fomos forçados a vagar desamparadamente como loucos. Dizendo assim, eles se prepararam para matar o rei Vasuratha com várias armas, tais como: Lanças, espadas, flechas e cordas místicas.
                   Mas nenhuma dessas armas mortais pode siquer tocar o rei que dormia, e assim os tribais comedores de cães e incivilizados ficaram temerosos. Este medo debilitou a força deles e logo perderam aquele pouco de inteligência que tinham, e se tornaram quase que inconcientes com a confusão e fraqueza. Subitamente uma bela mulher apareceu do corpo do rei, surpreendendo os aborígenes. Decorada com muitos ornamentos e emanando um perfume maravilhoso, usando uma vistosa guirlanda ao redor do seu pescoço, com as sobrancelhas curvadas de uma maneira terrivelmente irada e com seus olhos vermelhos ferozmente abrazantes, ela assemelhava-se à morte personificada. Com seu cakra incandecente ela rapidamente matou todos os bárbaros tribais, os quais tinham tentado matar o rei enquanto dormia.
                   Então, logo o rei acordou vendo todos os tribais mortos ao redor dele, ele ficou atônito, e exclamou:
                   -Todos esses são meus inimigos! Quem os matou tão violentamente? Quem é meu grande benfeitor?
                   Naquele mesmo momento, ele ouviu uma voz do céu:
                   -Você pediu alguém que lhe ajudasse. Então quem é aquele que pode ajudar os sofredores na miséria? Este é somente Sri Kesava, a Suprema Personalidade de Deus, aquele que salva todos que se rendem a ele sem nenhum motivo egoísta.
                   Após ouvir estas palavras, o rei Vasuratha ficou dominado de amor pela Suprema Personalidade de Deus. Ele retornou a sua capital e governou ali como um segundo Indra, sem quaisquer obstáculo.
                   -Portanto, ó rei Mandatha!  "Concluiu o venerável Vasistha muni,"  Qualquer pessoa que observe o santo Amalaki Ekadasi, indubitavelmente obterá a morada suprema do Senhor Vishnu, tão grande é o mérito religioso adquerido pela observação deste sagrado dia de jejum.
                   Assim acaba a narração das glórias do Phalguna-sukla Ekadasi ou Amalaki Ekadasi
                                                               do Brahmanda Purana.
                                                                   -NOTA-
1) As seis ramificações conhecimento védico são: O sistema karma mimansa de Jaimini; O sistema sankhya do Senhor
    Kapila, o filho de Devahuti; A filosofia Nyaya de Gautama e Kanada; A filosofia mayavada de Astavakra; Os yogas
    sutras de Pantajali e a filosofia Bhagavata de Srila Vyasadeva.
                                                                   -FIM-     



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Émile Durkheim: os tipos de solidariedade social



Émile Durkheim
Ao se debruçar sobre o estudo da sociedade industrial do século XIX, Émile Durkheim percebeu a importância de se compreender os fatores que explicariam a organização social, isto é, compreender o que garantia a vida em sociedade e uma ligação (maior ou menor) entre os homens. Chegou à conclusão de que os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes sociedades seriam dados pela solidariedade social, sem a qual não haveria uma vida social, sendo esta solidariedade do tipo mecânica ou orgânica.
Mas o que seria a solidariedade social? Para compreendê-la é preciso levar em consideração as ideias de consciência coletiva (ou comum) e consciência individual, também estudadas por esse autor. Cada um de nós teria uma consciência própria (individual) a qual teria características peculiares e, por meio dela, tomaríamos nossas decisões e faríamos escolhas no dia a dia. A consciência individual estaria ligada, de certo modo, à nossa personalidade. Mas a sociedade não seria composta pela simples soma de homens, isto é, de suas consciências individuais, mas sim pela presença de uma consciência coletiva (ou comum). A consciência individual sofreria a influência de uma consciência coletiva, a qual seria fruto da combinação das consciências individuais de todos os homens ao mesmo tempo. A consciência coletiva seria responsável pela formação de nossos valores morais, de nossos sentimentos comuns, daquilo que temos como certo ou errado, honroso ou desonroso e, dessa forma, ela exerceria uma pressão externa aos homens no momento de suas escolhas, em maior ou menor grau. Ou seja, para Durkheim a consciência coletiva diria respeito aos valores daquele grupo em que se estaria inserido enquanto indivíduo, e seria transmitida pela vida social, de geração em geração por meio da educação, sendo decisiva para nossa vida social. A soma da consciência individual com a consciência coletiva formaria o ser social, o qual teria uma vida social entre os membros do grupo.
Assim, podemos afirmar que a solidariedade social para Durkheim se daria pela consciência coletiva, pois essa seria responsável pela coesão (ligação) entre as pessoas. Contudo, a solidez, o tamanho ou a intensidade dessa consciência coletiva é que iria medir a ligação entre os indivíduos, variando segundo o modelo de organização social de cada sociedade. Nas sociedades de organização mais simples predominaria um tipo de solidariedade diferente daquela existente em sociedades mais complexas, uma vez que a consciência coletiva se daria também de forma diferente em cada situação. Para compreendermos melhor, basta uma simples comparação entre sociedades indígenas do interior do Brasil com sociedades industrializadas como as das regiões metropolitanas das principais capitais. O sentimento de pertencimento e de semelhança é muito maior entre os índios ao redor de um lago quando pescam do que entre os passageiros no metrô de São Paulo ao irem para o trabalho pela manhã. Dessa forma, segundo Durkheim, poderíamos perceber dois tipos de solidariedade social, uma do tipo mecânica e outra orgânica.
Numa sociedade de solidariedade mecânica, o indivíduo estaria ligado diretamente à sociedade, sendo que enquanto ser social prevaleceria em seu comportamento sempre aquilo que é mais considerável à consciência coletiva, e não necessariamente seu desejo enquanto indivíduo. Conforme aponta Raymond Aron em seu livro As etapas do pensamento sociológico (1987), nesse tipo de solidariedade mecânica de Durkheim, a maior parte da existência do indivíduo é orientada pelos imperativos e proibições sociais que vêm da consciência coletiva.
Segundo Durkheim, a solidariedade do tipo mecânica depende da extensão da vida social que a consciência coletiva (ou comum) alcança. Quanto mais forte a consciência coletiva, maior a intensidade da solidariedade mecânica. Aliás, para o indivíduo, seu desejo e sua vontade são o desejo e a vontade da coletividade do grupo, o que proporciona uma maior coesão e harmonia social.
Este sentimento estaria na base do sentimento de pertencimento a uma nação, a uma religião, à tradição, à família, enfim, seria um tipo de sentimento que seria encontrado em todas as consciências daquele grupo. Assim, os indivíduos não teriam características que destacassem suas personalidades, como apontamos no exemplo dado em relação à tribo indígena, por se tratarem de uma organização social “mais simples”.
Na construção de sua teoria, Durkheim também demonstrou como seriam as características gerais das sociedades de solidariedade do tipo orgânica. Para tanto, seria necessário compreendermos antes de tudo a ideia de divisão do trabalho social. Ao passo que o capitalismo se desenvolve e a produção em larga escala começa, os meios de produção foram se ampliando e requerendo cada vez mais funções especializadas. Além disso, e mais importante, as relações interpessoais necessárias à vida conforme aumentavam. Ampliava-se, dessa forma, a divisão do trabalho social, consequência do desenvolvimento capitalista, o que daria condições para o surgimento das sociedades com solidariedade do tipo orgânica.
Na solidariedade orgânica, ainda segundo Aron, ocorre um enfraquecimento das reações coletivas contra a violação das proibições e, sobretudo, uma margem maior na interpretação individual dos imperativos sociais. Na solidariedade orgânica ocorre um processo de individualização dos membros dessa sociedade, os quais assumem funções específicas dentro dessa divisão do trabalho social. Cada pessoa é uma peça de uma grande engrenagem, na qual cada um tem sua função e é esta última que marca seu lugar na sociedade. A consciência coletiva tem seu poder de influência reduzido, criando-se condições de sociabilidade bem diferentes daquelas vistas na solidariedade mecânica, havendo espaço para o desenvolvimento de personalidades. Os indivíduos se unem não porque se sentem semelhantes ou porque haja consenso, mas sim porque são interdependentes dentro da esfera social.
Não há uma maior valorização daquilo que é coletivo, mas sim do que é individual, do individualismo propriamente dito, valor essencial – como sabemos – para o desenvolvimento do capitalismo. Contudo, apenas enquanto observação, é importante dizer que, ainda que o imperativo social dado pela consciência coletiva seja enfraquecido numa sociedade de solidariedade orgânica, é preciso que este mesmo imperativo se faça presente para garantir minimamente o vínculo entre as pessoas, por mais individualistas que sejam. Do contrário, teríamos o fim da sociedade sem quaisquer laços de solidariedade.
Diferenças à parte, podemos afirmar que tanto a solidariedade orgânica como a mecânica têm em comum a função de proporcionar uma coesão social, isto em uma ligação entre os indivíduos. Em ambas existiram regras gerais, a exemplo de leis sobre direitos e sanções. Enquanto nas sociedades mais simples de solidariedade mecânica prevaleceriam regras não escritas, mas de aceitação geral, nas sociedades mais complexas de solidariedade orgânica existiriam leis escritas, aparatos jurídicos também mais complexos. Em suma, Émile Durkheim buscou compreender a solidariedade social (e suas diferentes formas) como fator fundamental na explicação da constituição das organizações sociais, considerando para tanto o papel de uma consciência coletiva e da divisão do trabalho social.
Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas





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A História do Mohini Ekadasi.

A História do Mohini Ekadasi. Yudhishthira Maharaja disse: “Ó Janardana, qual é o nome do jejum [Ekadashi] que ocorre durante a quinzena cla...