terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Os 3 esquemas globalistas de poder em tabela para te ajudar a entender o que acontece no mundo. o professor Olavo de Carvalho mapeou e descreveu estes esquemas.






CaracterísticaEsquema Ocidental (Anglo-Americano)Esquema Eurasiano (Russo-Chinês)Esquema Islâmico (Califado)
Natureza do PoderFinanceiro, Econômico e Cultural.Militar, Estratégico e Territorial.Religioso, Demográfico e Jurídico.
Principais OrganizaçõesCouncil on Foreign Relations (CFR), Grupo Bilderberg, Comissão Trilateral, Fórum Econômico Mundial (Davos).Partido Comunista Chinês (PCC), Inteligência Russa (FSB/KGB), Organização de Cooperação de Xangai.Irmandade Muçulmana, Organização de Cooperação Islâmica (OCI), Monarquias do Petróleo.
Braço OperacionalGrandes Fundações: Rockefeller, Ford e Open Society (George Soros).Eixos Geopolíticos: Nova Rota da Seda (China) e Movimento Neo-Eurasianista (Dugin).Redes Culturais: Mesquitas financiadas externamente, centros de "Dawah" e migração em massa.
Objetivo FinalGovernança Global: Um mercado unificado gerido por uma elite tecnocrática e financeira.Império Multipolar: Derrubar a hegemonia dos EUA para criar grandes blocos sob controle estatal autoritário.Califado Universal: A expansão mundial da Sharia (Lei Islâmica) e a submissão do Ocidente.
Visão de OlavoAge para dissolver as soberanias nacionais através de pautas progressistas e controle da dívida.É a continuação estratégica da União Soviética, usando a "Guerra Irrestrita" para destruir o Ocidente.Aproveita-se da "fraqueza moral" e da liberdade democrática do Ocidente para se expandir de dentro para fora.
Bloco / TemaAutorObra PrincipalImportância na Tese de Olavo
Geral (A Síntese)Olavo de CarvalhoOs EUA e a Nova Ordem MundialTranscrição do debate com Dugin; define os 3 blocos.
Geral (A Síntese)Olavo de CarvalhoO Mínimo que Você Precisa Saber...Coletânea de artigos que explicam a atuação desses grupos no Brasil.
OcidentalCarroll QuigleyTragedy and HopeCitado como a "bíblia" que prova a existência da elite financeira anglo-americana.
OcidentalGary AllenNinguém se Atreve a Chamar de ConspiraçãoExplica a conexão entre Wall Street e a ascensão de regimes totalitários.
EurasianoAleksandr DuginA Quarta Teoria PolíticaA base ideológica do expansionismo russo e do bloco eurasiano.
EurasianoQiao Liang e Wang XiangsuiGuerra IrrestritaManual de generais chineses sobre como destruir o Ocidente sem combate direto.
EurasianoAnatoliy GolitsynNew Lies for OldEx-KGB que previu a "falsa queda" da URSS como estratégia de longo prazo.
IslâmicoBat Ye'orEurábia: O Eixo Euro-ÁrabeDescreve como a Europa está se tornando uma colônia islâmica via pactos políticos.
IslâmicoRobert SpencerGuia Politicamente Incorreto do IslãAnalisa a Sharia e o projeto de expansão do califado global.
IslâmicoRené GuénonO Simbolismo da Cruz / Oriente e OcidenteAutor que Olavo estudou para entender a influência intelectual/esotérica do Islã.

Para o Professor Olavo de Carvalho, embora a divisão entre Sunitas e Xiitas seja um conflito religioso e histórico profundo (iniciado em 632 d.C. pela sucessão de Maomé), ambos estão integrados no que ele chamava de Esquema Islâmico de poder global.

Na visão dele, apesar de se matarem no Oriente Médio, essas vertentes convergem no objetivo de expansão do Islã e na destruição dos valores ocidentais. Abaixo, a distinção entre eles sob a ótica geopolítica e teológica:


Comparativo: Sunitas vs. Xiitas no "Esquema Globalista"

CaracterísticaSunitas (Ahl al-Sunna)Xiitas (Shi'atu Ali)
Origem do PoderDefendem que o líder (Califa) deve ser escolhido por consenso entre os fiéis.Defendem que o líder (Imã) deve ser descendente direto de Maomé (linhagem de Ali).
OrganizaçãoMenos hierarquizada; o poder é mais fragmentado entre diversas escolas e países.Altamente hierarquizada, com clérigos poderosos (Aiatolás) que têm autoridade quase absoluta.
Representante GeopolíticoArábia Saudita (e movimentos como a Irmandade Muçulmana e o Wahabismo).Irã (e grupos como o Hezbollah no Líbano).
Estratégia GlobalistaInfiltração cultural e política no Ocidente (via Irmandade Muçulmana e petrodólares).Confronto direto e exportação da Revolução Islâmica (modelo iraniano).
ProporçãoMaioria esmagadora (cerca de 85% a 90% dos muçulmanos).Minoria significativa (cerca de 10% a 15%, concentrados no Irã e Iraque).

A Visão de Olavo sobre o Conflito

Olavo de Carvalho frequentemente mencionava que a disputa entre essas duas vertentes é usada como uma "cortina de fumaça" ou uma ferramenta tática:

  1. O "Inimigo Comum": Ele argumentava que, perante o Ocidente, as diferenças desaparecem. Ambas as vertentes buscam a implementação da Sharia e a criação do Califado Universal (ou um sistema de governo islâmico global).

  2. A Aliança com o Bloco Eurasiano: Olavo destacava que o Irã (Xiita) é hoje um dos principais aliados da Rússia e China (Bloco Eurasiano), servindo como uma ponta de lança militar contra a influência dos EUA no Oriente Médio.

  3. Ameaça à Soberania: Para o professor, o perigo sunita vinha da "ocupação silenciosa" (demografia e política), enquanto o perigo xiita era a "agressão revolucionária" e o terrorismo de Estado.


Organizações Citadas por Olavo

  • Sunitas: Irmandade Muçulmana (Ikhwan), Al-Qaeda, Estado Islâmico (Daesh), Hamas.

  • Xiitas: Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), Hezbollah, Milícias Houthi.

Fontes:

  • Aula 127 do COF (Curso Online de Filosofia): Onde ele trata da psicologia do martírio xiita.

  • Artigo "As Garras da Esfinge": Sobre a influência do esoterismo islâmico nas elites.

  • O Mínimo que Você Precisa Saber: Artigos sobre a "Islamização do Ocidente".

Para o Professor Olavo de Carvalho, o Ocidente não é definido apenas por fronteiras geográficas, mas por uma herança espiritual e intelectual específica. Ele frequentemente citava que o Ocidente se equilibra sobre três colunas fundamentais (conhecidas também como a síntese de "Atenas, Jerusalém e Roma").

Se uma dessas bases é removida, o Ocidente deixa de existir e se torna vulnerável aos esquemas globalistas.


1. A Filosofia Grega (Atenas)

Representa a busca pela Verdade através da razão e da lógica.

  • O que sustenta: A capacidade de distinguir o real da fantasia, a investigação científica e a dialética.

  • Ameaça: Segundo Olavo, o "esquema ocidental" atual tenta destruir essa base através do relativismo e do politicamente correto, onde a "vontade do grupo" substitui a verdade objetiva.


2. O Direito Romano (Roma)

Representa a Ordem, a justiça e a estrutura das instituições.

  • O que sustenta: O conceito de propriedade privada, a igualdade perante a lei e a separação entre o público e o privado. É o que dá estabilidade política às nações.

  • Ameaça: A substituição das leis nacionais por tratados internacionais (globalismo) e o ativismo judicial que ignora as leis escritas para servir a interesses ideológicos.


3. A Tradição Judaico-Cristã (Jerusalém)

Representa a Moralidade e a consciência individual perante Deus.

  • O que sustenta: A ideia de que o ser humano tem uma dignidade intrínseca porque foi criado à imagem de Deus. Isso limita o poder do Estado, pois o indivíduo responde a uma autoridade superior (divina).

  • Ameaça: Para Olavo, este é o alvo principal dos três esquemas globalistas. O bloco Ocidental tenta substituí-la pelo "humanismo secular", o bloco Eurasiano pelo controle estatal ateu e o bloco Islâmico pela submissão à Sharia.


Resumo em Tabela

BaseFonteValor CentralFunção Social
AtenasFilosofia GregaVerdadeCiência e Racionalidade
RomaDireito RomanoOrdemJustiça e Instituições
JerusalémBíblia / ReligiãoSantidadeMoral e Valor do Indivíduo

Citações e Fontes

  • Aula 1 do COF: Olavo enfatiza que a filosofia começa com a busca da verdade e a percepção da unidade do conhecimento (Atenas).

  • Livro "A Nova Era e a Revolução Cultural": Onde ele explica como a destruição da moral cristã (Jerusalém) é o primeiro passo para o controle totalitário.

  • Artigos sobre o Império da Lei: Diversos textos onde ele defende a herança romana contra a "tirania dos especialistas".

O diagnóstico de Olavo: O Ocidente está em crise porque "Atenas" virou ideologia, "Roma" virou burocracia e "Jerusalém" virou apenas um adorno social, perdendo sua força espiritual.


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