Inteligências Múltiplas: como aplicar na gestão escolar?Tempo de leitura estimado: 4 min.
Conheça mais sobre a Teoria das Inteligências Múltiplas e entenda como aplicá-la na sua instituição escolar.
Você já ouviu falar na teoria das inteligências múltiplas? Uma dentre as importantes teorias sobre as quais se baseiam os trabalhos da Escola da Inteligência, foi desenvolvida pelo psicólogo e pesquisador Howard Gardner na década de 1980. Sua principal contribuição para a área foi remodelar o pensamento dos educadores sobre as manifestações da inteligência, que podem se apresentar de maneiras diversas.
Neste artigo, vamos explicar a teoria e como você pode aplicá-la na gestão escolar.
O que diz a teoria das inteligências múltiplas?
Gardner define a existência de 8 tipos de inteligência e afirma que qualquer um possui todos os 8 tipos de inteligência, embora algumas sejam mais desenvolvidas em uns do que em outros. A teoria serviu principalmente como um contrapeso para o paradigma da inteligência única. Confira os 8 tipos de inteligência apontados pelo pesquisador.
Inteligência linguística
É a capacidade de comunicação, da escrita, de se expressar, de dominar a linguagem. Compreende não apenas as formas orais, mas também não-verbais, como o gestual, por exemplo. É importante enfatizar que, desde pequeno, o ser humano aprende a se comunicar dentro do seu contexto sociocultural e histórico.
Inteligência lógico-matemática
Durante décadas, foi utilizada como ponto de referência para determinar o quão inteligente um aluno poderia ser (por exemplo, com o uso de testes de QI). É a inteligência que responde pelo raciocínio lógico e pela resolução de problemas matemáticos.
Inteligência espacial
Tipo de inteligência a partir do qual as pessoas observam o mundo, reconhecem o posicionamento e o tamanho de objetos no espaço, se movimentam. Indivíduos com inteligência espacial desenvolvida costumam ser hábeis em criar imagens mentais e desenhar e identificar detalhes.
Inteligência musical
Capacidade de identificar sons, perceber ritmos, identificar instrumentos, produzir e interpretar músicas, canções, etc. A inteligência musical pode se manifestar melhor em pessoas que têm facilidade de fazer todas essas coisas, mas também pode ser treinada e aprimorada, como todos os outros tipos.
Inteligência corporal e sinestésica
Refere-se às habilidades motoras do corpo: habilidades em utilizar ferramentas, expressar emoções e sentimentos por meio do corpo, se movimentar, praticar esportes, dançar, responder a estímulos. Controlar músculos e perceber sistemas vitais do organismo.
Inteligência intrapessoal
Inteligência voltada para dentro, para o eu interior. Habilidade de se compreender internamente, de se questionar, de refletir sobre sentimentos, emoções, anseios, desejos, angústias. Importante para manter o equilíbrio psíquico dos indivíduos.
Inteligência interpessoal
Relaciona-se à capacidade de interagir com os outros: conversar, escutar, interpretar gestos, expressões e sinais além das palavras. É a inteligência que ajuda a desenvolver empatia, a capacidade de, mesmo não estando no lugar do outro, entender seus sentimentos, dores, e alegrias.
Inteligência naturalista
Adicionado posteriormente ao estudo original, este tipo de inteligência detecta e diferencia questões relacionadas com a natureza, como espécies animais e vegetais ou fenômenos climáticos. É a capacidade de reconhecer uma rocha, um gato, uma planta, por exemplo, e está relacionada à defesa evolutiva do ser humano. Gardner incluiu esta categoria porque seria uma das inteligências que ajuda a espécie humana a sobreviver.
Como aplicar a teoria na gestão escolar?
Entender a aplicação da teoria das inteligências múltiplas é importante para abarcar, dentro do espectro do ensino, todas as formas de manifestação dessas inteligências, com um plano de ensino integrado que respeite o desenvolvimento socioemocional desses alunos e não apenas o cognitivo.
Ao abordar todos os tipos de inteligência em um plano de ensino sólido, o gestor escolar cria um ambiente propício para o desenvolvimento integral do aluno, promovendo diversas habilidades e fortalecendo sua autoestima. O aluno que tem maior capacidade linguística, por exemplo, não se sentirá moldado a “entrar em uma caixinha” que apenas valoriza habilidades lógico-matemáticas ou espaciais.
A partir desses conceitos, gestores poderão criar meios para que professores e os próprios alunos identifiquem seus potenciais, trabalhem neles, e também possam superar dificuldades em outros tipos de inteligência.
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fonte: https://escoladainteligencia.com.br/inteligencias-multiplas-como-aplicar-na-gestao-escolar/
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