sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Hoje é dia do Sagrado Jejum de Sri Rama Ekadasi. Dia 21/10/2020. jejum de grãos e cereais.

  
 Yudhishthira Maharaja disse:  "ó Janardana, ó protetor de todos seres, qual é o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena obscura do mês de Kartika (out/nov)?  Por favor transmita este sagrado conhecimento a mim."
 
   O Senhor Supremo, Sri Krishna, respondeu:  "ó leão entre os reis, por favor ouça:  O Ekadashi que ocorre durante a parte obscura do mês de Kartika se chama Rama Ekadashi.  É muito auspicioso, pois erradica de imediato os maiores pecados e concede passagem para a morada espiritual.  Vou narrar sua história e glórias para ti.
 
   Uma vez vivia um famoso rei chamado Mucukunda, que tinha amizade com o Senhor Indra, o rei do céu, bem como com Yamaraja, Varuna e Vibhishana, o irmão piedoso do demônio Ravana.  Mucukunda sempre falava a verdade e constantemente prestava serviço devocional a Mim.  Porque governava segundo os princípios religiosos, não havia distúrbios em seu reino.
A filha de Mucukunda se chamava Chandrabhaga, como o rio sagrado, e o rei a deu em casamento a Shobhana, o filho de Chandrasena.

   Certo dia, Shobhana visitou o palácio de seu sogro no dia auspicioso de Ekadashi.  Esta visita provocou ansiedade na esposa de Shobhana, Chandrabhaga, porque ela sabia que seu marido estava fisicamente muito enfraquecido e incapaz de suportar a austeridade de um jejum de dia inteiro.  Ela disse-lhe:  "Meu pai é muito estrito quanto a seguir o Ekadashi.  No Dashami, o dia antes do Ekadashi, ele golpeia um grande tambor timbale e anuncia:  "Ninguém deve comer no Ekadashi, o dia do Senhor Hari!"
 
   Quando Shobhana ouviu o som do timbale, disse para sua esposa:  "ó minha linda, que farei agora?  Por favor diga-me como poderei salvar minha vida e obedecer as restriçöes ao mesmo tempo!"
Chandrabhaga replicou:  "Meu querido marido, na casa de meu pai ninguém - nem mesmo elefantes e cavalos, sem falar em seres humanos - come no Ekadashi.  De fato, nenhum dos animais recebe sua ração de grãos, folhas ou palha - nem mesmo água! - no Ekadashi, o dia do Senhor Hari.  Portanto como poderás escapar de jejuar?  Meu amado, se tiveres que comer algo, então deves sair daqui imediatamente.  Agora, com firme convicção decida o que fazer."
 
   O Príncipe Shobhana respondeu:  "Decidi jejuar no sagrado dia de Ekadashi.  Qualquer que seja meu destino, certamente haverá de acontecer."
 
   Decidindo assim, Shobhana tentou jejuar naquele Ekadashi, mas ficou intoleravelmente perturbado pela fome e sede excessiva.  Eventualmente o sol se pôs no oeste, e a chegada da noite auspiciosa fez a felicidade de todos Vaisnavas.  ó Yudhishthira, todos os devotos gostaram de adorar o Senhor Hari e permanecer acordados noite adentro, mas para o Príncipe Shobhana aquela noite se tornou absolutamente intolerável.  Na verdade, quando o sol se levantou no Dvadashi, Shobhana estava morto.
 
   O Rei Mucukunda observou o funeral de seu genro, ordenando que se fizesse uma grande pilha de madeira para o fogo, mas instruiu sua filha Chandrabhaga a não juntar-se a seu marido na pira funerária.  Assim Chandrabhaga, após realizar todos processos purificatórios honrando seu marido falecido, continou a viver na casa de seu pai." O Senhor Krishna continuou:  "ó melhor dos reis, embora Shobhana morresse por ter observado Rama Ekadashi, o mérito que acumulou capacitou-o depois da morte, a ser o governante de um reino no alto do pico da Montanha Mandaracala.  Este reino era como uma cidade de semideuses: muito brilhante, com ilimitadas jóias incrustadas nas paredes de seus prédios.  Os pilares eram feitos de rubis, e o ouro cravejado de diamantes rebrilhava por todo lugar.  Enquanto o Rei Shobhana ficava sentado num trono sob um dossel branco puro, servos abanavam-no com abanos de rabo de iaque.  Uma estupenda coroa descansava sobre sua cabeça, lindos brincos adornavam suas orelhas, um colar ornava seu pescoço, roximando, imediatamente levantou de seu trono e deu-lhe as boas-vindas.  Depois que Shobhana prestara suas respeitosas reverências, perguntou ao brahmana sobre seu bem-estar e sobre a saúde de seu sogro Mucukunda, sua esposa, e todos residentes da cidade.
 
   Somasharma respondeu:  "ó rei, todos súditos estão bem no reino de seu sogro, e Chandrabhaga e teus outros membros familiares também estão bastante bem.  Mas, ó rei, estou espantado de encontrar-te aqui!  Por favor conte-me sobre ti.  Ninguém jamais viu cidade tão bela como esta!  Tenha a bondade de me contar como a obteve."
 
   O Rei Shobhana disse:  "Porque observei Rama Ekadashi, recebi esta esplêndida cidade para governar.  Mas apesar de toda sua grandiosidade, é apenas temporária.  Imploro-te que faças algo para corrigir esta deficiência.  Podes ver, isto é apenas uma cidade efêmera.  Como poderei tornar suas belezas e glórias permanentes?  Por favor instrua-me."
 
   O brahmana perguntou:  "Por que este reino é instável, e como poderá se tornar estável?  Por favor explique isso para mim, e tentarei ajudá-lo."
 
   Shobhana respondeu:  "Porque jejuei no Ekadashi sem qualquer fé, este reino é impermanente.  Agora ouça como poderá se tornar permanente.  Por favor retorne a Chandrabhaga, a linda filha do Rei Mucukunda, e diga a ela o que viste e compreendeste sobre este lugar e sobre mim.  Certamente, se contares isto a ela, minha cidade em breve se tornará permanente."
 
   Assim o brahmana retornou a sua cidade e relatou o episódio inteiro a Chandrabhaga, que ficou surpresa e muito feliz por ouvir esta notícia.  Disse ela:  "ó brahmana, isto é um sonho que tiveste, ou realmente é um fato?"
 
   Somasharma replicou:  "ó princesa, de fato vi teu marido falecido cara a cara naquele maravilhoso reino, que se assemelha a um dos reinos dos semideuses.  Mas ele diz que o reino inteiro é instável e pode desaparecer no ar a qualquer momento.  Portanto ele espera que possas encontrar algum meio de torná-lo permanente."
 
   Chandrabhaga disse:  "ó sábio entre os brahmanas, por favor leve-me até meu marido imediatamente, pois desejo muito vê-lo novamente!  Certamente tornarei seu reino permanente com o mérito que adquiri jejuando em cada Ekadashi durante minha vida toda.  Por favor reuna-nos novamente.  É dito que quem reune pessoas separadas obtém mérito muito grande."
O brahmana Somasharma então guiou Chandrabhaga até o refulgente reino de Shobhana.  Antes de alcançá-lo, entretanto, pararam no sopé do Monte Mandaracala, no sagrado ashrama de Vamadeva.  Ao ouvir a história deles, Vamadeva cantou hinos dos Vedas e borrifou água sagrada em Chandrabhaga.  Pela influência dos ritos daquele grande rishi, o mérito que ela acumulou por jejuar por tantos Ekadashis tornou o corpo dela transcendental.  Extática, seus olhos irradiando maravilhados, Chandrabhaga continuou sua jornada.
 
   Quando Shobhana viu sua esposa se aproximando dele no alto da Montanha Mandaracala, foi tomado de alegria e chamou-a em voz alta, com grande felicidade.  Depois que ela havia chegado, sentou-a à sua esquerda e ela lhe disse:  "ó querido, por favor ouça enquanto te conto uma coisa que irá beneficiar-te grandemente.  Desde que tinha oito anos sempre jejuei fiel e regularmente a cada Ekadashi.  Se eu transferir a ti todo o mérito que assim acumulei, teu reino certamente se tornará permanente, e tua prosperidade irá crescer e crescer até a vinda da grande inundação!"
 
   O Senhor Krishna continuou:  "ó Yudhishthira, desta maneira Chandrabhaga, que estava belamente decorada com os mais finos ornamentos e tinha um corpo transcendental de rara beleza, afinal gozou da paz e felicidade com seu marido.  Pela potência de Rama Ekadashi, Shobhana verificou que seu reino nos picos do Monte Mandaracala podia realizar todos seus desejos e conceder-lhe felicidade sempiterna, tal como aquela obtida da vaca Kama-dhenu. ó maior dos reis, assim narrei a ti as glórias do Rama Ekadashi.
 
   Quem quer que observe o sagrado Ekadashi durante as quinzenas clara e obscura de cada mês, indubitavelmente se liberta das reaçöes do pecado de matar um brahmana.  Não se deve diferenciar entre Ekadashis da parte iluminada ou obscura do mês.  Conforme vimos, ambos podem conceder prazer neste mundo e liberar até mesmo as almas mais pecaminosas e caídas.  Assim como vacas negras e brancas dão leite de qualidade igual, os Ekadashis da quinzena clara e obscura conferem o mesmo grau elevado de mérito e eventualmente liberam a pessoa do ciclo de nascimento e morte.  Quem quer que simplesmente ouça as glórias deste sagrado dia, Rama Ekadashi, se liberta de todos tipos de pecado e obtém a morada suprema do Senhor Vishnu."
 
   Assim terminam as glórias do Rama Ekadashi ou Kartika-krsna Edadashi, do Brahma-vaivarta Purana.


quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Jovem Pan Censurada, o mínimo que vc precisa saber. Eleições 2022

 

 

 

 Nesta edição, conversamos com o escritor Leonardo Coutinho, um dos mais importantes investigadores da conexão entre o crime organizado e partidos de esquerda na América Latina. Além de ter uma longa carreira como jornalista, ele é pesquisador do Center for a Secure Free Society, sediado em Washington (EUA). Na conversa com Gabriel de Arruda Castro, Coutinho falou sobre seu livro "Hugo Chávez, o espectro: Como o presidente venezuelano alimentou o narcotráfico, financiou o terrorismo e promoveu a desordem global". Coutinho explicou como o regime venezuelano foi capaz de se fundir com as organizações criminosas do país e comentou as eleições na Colômbia e no Brasil, que podem levar a América do Sul a um predomínio da esquerda — já que Argentina, Venezuela e Chile já seguiram esse caminho. 

Saiba mais sobre o Instituto Monte Castelo em www.montecastelo.org.


 

Hugo Chávez, o espectro 

Hugo Chávez, o espectro
Como o presidente venezuelano alimentou o narcotráfico, financiou o terrorismo e promoveu a desordem global

 

Olavo de Carvalho - O Totalitarismo Islâmico, herdeiro do Comunismo e do Nazismo

 

 Palestra do filósofo Olavo de Carvalho intitulada "O Totalitarismo Islâmico: Herdeiro do Comunismo e do Nazismo", no Clube Paulistano A Hebraica, em 24 de maio de 2004.

Obrigado pela visita, volte sempre.

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

23/08/2021Entrevista com a Diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA) dos Institutos Nacionais de SaúdeNora D. Volkow, M.D.


O que a dependência de drogas representa para o cérebro?

A dependência de drogas é o resultado final de um processo iterativo pelo qual o cérebro se habitua a uma experiência recompensadora induzida farmacologicamente (a droga aditiva) que é muito mais potente do que qualquer recompensa natural poderia oferecer ou competir. Nem todo mundo tem o mesmo risco de se envolver nessa experiência inicial, nem todo usuário iniciante acaba repetindo a experiência para se tornar um usuário regular/crônico ou desenvolver um transtorno do uso de drogas. Mas algumas pessoas com certas vulnerabilidades genéticas, psicológicas e/ou socioambientais correm um risco maior de entrar em um ciclo vicioso de aprendizado condicionado reforçado que muda cada vez mais o comportamento do uso de drogas de orientado a objetivos para automático e cada vez mais desacoplado do controle de circuitos inibitórios.

 Como os efeitos gratificantes das drogas de abuso, o desenvolvimento da saliência de incentivo e o desenvolvimento de hábitos de busca de drogas podem impactar os dependentes de substâncias psicoativas?

No nível neurobiológico, a exposição repetida a drogas de abuso desencadeia alterações epigenéticas que modulam a força sináptica e remodelam os circuitos neurais ao longo das vias mesocorticolímbicas, interrompendo o processamento da recompensa, gerando desejo e enfraquecendo o controle inibitório das respostas dominantes.

 Quais são as respostas cerebrais devido causadas pelos os estados emocionais, disfóricos e de estresse negativos relacionados à dependência de drogas?

O sistema de resposta ao estresse cerebral parece ser ativado pela ingestão excessiva aguda de drogas, sensibilizado durante a retirada repetida e persiste em um estado ativado durante a abstinência prolongada, contribuindo para o desenvolvimento e persistência da adição.

À medida que o consumo de drogas se torna compulsivo, acredita-se que os fatores que motivam o comportamento mudem para um comportamento de procura de drogas, que é impulsionado não apenas pelo reforço positivo, mas também pelo reforço negativo.

Mas supõe-se que o estado emocional negativo que impulsiona o reforço negativo derive da desregulação dos principais circuitos neuroquímicos que dirigem não apenas os sistemas de estresse cerebral (isto é, fator de liberação de corticotropina, dinorfina) dentro da amígdala extensa e que medeiam estados de ansiedade, mas também de sistemas de incentivo/saliência/recompensa (dopamina, peptídeos opióides) no estriado ventral.

O uso excessivo de drogas também envolve a ativação da CRF no córtex pré-frontal medial, acompanhado por déficits na função executiva que podem facilitar a transição para uma resposta do tipo compulsiva. A ativação excessiva do núcleo accumbens por meio da liberação de dopamina mesocorticolímbica ou ativação de receptores opióides há muito tempo é hipótese de ativar subsequentemente o sistema opióide da dinorfina-κ, que por sua vez pode diminuir a atividade dopaminérgica no sistema dopamina mesocorticolímbico.

O que pode mediar a vulnerabilidade inicial, manutenção e recaída associada à dependência química?

A maioria das pessoas que usam drogas não desenvolve dependência. Estudos epidemiológicos e clínicos mostraram que o risco de um indivíduo se tornar dependente químico é influenciado por muitos fatores biológicos, psicológicos, de desenvolvimento e ambientais diferentes e interagindo. Por exemplo, estudos genéticos mostraram fortes contribuições genéticas complexas para o risco geral de abuso e dependência de múltiplas substâncias psicoativas. Esses efeitos podem ser mediados por diferenças alélicas que operam em diferentes níveis fenomenológicos, incluindo processos enzimáticos, sinápticos, neurofisiológicos e psicológicos ou comportamentais.

O estágio de desenvolvimento também é uma variável crítica que afeta a vulnerabilidade: dados epidemiológicos demonstram claramente que a adolescência é um período de risco particularmente alto, não apenas porque os adolescentes têm uma predisposição natural para a busca de novidades e comportamentos de risco (incluindo experimentação de drogas) e adaptam seus comportamentos às pressões sociais, mas também porque a exposição a drogas durante esta fase ativa do desenvolvimento do cérebro é significativamente mais vulnerável às propriedades adictivas das drogas de abuso.

Finalmente, há uma lista crescente de fatores ambientais (por exemplo, experiências adversas na infância, estresse crônico, privação de sono, afiliação desviante, pobreza etc) que desempenham papéis importantes e modificáveis ​​na identificação de diferenças interindividuais de risco.

O pensamento importante a entender é que esses fatores genéticos, de desenvolvimento e ambientais não operam isoladamente, mas são altamente interativos, de modo que o risco individual geral reflete o resultado complexo de sua combinação dinâmica.

A maconha pode danificar um cérebro em formação?

Os efeitos específicos da exposição pré-natal à maconha permanecem obscuros e justificam pesquisas adicionais. O maior número de domínios neuropsicológicos que exibem funções psicológicas e comportamentais diminuídas versus aumentadas sugere que a exposição à maconha pode ser prejudicial ao desenvolvimento e função do cérebro. Estudos em animais sugerem, entre outros, que a exposição intraocular ao THC, o principal ingrediente psicoativo da maconha, aumenta a capacidade de resposta geral dos sistemas mesolímbicos de dopamina.

Com relação aos efeitos do uso de cannabis durante a infância e adolescência, um período prolongado de desenvolvimento cerebral ativo, os estudos de neuroimagem fornecem algumas evidências de estrutura e função frontoparietal comprometidas, no entanto, ainda não está claro se os efeitos observados são especificamente atribuíveis ao início do uso por adolescentes ou fatores gerais relacionados ao uso de maconha, como sintomas depressivos. A contribuição relativa do início do adolescente  e da cronicidade do uso de cannabis deverá ser examinada de forma mais abrangente em estudos prospectivos e longitudinais com medidas mais rigorosas do uso de cannabis (dosagem, exposição, dependência, compostos constituintes, como os níveis relativos de canabinoides), como os Estudos ABCD e HBCD.

Deve-se enfatizar que o impacto negativo sugerido pelas evidências clínicas existentes é consistente com a pesquisa em animais seminais que vincula diretamente a exposição pré-natal e adolescente ao THC com efeitos prolongados nos sistemas neurais adultos relevantes para distúrbios psiquiátricos e de uso de substâncias.

O que funciona na prevenção do abuso de substâncias?

Assim como a dependência química é um fenômeno complexo e multifacetado, é preciso pensar em prevenção eficaz como resultado de estratégias múltiplas e baseadas em evidências que devem aderir a quatro princípios básicos que determinam o que os programas de prevenção devem:  

1. Aumentar os fatores de proteção e reverter ou reduzir os fatores de risco;

2. Abordar todas as formas de abuso de drogas, isoladamente ou em combinação, incluindo o uso de drogas licitas e ilícitas por menores de idade; e o uso inadequado de substâncias obtidas legalmente, medicamentos prescritos ou medicamentos vendidos sem receita;

3. Abordar o tipo de problema de abuso de drogas na comunidade local, direcionar fatores de risco modificáveis ​​e fortalecer os fatores de proteção identificados;

4. Ser adaptado para lidar com riscos específicos às características da população ou do público, como idade, gênero e etnia, para melhorar a eficácia do programa.

Quais são as últimas notícias no campo da ciência da toxicodependência?

A pesquisa sobre dependência abrange uma vasta gama de disciplinas e houve desenvolvimentos muito interessantes no passado recente. Mas as descobertas que ainda estão frescas em meu cérebro com um enorme potencial de translacional incluem a pesquisa publicada por Marco Venniro e colegas do NIDA em 2018, que constatou que a interação social positiva em ratos impede a autoadministração de drogas. Esses pesquisadores do NIDA descobriram que, quando podiam escolher entre interagir com outro rato ou tomar heroína ou metanfetamina, os ratos sempre escolhiam a recompensa social.

Este estudo tem implicações clínicas de longo alcance, com vários pesquisadores iniciando estudos em humanos sobre mecanismos cerebrais de escolha entre interações sociais gratificantes e drogas viciantes. Essas novas descobertas devem estimular mais pesquisas humanas sobre como as abordagens de tratamento com base social podem ajudar a restaurar a recompensa normal e a regulação emocional, resultando em menor risco de recaída.

Outra descoberta que vale a pena destacar deriva do recente estudo molecular e funcional, usando modelagem computacional que lança nova luz sobre o mecanismo pelo qual os canabinoides inibem a liberação de glutamato em certas áreas do cérebro e que o processo é controlado pelo neurotransmissor adenosina que opera através de complexos (heterômeros) de receptores para canabinoides e adenosina. Esta pesquisa representa um avanço conceitual significativo no campo da fisiologia e farmacologia do receptor acoplado à proteína G (GPCR) e sugere a possibilidade de usar antagonistas do receptor A2A para neutralizar os efeitos adversos dos canabinoides, incluindo o transtorno do uso de cannabis, para o qual atualmente não existem farmacoterapias acessíveis.

O que a motiva trabalhar no campo da dependência química?

Como estudante de Medicina, eu me ofereci em um laboratório, cujo objetivo era descobrir um medicamento para a dor baseado em opioides que não seria viciante. Imediatamente, em razão de estar trabalhando com opioides, fiquei fascinada com o conceito de um animal trabalhando compulsivamente para injetar uma quantidade muito pequena de droga neles - como o animal (na época eu trabalhava com ratos e macacos) renunciaria a todo o resto. Observei com fascinação como um produto químico pode perturbar tão profundamente o comportamento de alguém.

Fiquei impressionada com a forma como nós, seres humanos, somos tão vulneráveis ​​aos efeitos das drogas, como eles nos mudam de maneiras tão profundas e como isso leva as pessoas a realmente se isolarem e a outras pessoas a rejeitá-las.

Na minha própria família, meu tio era alcoólico e, como estudante de medicina, eu via pacientes entrando no hospital com cirrose ou varizes, ou com câncer porque estavam bebendo ou fumando a vida toda.

Mas também foi muito frustrante ver como médica e como estudante o quão estigmatizados eram os dependentes químicos - os médicos não queriam tratá-los, eles os dispensavam. Isso realmente me incomodou porque era antiético ao que eles deveriam fazer como médicos. Quero dizer que os médicos devem ter empatia e cuidar daqueles que são vulneráveis, e ainda assim a maneira como lidamos com indivíduos dependentes químicos era exatamente o oposto.

Olhando para trás, essas foram algumas das experiências que me motivaram a trabalhar no campo da dependência química. 

Como o OBID pode contribuir para o seu trabalho?

Um dos principais objetivos do nosso Instituto é maximizar até que ponto a pesquisa é traduzida em a) intervenções mais eficazes (prevenção e tratamento) e b) políticas mais inteligentes de medicamentos baseados em evidências para proteger a saúde pública. É por isso que é tão importante para nós manter canais de comunicação abertos e robustos com instituições internacionais que, como o OBID, são responsáveis ​​por garantir o rigor metodológico nas atividades destinadas a reduzir a demanda, a oferta e os danos associados ao uso de drogas; e de defender a condução sistemática de estudos e pesquisas na área. Considero o OBID um parceiro natural nesse empreendimento desafiador e gostaria muito de estabelecer um diálogo contínuo.

Nora D. Volkow, M.D., é diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA) dos Institutos Nacionais de Saúde. O NIDA apoia a maior parte da pesquisa mundial sobre os aspectos de saúde do uso e dependência de drogas.

O trabalho da Dra. Volkow tem sido fundamental para demonstrar que a dependência de drogas é uma doença do cérebro humano. Como psiquiatra e cientista, a Dra. Volkow foi pioneira no uso de imagens cerebrais para investigar as propriedades tóxicas e aditivas de drogas de abuso. Seus estudos documentaram mudanças no sistema de dopamina que afetam, entre outras, as funções das regiões frontais do cérebro envolvidas com motivação e auto-regulação da adição.

Fonte:  https://www.gov.br/cidadania/pt-br/obid/entrevistas/nora_volkow

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Estudo De Caso (UNIFATECIE-Psicologia) Educação Na Pós Modernidade É O P...

15 dicas para professores iniciantes

 

 

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15 dicas para professores iniciantes

Postado por: Redação

Olá professores!

Hoje traremos dicas para os professores iniciantes, formados há pouco ou ainda estudantes de licenciatura ou pedagogia. Para entrar no mercado de trabalho, assim como em qualquer outra profissão, é preciso atitude.

Às vésperas da primeira aula, um professor pode ter algumas reações desagradáveis, como ansiedade e medo. O novo professor também pode acreditar que é tímido, e ter dúvidas quanto ao seu desempenho em sala.

Não importa quanto conhecimento teórico e preparação você receba ou tenha, apenas a experiência pode mostrar o que realmente significa estar em sala de aula como professor. Veja a seguir 15 dicas para professores iniciantes!

1 Não seja o centro das atenções
Os melhores professores são aqueles que guiam, dividem o que sabem, e não se tornam o centro das atenções. Os estudantes é que são o objetivo final de tudo.

2 Estude os seus alunos
Você precisa conhecer o seu grupo, saber quem são as pessoas que você vai ensinar. Os talentos, os defeitos, as riquezas.

3 Alunos podem procurar desafios desde que você dê segurança a eles
A aprendizagem às vezes determina alguns riscos. Se você for capaz suficiente de dar segurança e confiança a seus alunos eles poderão seguir e correr estes riscos. Os alunos precisam saber que você confia neles e que eles podem confiar em você.

4 Excelentes professores são aqueles que ensinam com paixão
A diferença entre um bom professor e um excelente professor está exatamente na paixão com que eles atuam e não no conhecimento ou experiência. Paixão pelo material, pelo programa, pelo ensino. O desejo é contagioso.

5 Estudantes aprendem quando os professores mostram o quanto eles precisam aprender
Os alunos não têm a ideia exata do que é realmente importante e o que poderão ter de benefício com a aprendizagem. Será seu papel mostrar, dividir, ensinar e praticar com eles.

6 Mantenha o seu programa claro e simples
Uma das grandes funções de um mestre é fazer as coisas complicadas parecerem simples. A grande ação de um grande líder é exatamente fazer com que seus seguidores lhe entendam.

7 Aprenda com os alunos
Algumas vezes, a melhor resposta que você pode dar a seus alunos é “não sei”. Ao invés de perder credibilidade você mostrará humildade e reconhecimento. Mas não se esqueça de pesquisar com eles e sanar a dúvida.

8 O ensinamento começa do coração
A melhor forma de ensinar não é uma fórmula, é algo pessoal. Diferentes pessoas ensinam a mesma matéria de forma diferente porque são diferentes e vêem o mundo de forma diferente. Nós ensinamos o que somos. O ato de ensinar requer coragem para explorar o sentimento de identidade.

9 Pare de falar, comece a escutar
Dê espaço para seus alunos se manifestarem. Isso mostra o valor que você dá a eles. A linguagem do escutar é muito importante e dá a você um feedback do seu programa.

10 Deixe seus alunos ensinarem uns aos outros
Você não é a única pessoa com quem eles podem aprender. Eles também podem ajudar uns aos outros. Mantenha um ambiente propício para a troca.

11 Ensine de maneiras diferentes
Dentro da sala de aula há espaço para diversas estratégias de ensino e dinâmica.

12 Descanse
Você sempre vai encontrar novas coisas para fazer, por isso aprenda a estabelecer limites para o tempo em que permanece na escola.

13 Planeje e respeite seu tempo
Há momentos para alunos, para reuniões e para os pais. Mas também deve haver um período pessoal, onde você possa ver e responder seus e-mails, almoçar, etc.

14 Faça contatos e aprenda
Bons profissionais
estão sempre em busca de novas informações e oportunidades. Faça isso com uma rede de contatos e leituras diárias, por exemplo. Fique conectado com sites e outros recursos que ofereçam material relevante para seu desempenho.

15 Determine o que você avalia
É óbvio que os professores devem saber o que avaliam e quando avaliam, mas, algumas vezes, os educadores parecem esquecer ou perder o foco naquilo que devem realmente avaliar. Saiba determinar qual é a avaliação que você deve fazer, para quem, com qual foco e em que hora.

E você, conhece mais alguma dica? Comente!

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Mentiras E Mais Mentiras. Dentro Da Política. (feito com Spreaker)

Contra Ou A Favor Da Estabilidade Do Servidor Público (feito com Spreaker)

 

 

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