terça-feira, 16 de julho de 2013

Adeus, docência

Desvalorização da profissão e más condições de trabalho são motivos para a desistência da carreira
Desvalorização da profissão e más condições de trabalho são motivos para a desistência da carreira
Número cada vez maior de professores que abandonam a profissão piora o quadro de escassez de profissionais na Educação Básica e coloca em questão a capacidade de atração da sala de aula atual
Rodnei Corsini – Revista Educação
Baixos salários, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional. As condições são velhas conhecidas dos docentes, mas têm se convertido em um fenômeno que torna ainda mais preocupante a escassez de profissionais na Educação Básica: os professores têm deixado a sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada ou a docência no ensino superior.
Até maio deste ano, pediram exoneração 101 professores da rede pública estadual do Mato Grosso, 63 em Sergipe, 18 em Roraima e 16 em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a média anual é de 350 exonerações, segundo a Secretaria de Estado da Educação, sem discernir quantas dessas são a pedido. Mas a União dos Professores Públicos no Estado diz que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, 580 professores abandonaram a carreira (leia mais na página 43). Para completar o quadro, a procura pelas licenciaturas como um todo segue diminuindo, e a falta de interesse pela docência provoca a escassez de profissionais especialmente em disciplinas das ciências exatas e naturais.
Motivos para a evasão
“O motivo unânime para a evasão docente é a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho”, diz a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais. Em um estudo com alunos da universidade, Romélia constatou que entre os formados de licenciatura em Matemática entre 2005 e 2010, quase dois terços trabalham como docentes – mas, destes, 45% não pretendem continuar na Educação Básica. A maioria presta concurso para instituições financeiras ou quer se tornar pequeno empresário. Uma boa parte também faz pós-graduação ou vai estudar em outra área para não seguir na docência.
“Para mim, a ferida principal disso tudo é o salário do professor. Os professores estão tendo de brigar para receber o piso”, avalia. Romélia também já lecionou na Educação Básica e foi para o ensino superior, sobretudo, por questões salariais. Deu aulas de matemática durante dez anos quando, em 1996, migrou para a docência superior.
O quadro parece se repetir há mais de uma década. Em 1999, Flavinês Rebolo, atualmente professora da pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), defendeu uma tese de mestrado na Faculdade de Educação da USP em que focou o período de 1990-1995 na rede estadual paulista. Ela identificou que, além dos baixos salários, os fatores que mais contribuíam para a evasão docente eram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. “A questão salarial é uma luta de classe dos professores, em que eles têm toda a razão, mas no grupo que entrevistei o sentimento era muito mais de inutilidade que eles viam no trabalho”, lembra Flavinês. A desvalorização, pelos próprios alunos e pela comunidade, minava o ideal dos professores de que iriam contribuir para uma sociedade melhor, aponta a pesquisadora.
No princípio de tudo
“Choque de realidade” é o termo usado para esse sentimento entre os professores iniciantes, grupo em que a evasão costuma ser alta. A pedagoga Luciana França Leme se ressente da falta de pesquisas sobre a evasão docente no Brasil, mas avalia que uma das hipóteses para a desistência no começo da carreira é a exposição do professor iniciante às escolas mais vulneráveis. “Não é que o professor não tenha de ir para essas escolas, mas há uma relação entre perfil do alunado e as condições de trabalho docente.”
Luciana aponta, ainda, as diferenças da evasão entre as áreas de conhecimento. Ela considera a hipótese de que os professores das áreas de exatas têm mais possibilidade de migrar para outras por conta de uma formação mais específica, que permite a aplicação dos seus conhecimentos em setores como o mercado financeiro. Já entre os licenciados em humanidades, a aplicação dos conhecimentos da graduação em outras áreas profissionais é, normalmente, mais restrita, com exceção do curso geografia, em que há maior possibilidade de os formados trabalharem em empresas de geologia.
Fabio Rodrigues exemplifica a questão. Ele sonhava com a carreira docente quando ingressou na licenciatura de matemática na USP, no final de 2010. Depois de lecionar em cursinhos e, ao longo de três semestres letivos, em estágios obrigatórios na rede estadual, já no último semestre da graduação conseguiu emprego como assistente financeiro em uma empresa de engenharia. Em 2011, migrou para a área de Tecnologia da Informação, onde segue trabalhando como analista e desenvolvedor de sistemas. “Eu já tinha conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas porque tive algumas disciplinas da área na USP e fazia alguns cursos por curiosidade e também por hobby”, diz.
Na outra ponta, Gisele Teodoro, formada em letras em 2008, migrou das aulas de inglês para o trabalho como telefonista bilíngue em uma empresa de mineração em Araxá. A desvalorização, o baixo salário e o excesso de trabalho fora da sala de aula foram os fatores para ela deixar o magistério. “Tanto o salário e os benefícios quanto a carga de trabalho bem menor são determinantes para que eu, pelo menos por enquanto, não tenha a menor pretensão de voltar para a sala de aula”, diz.
Futuro em perspectiva
Professor do Programa de Mestrado em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-diretor de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Dilvo Ristoff pondera que em todas as profissões há evasão de profissionais. “O IBGE nos mostra que somente um terço dos engenheiros formados, por exemplo, atua como engenheiro e que apenas 75% dos médicos formados exercem a medicina”, diz. O professor da UFSC faz a comparação com os professores de Educação Básica para concluir que, se em profissões com salários mais altos a evasão é expressiva, não surpreende, em sua opinião, que a evasão de professores formados seja alta. Além de uma renda maior, Ristoff lista algumas necessidades urgentes na carreira docente no Brasil: perspectiva de carreira, boas condições de trabalho e de formação, respeitabilidade social. “O professor, como todo ser humano, é movido por uma imagem de futuro que constrói para si. Se no seu trabalho ele percebe, dia após dia, que o seu futuro será uma réplica do seu presente – ou seja, no caso, tão ruim quanto o seu presente – ele desanima e, na primeira oportunidade, abandona a profissão”, afirma.
A pedagoga Luciana França Leme ressalta que a solução de atratividade para a carreira docente pode ser alcançada a longo prazo, porque ela vai reverberar na questão social e na questão cultural quanto à imagem do professor. Na sua tese de mestrado sobre os ingressantes nas licenciaturas em matemática e física e em pedagogia na USP, os motivos para que os alunos apontassem dúvidas quanto a querer ser docente eram muito semelhantes nos três cursos. A questão salarial era a de maior influência, mas há outras. “Uma das razões mais pontuadas, no escore da pesquisa foi que os alunos seriam professores caso pudessem ingressar em uma escola reconhecida com bom projeto educacional”, diz. Ela afirma que medidas pontuais para atrair docentes à Educação Básica não vão resolver o problema justamente pela atratividade ter muitos fatores conjugados.
Em 2010, a Fundação Carlos Chagas elaborou uma pesquisa para investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio. Uma das autoras do artigo em que são apresentados os resultados da pesquisa, Patrícia Albieri de Almeida – pesquisadora da Fundação e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie – afirma que um fator determinante para a baixa atratividade à docência, presente no estudo, é o pouco reconhecimento social da profissão, no sentido de o magistério não ser entendido como uma carreira em que é necessário um conhecimento específico que a diferencia de outras formações. “Até mesmo como reflexo disso muitos estudantes descartam a docência por acharem que não têm as características pessoais para isso. Esse fator aparece até mais forte do que a questão do baixo salário. É muito forte, em nossa sociedade, a ideia de que basta ter dom e vocação para exercer a docência”, afirma Patrícia.
Professores em DéficitPara Mozart Ramos – professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do conselho de governança do movimento Todos pela Educação -, a baixa atratividade à docência é o maior desafio, hoje, na educação brasileira. “É uma questão estratégica: ter bons alunos egressos do ensino médio para os cursos de licenciatura e, posteriormente, para a carreira do magistério é essencial”, afirma. Em sua avaliação, são quatro as principais razões para a pouca atratividade à profissão: baixos salários – a média salarial no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, citada por Mozart, é de R$ 1,8 mil; falta de plano de carreira e pouca expectativa de crescimento profissional; pouca conexão entre as licenciaturas e a Educação Básica; e más condições de trabalho. “As condições de trabalho são ruins tanto no âmbito das questões de violência, em sala de aula e fora dela, quanto na falta de insumos para que o professor exerça bem suas atividades”, diz.
O problema da baixa quantidade de professores formados não é recente, segundo adverte Antonio Ibañez, conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE e professor aposentado do curso de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB). Quando era reitor da UnB, em 1991, ele constatou por meio de relatórios o pequeno número de professores licenciados em ciências exatas e naturais pela universidade nos 30 anos anteriores. “Eram poucos mesmo, menos de duas dúzias. Fiquei preocupado de como uma universidade importante tinha formado tão poucos professores para Educação Básica, algo que, constatei depois, era um problema generalizado em outros estados”.
O CNE publicou um relatório em maio de 2007 que, por meio de uma simulação, quantificava os professores necessários para atender a todos os alunos que estavam matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. “A conclusão foi que, sobretudo nas disciplinas mencionadas, faltavam docentes ou, então, as vagas eram preenchidas por professores que não tinham a qualificação específica ou a titulação necessária para a disciplina”, diz Ibañez. A estimativa era de que havia demanda total por 106,6 mil professores formados em matemática e 55,2 mil em física e em química. Mas o número de licenciados entre 1990 e 2001 havia sido somente de 55,3 mil (matemática), 7,2 mil (física) e 13,5 mil (química).
A cada dez alunos ingressantes nas licenciaturas em física e em matemática da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, cinco não queriam ser professores na Educação Básica ou não estavam certos sobre isso. Os dados são da tese de mestrado da pedagoga Luciana França Leme.
Desinteresse
Entre os licenciados em física no campus de Bauru da Unesp, entre 1991 e 2008, a maior parte chegou a dar aulas no ciclo básico – mas um terço desistiu da profissão. A constatação também é fruto de uma pesquisa de mestrado, de Sérgio Kussuda, sobre a escolha profissional dos licenciados em física na universidade. Entre 377 concluintes da licenciatura em física no período, a pesquisa teve a participação de 52 licenciados que responderam aos questionários. Entre eles, 32, em algum momento da carreira, lecionaram na Educação Básica. Segundo a apresentação da tese de Kussuda, uma das principais conclusões é que a falta de professores de física não se deve somente ao pequeno número de formados, mas, sim, à da evasão docente para outras áreas profissionais.
O estudo de Luciana também apontou que, entre os que se matricularam em pedagogia em 2010, 30% não queriam ou estavam incertos quanto ao ingresso na carreira docente. “A propensão a não ser professor entre os ingressantes em pedagogia é bem menor do que nas licenciaturas em física e matemática, mas não é um percentual desprezível”, diz a pedagoga.
A pouca procura por cursos de licenciatura em geral e os baixos índices de formação, a propensão de parte significativa dos ingressantes nesses cursos para não seguir carreira docente e a evasão de jovens professores da Educação Básica são alguns dos principais fatores que, somados, resultam em um quadro de escassez docente. O desafio em atrair professores não é exclusividade do Brasil (veja mais na pág. 50) e, por enquanto, não tem afetado a rede privada de forma importante, embora gere algumas preocupações. O problema se agrava quando se observa que professores lecionam matérias para as quais não têm formação específica. “Dados demonstram que cerca de metade dos professores da Educação Básica são improvisados, isto é, não foram formados para ensinar o que ensinam”, diz Dilvo Ristoff.
Vera Placco, professora e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação (Psicologia da Educação) da PUC-SP, avalia que muitas das políticas educacionais para valorizar o professor e a educação não têm alcançado resultados concretos e desejados. “É preciso que o professor tenha uma formação continuada que possibilite a ele agir de forma mais atuante na sala de aula e na escola, participando da estruturação do currículo e do projeto político-pedagógico da escola”, defende. Para ela, a preparação do professor para trabalhar com diferentes idades deveria ser aprofundada na formação continuada.
Dilvo Ristoff avalia que medidas importantes têm sido tomadas no sentido de valorização da carreira docente e consequente busca pela atratividade à profissão, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a lei do piso salarial e o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do qual o programa de segunda licenciatura faz parte. “Mas são todas ações insuficientes: algumas são apenas pontuais e outras dependem da superação da crise sistêmica e do conflito de competências na Federação para o seu sucesso.” Ao mesmo tempo que enfrentam as questões centrais, as instituições e o governo federal devem criar políticas focadas para formação de professores com ênfase especial nas áreas mais carentes. “Isso, no entanto, não deve significar desincentivo às demais áreas, pois temos carências em todas as disciplinas e em todas as regiões do país”, diz.
Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que a profissionalização do docente implica valorizar a ideia de uma profissão que deve ser ocupada por alguém que estudou devidamente para isso. “Se se concorda com essa ideia, então não dá para termos formação a distância – ninguém fala, por exemplo, em ensino a distância para formação de médicos. Não dá, portanto, para ser uma formação aligeirada.” Segundo Paula, hoje 30% dos cursos de formação de professor no Brasil são a distância. Em 2006, eram 17%.
Um programa em estruturação do MEC, Quero ser professor, quero ser cientista, é voltado para as áreas de matemática, química, física e biologia, com estímulos a alunos do ensino médio para seguir carreira na área científica ou na docência na Educação Básica. O programa tem como meta atender 100 mil estudantes: serão incorporados, segundo o MEC, estudantes medalhistas de olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras – não foram claramente definidos os critérios ainda. Professores que participarem do programa terão direito a bolsas e extensão na formação – o Quero ser professor… não pretende condicionar as bolsas e titulações de pós-graduação ao desempenho satisfatório dos estudantes, mas isso poderá ser decidido nos estados e municípios. A meta é oferecer dez mil bolsas Pibid. O MEC não informou se serão novas bolsas, somadas às que já são oferecidas pelo Pibid, ou se parte das bolsas já oferecidas serão destinadas ao programa – segundo a Capes, em 2012 foram oferecidas 40 mil bolsas Pibid para a categoria alunos de licenciatura. “As bolsas para motivar o estudante para ir para as licenciaturas concorrem com uma infinidade de outras bolsas. Por isso, não é mais um recurso tão atrativo”, avalia Antonio Ibañez.
O conselheiro do CNE idealiza que a rotina dos professores de Educação Básica tenha similaridades com a dos professores universitários. “Eles têm uma carreira e sabem qual percurso têm para seguir”, descreve. E defende que os professores possam fazer pesquisas sobre métodos e resultados da aprendizagem dos alunos, apresentando-os em congressos de Educação Básica, com uma dinâmica similar à que existe na educação superior. Flavinês Rebolo aposta em um cenário diverso do atual. “Um clima de escola com relações interpessoais harmônicas e equilibradas, com apoio mútuo entre os professores, possibilidades de trabalho coletivo, são alguns dos aspectos que podem tornar o trabalho mais satisfatório e prazeroso, e isso com certeza contribui para que o professor se mantenha na profissão. Mas é claro que não depende só de esforços das pessoas, é preciso ter políticas públicas que ofereçam espaços para os trabalhos coletivos e outro tipo de organização do trabalho dentro da escola. Isso, devagarzinho, está acontecendo”, diz Flavinês.
A falta de atratividade das licenciaturas
O que pode agravar o diagnóstico do CNE feito em 2007 é que a procura pelas licenciaturas como um todo, no país, segue diminuindo nos últimos anos. Em 2005, foram 1,2 milhão de matriculados. Já em 2010, após uma queda verificada ano a ano, foram 928 mil matrículas. Os números foram processados e apresentados em novembro do ano passado em um artigo de Dilvo Ristoff em coautoria com Lucídio Bianchetti, também professor da UFSC, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A queda contrasta com o número crescente de bacharéis e tecnólogos formados. “Os programas existentes da Capes, apesar de serem bons e necessários, não conseguem interferir na falta de atratividade das licenciaturas. As universidades precisam ajudar, redesenhando com coragem os seus projetos pedagógicos de licenciatura, entendendo que nesses cursos há que se preparar o futuro professor e não o bacharel”, opina Ristoff.
“Eu já preparava aulas para qualquer disciplina”
William Rodrigues, deixou a docência para voltar à graduação
William Rodrigues se licenciou em história no campus de Assis da Universidade Estadual Paulista em 2010. Entre o último semestre da graduação e o início de 2012, foi professor da rede estadual de São Paulo na categoria “O” – regime de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias, como substituição de docentes. “Muitas vezes eu dei aulas de matemática, física e inglês. E os alunos sabiam que eu era professor de história e que estava lá tapando um buraco, eles tinham total consciência disso”, diz.
De julho a dezembro de 2011, ele fazia uma espécie de plantão, esperando a falta aleatória de algum professor. Chegou, em uma semana, a dar 46 aulas. “Eu já preparava, em casa, aulas que pudessem ser ministradas para qualquer disciplina”, diz. No início de 2012, William foi aprovado no concurso de docentes para um posto definitivo na rede estadual paulista. Mas preferiu desistir da carreira de professor e não assumiu o cargo. Na ocasião, estava se mudando para Foz do Iguaçu (PR), onde acabara de se matricular em uma segunda graduação, em relações internacionais, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Hoje, segue como estudante no segundo ano do curso.  William estava em Assis em maio, em férias do curso de RI, quando conversou por telefone com Educação. O contato com a cidade natal onde se licenciou na Unesp o fez pensar na possibilidade de voltar a lecionar. “Estava com muitas saudades daqui. Nesse último mês, senti muita falta das aulas: história me dá brilho nos olhos, é um curso com o qual eu queria trabalhar”, afirma. “Acho que eu até voltaria a dar aula, tenho saudade da sala e do contato com os alunos. Ser professor é muito bom, não é ruim. O que é ruim é o descaso, é sair de casa e não conseguir trabalhar por falta de estrutura.”
E na rede particular?
Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e diretora do colégio Dromos, no Distrito Federal, não vê, até o momento, problemas expressivos de escassez de professores na rede particular de Educação Básica. “Mas acho que a rede poderá sofrer impacto no futuro, pois temos cada vez menos pessoas interessadas no magistério”, prevê. “Precisamos de política pública, mas falta também reconhecimento da população. Há desprestígio e desqualificação do professor – e, em alguns casos, na particular é mais acentuado: quando, por exemplo, as famílias dão razão ao filho em detrimento de uma posição que um professor tenha assumido em sala de aula”, avalia.
João Carlos Martins, diretor-geral do Colégio Renascença, em São Paulo, e consultor educacional na rede particular, atua na gestão de colégios há cerca de 20 anos e também se preocupa com uma possível escassez docente no futuro. “Ainda temos um bom grupo de professores no mercado para educação infantil e educação fundamental 1, mas para fundamental 2 e ensino médio o quadro já está difícil”, identifica ele. Ele avalia que muitos licenciados vão da graduação diretamente para a pós-graduação.
http://racismoambiental.net.br/2013/07/adeus-docencia/

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H1N1 ou Gripe Suína - A Farsa Exposta Oficialmente



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segunda-feira, 15 de julho de 2013

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: Per fas et nefas significado

O Santo Nome Religião Música Política Culinária Vegetariana Vídeos Imagens Cultura e Bem Viver: Per fas et nefas significado: Per fas et nefas Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Per fas et nefas é uma locução latina que, traduzida, significa por todo...

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Desvendando Jean Wyllys: quando a verdade vem à tona.



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Fatores que fazem mudar nosso comportamento. Blog do João Maria Andarilh...



Cinco fatores que influenciam o comportamento humano (não determinantes)

Antropológicos ou culturais -- fator relacionado a questão de cultura de um povo ou grupo social. Por exemplo, as pessoa que freqüentam uma determinada igreja tem hábitos semelhantes quanto a vestimenta, atitudes e comportamento em geral. Pessoas que mudam de religião tendem a assumir novas posturas exigidas ou recomendadas por este novo grupo. Lembro da história de um amigo que era uma pessoa totalmente desregrada na vida. Viveu muito tempo com diversos vícios e comportamentos anti-sociais. Determinado dia entrou para uma igreja e freqüentar. Com o tempo passou a agir de modo mais tranqüilo, sem vícios e altamente sociável.

Sócio-Econômicos -- pessoas que moram em locais mais pobres ou ricos tem, em geral, características mais semelhantes entre si. É comum termos notícias de pessoas que se tornaram ricas de forma rápida e passaram a agir de modo diferente com seus amigos, parentes etc. O contrário também ocorre. Outro exemplo é que em situações econômicas de crise algumas pessoas podem sofrer alterações de comportamento devido a endividamento, desemprego etc.

Biológicos ou Fisiológicos -- está relacionado ao físico. Um exemplo clássico é a mulher grávida. A alteração hormonal proporcionada pela gravidez gera em algumas mulheres alteração no comportamento. Também temos diversos relatos de pessoas que sofreram algum tipo de lesão ou AVC e, posteriormente, passam a agir de modo diferente de como se comportavam antes do acidente. A maioria passa a agir de modo mais contemplativo, harmonioso, tolerante etc.

Ambientais -- tem a ver com o local onde as pessoas moram, trabalham, vivem. Estudos comprovam que cidades onde há maior incidência de sol as pessoas tendem a agir de modo mais alegre, receptivo e espontâneo. Locais mais frios, com pouca incidência de luz natural na maior parte do tempo faz que seus habitantes tenham mais comportamentos sóbrios, depressivos e individualistas. Em países, como o Brasil, onde temos um vasto território podemos perceber as diferenças no modo de agir característico de cada povo. Quando as pessoas acostumadas a uma determinada temperatura mudam para cidade ou região diferente há uma considerável mudança de humor, que poderá ser positiva ou negativa.

Psicológicos -- está relacionado ao estado emocional das pessoas, modo como foram criadas e tratadas desde a infância até o momento atual. Pessoas que só receberam elogios tendem a não ter noção dos limites. Aqueles que na maior parte do tempo foram criticados por parentes, amigos, professores e outras pessoas tendem a desenvolver uma baixa autoestima. Sob uma forte pressão emocional as pessoas também podem apresentar reações inesperadas, seja de alegria ou agressividade. A perda de uma pessoa importante pode acarretar uma mudança momentânea ou definitiva no comportamento de uma pessoa, por exemplo.

Certamente que estes fatores não são definitivos, apenas apontam alguns caminhos. Quanto mais analisamos estes fatores, mais conseguimos compreender determinadas reações e atitudes humanas e suas influências.

Rogerio Martins
http://saladeterpia.blogspot.com/

Sobre o Autor

Rogerio Martins é graduado em Psicologia (UNISANTOS) e possui Pós-Graduação em Recursos Humanos (Universidade Metodista de SP) e Psicodrama (ABPS).

Professor Universitário, Consultor de Empresas e Palestrante sobre os seguintes temas: comportamento profissional, liderança e gestão de pessoas, motivação e atitudes, marketing pessoal, administração do tempo, qualidade de vida, mundo corporativo, mudanças e recursos humanos.

Indicação de leitura.
Sinopse - Didática Geral - Claudino Piletti
Estudar Didática não significa apenas acumular informaçãoes técnicas sobre o processo de ensino=aprendizagem.Significa,antes de mais nada,desenvolver a capacidade de questionamento e de experimentação com relação a essas informações...
Por isso, no decorrer dos capítulos deste livro,além de apresentarmos uma série de alternativas para a atividade docente,apresentamos também alguns elementos de reflexão ,para ajudar o professor a escolher as alternativas mais adequadas para cada situação...

Didática Geral - Claudino Piletti 
http://pt.scribd.com/doc/72359292/1-1...

http://youtu.be/3ZYiMtzQHUQ


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Per fas et nefas significado

Per fas et nefas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Per fas et nefas é uma locução latina que, traduzida, significa por todo e qualquer meio.
Isto é, com todos os meios possíveis. Ela é citada por Arthur Schopenhauer como representativa de uma situação em que um debatedor tenta manter de todas as formas possíveis qualquer coisa que tenha sido dita, mesmo que ele considere-a falsa ou duvidosa.1
Referências

↑ Arthur Schopenhauer. The Art of Controversy (em inglês). Página visitada em 5 de julho de 2010.
Ver também[editar]

Anexo:Lista de provérbios e sentenças em latim
http://pt.wikipedia.org/wiki/Per_fas_et_nefas


per fas et nefas

Significado de per fas et nefas

Pelo lícito e pelo ilícito; por todos os meios possíveis; de qualquer modo.
http://www.dicionariodelatim.com.br/per-fas-et-nefas/

688. Per fas et per nefasPor bem e por mal. Por todos os meios, lícitos ou não. A torto e a direitoPer fas et nefasVIDE: Per omne fas et nefas.
http://www.hkocher.info/minha_pagina/dicionario/p04.htm

No comentário o professor Olavo de Carvalho cita, Per fas et per nefas



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Distúrbios da Deglutição Disfagia e Doença do Refluxo Gastroesofágico Thales Marcelo P. Gonçalves Gonçalves




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O conceito de Educação em Hegel






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O Livro Vermelho, de Carl Jung III



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domingo, 14 de julho de 2013

Você sabe fazer uma Resenha? Veja dicas e um modelo.

Você sabe fazer uma Resenha? Veja as dicas e o modelo...

Para alguns alunos,  resenha e pesadelo são palavras sinônimas!
Lembro que uma vez, uma amiga me ligou apavorada pedindo ajuda para fazer "essa tal de resenha" que ela "nem sabia para que lado ia"... E foram essas as palavras dela!
E realmente, isso acontece muito!
Geralmente, apenas recebemos a solicitação de fazer esse tipo de trabalho sem uma orientação mais precisa, pois, os professores da graduação acreditam - ou querem acreditar -  que a disciplina de Metodologia Científica (aquela que nos ensina a fazer os trabalhos científicos) realmente esclarece tudo...que engano!
Então, quando os alunos entregam algo parecido com um resumo, fazendo de conta ser uma resenha, ouve-se os mais variados comentários nada construtivos... Vocês já perceberam algo parecido? Mas, deixando a conversa de lado, vamos entender o que é uma resenha...


Salomon (1991, p. 134), destaca que a resenha é importante porque seu formato resumido se destaca em meio a grande quantidade de produção bibliográfica, pois ela auxilia na atualização de informações exatamente por dar uma visão geral não apenas da obra, mas, também do autor , do contexto da obra etc.(você vai já entender por que). Produzindo uma resenha, você também será trabalhado na elaboração de projetos e monografia, por esse tipo de trabalho impor a necessidade de sintetizar e emitir parecer.


LEMBRE-SE:

  • Resenha é uma síntese! É uma análise resumida de uma produção científica que pode, ou não, ser acompanhada de uma apreciação (na maioria dos casos é solicitada a apreciação, ou seja, seu parecer ao final do trabalho).
  • Existe a Resenha Informativa (também conhecida como resumo informativo) e a Resenha Crítica (envolve a exposição de julgamento), e é essa que veremos aqui.

ENTÃO SAIBA QUE:

Na resenha (crítica) você deve elaborar um julgamento sobre a obra. Para isso, você deve ter conhecimento de causa! Ou seja, deve conhecer o assunto do texto a ser resenhado, para emitir um parecer com autonomia e principalmente criticidade.

COMO FAZER?




DICA: Antes de fazer uma resenha crítica, busque artigos e textos de livros e da rede, sobre o assunto, e informações do próprio autor. Conheça o autor, entenda o que ele pensa, o que ele discute, sua experiência no assunto e sobre o que outros autores pensam a respeito (se concordam ou discordam da idéia abordada no texto principal), para que assim, você possa construir o seu julgamento. Tenha embasamento teórico!

Você deve criticar sobre: a importância da obra no contexto histórico, social, cultural, filosófico e, também, pode fazer uma crítica sobre o conteúdo da obra, julgando-o.
Gonçalves (2003, p.44) dá uma receita que eu considero bem interessante sobre a estrutura da resenha:

  • Referência Bibliográfica (consta normalmente no início do trabalho);
  • Informações sobre o autor (em que circunstâncias ele fez o estudo - quando, onde, porquê...);
  • Conteúdo da obra: Inicie com um rascunho do resumo das principais idéias: O que diz a obra?(ANOTE). Tem alguma característica especial? (ANOTE). Quais conhecimentos prévios essa obra exige para que seja melhor compreendida? (ANOTE). Que teoria serviu de referência?Qual método utilizado?
  • Responda a essas perguntas, faça o "pacotão" e depois transforme em um texto coerente e CIENTÍFICO (já falei sobre isso em outras dicas de trabalhos acadêmicos).
  • Conclusão do autor: registre, se houver, uma conclusão do autor.
  • AGORA VEM A APRECIAÇÃO, OU SEJA O JULGAMENTO. Leia o texto fazendo estas      perguntas: Qual a contribuição da obra?As idéias são criativas?Desenvolve novos conhecimentos? Propõe algo novo?O estilo é claro ou não? A linguagem é rebuscada, de fácil compreensão? O texto é objetivo, coerente, ou não? Sobre a forma (lógica, sistematizada, original). Contexto da obra (situe a obra no contexto filosófico e científico onde ela foi escrita). A quem a obra é dirigida (público)? Tem um bom alcance?

TENHA SEMPRE EM MENTE...

1. Resenha é o comentário de uma obra;
2. O texto de uma resenha é feita de forma contínua, ou seja, sem parágrafos (com excessão do inicial, é óbvio);
3. Destaque a idéia central do autor e compreenda suas argumentações.

Essas são apenas alguma dicas que eu utilizo e que dão certo na elaboração de uma resenha.
Espero ter ajudado!

Abaixo um exemplo de resenha real.


 
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Comunismo e Totalitarismo Petista



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Hitler's Justice: The Courts of the Third Reich by Ingo Müller. Indicação de Leitura, 67

h ttps://archive.org/details/doctrina40705 Obrigado pela visita, volte sempre. Se você observar que a postagem, vídeo ou Slideshare...