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quarta-feira, 6 de novembro de 2024
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Inteligências múltiplas: quais são e como abordá-las na escola?
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Uma sala de aula é um ambiente diverso, com alunos com diferentes habilidades e aptidões, ou inteligências múltiplas. Essa teoria, que abordaremos em mais detalhes ao longo do texto, ajuda a explicar porque algumas pessoas têm um alto raciocínio lógico, enquanto outras não conseguem fazer um simples cálculo matemático.
Após a área da educação entender que não existe um aluno mais ou menos inteligente, ela passou a utilizar abordagens inovadoras que permitam o desenvolvimento do potencial individual de cada aluno, como as metodologias ativas e a personalização do ensino.
Neste post, você vai entender quais são as inteligências múltiplas e como o professor pode estimular cada uma delas na sala de aula.
O que são inteligências múltiplas?
A teoria das inteligências múltiplas pertence ao cientista formado em neurologia e psicologia, Howard Gardner. Segundo ele, cada pessoa demonstra habilidades cognitivas distintas. Ou seja, cada indivíduo tem um domínio maior em determinadas áreas do que outras. Desde então, essa descoberta tem tido um forte impacto na educação.
A teoria das inteligências múltiplas surgiu após Gardner questionar se os testes que medem o QI humano são suficientes para atestar o nível de inteligência de uma pessoa.
Outro ponto de questionamento feito por ele foi o fato de que uma pessoa considerada genial não é um gênio em todas as áreas. Assim, a inteligência humana é mais específica do que generalista.
Após diversas pesquisas e testes, Gardner chegou a conclusão de que existem nove tipos de inteligências. Para ele, todos nós nascemos com inteligências múltiplas, mas ao longo da vida, cada pessoa desenvolve uma ou duas áreas conforme as experiências que vivencia.
São raros os casos que um indivíduo apresenta todos os tipos de inteligências múltiplas. Porém, com os estímulos corretos, é possível que uma criança desenvolva mais de um tipo de inteligência.
Vale saber que, para ser considerada uma inteligência, é necessário que essa aptidão surja naturalmente.
Na educação, a teoria das inteligências múltiplas auxilia no entendimento de que cada aluno tem aptidões diferentes, mesmo que sejam ensinados da mesma forma. Para que uma criança possa desenvolver essa inteligência, é necessário que ela seja estimulada dentro e fora da escola para encontrar o potencial.
Contudo, quando o professor utilizar apenas uma metodologia de ensino-aprendizagem, fica impossível abarcar todas as inteligências, pois a turma pode ser composta por alunos que são bons em matemática, outros que são comunicativos, além dos que têm talentos artísticos, e por aí vai.
Quais são as inteligências múltiplas e como estimulá-las na sala de aula?
Entender quais são as inteligências múltiplas auxilia o professor a identificar as habilidades dos alunos, e assim montar um planejamento pedagógico que possa aprimorar o potencial de cada estudante, seja de forma individual, seja coletivamente. Veja a seguir.
1. Lógica
A lógica faz parte das inteligências múltiplas. As pessoas desse grupo têm aptidão com atividades que envolvem raciocínio lógico, cálculos e podem se desenvolver bem em áreas ligadas à programação.
Na sala de aula, o professor pode aplicar atividades que envolvem conceitos de matemática e física, ou estimular o desenvolvimento de aplicativos para celular e jogos digitais.
2. Linguística
Sabe aquele aluno bom de papo e que sabe se expressar nas apresentações das atividades? Então ele deve fazer parte do grupo de pessoas com aptidão para a linguística. Isso significa que esse indivíduo tem facilidade para a comunicação e expressão, seja escrita ou oral.
As atividades que envolvem a redação, o ensino de uma língua estrangeira, os seminários e debate de ideias são essenciais para aprimorar esse tipo de inteligência.
3. Espacial
O tipo espacial também faz parte das inteligências múltiplas. Trata-se da habilidade de realizar interpretações imagéticas, ou seja, são pessoas com uma boa percepção visual e espacial. A arquitetura, design e artes visuais são exemplos de áreas nas quais são requeridas essa aptidão.
As pessoas com inteligência espacial aflorada costumam ser criativas. Por isso, o professor deve realizar atividades que estimulem a criatividade e a percepção visual, como projetos de robótica, oficinas de projetos, jogo de xadrez, quebra-cabeça e elaboração de mapas mentais.
4. Corporal
A inteligência corporal ou cinestésica, trata-se de habilidades para controlar o próprio corpo, tendo uma boa coordenação motora e equilíbrio. As pessoas desse grupo são ótimos coreógrafos e dançarinos, além de terem entendimento sobre os limites físicos do próprio corpo — como os atletas.
Na escola o professor pode propor atividades artísticas e esportivas para aprimorar essa habilidade. Ademais, atividades manuais também podem ser desenvolvidas na sala de aula.
5. Interpessoal
O aluno do grupo de inteligência interpessoal tem uma capacidade maior de desenvolver empatia e compreensão por outras pessoas. Além do mais, essas pessoas são ótimas com persuasão, entender as emoções, sentimentos e intenções de terceiros, mesmo que elas apareçam de forma sutil.
Para aprimorar essa habilidade múltipla, o professor pode aplicar a educação socioemocional por meio de trabalhos em equipe para estimular o empreendedorismo e realizar atividades voltadas para a resolução de problemas reais.
6. Intrapessoal
O intrapessoal é uma inteligência múltipla atrelada ao autoconhecimento. Dessa forma, as pessoas desse grupo têm facilidade para entender as próprias emoções, sentimentos, desejos e motivações.
Na sala de aula, a inteligência intrapessoal pode ser aprimorada por meio de atividades de autoconhecimento da mente e do corpo, como meditação, exercícios físicos e técnicas de inteligência emocional.
7. Musical
Os cantores, DJs, produtores musicais e profissionais que trabalham com música provavelmente integram o da inteligência musical. São pessoas com alta habilidades auditivas e sensíveis para reconhecer os mais variados tipos de sons e melodias.
Lógico que, para aprimorar essa inteligência, as atividades que envolvem música são ideais. Dois exemplos de atividades são a montagem de um coral ou banda estudantil.
8. Naturalista
A inteligência naturalista descreve as pessoas que têm forte ligação com o meio ambiente no geral. Sendo assim, as atividades ligadas à natureza, como a criação de uma horta, servem para aprimorar essa aptidão.
9. Existencialista
A inteligência existencialista foi a última a ser categorizada por Gardner. Trata-se de pessoas que questionam temas ligados à existência humana, ao cosmo, universo, metafísica e afins.
Esse tipo de inteligência é atrelado aos filósofos, por exemplo. Para aprimorar, é possível aplicar atividades que façam os alunos questionarem temas ligados ao cotidiano.
Desenvolver as inteligências múltiplas na sala de aula é fundamental para aprimorar o potencial de cada aluno. Para isso, conte com as soluções educacionais da Conexia Educação:
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O Néctar da Instrução Verso 8
smṛtyoḥ krameṇa rasanā-manasī niyojya
tiṣṭhan vraje tad-anurāgi-janānugāmī
kālaṁ nayed akhilam ity upadeśa-sāram
Sinônimos
tat - do Senhor Kṛṣṇa; nāma - o santo nome; rūpa - forma; carita-ādi - caráter, passatempos e assim por diante; su-kīrtana - em discutir ou cantar bem; anusmṛtyoḥ - e em lembrar; krameṇa - gradualmente; rasanā - a língua; manasī - e a mente; niyojya - ocupando-se; tiṣṭhan - morando; vraje - em Vraja; tat - ao Senhor Kṛṣṇa; anurāgi - apegadas; jana - pessoas; anugāmī - seguir; kālam - tempo; nayet - deve-se utilizar; akhilam - total; iti - desse modo; upadeśa - de conselho ou instrução; sāram - a essência.
Tradução
A essência de todos os conselhos e que se deve utilizar todo o tempo - vinte e quatro horas por dia - para cantar bem e lembrar o nome divino do Senhor, Sua forma transcendental, qualidades e passatempos eternos, ocupando, deste modo, a língua e a mente, gradualmente. Dessa maneira, deve-se morar em Vraja [Goloka Vṛndāvana-dhāma] e servir a Kṛṣṇa sob a orientação dos devotos. Deve-se seguir os passos dos amados devotos do Senhor, que estão profundamente apegados a Seu serviço devocional.
Comentário
Já que a mente pode ser nossa amiga ou inimiga, devemos treiná-la para que ela se torne nossa aliada. O movimento da consciência de Kṛṣṇa se destina especialmente a treinar a mente a estar sempre ocupada nos assuntos relacionados a Kṛṣṇa. A mente contém centenas de milhares de impressões, não somente desta vida, mas também de muitíssimas vidas passadas. Às vezes, essas impressões entram em contato entre si e produzem imagens contraditórias. Dessa maneira, a função da mente pode se tornar perigosa para uma alma condicionada. Os estudantes de psicologia têm noção das diversas transformações psicológicas que ocorrem na mente. O Bhagavad-gītā (8.6) diz:
tyajaty ante kalevaram
taṁ taṁ evaiti kaunteya
sadā tad-bhāva-bhāvitaḥ
“Qualquer que seja o estado de existência que alguém se lembre ao deixar o corpo, ó filho de Kuntī, esse mesmo estado ele alcançará, impreterivelmente.”
Na hora da morte, a mente e a inteligência da entidade viva criam a forma sutil de determinada espécie de corpo para a próxima vida. Se, repentinamente, a mente pensa em algo não muito conveniente, a pessoa é obrigada a aceitar um nascimento correspondente a tal pensamento na próxima vida. Por outro lado, quem puder pensar em Kṛṣṇa no momento da morte poderá ser transferido para o mundo espiritual, Goloka Vṛndāvana. Este processo de transmigração é muito sutil, e Śrīla Rūpa Gosvāmī, portanto, aconselha os devotos a treinarem suas mentes a fim de serem capazes de se lembrar única e exclusivamente de Kṛṣṇa. De modo semelhante, deve-se treinar a língua a só falar de Kṛṣṇa e saborear apenas kṛṣṇa-prasāda. Śrīla Rūpa Gosvāmī aconselha ainda que tiṣṭhan vraje: deve-se viver em Vṛndāvana ou em qualquer parte de Vrajabhūmi. Vrajabhūmi, ou a terra de Vṛndāvana, ocupa uma area de oitenta e quatro krośas. Uma krośa equivale a cinco quilômetros quadrados. Aquele que faz de Vṛndāvana sua residência deve buscar o abrigo de um devoto avançado que viva ali. Dessa maneira, ele deve pensar sempre em Kṛṣṇa e em Seus passatempos. Śrīla Rūpa Gosvāmī esclarece melhor este ponto em seu Bhakti-rasāmṛta-sindhu (1.2.294):
preṣṭhaṁ nija-samīhitam
tat-tat-kathā-rataś cāsau
kuryād vāsaṁ vraje sadā
“O devoto deve sempre residir no reino transcendental de Vraja e continuamente se dedicar a kṛṣṇaṁ smaran janaṁ cāsya preṣṭhaṁ, o recordar-se de Śrī Kṛṣṇa e de Seus amados companheiros. Seguindo os passos desses associados e se submetendo à sua orientação eterna, pode-se desenvolver um intenso desejo de servir a Suprema Personalidade de Deus.”
Śrīla Rūpa Gosvāmī declara ainda no Bhakti-rasāmṛta-sindhu (1.2.295):
siddha-rūpeṇa cātra hi
tad-bhāva-lipsunā kāryā
vraja-lokānusārataḥ
“No reino transcendental de Vraja [Vraja-dhāma], a pessoa deve servir a Śrī Kṛṣṇa, o Senhor Supremo, com um sentimento semelhante ao de Seus companheiros, devendo se sujeitar à orientação direta de um associado específico de Kṛṣṇa e seguir-lhe os passos. Pode-se aplicar este método tanto na fase de sādhana [práticas espirituais realizadas enquanto se está na fase do cativeiro], quanto na fase de sādhya [compreensão de Deus], na qual se é siddha-puruṣa, ou alma espiritualmente perfeita.”
Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura faz o seguinte comentário sobre este verso: “Quem ainda não desenvolveu interesse pela consciência de Kṛṣṇa deve abandonar todas as motivações materiais e treinar sua mente, seguindo os princípios reguladores progressivos - cantar e lembrar-se de Kṛṣṇa, Seu nome, forma, qualidades, passatempos e assim por diante. Dessa maneira, após desenvolver um gosto por tais coisas, ele deve tentar viver em Vṛndāvana e passar seu tempo lembrando constantemente do nome de Kṛṣṇa, Sua fama, atividades e qualidades, sob a orientação e proteção de um devoto experiente. Esta é a essência de todas as instruções relativas ao cultivo de serviço devocional.
“Na fase neófita, devemos estar sempre engajados em ouvir kṛṣṇa-kathā. Isto se chama śrāvaṇa-daśā, a fase em que se ouve. Escutando constantemente o transcendental santo nome de Kṛṣṇa e ouvindo falar de Sua forma transcendental, qualidades e passatempos, pode-se chegar à fase de aceitação, chamada varaṇa-daśā. Quem alcança esta fase, apega-se à audição de kṛṣṇa-kathā. Quem consegue cantar em êxtase atinge a fase de smaraṇāvasthā, o estágio da recordação. A recordação, absorção, meditação, lembrança constante e o transe constituem os cinco ítens do kṛṣṇa-smaraṇa progressivo. A princípio, pode ser que se interrompa o lembrar-se de Kṛṣṇa a intervalos, mas, posteriormente, a lembrança prossegue sem interrupções. Quando a lembrança é ininterrupta, ela passa a ser concentrada e é denominada meditação. Ao se expandir e tornar-se constante, a meditação se intitula anusmṛti. Com o anusmṛti ininterrupto e incessante, entra-se na fase de samādhi, ou transe espiritual. Depois que o smaraṇa-dāsa, ou samādhi, desenvolve-se plenamente, a alma chega a compreender sua posição constitucional original. Nessa altura, ela pode entender perfeita e nitidamente sua relação eterna com Kṛṣṇa. Isto se chama sampatti-daśā, a perfeição da vida.
“O Caitanya-Caritāmṛta aconselha os neófitos a abandonarem todas as espécies de desejos motivados e simplesmente se ocuparem no regulativo serviço devocional ao Senhor, de acordo com as orientações das escrituras. Dessa maneira, o novato pode gradualmente desenvolver apego ao nome de Kṛṣṇa, à Sua fama, forma, qualidades e assim por diante. Quem tenha desenvolvido tal apego, poderá servir espontaneamente aos pés de lótus de Kṛṣṇa, sem nem mesmo seguir os princípios reguladores. Esta fase se chama rāga-bhakti, ou serviço devocional com amor espontâneo. O devoto nesta fase pode seguir os passos de um dos companheiros eternos de Kṛṣṇa em Vṛndāvana. Isto se denomina rāgānuga-bhakti. Rāgānuga-bhakti, ou o serviço devocional espontâneo, pode ser realizado na śānta-rasa, em que se aspira a ser como as vacas de Kṛṣṇa, ou a vara, a flauta na mão de Kṛṣṇa, ou as flores em volta do pescoço dEle. Na dāsya-rasa, seguem-se os passos dos servos como Citraka, Patraka ou Raktaka. Na amistosa sakhya-rasa, é possivel tornar-se um amigo de Kṛṣṇa, como Baladeva, Śrīdāmā ou Sudāmā. Na vātsalya-rasa, caracterizada pela afeição maternal e paternal, pode-se vir a ser como Nanda Mahārāja e Yaśodā. Já na mādhurya-rasa, caracterizada pelo amor conjugal, é possível tornar-se como Śrīmatī Rādhārāṇī ou como Suas companheiras, tais como Lalita e Suas servas pessoais (mañjarīs), como Rūpa e Rati. Esta é a essência de todas as instruções quanto ao serviço devocional.”
Hoje é dia do desaparecimento transcendental de nosso fundador acarya Srila Prabupada nosso jagat Guru."Pregação é a essência. Livros são a base. Pureza é a força. Utilidade é o princípio"
Bhaktivedanta Swami Prabhupada –
Abhay Charanaravinda Bhaktivedanta Swami Prabhupada (Bengali: অভয়চরণারবিন্দ ভক্তিবেদান্ত ) (1 de setembro de 1896 – 14 de novembro de 1977) foi um líder religioso indiano, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, comumente conhecida como Movimento Hare Krishna.[1] Nascido em Calcutá, Prabhupada migrou para os Estados Unidos em 1965 e surgiu como uma figura importante da contracultura ocidental, apresentando a cultura védica a milhões de pessoas em todo o mundo.[2] Seus seguidores o reconhecem como mensageiro de Krishna.[3][4][5][6]
Apesar dos ataques de membros da comunidade acadêmica e de grupos de apologética cristã, Prabhupada recebeu acolhida favorável de muitos estudiosos da religião, tais como J. Stillson Judá, Harvey Cox, Shinn Larry e Thomas Hopkins, que elogiou as traduções de Prabhupada e defendeu seu movimento contra as imagens distorcidas e as más apresentações veiculadas pela mídia.
Prabhupada foi descrito como um líder carismático, no sentido usado pelo sociólogo Max Weber, devido à sua bem-sucedida aquisição de seguidores nos Estados Unidos, Índia, Austrália, países da Europa, da África e outras regiões. Após sua morte, o Movimento Hare Krishna continuou a crescer e desenvolver-se e está presente até os dias de hoje, contando com diferentes sedes ao redor do mundo que celebram a vida de Prabhupada e seus discípulos.
Biografia
A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada nasceu em 1896 em Calcutá, filho de Gour Mohan e Rajani De. Seus pais eram devotos de Krishna e deram-lhe o nome de Abhay Charan ("destemido por ter se abrigado no Senhor"). Seu pai, Gour Mohan, educou-o à risca de acordo com a etiqueta devocional (vaishnava) e deu-lhe todos os ensinamentos básicos do Bagavadeguitá, ensinou-o a cozinhar e a tocar mridanga (instrumento de percussão de origem indiana). Gour Mohan sempre quis que o seu filho se tornasse um devoto de Seri Rada e Krishna.
Srila Prabhupada concluiu em 1920 os seus estudos em sânscrito, filosofia, inglês e economia no Scottisch Churches College. Por circunstâncias auspiciosas ele encontrou em 1922 o seu mestre espiritual Bhaktisiddhanta Sarasvati Maharaja, em Calcutá. Em 1932 ele recebeu a primeira e segunda iniciação por Bhaktisiddhanta Sarasvati Maharaja, um proeminente erudito devocional e fundador de sessenta e quatro Gaudiya Mathas(institutos védicos), que lhe deu o nome de Abhay Caranaravinda. Naquela época, Srila Prabhupada ainda estava enredado na vida familiar e nos negócios. Quando pensava em abandonar os seus afazeres materiais para viver no templo, Bhaktisiddhanta Maharaja o desencorajava. Alguns dos devotos queriam que Srila Prabhupada assumisse a direção de um dos maiores templos da Gaudiya-Matha de Srila Bhaktisiddhanta, mas o próprio Bhaktisiddhanta tinha outros planos. Ele não queria que Srila Prabhupada se envolvesse diretamente com a Gaudiya-Matha.No primeiro encontro que tiveram em 1922, Srila Bhaktisiddhanta pediu que Srila Prabhupada difundisse o conhecimento védico na língua inglesa. Nos anos que se seguiram, Srila Prabhupada escreveu um comentário sobre o Bhagavad Gita e ajudou a Gaudiya Matha no seu serviço de pregação.
Obras
Em 1944 ele publicou o primeiro número duma revista quinzenal em inglês Back to Godhead ("De volta para o Supremo). Ele próprio redigia, dactilografava os manuscritos e revia as provas, distribuindo ele mesmo as revistas nas ruas de Nova Delhi de forma gratuita. Lutava para manter a publicação, pedindo doações de papel e algumas moedas. Desde então, a revista chamada "De Volta ao Supremo" continua a ser publicada ininterruptamente e é editada em mais de trinta línguas. Em seguida, começou a tradução do Bagavadeguitá e do Seri Ixa Upanixade. Embora Srila Prabhupada sempre tentasse organizar a pregação, não sabia como transformá-la em realidade. A sua ideia era inspirar devotos na Índia e ir com eles para os Estados Unidos.Com esse objectivo, ele fundou a League of Devotees (Sociedade dos Devotos), por intermédio da qual conseguiu alguns colaboradores.
"Pelo reconhecimento da erudição filosófica e devoção, a Sociedade vaishnava Gaudiya honrou, em 1947, Srila Prabhupada com o título de 'Bhaktivedanta'." Em 1954, com 58 anos, Srila Prabhupada retirou-se da vida familiar e tomou vanaprastha (ordem de vida retirada), para poder dedicar-se mais tempo aos estudos e às atividades literárias. Srila Prabhupada dirigiu-se para a cidade de Vrindavan, o famoso lugar sagrado onde Krishna tinha aparecido há cinco mil anos. Ele achou abrigo no templo medieval de Rada-Damodara, onde vivia em condições humildes, dedicando-se profundamente aos estudos por muitos anos.
Em 1959 entrou na ordem de vida renunciada (sannyasa). No templo de Rada-Damodara Srila Prabhupada iniciou a obra da sua vida, a tradução dos muitos volumes do Srimad-Bhagavatam com comentários dos 18 000 versos. Ali escreveu também o livro "Easy Journey to Other Planets" ("Viagem fácil a outros planetas").
Sendo um sannyasi sem recursos materiais, Srila Prabhupada teve dificuldade em arranjar os meios necessários para suas publicações. Apesar disso conseguiu publicar até 1965, graças a donativos, o Primeiro Canto do Srimad-Bhagavatam em 3 volumes. Além disso Srila Prabhupada esforçava-se para conseguir uma viagem gratis para os Estados Unidos, que por fim lhe foi concedida pro Sumati Morarji, proprietária da Scindia Steamship Company. E assim Srila Prabhupada viajou, sozinho, para os Estados Unidos no outono de 1965 a bordo do cargueiro Jaladuta, para cumprir a missão do seu mestre espiritual. Quando Srila Prabhupada chegou com o navio no porto de Nova Iorque, ele praticamente estava sem recursos financeiros. Após um ano cheio de dificuldades Srila Prabhupada fundou em julho de 1966 a Sociedade Internacional da Consciência de Krishna (ISKCON), que sob sua direção pessoal se desenvolveu numa década num movimento mundial com mais de 100 ashramas, escolas, templos e comunidades rurais. Em 1968 Srila Prabhupada fundou nas colinas do Oeste da Virginia a primeira comunidade rural da consciência de Krishna, que serviu de exemplo para projetos idênticos em todos os continentes. Em 1972, com a fundação da escola gurukula em Dallas, Texas, Srila Prabhupada introduziu o sistema védico de ensino elementar e secundário no Ocidente.
Com o constante aumento do número de alunos formaram-se 10 outras escolas até 1978. A mais importante das suas escolas está sediada em Vrindavan, Índia. Também na Índia Srila Prabhupada criou muitos projetos, como por exemplo o impressionante templo de Krishna-Balarama em Vrindavana, o Centro de Congresso e Cultural junto com o templo e casa internacional de hóspedes em Bombay e o Centro Mundial da ISKCON em Sridhama Mayapur (Bengala), onde se projeta erguer uma cidade em moldes védicos.
Além destas muitas atividades Srila Prabhupada sempre via na publicação de livros sua tarefa principal, e assim em 1972 ele fundou a Bhaktivedanta Book Trust (BBT), hoje a maior editora na Índia de literatura religiosa e filosófica. Até seu desaparecimento em 14 de novembro de 1977 em Vrindavana, Srila Prabhupada, apesar da sua idade avançada, viajou 14 vezes em viagens de pregação ao redor da terra. Não obstante desta apertada agenda, publicou continuamente novos livros - num total de mais de 80 volumes - que hoje em dia são traduzidos em numerosas línguas.
Nestes onze anos, de 1966 até 1977, Srila Prabhupada iniciou milhares de discípulos e escreveu, além dos seus livros, cinco mil cartas que hoje estão disponíveis em forma de livros, para seus seguidores.
Srila Prabhupada faleceu em Vrindavan, Índia, no ano de 1977. Seus discípulos continuam levando adiante o movimento que ele iniciou e a mensagem que ele trouxe da Índia para o Ocidente.
Ver também
Os Sete Propósitos da ISKCON
Os Sete Propósitos da ISKCON
Fundador-acharya: Sua Divina GraçaA.C. Bhaktivedanta Swami PrabhupadaQuando Srila Prabhupada fundou a ISKCON, ele elaborou sete propósitos:
- Propagar sistematicamente o conhecimento espiritual entre a sociedade em geral e educar todas as pessoas nas técnicas da vida espiritual a fim de restabelecer o equilíbrio dos valores na vida e alcançar assim a verdadeira união e paz mundiais.
- Propagar a consciência de Krishna (Deus), como é revelada nas grandes escrituras da Índia, o Bhagavad-gita e o Srimad Bhagavatam.
- Unir os membros da sociedade uns dos outros e torná-los mais próximos de Krishna, a entidade primordial, desta forma desenvolvendo a idéia, entre os membros e a humanidade em geral, que cada alma é parte integrante da qualidade do Supremo (Krishna).
- Ensinar e encorajar o movimento de sankirtana,o canto congregacional do santo nome de Deus, como revelado nos ensinamentos do Senhor Sri Caitanya Mahaprabhu.
- Erigir, para os membros e para a sociedade em geral, um local sagrado de passatempos transcendentais dedicado à personalidade de Krishna.
- Manter os membros unidos com o propósito de ensinar um modo de vida mais simples e natural.
- Tendo em vista o cumprimento dos propósitos acima mencionados, publicar e distribuir periódicos, revistas, livros e outros escritos.
Os quatro princípios reguladores por Srila Prabhupada
Qualquer candidato seriamente interessado em fazer progresso em qualquer forma de disciplina de yoga deve esforçar-se para evitar as seguintes quatro atividades materiais:
1. Consumo de carne, peixe e ovos. Como foi explicado acima, estes são os alimentos na qualidade da ignorância e não podem ser oferecidos ao Senhor.
2. Jogos de azar. Eles invariavelmente deixam a pessoa ansiosa e alimentam a inveja, a cobiça e a Ira.
3. O uso de intoxicantes. Drogas, álcool e cigarro, bem como qualquer bebida ou alimento que contenha cafeína. Usar estas substâncias obscurece sem necessidade a mente, que já está obscurecida por toda a espécie de conceitos materiais de vida.
4. Sexo ilícito. Sexo ilícito quer dizer sexo fora do casamento ou sexo no casamento sem o propósito de conceber um filho que será educado para tornar-se consciente de Deus. Os Vedas afirmam que os pais são responsáveis pelas reações kármicas de seus filhos. Em outras palavras, se seu filho incorre em mau karma, você mesmo deve sofrer uma parte deste karma. As crianças devem ser ensinadas a amar a Deus obedecendo As leis de Deus e evitando comportamento pecaminoso.
Bhagavad-gītā 3.13
mucyante sarva-kilbiṣaiḥ
bhuñjate te tv aghaṁ pāpā
ye pacanty ātma-kāraṇāt
Sinônimos
yajña-śiṣṭa — de alimento comido após a realização de yajña; aśinaḥ — comedores; santaḥ — os devotos; mucyante — libertam-se de; sarva — toda a espécie; kilbiṣaiḥ — de pecados; bhuñjate — gozam; te — eles; tu — mas; agham — pecados graves; pāpāḥ — pecadores; ye — que; pacanti — preparam alimentos; ātma-kāraṇāt — para gozo dos sentidos.
Tradução
Os devotos do Senhor libertam-se de todas as espécies de pecados porque comem alimentos que primeiramente são oferecidos em sacrifício. Outros, que preparam o alimento para a satisfação dos próprios sentidos, na verdade comem apenas pecado.
Comentário
Os devotos do Senhor Supremo, ou as pessoas que estão em consciência de Kṛṣṇa, chamam-se santas, e estão sempre apaixonados pelo Senhor, como se descreve no Brahma-saṁhitā (5.38): premāñjana-cchurita-bhakti-vilocanena santaḥ sadaiva hṛdayeṣu vilokayanti. Os santas, estando sempre num pacto de amor com a Suprema Personalidade de Deus, Govinda (aquele que outorga todos os prazeres), ou Mukunda (aquele que outorga liberação), ou Kṛṣṇa (a pessoa todo-atrativa), não podem aceitar nada que não tenha sido primeiramente oferecido à Pessoa Suprema. Portanto, tais devotos sempre executam yajñas nas diferentes atividades de serviço devocional, tais como śravaṇam, kīrtanam, smaraṇam, arcanam, etc., e tais execuções de yajñas sempre os mantêm afastados de todas as espécies de contaminações produzidas pela associação pecaminosa no mundo material. Outros, que preparam alimento para o próprio prazer ou para a satisfação dos sentidos, não só são ladrões, mas também comedores de todas as espécies de pecados. Como pode alguém ser feliz sendo ladrão e pecaminoso? Não é possível. Portanto, a fim de tornarem-se felizes em todos os aspectos, as pessoas devem aprender a executar o processo fácil de saṅkīrtana-yajña, vivendo em plena consciência de Kṛṣṇa. Caso contrário, não pode haver paz nem felicidade no mundo.
domingo, 3 de novembro de 2024
Respondndo 3 perguntas 1 especialidades da pedagogia habilitações. 2 estágio da educação no minuto 17:39. 3 ensino religioso no minuto 24:16
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.
Fonte: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm Ensino Religioso O que é LDB fala sobre o ensino religioso? |
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Sannyāsa e seus 4 estágios: — kuṭīcaka, bahūdaka, parivrājakācārya e paramahaṁsa
O estágio paramahaṁsa é a posição mais alta na vida renunciada. Em sannyāsa , a ordem renunciada, há quatro estágios — kuṭīcaka, bahūdaka, parivrājakācārya e paramahaṁsa . De acordo com o sistema védico, quando alguém aceita a ordem renunciada, ele fica fora de sua aldeia em uma cabana, e suas necessidades, especialmente sua comida, são supridas de casa. Isso é chamado de estágio kuṭīcaka . Quando um sannyāsī avança mais, ele não aceita mais nada de casa: em vez disso, ele coleta suas necessidades, especialmente sua comida, de muitos lugares. Este sistema é chamado mādhukarī , que significa literalmente "a profissão dos zangões". Assim como os zangões coletam mel de muitas flores, um pouco de cada, um sannyāsī deve mendigar de porta em porta, mas não aceitar muita comida de nenhuma casa em particular; ele deve coletar um pouco de cada casa. Isso é chamado de estágio bahūdaka . Quando um sannyāsī é ainda mais experiente, ele viaja por todo o mundo para pregar as glórias do Senhor Vāsudeva . Ele é então conhecido como parivrājakācārya. O sannyāsī atinge o estágio paramahaṁsa quando termina seu trabalho de pregação e se senta em um lugar, estritamente para avançar na vida espiritual. Um paramahaṁsa real é aquele que controla completamente seus sentidos e se envolve no serviço imaculado do Senhor. Portanto, todos os três filhos de Priyavrata , a saber, Kavi , Mahāvīra e Savana , estavam situados no estágio paramahaṁsa desde o início. Seus sentidos não podiam perturbá-los, pois seus sentidos estavam completamente engajados em servir ao Senhor. Portanto, os três irmãos são descritos neste verso como upaśama - śīlāḥ . Upaśama significa “completamente subjugados”. Por terem subjugado completamente seus sentidos, eles são entendidos como tendo sido grandes sábios e santos. ( Mais... ) O estágio sannyāsa tem quatro estágios: kuṭīcaka, bahūdaka, parivrājakācārya e paramahaṁsa . Kuṭīcaka. Quando alguém toma sannyāsa ... Esses são os processos. Ele não é praticado para mendigar de porta em porta. Portanto, no começo ele faz uma cabana fora da aldeia, e a comida vem de sua casa. Mas ele não tem conexão porque por vānaprastha ele já saiu de casa, e por sannyāsa , completamente... Mas toma prasādam de casa. Isso é chamado kuṭīcaka. Então, quando ele é praticado, ele vai de porta em porta, e isso é chamado bahūdaka. E então, quando ele é ainda mais praticado, ele se torna um pregador, parivrājakācārya, vai de país em país, de estado em estado, para pregar. E depois da pregação, quando a pregação avança até certo ponto, então ele se senta em um lugar como paramahaṁsa . Isso é chamado paramahaṁsa . Estágios diferentes. Não que de repente alguém se torne paramahaṁsa e biḍi também, não assim. O estágio paramahaṁsa não deve ser imitação. Então, para parar essa imitação, Śrīla Bhaktisiddhānta Sarasvatī Ṭhākura introduziu este sistema, sannyāsa . Ele pessoalmente se tornou sannyāsa , e para muitos de seus discípulos, ele deu sannyāsa . ( Mais... ) Link para esta página: https://prabhupadabooks.com/?g=2203 Anterior: [nenhum] Próximo: [nenhum] |
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