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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Resenha e trecho do livro "Passado e presente dos verbos ler e escrever", de Emilia Ferreiro

Língua Portuguesa

Edição 231 | Abril 2010

Resenha e trecho do livro "Passado e presente dos verbos ler e escrever", de Emilia Ferreiro

Bruna Nicolielo (bruna.nicolielo@abril.com.br). Com resenhas de Nina Pavan
Foto: Marcelo Kura
Foto: Marcelo Kura
A obra Passado e Presente dos Verbos Ler e Escrever (96 págs., Ed. Cortez, tel. 11/3611-9616), de Emilia Ferreiro, conduz o leitor a uma reflexão sobre as práticas de leitura e escrita e a importância da diversidade no processo de alfabetização. O livro reúne trabalhos apresentados em congressos pela autora, psicolinguista que se doutorou na Universidade de Genebra sob a orientação de Jean Piaget (1896-1980), a cujo trabalho ela deu continuidade. No primeiro texto, Emilia Ferreiro faz um breve panorama da leitura e da escrita na história da humanidade e analisa os efeitos das circunstâncias históricas e temporais na construção de novos significados para os verbos citados no título da obra. No segundo, ela aborda problematizações sobre o futuro da leitura tendo como base a compreensão do passado. Nesse sentido, a autora coloca em discussão a construção de leitores e produtores de textos num mundo em constante transformação, que conta cada vez mais com as novas tecnologias de comunicação. Essas mudanças traçam novos cenários para a Educação e os profissionais envolvidos com as práticas de leitura e escrita devem se questionar sobre isso. Afinal, evoluções como essa nem sempre dialogam com as práticas dos educadores. Nessa relação entre passado e futuro, o leitor é convidado a refletir sobre a história da leitura a partir da Idade Média e sobre a importância de envolver as crianças desde cedo com vários tipos de texto. Alguns exemplos de escritores em potencial mostram como eles são capazes de enfrentar desafios quando têm acesso à diversidade de textos e são colocados no papel de produtores de cultura.

O último texto do livro tem como focos de reflexão a diversidade no processo de alfabetização e o papel da escola no enfrentamento das diferenças e no respeito a elas. Essa heterogeneidade, que muitos educadores encaram como uma dificuldade, é tratada pela autora como uma vantagem pedagógica se for compreendida pela escola, que deve investir em instrumentos didáticos para trabalhá-la.

A leitura é uma viagem pelo tempo dos verbos ler e escrever e um convite à reflexão, já que a obra abre caminhos para a qualidade da aprendizagem e para a atuação reflexiva daqueles que se comprometem em transformar as práticas de leitura e escrita.

Clélia Cortez, autora desta resenha, é pedagoga, formadora de professores e consultora do Programa Formar em Rede, do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.
Clássico do mês

Trecho do livro
"Que nos comprometamos com os futuros leitores para que a utopia democrática pareça menos inalcançável. As crianças - todas as crianças, garanto - estão dispostas para a aventura da aprendizagem inteligente. Estão fartas de ser tratadas como infradotadas ou como adultos em miniatura. São o que são e têm direito a ser o que são: seres mutáveis por natureza, porque aprender e mudar é seu modo de ser no mundo. Entre o 'passado imperfeito' e o 'futuro simples' está o germe de um 'presente contínuo' que pode gestar um futuro complexo: ou seja, novas maneiras de dar sentido (democrático e pleno) aos verbos 'ler' e 'escrever'. Que assim seja, embora a conjugação não o permita."


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