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sábado, 16 de agosto de 2014

ELES NÃO QUEREM UMA IGREJA, MAS SIM UM PARQUE DE DIVERSÃO!



ELES NÃO QUEREM UMA IGREJA, MAS SIM UM PARQUE DE DIVERSÃO!

Por Fabio Campos

Texto base: A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos”. – João 6.26 NVI


As pessoas têm a necessidade de “pertencer a um bando”. Precisam de um rótulo! Qual escola de samba que se aprecia; o time de futebol que torce. Um bom exemplo disso são as torcidas organizadas. O sujeito mal gosta de futebol, mas é imponente em mostrar a camisa com o logo da facção. Este tipo de comportamento também está no meio do povo de Deus. Não basta ser irmão; é preciso ser “irmão reformado”; “irmão pentecostal”; e por aí vai.

Quero tratar também daqueles que não param em igreja alguma e vivem a reclamar dos irmãos. É a banda que é ruim; é a falta de jovens; o pregador que às vezes grita; e por aí vai suas acusações. Sempre a reclamação vem no campo do entretenimento e nunca da ética ou no campo doutrinário. Doutrina pouco importa a estes contanto que tenha diversão e churrasco nos finais de semana.

A impressão que tenho que querem fazer da igreja um clube. Ou seja, no domingo vou ao templo para ver os amigos e colocar a conversa em dia. Do louvor fazem sua recreação e do culto o seu passatempo. Fazem de Deus o motivo para jogar conversa fora. Reclamam de tudo! Sempre afirma que não são cuidados e que lhes faltam o auxílio. São presas as pessoas apenas no vínculo emocional e não espiritual e perdem o discernimento do que é falso ou verdadeiro.

A igreja não é um clube mas o lugar que se presta culto a Deus! Não confunda “comunhão” com comer pizza depois do culto, ou sair em grupo aos finais de semana. Comunhão na Bíblia é estar no mesmo espírito - se reunir em oração - no estudo da palavra e na prática das boas-obras. Lógico que existe espaço para a diversão saudável entre irmãos, mas não confunda tal coisa com comunhão genuína ou parâmetro de perfeição para identificar, se há ou comunhão ou não, entre os membros.

Grande multidão seguia Jesus, entretanto, o real interesse não era o ensino, mas satisfazer as necessidades físicas e emocionais. “Comeram do pão e queriam mais”. Pessoas que toleram líderes imorais e hereges por conta de vínculos emocionais. Ai de alguém falhar com estes; isso me lembra o povo no Egito. Erguiam sua bandeira como povo de Deus, contanto, faltando à comida que perece, logo lhe viam a saudade do Egito. Um claro sinal que amam mais a si do que a Deus e que veem a igreja como oportunidade de diversão e de se colocar em uma posição [de cristão] perante a sociedade.

Em meio a toda essa multidão Jesus sabe quem crê e quem não crê. Ele conhece as intenções do coração. Em João 6 vemos exatamente isto! Uma multidão que O seguia porque amavam a si mesmos. Experimentaram os milagres e do ensino, mas na hora da prova, não do entretenimento, foram embora devido ao duro discurso de Jesus: “Por causa disso muitos seguidores de Jesus o abandonaram e não o acompanhavam mais” (Jo 6.66 NTLH).

Em meio ao entretenimento, quando a espada de dois gumes atravessa e acusa as intenções do coração - os que esperavam da igreja um clube ou uma “assistência social” - e não um lugar de adoração a Deus, vão embora, e o próprio Deus pela sua Soberania, não à nossa vista, tira o joio do meio do trigo e ainda pergunta: "Vocês também não querem ir?" (Jo 6.67). Contudo, aos que pertence a Deus – que amam a Sua Palavra – e que O desejam mais do que as bênçãos, ainda que seja preciso abandonar alguns vínculos [nocivos] e agir com a pura razão em detrimento da emoção, dirão pela convicção: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna” (Jo 6.68).

As igrejas dão mais atenção ao entretenimento do que a teologia. Infelizmente apologética, história da igreja e os ensinos dos pais da igreja e dos reformadores – tudo se tornou extremamente chato quando comparados às discussões futebolísticas e aos acontecimentos profissionais. Eles querem entreter, e não adorar.

Pessoas assim gostam do líder carismático – que falam das aventuras da sua família e que aguçam os adeptos a se espelhar no neste padrão de vida. Visto as marcas de roupas criadas pelos medalhões gospel. O povo gosta disso! Querem um líder mais guerreiro do que Josué – mas intrépido do que Elias – mais formoso do que Salomão – e desejam que suas famílias sejam iguais à de seus líderes.

Não consigo ver toda essa pluma nAquele a qual a Escritura diz: “... não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o desejássemos” (Is 53.2). Jesus foi rejeitado por ter sido “manso e humilde de coração”, e até hoje assim é, quando, todos os artifícios e esplendor deste mundo são aceitos pelas pessoas, dado Diabo através dos teólogos da prosperidade, com a nomenclatura de “sucesso” e “bênção”. “Esta igreja é demais, disso que estava precisando”, pensam eles. Aí é “pai apóstolo”, para cá; “bispa ou pastora mãe”, para lá.

Que Deus nos livre desta praga do entretenimento sabendo que o culto é racional e que o Senhor conhece os que lhe pertence, os quais O adoram em Espírito e em Verdade. Como escutei certa vez: “Procure uma igreja que agrade a Deus e não a você”.

Pensemo-nos todos nisso!

Soli Deo Gloria!

Fabio Campos


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