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domingo, 20 de julho de 2014
sábado, 19 de julho de 2014
O Lúdico no Auxilio do Ensino da Matemática: Uma Proposta Possível
O Lúdico no Auxilio do Ensino da Matemática: Uma Proposta Possível
RESUMO
O aspecto lúdico é uma característica fundamental do ser humano, por isso, podemos dizer que o desenvolvimento da criança está intimamente relacionado com a ação de jogar. O trabalho com jogos na escola apresenta-se como possibilidade de investigação, pelo aluno, sobre o modo como se dá o seu próprio processo de construção de conceitos matemáticos.
No âmbito da educação matemática, ao se propor um trabalho com jogos, visa-se também, desmistificar a matemática enquanto uma disciplina maçante, difícil, que envolve somente a memorização. Neste artigo, propõe-se expor reflexões acerca do trabalho com jogos na escola, partindo das experiências pedagógicas vivenciadas no período de prática de ensino. O foco da preocupação tem sido a matemática e o jogo apresentando-se como grande aliado.
Palavras-chave: Ludicidade. Educação Matemática. Aprendizagem
1 INTRODUÇÃO
O ensino da Matemática esteve por muito tempo, vinculado a simples memorização de regras e fórmulas. Dessa maneira, seu estudo, muitas vezes considerado desmotivador, foi adquirindo uma forma pouco apreciada por estudantes.
No entanto, sabe-se da importância da Matemática para a vida humana, suas regras fazem parte do cotidiano de todos e quanto mais a conhecemos, mais percebemos sua extrema relevância para as mais diversas funções exercidas pela sociedade.
Por esta razão, foi preciso buscar novas formas para que o educando tivesse a oportunidade de compreender a Matemática como elemento indispensável em sua vida e vivenciá-la de forma prazerosa e significativa. Para tal, encontramos o jogo como um excelente recurso utilizado como facilitador de aprendizagem.
Desde muito cedo, o jogo é de fundamental importância na vida da criança, pois, quando brinca, a criança explora e manuseia tudo aquilo que está a sua volta, construindo, desse modo, a compreensão da realidade na qual está inserida. O jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades.
Por serem considerados meios de compreender e intervir nos processos cognitivos das crianças, os jogos de regras merecem uma atenção especial. Eles possuem um conjunto de regras, um objetivo a ser atingido e um resultado dependente das ações utilizadas durante o jogo. O objetivo constitui um desafio ao pensamento do aluno, fazendo com que ele busque ou construa meios para atingir um resultado favorável, que ao ser alcançado, proporciona o desenvolvimento cognitivo.
A partir de uma prática pedagógica, vivenciada, este artigo foi elaborado, visando comprovar que por meio da utilização de jogos, as crianças podem melhorar seus desempenhos nas aulas de matemática, desenvolvendo também o raciocínio, habilidades motoras, cognitivas e sócio-afetivas.
2 A RELAÇÃO ENTRE A MATEMÁTICA E O JOGO
Atualmente, existe uma grande preocupação por parte de profissionais envolvidos em Educação, no sentido de insistir na idéia de que a prática pedagógica precisa valorizar as tarefas que promovam o desenvolvimento do pensamento matemático dos alunos. Neste sentido, também se pretende valorizar a prática onde as situações de aprendizagem sejam variadas, com aulas diversificadas. Há uma urgente necessidade de que a Matemática seja trabalhada dentro do contexto de vida dos alunos.
É nesse contexto que o jogo ganha um espaço como a ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do aluno, que como todo pequeno animal adora jogar e desenvolve níveis diferentes da sua experiência pessoal e social. (ANTUNES, 1998, p. 36).
Desta forma, o trabalho com jogos pode estimular a curiosidade dos alunos para saber a origem dos assuntos que estudam. Cria ainda oportunidade de entrar em contato com idéias de outros colegas e de propor um conflito cognitivo que os façam evoluir em suas hipóteses de aprendizagem.
Ao analisar a História da Matemática, é possível perceber que esta ciência foi constituída pelo homem através dos tempos e que, sendo desenvolvida por meio de jogos, torna-se um poderoso instrumento didático para possibilitar que os alunos raciocinem e desenvolvam operações mentais criativas.
Sendo assim, não faltam argumentos que reforcem as potencialidades pedagógicas da utilização de jogos matemáticos como um excelente recurso didático.
Para Piaget (1989, p.5), “Os jogos não são apenas uma forma de divertimento, mas são meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Para manter seu equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, criar, jogar e inventa”.
De inicio, é importante explicar que foi utilizada a palavra jogo para referir-se ao “brincar”. Vocabulário predominante da Língua Portuguesa quando se trata de atividade lúdica infantil. A palavra “jogo” se origina do vocábulo latino ”ludus”, que significa diversão, brincadeira. O jogo é reconhecido como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades.
2.1 O JOGO COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM
Aqui se pretende enfatizar a importância dos jogos na Educação Infantil e Séries Iniciais, como forma de facilitar a aprendizagem da matemática, desenvolvendo a originalidade, a criatividade dos alunos, enriquecendo seu conhecimento.
O jogo pode ser concluído no processo escolar de uma forma estimulante, resgatando o brincar e abrindo espaço para a expressão livre e envolvendo a criança num mundo cheio de fantasia.
Através dos jogos, as crianças desenvolvem o seu raciocínio e constroem o seu conhecimento de forma descontraída. Desta forma, dando uma contribuição e incentivo com significados também para o processo de aprendizagem da matemática.
A criança não é atraída por algum jogo por forças externas inerentes ao jogo e sim por uma força interna, pela chama acesa de sua evolução. É por esta chama que busca no meio exterior os jogos que lhe permitem satisfazer a necessidade imperiosa posta pelo seu crescimento. (ANTUNES, 2000, p.37).
Quando a criança entra num processo de construção de conhecimento, começa a despertar o faz-de-conta. A partir deste momento, vai trocar idéias e experiências, tornando-se um sujeito crítico e colocando-se em contato com as diferentes linguagens.
O jogo também proporciona uma melhor integração e um enriquecimento no vocabulário, adquirindo assim um hábito de aprender construtivamente e com uma visão ampla do mundo em sua volta.
Acredita-se que através do jogo, a criança constrói novos conhecimentos e facilita a sua socialização atingindo duas funções: lúdica e educativa. A atividade lúdica proporcionada pelos jogos deve ser o desencadeador de todo o processo de aprendizagem. O jogo na matemática desenvolve a imaginação e exige a tomada de iniciativas, desafiando a sua inteligência para encontrar soluções para os problemas.
No seu processo de desenvolvimento, a criança vai criando várias relações entre objetos e situações vivenciadas por ela e, sentindo a necessidade de solucionar um problema, de fazer uma reflexão, estabelece relações cada vez mais complexas que permitirão desenvolver noções matemáticas mais e mais sofisticadas. (SMOLE, 2000, p.63).
Nos jogos, os alunos são desafiados constantemente por problemas que lhes são estimulados a pensar rápido e a traçar inúmeras estratégias, para conseguir atingir seus objetivos.
A troca de opiniões que o jogo favorece, é de extrema importância para o desenvolvimento do pensamento mais lógico e coerente. Os alunos testam a lógica dos conhecimentos e são obrigados a organizar falas coerentes para se fazer entender pelos outros.
O jogo jamais pode surgir como um trabalho ou estar associado a alguma forma de sanção. Ao contrário, é essencial que o professor dele se utilize como ferramenta de combate à apatia e como instrumento de inserção e desafios grupais. O entusiasmo do professor e o preparo dos alunos para um momento especial a ser propiciado pelo jogo constitui um recurso insubstituível no estímulo para que o aluno queira jogar. (ANTUNES, 1998, p. 41).
Alguns professores acham que incluir jogos nos planejamentos é perda de tempo. A escola é lugar de trabalho, entendo como trabalho o ato de preencher inúmeros exercícios, sem considerar o interesse dos alunos por esse tipo de atividade.
Como se sabe que o uso do jogo contribui no processo ensino-aprendizagem, é certo que podem ser utilizados como recursos no cotidiano escolar nas aulas de matemática, permitindo ao professor desenvolver aulas criativas e permeadas de ricas experiências para o aluno. Possibilitando, desse modo, o aprender brincando, com mais prazer, maior significado e melhor resultado; são justificativas para a realização do presente artigo científico.
Enfim, os jogos, para serem utilizados no processo educacional, devem propor diversos tipos de atividades que possam ser praticadas em todas as matérias, de diversas maneiras, facilitando a aprendizagem, desenvolvendo a originalidade, a criatividade dos alunos, enriquecendo e vivenciando fatos.
2.2 A UTILIZAÇÃO DO JOGO COMO PRÁTICA EDUCATIVA
A partir do estudo realizado sobre a importância do jogo no ensino da Matemática, foi elaborado um projeto de ensino que serviu de base teórica para a realização das atividades propostas durante o estágio de prática de ensino.
O objetivo do projeto foi o de proporcionar às crianças um ambiente prazeroso, onde, por meio dos jogos, elas tivessem a oportunidade de compreender melhor a matemática, desenvolvendo o raciocínio, habilidades motoras cognitivas e sócio-afetivas. Durante a execução, constatou-se que os jogos lúdicos são um extraordinário instrumento de motivação, uma vez que transformam o conhecimento a ser assimilado em recurso de ludicidade e em sadia competitividade.
Os jogos lúdicos, além de motivadores contribuem seguramente para a criatividade, desinibição, coerente avaliação dos progressos da criança pelo professor, revisão dos conhecimentos adquiridos e, principalmente, favorecimento e fortalecimento da formação da personalidade do envolvido, na medida que o insere positivamente em um grupo de trabalho ou estudo.
De acordo com o RCNEI:
[...] para que as crianças possam exercer suas capacidades de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas voltadas às brincadeiras ou à aprendizagem que ocorrem por meio de uma intervenção direta. (BRASIL, 1998, p.27).
Daí a importância de inserir no cotidiano escolar, momentos de interação, divertimento e apropriação de novos conhecimentos por meio dos jogos. As crianças demonstraram ter um conhecimento lógico matemático adequado à idade. No entanto, a medida em que eram estimuladas as respostas foram cada vez mais positivas.
Com o desenvolvimento dos jogos propostos teve-se a oportunidade de constatar que, durante a realização deste tipo de atividade, a criança desenvolve a capacidade de observação do meio à sua volta, através de comparações de semelhanças e diferenças. Tudo isso permitindo a elaboração de certas estruturas: classificação, ordenação, estruturação de tempo e espaço, os primeiros elementos da lógica, através da resolução de problemas simples, buscando estratégias para vencer o jogo.
Teve-se uma grande preocupação para que cada criança tivesse seu próprio tempo para realizar a atividade, o que me fez compreender que a criança precisa ser respeitada, pois seu processo de aprendizagem é construído aos poucos, ela precisa do jogo e do objeto, bem como de espaço para que se sinta à vontade e segura.
A primeira relação da criança com a aprendizagem é justamente o fato de a criança aprender a brincar, o fato da brincadeira estar intimamente ligada à comunicação com outros indivíduos e ao contato com suas próprias emoções, o que favorece à criança, o desenvolvimento de sua auto-estima e a formação de vínculos. (DOHME, 1998, p. 163).
Percebe-se que professor que utiliza os jogos torna-se mais seguro, desenvolvendo também a sua criatividade, inovando suas aulas e criando outros jogos. Pois os jogos pedagógicos são excelentes recursos de que o professor poderá lançar mão no processo ensino-aprendizagem, porque contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual e social na criança.
O trabalho do professor, não consiste em resolver problemas e tomar decisões sozinho. Ele anima e mantém as redes de conversas e coordena ações. Sobretudo, ele tenta discernir, durante as atividades, as novas possibilidades que poderiam abrir-se à comunidade da classe, orientando e selecionando aquelas que não ponham em risco algumas de suas finalidades mais essenciais na busca por novos conhecimentos. (SMOLE, 2000, p.136).
Portanto, ao professor cabe o papel de mediador, orientando para que cada aluno tenha iniciativa em propor novas respostas para as situações-problema apresentadas.
Para Antunes (1998, p. 36),
O jogo ajuda o educando a construir suas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem.
As estratégias utilizadas durante o desenvolvimento do projeto, proporcionaram momentos de descontração e despertaram interesses dos alunos. O que novamente me fez constatar que brincando também se aprende, que o brincar pode desenvolver muitas habilidades e capacidades nos alunos.
Durante o jogo, fez-se presente a interação e pude constatar que a formação dos pequenos grupos foi facilitada em virtude das afinidades já estabelecidas entre eles.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Toda a realização de um trabalho de qualidade envolve fatores que passam por um bom planejamento, uma ação competente e eficaz e uma preocupação com coletas de resultados e avaliações.
Dentro do artigo apresentado, muito dos resultados aqui descritos podem ser sintetizados ao fato da comprovação que a educação de qualidade pode ser uma proposta possível.
Constatou-se que, ao utilizar-se de um recurso significativo dentro do contexto infantil, todo um processo de ensino e aprendizagem foi facilitado, não somente dentro da esfera do educando, mas também propiciou avanços na ação do educador, que teve a oportunidade de trabalhar com um grande aliado na prática educativa. Percebendo e comprovando quão maravilhoso é saber que uma boa intervenção, pode ser a única chance de um pequeno e frágil indivíduo compreender todo o processo matemático que está à sua volta.
Partindo do pensamento expresso neste documento, é que verifiquei que o professor tem mudado de concepção em relação à Matemática, assim como a concepção de ensino a que vinha sendo submetido. A concepção do aluno sujeito passivo, que repassa o conhecimento pronto, acabado, via memorização de regras, fórmulas e processos, se modifica para uma atitude de compreensão de que o aluno é, também, um construtor de conhecimentos.
REFERÊNCIAS
ANTUNES. Celso. Jogos para estimulação das inteligências múltiplas. 11. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.
Brasil. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Formação pessoal e social. Brasilia: MEC, volume 1, 2, 1998.
DOHME, V. D’ Ângelo: 32 idéias divertidas que auxiliam o aprendizado. São Paulo: Informal, 1998.
KISHIMOTO. Tizuko Morchida. Jogos Infantis: o jogo, a criança e a educação. 6. ed. Rio de Janeiro: vozes, 1993.
PIAGET, J. & INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1989.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trd. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
RIZZO, Gilda. Jogos Inteligentes: A Construção do Raciocínio na Escola Natural.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
SANTA CATARINA, Secretaria do Estado da Educação e Desporto de. Proposta Curricular. Florianópolis: SED, 1997 e 1998.
SMOLE. Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: artmed, 2000.
VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
Autor: Daniela Maria Bernardes
http://pedagogiaaopedaletra.com/o-ludico-no-auxilio-do-ensino-da-matematica-uma-proposta-possivel/
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sexta-feira, 18 de julho de 2014
O LÚDICO COMO MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
O LÚDICO COMO MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Marlene Maria da Silva
Prof. Bruno Barreto
Centro universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI
Pedagogia (6191/6) Trabalho de Graduação
27/11/2010
2 INTRODUÇÃO
Os jogos são educativos, sendo assim, requerem um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais de uma maneira geral. Já que os jogos em sala de aula são importantes, devemos ocupar um horário dentro de nosso planejamento, de modo a permitir que o professor possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir. Os jogos podem ser utilizados pra introduzir, amadurecer conteúdos e preparar o aluno para aprofundar os itens já trabalhados. Devem ser escolhidos e preparados com cuidado para levar o estudante a adquirir conceitos matemáticos de importância. Devemos utilizá-los não como instrumentos recreativos na aprendizagem, mas como facilitadores, colaborando para trabalhar os bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos. Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Devemos escolher jogos que estimulem a resolução de problemas, principalmente quando o conteúdo a ser estudado for abstrato, difícil e desvinculado da prática diária, não nos esquecendo de respeitar as condições de cada comunidade e o querer de cada aluno. Essas atividades não devem ser muito fáceis nem muito difíceis e ser testadas antes de sua aplicação, a fim de enriquecer as experiências através de propostas de novas atividades, propiciando mais de uma situação.
3 DESENVOLVIMENTO
A matemática dos sonhos da maioria dos professores se tornará realidade no momento que existirem dentre outros fatores salas apropriadas para realizar uma aula diferente, materiais adequados, professores preparados, motivados e atualizados que levem para a sala de aula materiais novos, atrativos e principalmente que trabalhem através da realidade de seus educandos. O jogo é um processo que auxilia a evolução da criança, utiliza a análise, a observação, a atenção, a imaginação, o vocabulário, a linguagem e outras capacidades próprias do ser humano. Por meio dos jogos as crianças passam a compreender e a utilizar regras que serão empregadas no processo de ensino-aprendizagem. Por meio do concreto, a criança adquire noções de proporções, como grande, pequeno, maior, menor, alto, baixo, comprido, curto, etc. Colocar as crianças em ordem crescente e decrescente, dos mesmos tamanhos, mais altos e os mais baixos. Medir as crianças, medir a sala, encher balões. O professor não deve impor o conteúdo, pois a aprendizagem se faz por meio da manipulação de diversos tipos de materiais. É importante o uso de jogos no processo de ensino e aprendizagem, pois o mesmo é considerado um instrumento auxiliar do processo educativo do ser humano. As atividades lúdicas são essenciais, é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas, e a partir disso se produz o conhecimento. Os jogos para os educandos são fundamentais para desenvolverem diferentes condutas e também a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir os jogos como experiências e liberdade de criação no qual as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo e com os outros. Através do brinquedo, o brincar e o jogar demonstram então as concepções e representações que as crianças têm do mundo que as cercam. Dentro deste contexto os jogos matemáticos são atividades importantes para o desenvolvimento das crianças, pois através do jogo as mesmas pensam e reorganizam as situações que vivenciam em seu cotidiano. Jogo tem vários objetivos dentre eles por desenvolver habilidades sensório-motor e a assimilação do conteúdo em sala de aula, o professor deve, inclusive aproveitar a realidade que cerca o educando para facilitar sua aprendizagem no dia a dia. Se o professor trabalhar os conteúdos escolares através de jogos matemáticos, então os alunos assimilarão com maior facilidade o que está sendo ensinado. Se o professor motivar os alunos em sala de aula, então os alunos desenvolverão as atividades com mais entusiasmo visando o conhecimento. A Matemática é, antes de tudo, um modo de pensar. Quanto mais cedo esse modo de pensar de raciocinar for trabalhado com as crianças, mais significativa será a aprendizagem dessa disciplina, principalmente se esta for trabalhada partindo de jogos e brincadeiras.
4 CONCLUSÃO
A participação em jogos de grupo também representa uma conquista cognitiva, emocional, moral e social. É importante o uso de jogos no processo de ensino e aprendizagem, pois o mesmo é considerado um instrumento auxiliar do processo educativo do ser humano. As atividades lúdicas são essenciais, é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas, e a partir disso se produz o conhecimento. Os jogos para as crianças são fundamentais para desenvolverem diferentes condutas e também a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos. Podemos, então, definir os jogos como experiências e liberdade de criação no qual as crianças expressam suas emoções, sensações e pensamentos sobre o mundo e também um espaço de interação consigo e com os outros. Percebe-se que os jogos matemáticos são essenciais para o processo de ensino e aprendizagem. É fundamental trabalhar a ludicidade com os educandos, pois aprendem de uma forma gostosa e prazerosa, resolvendo as situações-problema com mais facilidade. O jogo apresenta vários desafios através das atividades práticas para que os mesmos assimilem com maior facilidade estimulando-os a sua atenção e concentração. Por isso, usando jogos como quebra-cabeça, charadas, problemas curiosos, montagem de livros com peças geométricas, faziam com que seus alunos desenvolvessem habilidades de raciocínio, organização, atenção e concentração nas aulas de matemática e por conseqüência as aulas se tornam mais prazerosas, o aluno fica mais motivado para realizar as atividades propostas pelo professor sem falarmos de que as aulas são mais gostosas e atrativas.
5 REFERÊCIAS
CERQUETTI-ABERANKE, FRANÇOISE. O ensino da matemática na educação infantil./Aberkane e Catherine Berdonneau; trad.Eunice Gruman-PortoAlegre:Artes Médias, 1997
KISHIMOTO, TIZUCO M. (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4. Ed São Paulo: Cortez, 2000
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quinta-feira, 17 de julho de 2014
O livro “Matemática e Educação Infantil - Investigações e possibilidades de práticas pedagógicas”, organizado pelos professores Mercedes Carvalho e Marcelo Almeida Bairral
Livro aborda formação de professores de Matemática para educação infantil
Publicação é resultado do trabalho apresentado em reunião anual dos pesquisadores em educação
09 de Novembro de 2012
Lenilda Luna - jornalista
O livro “Matemática e Educação Infantil - Investigações e possibilidades de práticas pedagógicas”, organizado pelos professores Mercedes Carvalho e Marcelo Almeida Bairral, foi lançado na Ufal, no último 31 de outubro. A cerimônia ocorreu durante o Encontro sobre Educação Infantil de Alagoas, organizado pelo setor de Estudos da Educação Infantil do Centro de Educação (Cedu) da Ufal e pelo Fórum Alagoano em Defesa da Educação Infantil (Fadedi).
A obra é resultado do trabalho sobre Educação Matemática apresentado na 33ª reunião anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), realizada em 2010. "Nesse ano o tema foi sobre o ensino da matemática na infância. Ao final das apresentações, juntamente com o professor Marcelo Bairral, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), iniciamos o trabalho de reunir as apresentações em um livro, considerando que há poucas publicações nessa área", informou Mercedes Carvalho, doutora em Educação Matemática e professora do Cedu e do Programa de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Processos Educativos.
Na obra, a professora escreveu um capítulo sobre sistema de numeração decimal e resolução de problemas, com exemplos das atividades que a estudante Viviane Lima realizou, sob a orientação dela, no Trabalho de Conclusão de Curso. Mas a temática, de forma geral, é voltada para a formação de professores de educação infantil. "Na verdade, o nosso desafio começa pela formação dos futuros professores de matemática que na prática serão os professores dos futuros pedagogos, os que irão ensinar as primeiras noções matemáticas às crianças, desmistificando o ensino da matemática, tornando-o mais interessante por meio de atividades que permitam aos alunos aprender e fazer matemática", ressaltou a pesquisadora.
Mercedes explica que a publicação é uma coletânea de oito capítulos sobre a concepção de infância, escrito por Claudia Pimentel, doutora em Educação, com ênfase na formação de professores. Além das informações sobre a legislação que orienta a educação infantil no Brasil, os demais capítulos foram escritos por educadores matemáticos de diferentes universidades do país que desenvolvem pesquisa na área, trabalhando com os conteúdos de geometria, números, medida, aritmética e álgebra.
A matemática nas escolas
Para a educadora, a melhor forma de motivar as crianças a aprenderem matemática é orientando-as a resolver problemas. Mas ela ressalta que, apesar do ensino partir da realidade da criança, não pode se limitar a ela. "Não podemos transformar a matemática em uma disciplina em que, obrigatoriamente, todas as questões tenham que estar relacionada ao cotidiano do aluno, pois caso contrário, ficaremos restritos a meia dúzia de situações e empobreceremos o conhecimento matemático tão necessário para o desenvolvimento intelectual do aluno. Mas, certamente, na educação infantil os problemas envolvendo situações lúdicas são os mais adequados", destacou Mercedes.
Sobre o que mudou na escola, em relação ao ensino da Matemática, a pesquisadora declara que ainda é preciso avançar muito. "Existem algumas ações em escolas que buscam arejar o ensino da matemática, mas, infelizmente, as pesquisas em Educação Matemática, incluindo as que estão sendo desenvolvidas nos programas de Pós-graduação na Ufal, sinalizam que ainda temos um ensino pautado em memorização de fórmulas e que os problemas matemáticos se restringem à aplicação de fórmulas ou algoritmos", alertou a pesquisadora.
Mercedes destaca ainda que os dados das avaliações oficiais como Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), Prova Brasil e Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) apontam que os alunos das escolas brasileiras sabem pouca matemática. "Essa deficiência no aprendizado da matemática é uma incoerência, pois temos no país centros de excelência como o Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada), um dos mais respeitados centros de pesquisa em Matemática do mundo", destacou.
A saída, segundo a professora, é investir na formação de professores. "Sem bons professores de matemática não teremos matemáticos e sem matemáticos não temos desenvolvimento tecnológico. Cuidar dessa formação é um dos movimentos que os pesquisadores que compõem o livro ‘Matemática e Educação Infantil’ estão buscando realizar, mostrando que é possível trabalhar e aprender matemática desde a educação infantil", concluiu a pesquisadora Mercedes Carvalho.
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quarta-feira, 16 de julho de 2014
Aprendizagem Matemática em Meio a Brincadeiras Infantis
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terça-feira, 15 de julho de 2014
Significação e Contexto: Uma Introdução a Questões de Semântica e Pragmática. Série Didática – Pós-Graduação em Lingüística (UFSC). Vol. 1 – Semântica. Florianópolis, SC: Editora Insular Ltda. 110p. ISBN 85-85949-74-0. Resenha.
DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada
Print version ISSN 0102-4450
DELTA vol.15 n.2 São Paulo 1999
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44501999000200013
NOTAS SOBRE LIVROS/BOOKNOTES
D MOURA, Heronides Maurílio de Melo (1999) Significação e Contexto: Uma Introdução a Questões de Semântica e Pragmática. Série Didática – Pós-Graduação em Lingüística (UFSC). Vol. 1 – Semântica. Florianópolis, SC: Editora Insular Ltda. 110p. ISBN 85-85949-74-0.
Este é, segundo promete a editora, o primeiro de uma série de livros introdutórios na área de Lingüística que tem por objetivo apresentar, de forma sucinta, as tendências recentes e atuais nas mais diversas subáreas da disciplina. O autor desse primeiro livro da série se propõe enfocar as "questões situadas na interface da semântica e da pragmática".
São dois os capítulos que compõem o livro. O capítulo 1 é intitulado "Pressuposição" e o Capítulo 2 tem como título "Contexto".
No primeiro capítulo, o conceito de pressuposto é esmiuçado, contrastando-o com o posto, em seguida, com o acarrretamento e, por fim, com a implicatura. Há uma pequena incursão também nas questões relativas ao uso de descrições definidas. O capítulo 2 apresenta conceitos como sentido e significado, intensão e extensão, anáfora etc. São também discutidos os problemas em torno de referência, principalmente aqueles que desafiam a "divisão do bolo" entre a semântica e pragmática.
O livro de Moura é muito útil para aqueles que querem adquirir noções básicas da semântica lingüística – uma área que carece de livros de fácil acesso. No entanto, apesar do subtítulo do livro prometer atenção igual às questões relativas à pragmática, tópicos centrais e historicamente proeminentes da pragmática, como a Teoria dos Atos de Fala e a Teoria da Conversação oriunda das reflexões de Paul Grice, revelam-se conspícuos pela sua ausência. Trata-se, portanto, de uma promessa não cumprida – assunto, este sim, de alçada claramente de ordem pragmática. Nomes como os de Austin, Searle, Grice deveriam constar da bibliografia de um livro introdutório sobre significação, já que o usuário de livros dessa natureza tende a recorrer à bibliografia como primeiro passo em direção a um maior aprofundamento num campo pouco conhecido. Em outras palavras, no caso de um livro introdutório, a bibliografia também serve como convite para pesquisa futura por conta própria.
O ponto forte do livro de Moura está na clareza e simplicidade com que trata de questões complexas no campo de semântica. O autor também destaca, com êxito, as dificuldades no que tange à demarcação da fronteira entre a semântica e a pragmática.
Por/by Kanavillil RAJAGOPALAN (Universidade Estadual de Campinas)
fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44501999000200013&script=sci_arttext
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segunda-feira, 14 de julho de 2014
Video aula Psicopatologia
Publicado em 03/04/2012
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/cursos/300/curso-de-psicopatologi...
O curso de Psicopatologia da Infância e Adolescência por meio da Educação a Distância oferece ao profissional, o conhecimento sobre Autismo, Esquizofrênia Infantil, Transtornos Alimentares e muito mais.
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domingo, 13 de julho de 2014
Karma significado da palavra por João Maria andarilho utópico
Bhagavad Gita Como ele é A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, The Bhaktivedanta Book Trust
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sábado, 12 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Língua Escrita e Oral
Língua Escrita e Oral
O programa aborda as variantes linguísticas e as diferenças entre linguagem oral e linguagem escrita.
Fonte:http://www.univesp.tv.br/site/program...=29&media_id=165 - download 07/10/2011
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quinta-feira, 10 de julho de 2014
Educação na Sociedade do Conhecimento
Entrevista concedida a UNA TV
Palestra à faculdade UNA - "Os desafios da Educação na Sociedade do Conhecimento"
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quarta-feira, 9 de julho de 2014
Educação e Sociedade
Enviado em 07/10/2011
Educação e Sociedade
Qual é o papel da escola, o professor no centro dos debates sobre Educação, o papel da família na escola e quais são os limites e as possibilidades da autonomia do professor em sala de aula.
Fonte:http://www.univesp.tv.br/site/program...=29&media_id=165 - download 07/10/2011
Qual é o papel da escola, o professor no centro dos debates sobre Educação, o papel da família na escola e quais são os limites e as possibilidades da autonomia do professor em sala de aula.
Fonte:http://www.univesp.tv.br/site/program...=29&media_id=165 - download 07/10/2011
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terça-feira, 8 de julho de 2014
Hoje é dia de jejum de Sayana ou Padma jejum de Ekadasi 08/07/2014
Sayana ou Padma jejum de Ekadasi
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Keshava, qual o nome do Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha (jun/jul)? Qual é a Deidade adorável para esse dia auspicioso, e qual o processo de observá-lo?"
O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó zelador deste planeta terreno, de bom grado contar-te-ei uma maravilhosa história que o Senhor Brahma certa vez narrou a seu filhoNaradaji.
Certo dia Narada perguntou a seu pai: "Qual o nome do Ekadashi que vem durante a parte clara do mês de Ashadha? Por gentileza conta-me como posso observar esteEkadashi e assim agradar o Senhor Supremo, Vishnu."
O Senhor Brahma respondeu: "ó grande orador, ó melhor de todos sábios, ó mais puro devoto do Senhor Vishnu, tua pergunta é excelente. Não há nada melhor queEkadashi, o dia do Senhor Hari, neste ou em qualquer outro mundo. Ele nulifica até mesmo os piores pecados se observado corretamente. Por esta razão vou contar-te sobre Ashadha-sukla Ekadashi.
Jejuar neste Ekadashi nos purifica de todos pecados e realiza todos nossos desejos. Portanto, quem quer que deixe de obserar este sagrado dia de jejum é um bom candidato a entrar no inferno. Ashadha-sukla Ekadashi também é famoso como Padma Ekadashi. Só para agradar a Hrshikesha, o senhor dos sentidos, deve-se jejuar neste dia. Ouça cuidadosamente, ó Narada, enquanto relato para ti uma história maravilhosa das escrituras sobre este Ekadashi. Apenas por ouvir este relato já se destroem todos tipos de pecados, junto com todos obstáculos na senda da perfeição espiritual.
ó filho, certa vez havia um rei santo na dinastia solar cujo nome era Mandhata. Porque sempre defendia a verdade, foi nomeado imperador. Cuidava de seus súditos como se fossem seus próprios filhos. Devido a sua piedade e grande religiosidade, não havia pestilência, seca, ou doença de qualquer tipo em seu reino. Todos seus súditos não só estavam livres de todos tipos de perturbaçöes mas também eram muito ricos. O tesouro do próprio rei estava livre de dinheiro ganho por meios não-recomendados, e assim ele governou felizmente por muitos anos.
Certa vez entretanto, devido a algum pecado em seu reino, houve seca durante três anos. Os súditos viram-se atormentados pela fome. A falta de grãos alimentícios tornava impossível para eles realizarem os sacrifícios védicos, oferecer oblaçöes a seus antepassados e semideuses, realizarem adoração ritualística, ou até mesmo estudar as literaturas védicas. Finalmente, todos vieram diante do amado rei numa grande assebléia e disseram: "ó rei, sempre tratas de nosso bem-estar, portanto humildemente imploramos vossa assistência agora. Todo mundo e tudo neste mundo precisa de água. Sem água, quase tudo se torna inútil ou morto. Os Vedas chamam a água de nara, e porque a Suprema Personalidade de Deus dorme sobre a água, Seu nome é Narayana. Deus faz Sua própria morada na água e ali faz Seu descanso. (1) Na Sua forma como as nuvens, o Senhor Supremo está presente pelo céu afora e derrama a chuva, da qual crescem os grãos que mantém toda entidade viva.
ó rei, a severa seca causou uma falta de valiosos grãos; assim estamos sofrendo, e a população está diminuindo. ó melhor governante da terra, por favor encontre alguma solução para este problema e traga-nos uma vez mais a paz e prosperidade."
O rei respondeu: "Falais a verdade, pois os grãos são como Brahman, a Verdade Absoluta, que vive dentro dos grãos e assim sustenta todos seres. De fato, é por causa dos grãos que o mundo inteiro vive. Agora, porque está havendo uma terrível seca no nosso reino? As escrituras sagradas discutem este assunto mui profundamente. Se um rei é irreligioso, tanto ele como seus súditos sofrem. Meditei na causa de nosso problema durante muito tempo, mas após examinar meu caráter passado e atual, honestamente posso dizer que não encontro pecado. Ainda assim, para o bem de todos vós súditos, tentarei remediar a situação."
Pensando assim, o Rei Mandhata reuniu seu exército e séquito, prestou suas reverências a Mim, e depois entrou na floresta. Vagou por aqui e por ali, buscando grandes sábios em seus ashramas e indagando sobre como resolver a crise em seu reino. Afinal encontrou o ashrama de um de Meus outros filhos, Angira Muni, cuja refulgência iluminava todas direçöes. Sentado em seu eremitério, Angira parecia um segundo Brahma. O rei Mandhata estava muito feliz por ver esse exaltado sábio, cujos sentidos estavam completamente sob controle.
O rei imediatamente desmontou de seu cavalo e ofereceu suas respeitosas reverências aos pés de lótus de Angira Rishi. Então o rei juntou suas palmas e orou por suasbençãos. Aquela pessoa santa reciprocou abençoando o rei com mantras sagrados, depois perguntou-lhe sobre o bem-estar dos sete membros de seu reino. (2)
Após contar ao sábio como iam os sete membros de seu reino, o rei Mandhata perguntou sobre a felicidade do próprio sábio. Então Angira Rishi perguntou ao rei porque empreendera tão difícil jornada na floresta, e o rei contou-lhe sobre a aflição que seu reino estava passando. O rei disse: "ó grande sábio, estou governando e mantendo meu reino enquanto sigo as injunçöes védicas, e assim não sei qual o motivo da seca. Para resolver este mistério, aproximei-me de ti para tua ajuda. Por favor ajuda-me a aliviar o sofrimento de meus súditos."
Angira Rishi disse para o rei: "A presente era, Satya-yuga, é a melhor de todas eras, pois nessa era o Dharma se apoia nas quatro pernas. (3) Nesta era todos respeitambrahmanas como os membros mais elevados da sociedade. Também, todos cumprem com seus deveres ocupacionais, e apenas brahmanas duas-vezes nascidos podem realizar austeridades védicas e penitências. Embora isto seja o padrão, ó leão entre os reis, há um shudra que ilegalmente realiza os ritos da austeridade e penitência em teu reino. É por isso que não há chuva no teu país. Por isso deves castigar este trabalhador com a morte, pois por assim fazer removerás a contaminação e restituirás a paz aos teus súditos."
O rei replicou: "Como posso matar um realizador de austeridades sem ofensa? Por favor dá-me alguma solução espiritual."
O grande sábio Angira disse: "ó rei, deves observar um jejum no Ekadashi que ocorre durante a quinzena clara do mês de Ashadha. Este dia auspicioso se chama PadmaEkadashi, e por sua influência abundantes chuvas certamente retornarão a teu reino. Este Ekadashi confere a perfeição tanto aos fiéis observadores, como remove todo tipo de maus elementos, e destrói todos obstáculos na senda da perfeição. ó rei, tu, teus parentes e teus súditos devem todos observar este sagrado jejum de Ekadashi. Então tudo em vosso reino irá indubitavelmente retornar ao normal."
Ao ouvir estas palavras, o rei ofereceu suas reverências e depois retornou a seu palácio. Quando chegou Padma Ekadashi, o rei Mandhata reuniu todos os brahmanas,kshatriyas, vaishyas e shudras em seu reino e instruiu-os a observarem estritamente este importante dia de jejum. Depois que o haviam observado, caíram as chuvas, assim como o sábio havia predito, e no devido tempo houve colheitas fartas e uma rica safra de grãos. Pela misericórdia do Senhor Supremo Hrishikesha, o senhor detodos sentidos, todos súditos do rei Mandhata se tornaram extremamente felizes e prósperos.
Portanto, ó Narada, todos devem observar este jejum de Ekadashi mui estritamente, pois confere toda sorte de felicidade, bem como a liberação final, ao devoto fiel."
O Senhor Sri Krishna concluiu: "Meu querido Yudhishthira, Padma Ekadashi é tão poderoso que se pode simplesmente ler ou ouvir suas glórias e ficar completamente sem pecado. ó Pandava, quem deseja agradar-Me deve observar estritamente este Ekadashi, que também é conhecido como Deva-shayani Ekadashi. (1) ó leão entre os reis, quem quer que queira liberação deve regularmente jejuar neste Ekadashi, que também é o dia em que o jejum de Chaturmasya principia."
Assim termina a narrativa das glórias de Ashadha-sukla Ekadasi, ou Padma Ekadasi, do Bhavishya-uttara Purana.
Notas:
(1) Dizem que três coisas não podem existir sem água: pérolas, seres humanos, e farinha. A qualidade essencial de uma pérola é seu brilho, e isso é devido à água. A essência de um homem é seu sêmen, cujo principal componente é água. E sem água, não se pode transformar farinha em massa para depois cozinhar e comer. Asvezes a água é chamada de jala narayana, o Senhor Supremo na forma da água.
(2) Os sete membros do domínio de um rei são o próprio rei, seus ministros, seu tesouro, suas forças armadas, seus aliados, os brahmanas, os sacrifícios realizados em seu reino, e as necessidades de seus súditos.
(3) As quatro pernas do Dharma são veracidade, austeridade, misericórdia e limpeza.
(4) Deva-shayani ou Vishnu-shayani, indica o dia em que o Senhor Vishnu vai dormir com todos semideuses. É dito que depois desse dia não se deve realizar quaisquer novas cerimônias até Devotthani Ekadashi, que ocorre durante o mês de Kartika (out/nov), porque os semideuses, estando adormecidos, não podem ser convidados para a arena sacrificial e porque o sol está viajando no curso meridional.
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