segunda-feira, 30 de maio de 2011

Resenha do livro o que é Educação


Resenha do livro o que é Educação



BRANDÃO. Carlos Rodrigues. O que é Educação. 41°Ed. São Paulo, Brasiliense 2007.

O autor é natural do Rio de Janeiro graduado em psicologia pela PUC, tem o mestrado em Antropologia pela UNB e o doutorado em Antropologia USP. Foi professor universitário na UNB (Universidade de Brasília) da UFG (Universidade Federal de Goiás) e pela UNICAMP (Universidade Federal de Campinas).

Entre suas principais obras são: Os Deuses do Povo: Uma introdução às religiões, Diário de Campo: Antropologia como alegoria, Educação como cultura, Educação Popular, Identidade e Etnia, O que é folclore entre outros.

A presente obra visa fazer uma discussão sobre o conceito de educação saber que a inventou, e desmistificar a idéia que só existe o processo educacional somente na escola. O escrito se desdobra em nove capítulos.

O primeiro capítulo, Educação? Educações aprender com o índio, (p.7 -12)  argumenta que em nenhum lugar dá para escapar da educação, que esta se apresenta em toda parte da vida que pode ser na casa, rua, igreja, escola que tanto pode ser para ensinar, para aprender e ao mesmo tempo ensinar e aprender, e questiona o conceito de educação, para colocar em seu lugar a palavra educações no plural, por não é só em um lugar que se aprende e ensina, mas em todos os lugares. E diz que a educação é a construção social de um determinado povo, que tanto pode ajudar para a sua autonomia como também para aceitar a submissão a outros povos. E cita o exemplo de uma carta famosa de um índio americano que escreveu para os colonizadores que ofereciam uma educação, para seus filhos, e dizia que agradecia, mas que a educação dos colonizadores não correspondia à realidade que eles precisavam dos homens de sua aldeia, pois se tornavam inúteis, e em contra partida ofereceu a educação a sua educação para os filhos dos colonizadores para se tornarem verdadeiros guerreiros. E conclui que a educação é uma construção do imaginário dos grupos sociais para transformá-los em algo melhor naquilo que se considera ideal.

No segundo capitulo, Quando a escola é na aldeia, (p.13-26) a educação existe em lugares em que não há escola, por isso em lugares em que há redes de estrutura sociais a transmissão de conhecimento de uma geração para outra. Os antropólogos tiveram um olhar sobre a relação que os nativos tinham entre si ensinando seus valores para as gerações mais novas, eles não utilizavam a palavra educação para designar esse fenômeno de transmissão de conhecimento de uma geração mais velha para a mais nova, mas sim de ritual de passagem. Aqueles que sabiam ensinavam, quem não sabia ficava atento observava e imitava aos mais velhos, pois o que aprendia eram as atividades no cotidiano, com objetivo de formar os mais novos para assumirem as funções sociais de sua tribo.

No terceiro capitulo, Então surge a escola, (p.27- 35)diz que quando os povos tradicionais começam a separar um saber que tem um sentido que se faz, e que em seguida se tem consciência que se faz, começa a transmitir o que se sabe para os outros, ou seja, ensinar o saber adquirido por várias gerações e passa para novas gerações, em que "todos" se transformam como educador, e apresenta como algumas tribos africanas transmitiam o seu conhecimento para os mais novos, e diz que vários grupos dividem e hierarquizam os vários tipos de saber, e diz que a educação está presente em todo canto do mundo, presente nas relações sociais entre as pessoas que são perenes e persistem nas sociedades humanas. E diz que a escrita surgiu nos povos enriquecido com um poder muito centralizado como exemplo dos egípcios ou dos astecas, mas que com o passar do tempo a educação mostrou sinônimo de diferença de classes como pode se observado na Grécia, e em Roma, e ai surgiu possivelmente à invenção da escola.

No quarto capítulo, Pedagogos, mestres-escola e sofistas, (p. 36- 47) apresenta como era a experiência educacional na Grécia Antiga que era o problema da aprendizagem dos ofícios simples no período da paz e na guerra. Nesse sentido houve a transição entre os saberes da agricultura, do artesanato da subsistência e da arte, tudo misturado com os princípios da honra e a solidariedade ligada com a fidelidade da polis. Nesse contexto existe uma diferença entre a educação do homem livre, e do escravo. O escravo aprendia os saberes fora da escola, já os homens livres tinham sempre um professor particular que o ensina como devia ser sempre livre. Durante um determinado período a educação era somente o privilegio da nobreza guerreira, e se aprendia as tradições escutando as declamações poéticas de Homero. Os pobres não podiam levar seus filhos à escola, por não ter condição financeira para pagar ao professor. Com o tempo a educação clássica deixa de ser assunto para alguns privilegiados para ser uma questão da polis. E Brandão conclui esse capitulo dizendo que a grande contribuição que a civilização grega apresentou para a civilização ocidental e que esta esqueceu com o tempo é que a educação existe em toda parte, e que vai muito além da escola convencional, e diz que são as pequenas relações sociais existente entre vários membros da sociedade é que vai construído a educação.

No quinto capítulo, A educação que Roma fez, e o que ela ensina, (p.48-53) faz um paralelo entre a educação grega e a educação romana, dizendo que os primeiros latinos eram camponeses e viviam em comunidade, e que a iniciação das crianças e dos adolescentes era aprender os valores dos antepassados, que chamavam de educação doméstica, que se aprendia em casa, com intuito de chegar à formação de uma consciência moral. No inicio da formação da cidade de Roma não existia um cuidado na educação física e intelectual de seus cidadãos ociosos que pensavam primeiramente somente em governar e guerrear. Com enriquecimento da nobreza romana, essa se afasta do labor da terra e se ocupa somente pela política. E dessa maneira pouco a pouco o ensino que era pastoril camponês passa a ser a formação para ser guerreiro, e ai surge uma oposição entre o ensino dos pais e dos mestres-pedagogos que convivem com os educandos e os acompanham durante um determinado período de sua vida para a formação de seu saber. E conclui que a educação romana influenciada em parte pelo espírito grego vai ajudar os filhos dos soldados e funcionário romanos a controlar os vencidos e impor sobre eles a vontade, e a visão de mundo do dominador.

No sexto capítulo, Educação: Isto e aquilo, ao contrário de tudo, (p.54-60) Brandão refleti sobre a palavra educação confrontando com conceito dos dicionários e chega à conclusão que eles tentam explicar o que a educação serve. Faz uma comparação com a legislação brasileira no final da ditadura que diz que o objetivo da educação é preparar para o trabalho, e conseqüentemente exercer sua cidadania, e após analisar a legislação educacional, apresenta outra interpretação da educação que pode se manifestar como uma ideologia que atende interesses econômicos de um determinado grupo social. E conclui esse capitulo dizendo que a definição, e a legislação sobre a educação é feita como uma maneira de camuflar os interesses de uma determinada classe social que tem o poder econômico, como político.

No sétimo capitulo, Pessoas "versus" sociedade: um dilema que oculta outros, (p. 61-72) inicia a sua explicação sobre o conceito de educação de uma maneira filosófica se ela é inata, vem de dentro da pessoa, ou se ela externa o meio que forma a pessoa. E resolve o dilema dizendo que a educação é uma construção social que foi pensada por uma pessoa ou instituição com o objetivo de atender uma necessidade do coletivo, para que individuo obtenha tudo que precise para construir sua subjetividade. Ou seja, o intuito da Educação é formação integral desse ser humano. E volta a discussão que essência da educação é a humanização desse(a) homem e mulher para manutenção da comunidade como era feito na Grécia Antiga, e em Roma, e diz que a educação é uma parte real da vida de como esse ser humano deve existir. E conclui que a educação humanística visa retornar o sentido de educação que era pensando pelos gregos e romanos, uma educação voltada para a comunidade.

No oitavo capítulo, Sociedade contra Estado: Classe e educação, (p.73-97) Brandão diz que a educação é uma prática social, em que o fim desta é determinado pelas pessoas que estão a sua frente, por isso esta pode ser usada como um mecanismo de dominação por determinados grupos sociais. E retorna a idéia de capítulos anteriores em diz que a educação não é uma propriedade individual, mas é da comunidade, ou seja, é o resultado de uma consciência vivida por uma determinada comunidade humana, que pode ser da família, de uma classe, ou de um grupo de profissionais. Por isso o surgimento de vários tipos de educação e sua evolução depende dos fatores sociais que determinam o desenvolvimento e as transformações da educação. E questiona sobre qual seria o ideal de perfeição da educação, e esse ideal é determinado pelas necessidades que pequenos grupos sociais têm para a sua sobrevivência, pois cada sociedade determina a função de seus membros. E apresenta mais uma variável da educação que esta pode ser uma possibilidade de mudança, pois a sociedade não é parada está em constante mudança e a leis precisam ser mudada, como a sociedade muda. E conclui fazendo uma reflexão sobre as leis que regem a educação no país, que diz algo, e que na pratica ocorre tudo ao contrario. Por isso que há uma predominância de uma educação autoritária na sociedade desigual.  

No nono capítulo, A esperança na educação, (p.78-110) faz uma reflexão dos capítulos anteriores, e reforça a idéia que a educação se dá fora do poder de controle do sistema escolar, e que é preciso reinventar a educação no dia-a-dia, algo que as pequenas comunidades sabem fazer se reunir para reinvidicar seus direitos que muitas vezes o Estado ignora. Questiona a estrutura escolar dos pedagogos que dizem que a educação só se dá pela escola, e se esquecem que a educação é vida, está muito além da escola. E conclui dizendo que somente o educador "deseducado" é que pode transforma essa realidade educacional, e dar um novo sentido para educação com a valorização do cotidiano de seus alunos.

A leitura da obra é um subsidio importante para todos os professores e graduandos (as) de todas as licenciaturas.

No plano estrutural do texto o autor utiliza o método etnográfico para descrever as diferentes experiências pedagógicas para questionar o conceito de educação baseado na estrutura escolar; e usa a teoria marxista para fundamentar a sua tese.

A linguagem do autor é simples e acessível para qualquer estudante que pretende pesquisa sobre o conceito de educação.

Assim, a obra é uma leitura importante para todos os educadores, tem uma visão diferente da educação que tenta fugir das estruturas, no entanto a única limitação do livro é que o autor vê a educação influenciada pela concepção durkheimiana em que uma geração mais velha é que ensina a mais nova, e impede a possibilidade de um velho aprender com o mais jovem, um adulto apreender com uma criança. Tirando essa limitação o livro é de uma grande valia para o estudo sobre a educação.
http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/resenha-do-livro-o-que-e-educacao-2560528.html


   

fonte. http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/resenha-do-livro-o-que-e-educacao-2560528.html

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

domingo, 29 de maio de 2011

Por que existe tanta injustiça no mundo?

Por que existe tanta injustiça no mundo?


 
Todo ser humano tem um senso de justiça e igualdade, que quando ameaçado causa muito desconforto. Gostaríamos que todos tivessem as mesmas oportunidades, o mesmo acesso a educação e aos recursos. Contudo, quando observamos o mundo, vemos tantas disparidades que fica difícil de acreditar que possa existir um “Deus”, que esteja tomando conta de tudo isso e que seja tão parcial. Por que tanta violência contra pessoas indefesas? E os animais? E o tráfico de drogas e os crimes hediondos como pode tudo isso?

Segundo a tradição védica, essa percepção de que o mundo é injusto é uma visão distorcida da realidade, que é compreensível devido as limitações do ponto de vista de um ser humano e a chave para o entendimento do equilíbrio do universo é a chamada “Lei do Karma”.

Os Vedas estabelecem a Lei do Karma que, resumidamente, diz que nada no universo está livre de causa e efeito ou ação e reação. O nascimento de uma pessoa em uma determinada família, país, época e etc é resultado das ações de outras vidas e aquilo que é feito nessa vida, quando não colhido nessa, é carregado para a próxima, nenhuma ação passa impune ou sem os devidos méritos.

Se for questionado se isso não é uma crença, a resposta é sim, é uma crença, pois, levando em consideração que ninguém tem acesso a experiência pré-nascimento ou pós-morte, o que acontece antes e depois não pode ser provado nessa vida. E esse, afinal de contas, é o papel dos Vedas, preencher essa lacuna nos assuntos onde não temos acesso, de modo que assim os Vedas são vistos como um meio de conhecimento para o ser humano.

Já que dizer que não existe “nada” também não pode ser provado, para uma pessoa que não tem acesso aos Vedas, existem duas crenças para se escolher. Entretanto, a lógica também nega a possibilidade de descontinuidade do indivíduo. Se o objetivo da vida for a morte, a anulação completa, por que uma pessoa iria nascer em primeira instância? Para ir da morte para morte? Se objetivo da vida fosse a morte, não seria necessário nascer. E qual seria o propósito de tudo aqui, se no final a gente fosse jogar tudo fora?O resultado de todo uma vida simplesmente desaparece?

A lógica não suporta a crença da “descontinuidade” e por fim, na prática, nossa experiência também não. Toda ação gera um resultado, essa é nossa experiência, e tudo que começa, tem uma causa, nada está realmente está sendo criado, tudo está a todo tempo se transformando, essa não é nossa experiência? Por que nossa vida seria diferente? A experiência também não é harmônica com a idéia de que a vida termina em um “abismo para não existência”. Existem ainda algumas experiências particulares de “mediuns” e pessoas especiais que afirmam ter algum contato com o pós-morte ou com suas vidas anteriores, que reforça ainda mais a idéia que a história do indivíduo não começa nem termina aqui.

Voltando ao nosso assunto principal que é o sentimento de parcialidade e desigualdade, se pudéssemos correlacionar uma injustiça que uma pessoa sofre com uma causa, uma ação do passado dessa mesma pessoa, não iríamos ter o mesmo senso de desigualdade, mesmo diante das maiores atrocidades e sofrimentos que uma pessoa possa passar. Ninguém tem pena de um prisioneiro quando se entende porque ele está preso. Por mais que possamos ter compaixão por ele e de verdade não desejar o seu mau, o entendimento de toda a situação faz com que o que poderia ser um sentimento de injustiça e parcialidade seja balanceado.

Agora se tirarmos uma foto da sociedade e vermos que simplesmente uns tem liberdade e outros são obrigados a viver na prisão, naturalmente, concluiremos que existe o caos e a desarmonia.

Sendo assim, devido as nossas limitações de conhecimento sobre o presente, o passado e o que dirá o futuro, é compreensível considerar esse universo um ambiente injusto e desarmônico. Entretanto, com auxílio da visão dos Vedas, que aponta para Lei do Karma, com apoio da lógica, que diz que é incoerente uma vida sem continuidade e da nossa experiência, que nega que qualquer evento desse universo possa estar livre de causa e efeito, a visão de que todos estão plantando e colhendo os frutos das suas ações se estabelece como verdadeira, e então é possível relaxar e se sentir seguro, mesmo com todas as diferenças da nossa sociedade.

 
Através de uma foto simples, de uma patinador dançando no gelo, podemos inferir uma desarmonia, que dá margem a insegurança e ao medo, mas somos capazes de acomodar essa percepção, na visão do movimento como um todo, o que gera admiração e a apreciação da beleza assimétrica presente em um instante como esse.

Nesse universo não existe o bem, o mau, nem ao menos a injustiça, são apenas a curvas da dança do Senhor “Shiva”, todas as pessoas estão colhendo o que plantaram e estão plantando o que vão colher amanhã, assim, posso apreciar as diferenças desse universo, tomar para mim a responsabilidade dos meus atos e colocar “Deus” no seu devido lugar, como aquele que dá o fruto das ações.



Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DMN - H. Aço

Enviado por em 28/02/2008
Vídeo postado pelo portal Movimento Hip Hop.


Obrigado pela visita, volte sempre.
pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Linguagem do Corpo: Cristina Cairo




Enviado por em 10/07/2009
Patricia Rizzo da Jovem Pan Online entrevista a psicóloga Cristina Cairo. Acesse: http://www.jovempan.com.br

Resumo do Livro: LINGUAGEM DO CORPO (Cristina Cairo) - Ed. Mercuryo

Obrigado por sua visita, volte sempre.


pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Linguagem do Corpo: Cristina Cairo



Enviado por em 10/07/2009
Patricia Rizzo da Jovem Pan Online entrevista a psicóloga Cristina Cairo. Acesse: http://www.jovempan.com.br


Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Interpretação de sonhos, linguagem do inconsciente



Enviado por em 15/10/2008

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Filosofia oriental

Filosofia oriental

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Gravura de Confúcio o fundador do confucionismo muito difundido entre países asiáticos.
A filosofia oriental é filosofia que foi desenvolvida de uma forma geral nos países da Ásia oriental, Oriente Médio e regiões. Ou seja, Índia, Irã (Pérsia), China, Japão, e Coreia. Muitos filósofos (logicamente os filósofos ocidentais) preferem chamar de "Pensamento Oriental", já que o termo "filosofia" surgiu na Grécia e se restringiria ao pensamento filosófico que se desdobrou dali (no Ocidente).

Argumentos contra a designação de "filosofia oriental"

Muitos tem argumentado contra a distinção entre filosofia oriental e ocidental pois tal distinção seria arbitrária e puramente geográfica e até mesmo eurocêntrica. Ela abrange três tradições filosóficas quais sejam a indiana, a chinesa e a persa que são distintas entre si assim como entre a chamada filosofia ocidental.
Outro argumento é que esta distinção dicotômica seja simplista ao ponto de estar inacurada. Além do que não leva em conta a enorme quantidade de interações ocorridas no interior da tradição filosófica euroasiática.

Percepção de Deus e dos Deuses

Por conta da influência do monoteísmo das religiões Abrahamicas a filosofia oriental tem sido mostrada essecialmente com a questão da natureza do Deus e sua relação com o Universo.

Tipos

Ver também

Ícone de esboço Este artigo sobre filosofia / filósofo é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.



Obrigado pela visita, e volte sempre.
pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Seicho-No-Ie

Seicho-No-Ie

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Símbolo Oficial da Seicho-No-Ie
Seicho-No-Ie (生長の家 em japonês)(Lar do Progredir Infinito, numa tradução livre) é uma filosofia/religião de origem japonesa. Monoteísta, enfatiza o não sectarismo religioso, as práticas de gratidão à família e a Deus, e o poder da palavra positiva que influencia na formação de um destino feliz.

História

Surgiu em 1º de março de 1930 como revista de Cultura Moral 生長の家, cresceu no pós-guerra no Japão, sofreu perseguição militar[1] e foi transformada em religião. Nesta época, a sociedade japonesa viu desmoronar a religião oficial do Estado, baseada na crença na divindade do imperador e uma das bases da ideologia militarista. Nesse vácuo ideológico e espiritual surgiram ou cresceram inúmeras seitas e religiões, entre elas a Perfect Liberty, a Igreja Messiânica Mundial (Johrei) e a Seicho-No-Ie. Esta última contribuiu para a revitalização da religiosidade, incentivando seus adeptos à prática de suas religiões de origem.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do cristianismo, do budismo e do xintoísmo - três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela cruz verde no centro, pela "suástica" branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol).
Argumenta-se que a Seicho-no-Ie, na contramão de suas consortes, estava em sintonia com a ideologia do nacionalismo oficial japonês. A professora Leila Marach Albuquerque afirma que a Seicho-no-Ie foi elaborada à luz da ideologia familista do Império japonês (ALBUQUERQUE, 1999, p. 32). Pela grande população de imigrantes japoneses, as novas religiões chegaram quase que simultaneamente ao Brasil. Em pouco tempo conseguiram grande número de adeptos, não só entre os descendentes de japoneses mas entre toda a população em geral.
A Seicho-No-Ie em particular conseguiu grande número de adeptos. Entre os instrumentos de disseminação de sua crença, a revista Acendedor e o Preceitos Diários (calendário com mensagens) se tornaram bastante populares nas grandes cidades brasileiras, principalmente nas décadas de 60 e 70 do século XX.
Atualmente (2006), a Seicho-No-Ie conta com divulgação por meio de publicações como as revistas Fonte de Luz, Pomba Branca, Mundo Ideal e Querubim, além do jornal Círculo de Harmonia, programas de TV, rádio e website.
Sua origem cerimonial está ligada, principalmente, ao Xintoísmo, sendo também seus rituais o batismo, casamento e culto aos antepassados, do qual é talvez o melhor representante fora do Japão. Vale ressaltar que na Seicho-No-Ie há muita liberdade de adaptação de cerimonias ligadas à cultura local. Diferentemente de muitas religiões tradicionais, onde a conduta dos adeptos é condicionada pelo medo, Nakajima (apud TANIGUCHI (2005) p. 7) explica que A Seicho-no-iê rejeita o "tem de ser assim", isto é considera que nada deve ser forçado e ensina a viver naturalmente a vida como ela é. Ensinamentos como "O ser humano é filho de Deus", "O mundo fenomênico é projeção da mente" e "Grande harmonia" são interpretados de várias maneiras, em conformidade com pessoa, tempo e lugar[2].
A partir da década de 90 a Seicho-No-Ie lança oficialmente uma nova bandeira, o "Movimento Internacional de Paz pela Fé" (Internacional Peace by Faith) que tem como objetivo, através da fé em Deus único e universal, despertar a paz em cada pessoa e, assim, concretizá-la no mundo.
O conjunto doutrinário da Seicho-no-Ie reúne tradições xintoístas, cristãs, budistas, dentre outras. Predomina, a exemplo da outras Novas Religiões Japonesas, elementos da religiosidade nipônica, que valoriza todas as formas de vida, preza pelo respeito ao próximo, gratidão aos pais e cultua os ancestrais.

Principais Ensinamentos da Seicho-No-Ie

A Verdade essencial da Seicho-No-Ie é: "O Homem é Filho de Deus" e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo fenomênico (mundo material) a sua perfeição.
Para isso, há várias práticas adotadas pelos praticantes da Seicho-No-Ie, sendo as mais importantes:
  • Prática da Meditação Shinsokan (que, numa tradução livre, significa "ver e contemplar Deus").
  • Leitura de Sutras Sagradas e palavras da Verdade;
  • Prática de atos de amor e caridade;
A Seicho-No-Ie também estuda as "leis mentais", das quais se destaca a lei "Os semelhantes se atraem" (Lei da Atração).
Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie:
  • 1ª) Agradecer a todas as coisas do Universo;
  • 2ª) Conservar sempre o sentimento natural;
  • 3ª) Manifestar o amor em todos os atos;
  • 4ª) Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos;
  • 5ª) Ver sempre a parte positiva das pessoas, coisas e fatos, e nunca as suas partes negativas;
  • 6ª) Anular totalmente o ego;
  • 7ª) Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível;
  • 8ª) Iluminar a mente, praticando a Meditação Shinsokan todos os dias sem falta.

Doutrina

A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a "Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade" (Seikyo Kanro-no-Hou) e a Coleção "A Verdade da Vida" (Seimei no Jissô), composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas no Japão pela Nippon Kyobunsha Co. Ltd. e, no Brasil, pela Seicho-no-iê do Brasil.
  • Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito (Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc.). Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção do adepto da Seicho-No-Ie: "O Homem é Filho de Deus".
  • Verdade Horizontal: O mundo fenomênico é projeção da mente humana; o mal não existe, ou seja, tem início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal (ilusões da mente humana); Todas as coisas perceptíveis aos cinco sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos[3].
  • JISSÔ: A realidade absoluta, transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito, constituído de Idéia de Deus; a Essência do ser.

Número de membros no Brasil

Segundo o departamento de comunicação da Seicho-No-Ie, em São Paulo, a doutrina conta com cerca de 3,5 milhões de membros no Brasil, além de um número incalculável em mais de 40 países no mundo todo. A doutrina encontra-se ramificada por todos os estados da Federação, além do Distrito Federal, onde possui um templo em estilo japonês.
No site oficial da organização estão cadastrados 1.400 (mil e quatrocentos) locais de culto. Mas como algumas regionais estaduais não cadastram todos os locais de culto, esse número pode ultrapassar os 6.000 (seis mil).

Seicho-No-Ie em Angola

Aguardando informações;

Seicho-No-Ie em Portugal

Aguardando informações;

Referências

  1. TOKUHISA, Katsumi. Conforme a Atitude mental - Vol. 1. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 1991. ISBN 978-85-7156-310-0
  2. TANIGUCHI, Masaharu. O que é a Seicho-no-Iê. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 1995. ISBN 978-85-7156-316-2
  3. TANIGUCHI, Massaharu. Sutra Sagrada - Chuva de Néctar da Verdade. 42. ed. São Paulo: Seicho-no-ie do Brasil, 2008. ISBN 978-85-7156-381-0

Ligações externas



Obrigado pela visita, e volte sempre. pegue a sua no TemplatesdaLua.com

O PROFESSOR REFLEXIVO E SUA MEDIAÇÃO NAPRÁTICA PEDAGÓGICA: FORMANDO SUJEITOSCRÍTICOS. (monografia)

pedagogia estagio

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

terça-feira, 17 de maio de 2011

Censo mostra que aluno brasileiro ficou mais pobre



Quem somos nós?

Censo mostra que aluno brasileiro ficou mais pobre, mais velho e mais exigente na última década. Para esses estudantes alguns fatores são decisivos na hora de optar por uma graduação, e por isso devem ser conhecidos pelas instituições particulares

Felipe Falleti
Existem mais de 3,5 milhões de jovens pertencentes a famílias das classes C e D na faculdade. Esse grupo representa mais da metade dos estudantes brasileiros, que somam 5,9 milhões
Após uma grande expansão do ensino superior, iniciada nos anos de 1990, a taxa de crescimento de matrículas vem caindo gradualmente desde o final da década passada. A ampliação, que permitiu a inclusão de um número expressivo de jovens das classes C e D, hoje já não garante a manutenção das salas de aula cheias. As instituições agora devem lançar mão de outras estratégias que possibilitem continuar agregando cada vez mais alunos às fileiras da graduação.

Especialistas afirmam que o crescimento das matrículas foi sustentado, nos últimos anos, pelas faculdades privadas que apostaram em políticas de preços populares aliadas à boa localização, como proximidade de metrôs e estações de ônibus. Porém, o público-alvo dessa ação começou a se esgotar. "O movimento de inclusão das classes C e D já aconteceu. Agora, a disputa entre as instituições vai acontecer em outro nível", analisa o pesquisador Eugênio Machado Cordeiro, da Corus Educação. Ele lembra que hoje em dia, com faculdades que cobram até R$ 250 de mensalidade, praticamente todo mundo que trabalha tem a possibilidade de fazer um curso universitário.

De fato, números do instituto Data Popular indicam que a inclusão das classes C e D na universidade já chegou perto de seu limite. Em 2002, por exemplo, estas duas classes sociais representavam 44% do total de alunos nas faculdades brasileiras. Atualmente, elas representam mais de 73% dos estudantes universitários no país.

Na avaliação de Márcio Falcão, executivo do instituto Data Popular, há uma mudança de comportamento das classes populares na procura por cursos superiores. Ele afirma que é crescente o desejo entre os jovens das classes C e D, maior parte do corpo discente nas instituições hoje, por carreiras técnicas e cursos de tecnólogo, que exigem um investimento bem menor e oferecem uma perspectiva de retorno mais rápido. "Hoje em dia os estudantes tendem a preferir cursos tecnológicos aos de licenciatura, por exemplo, pois ao invés de aguardar quatro anos por um diploma, podem tê-lo em dois e já faturar reajustes em sua renda", analisa.

A opinião de Falcão é compartilhada pelo consultor Eugênio Cordeiro. Ele acrescenta que é preciso levar em conta que para as famílias das classes populares o valor da mensalidade de uma faculdade tem enorme peso no orçamento doméstico. Para Cordeiro, o momento é de demonstrar ao jovem que tipo de retorno ele pode obter com esse investimento e oferecer alternativas de ensino que permitam rápida ascensão social.

Para ambos os especialistas, esse comportamento "pragmático" das classes populares revela um caminho a ser seguido pelas instituições superiores. "Quem se preparar para atender à essa nova demanda deverá ter mais sucesso em melhorar sua taxa de matrícula e frequência na sala de aula", sugere Márcio Falcão.

Retorno anunciado
Nesse sentido, a recomendação dos especialistas é oferecer uma grade de cursos nas instituições privadas voltada para as necessidades do mercado de trabalho. "No Brasil, ainda existe uma grande distância entre o que oferecem as faculdades e o que o mercado necessita. Isso ocorre ao ponto de haver de um lado um apagão de mão de obra qualificada, em que sobram vagas não preenchidas no mercado, e do outro lado uma multidão de jovens recém-formados que não conseguem encontrar um emprego para si", avalia Falcão.

No Censo elaborado pelo MEC, essa distorção aparece claramente. Entre os cursos mais procurados estão administração e direito, respectivamente primeiro e segundo colocados da lista. "Será que o Brasil precisa mesmo de tantos administradores e advogados?", pergunta Eugênio Cordeiro.

Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) indica que não. Enquanto sobram advogados no mercado, faltam engenheiros, matemáticos, especialistas em TI e químicos.

"As empresas de tecnologia da informação e a indústria química vivem um boom desde a descoberta do pré-sal e dos investimentos das telefônicas em redes para atender eventos como as Olimpíadas de 2016 e a Copa de 2014. Os profissionais dessas áreas são muito disputados", afirma Adalberto Pochman, da consultoria de empregos e RH da Fiesp.

Esse desequilíbrio no mercado de trabalho já reflete numa maior procura por cursos técnicos nos vestibulares. No ano de 2009, por exemplo, mostra o Censo da Educação Superior, a elevação na procura de vagas nas intituições de ensino superior do Brasil foi de 2,5%. Entre as carreiras técnicas, como TI, engenharia e química, o incremento foi de 25,5%.

Mudança de rota
Para o consultor Eugênio Cordeiro, as instituições pagam hoje o preço de terem aberto muitos cursos, em especial nas áreas de mais fácil aprovação pelo MEC, como nas carreiras humanas. "A elevação nas taxas de matrículas foi tão forte na década de 1990 que gerou certas distorções no setor. Houve grande e acelerada abertura de cursos, em especial em carreiras populares como direito e pedagogia. Quando a inclusão dos jovens das classes C e D cessou, as instituições ingressaram em uma certa estagnação. Hoje, são muitas as faculdades privadas que sofrem com inadimplência e salas vazias em todo o Brasil", diz Falcão.

O excesso de cursos superiores, fruto do movimento de acelerada expansão das universidades privadas na década de 1990, pode ser agora um problema. Pequenas instituições com até dez cursos disponíveis têm encontrado maior dificuldade para manter as salas cheias e atrair alunos. Na avaliação de Carlos Monteiro, especialista em educação da CM Consultoria, uma boa estratégia é especializar-se em algumas poucas carreiras.

"As pessoas não dizem 'quero estudar na faculdade A ou B'. Elas dizem quero ser advogado, jornalista ou dentista. Ou seja, é importante tornar-se reconhecido em algumas carreiras e isso só será possível com especialização", diz Monteiro. O consultor indica como exemplo instituições que se tornaram referência na área de gestão e administração. "Mesmo com poucas carreiras, essas instituições se constituem num sucesso", avalia.

A estratégia da especialização pode ser um recurso interessante para pequenas faculdades sobreviverem ao avanço dos grandes grupos educacionais. Segundo o Censo do MEC, há hoje 2.314 instituições de ensino superior com as portas abertas, número que, dizem os especialistas, deve diminuir sensivelmente nos próximos anos, num movimento de consolidação do setor. Para Monteiro, as mais especializadas, mesmo se forem pequenas, é que terão mais chances de sobreviver.

Ligados ao mercado
Outro recurso que pode ser utilizado no atual cenário é demonstrar que a faculdade tem ligação direta com o mercado. Cordeiro sugere acordos com grandes companhias empregadoras, parcerias em programas de trainee ou companhias que procuram estagiários. "Se a faculdade demonstrar que ajudará o seu aluno a posicionar-se bem no mercado de trabalho, então será mais atraente para os estudantes", diz.

A abertura de cursos em carreiras novas, com demandas ainda não atendidas pelo mercado de educação, é outra opção sugerida pelos especialistas. "Eu conheço muitos DJs que ganham bem mais que advogados e administradores. Então, por que não identificar cursos em carreiras novas, que tenham a ver com a vocação regional das cidades onde a instituição está localizada?", sugere Eduardo Cordeiro.

Para dar esse passo, no entanto, é preciso ter cautela e fazer uma análise aprofundada do potencial que um novo curso pode trazer para a instituição. Carreiras como webdesigner e arquitetura da informação, por exemplo, pareciam excrescências há pouco mais de dez anos, mas hoje pagam, na média, salários mais altos para jovens profissionais que muitas carreiras tradicionais, como economia ou pedagogia, por exemplo.

Lançar mão da tecnologia também se constitui numa alternativa para que as instituições possam atender a outro perfil universitário: o dos estudantes mais velhos, que normalmente possuem outros compromissos além da faculdade. Segundo o Data Popular, em 2002, a média de idade dos formandos na graduação era de 25,8 anos. Em 2009, essa média subiu para 26,3 anos.

Uma alternativa para atender alunos trabalhadores que encontram dificuldades de horário, por exemplo, já que nem sempre conseguem chegar às 19h ou sair depois das 10h30min, por conta de deslocamentos na cidade, é oferecer parte da graduação de modo on-line. Para isso, entre as inúmeras possibilidades de recursos tecnológicos existentes, o diretor de estratégia de soft­ware da TOTVS, Gilsinei Hansen, indica as ferramentas de e-learning. "Com o maior volume de estudantes-trabalhadores nas instituições, muitas escolas têm dificuldade em ministrar todas as aulas em sala, o que prejudica a composição da carga horária mínima exigida", explica Hansen.

Nos cursos presenciais, as aulas a distância são permitidas pelo MEC para até 20% da carga horária, e podem inclusive baixar algumas despesas necessárias à manutenção de uma turma em sala de aula. "O aluno pode aprender conceitos em sala de aula e, depois, fazer exercícios em casa, à noite ou nos fins de semana. As atuais ferramentas de educação a distância permitem medir em detalhes quantos estudantes fizeram os exercícios, que desempenho tiveram e melhorar a qualidade final do curso", afirma.

Medidas pontuais e de aparente resultado imediato, porém, são desaconselhadas, como a realização de sorteios ou distribuição de brindes para tentar atrair mais alunos. Para o consultor Carlos Monteiro, tal recurso tende a desgastar a imagem da instituição. "Com exceção de alguns 'presentes' que têm função educacional, como vale-livros ou acesso a seminários, os prêmios descolados do universo educacional podem contribuir para gerar uma imagem negativa para a marca, algo que pode ser interpretado como um apelo excessivo", adverte Monteiro.

O pragmático
  • Quer retorno rápido do investimento na faculdade.
  • Prefere cursos de menor duração, ou tecnológicos, que são menos teóricos e mais práticos.
Dica dos especialistas
  • Oferecer carreiras técnicas e cursos de tecnólogo, que normalmente necessitam de menor investimento e têm retorno mais rápido.


O tradicional
  • Espera uma boa colocação de trabalho, mas acaba optando por cursos tradicionais (como administração e direito), em que há saturação do mercado.
  • De acordo com o Censo 2010, a procura por vagas no ensino superior cresceu 2,5%. Entre as carreiras técnicas, como as da área de TI, engenharia e química, o incremento foi de 25,5%. Ainda assim, entre os cursos mais procurados estão administração e direito.
Dicas dos especialistas
  • Investir em cursos diferenciados, que saiam do lugar-comum e que dialoguem com o futuro do mercado profissional, como os da área de TI.
  • Buscar uma ligação com empresas e oferecer ao aluno uma ponte para o mercado de trabalho.


O maduro
  • Estudantes mais velhos, que já constituíram família e têm responsabilidades que vão além de apenas estudar.
Dica dos especialistas
  • Oferecer parte das aulas do curso no modo a distância.


Uma história como tantas
Miriam Barreto tem 26 anos e matriculou-se em 2009 pela segunda vez em um curso de administração. Dois anos antes, a jovem, que trabalha como secretária em um consultório dentário na zona leste de São Paulo, havia se matriculado em um curso de pedagogia, que frequentou por apenas oito meses. Na época, Miriam desistiu do curso por falta de dinheiro, já que seu pai perdera o emprego de motorista naquele período, o que afetou drasticamente sua renda familiar. No final do ano que vem, Miriam deve concluir a faculdade e se tornar a primeira pessoa de sua família a ter um diploma de curso superior. "Tem sido muito puxado trabalhar e estudar, mas estou firme e dessa vez não quero desistir como fiz no passado", conta a jovem.

De acordo com o último Censo da Educação Superior, existem no Brasil mais de 3,5 milhões de Mirians, jovens que pertencem a famílias das classes C e D, ingressaram na faculdade tardiamente e compatibilizam uma árdua jornada de trabalho e estudos noturnos. No total, este grupo representa mais da metade dos estudantes universitários brasileiros, que somam 5,9 milhões, de acordo com o Censo.

- Ensino para compreensão
- Ajuda para quem cedo madruga
- Próximo lance
- Um longo caminho




Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com