terça-feira, 24 de junho de 2008

MEC descredencia 40 cursos de pós-graduação; veja lista


20/12/2007 - 15h30
MEC descredencia 40 cursos de pós-graduação; veja lista
Da redaçãoEm São Paulo*
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Dos cerca de 2.250 programas de pós-graduação analisados na Avaliação Trienal 2007, 40 foram descredenciadas pelo MEC (Ministério da Educação) por não apresentar os requisitos básicos de funcionamento. A informação foi divulgada pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) nesta quinta-feira (20). Entre os cursos descredenciados, 28 são de importantes universidades públicas do país, como USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Uerj (Universidade do Estasdo do Rio de Janeiro), UEL (Universidade Estadual de Londrina) e UEM (Universidade Estadual de Maringá, no Paraná.Outras instituições conceituadas têm programas na lista: UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), PUC-Campinas, UFC (Universidade Federal do Ceará), UFF (Universidade Federal Fluminense) e UFG (Universidade Federal de Goiás).A que teve mais cursos descredenciados foi a UFRJ, com três programas. A Gama Filho teve um curso de mestrado e doutorado desmembrado. O mestrado passou, mas o doutorado em filosofia/teologia foi descredenciado. Os programas descredenciados obtiveram conceito um ou dois numa escala que vai de zero a sete. As notas 1 e 2 (1,7% do total) os classificam como não-recomendados pela Capes.O conceito 3 foi atribuído a 682 programas (30,2%), o 4 a 788 (34,9%) e o 5 a 510 (22,6%). Os conceitos 6 e 7 -- que indicam forte liderança, capacidade nucleadora, maior ênfase na formação de doutores e inserção ou nível internacional -- foram concedidos respectivamente a 155 (6,9%) e a 82 (3,6%) programas. Dos 595 recursos analisados, 153 (26%) foram aceitos e 442 (74%) negados. Avaliação finalOs programas de pós-graduação englobam cursos de mestrado e de doutorado. Segundo o MEC, aqueles descredenciados pela Capes não podem mais receber matrículas -- a avaliação é final e já levou em consideração os recursos possíveis. Segundo o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine, os alunos que estão cursando mestrado ou doutorado nesses programas terão seus diplomas validados, mas se a instituição admitir novos estudantes, eles não terão seus diplomas reconhecidos. A avaliação é comparativa e leva em consideração quesitos como a publicação de artigos científicos escritos por alunos e professores, o requerimento de novas patentes e o impacto dos cursos sobre o setor produtivo.Em 2007, a proporção de cursos descredenciados caiu em relação à última avaliação, feita em 2004. Os 40 programas não recomendados representam 1,7% do total. Em 2004, essa proporção foi de 2%, já que 36 programas, de um total de 1.819, obtiveram notas um e dois. Caso as instituições de ensino superior que tiveram seus programas descredenciados queiram abrir novos cursos, devem enviar proposta à Capes até março de 2008.A avaliação foi feita por 45 comissões de área e pelo CTC (Conselho Técnico Científico). Ao todo, 700 especialistas das 45 áreas de conhecimento participaram da análise.
Leia mais
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http://educacao.uol.com.br/ultnot/2007/12/20/ult105u6110.jhtm
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"Através da experiência amarga aprendi a lição suprema: controlar minha ira e transformá-la, como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."
(Mahatma Ghandi)
http://www.crismestre.com/2007/07/pensamentos-e-ensinamentos.html
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Qual é o melhor horário para ir à escola?

REPORTAGEM
Qual é o melhor horário para ir à escola?
Depende do cronotipo da criança que você tem em casa


Por Natália Marques


Foto: sxc.hu


Quando chega a hora do pequeno começar a freqüentar a escola, muitas dúvidas surgem na cabeça dos pais. Para eles, entre outras decisões a serem tomadas, escolher qual o melhor horário para se estudar é uma tarefa difícil. De manhã ou à tarde? Com o avanço da ciência, descobriu-se, porém, que a resposta é mais simples do que parece. Se você está mesmo preocupado com o bem-estar e desenvolvimento sadio da criança, é preciso levar em conta o seu cronotipo para decidir tal questão. Existem três tipos de pessoas: as que são do cronotipo matutino típico, aquelas que sempre acordam cedo e desenvolvem suas atividades com grande disposição pelo turno da manhã; as que são do cronotipo vespertino típico, que realizam suas tarefas com mais facilidade e agilidade durante a tarde e a noite; e as que são consideradas intermediárias ou indiferentes ao período do dia.
O professor do departamento de morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá Marcílio Neto explica que este cronotipo é geneticamente determinado. " Muitos não acreditam quando alguém diz que ´funciona melhor´ durante a tarde ou pela noite. As pessoas ignoram esse fator e confundem a demora para despertar com preguiça. Entretanto, não tem a ver com indolência: cerca de 10% da população de crianças e adultos são vespertinos típicos. Outros 10% da população são matutinos típicos e 80% são os indiferentes", completa. Marcílio declara que, na adolescência, por conta da produção de outros hormônios, 50% dos garotos e garotas tornam-se vespertinos. "Eles têm mais sono e encontram dificuldade em estudar no período da manhã, por isso é recomendável que estudem à tarde". Para crianças menores de 12 anos, deve-se fazer uma avaliação para examinar uma por uma e então decidir se ela renderá melhor pela manhã, pela tarde ou tanto faz. Nesse último caso, fica a critério dos pais.
O diagnóstico do cronotipo de cada um é feito através de um questionário (para adultos) e a análise da história de vida e costumes desde bebê (para crianças). O professor explica que não é difícil definir o cronotipo da criança. "Já dá para perceber desde o começo: o bebê vespertino é aquele que acorda ao meio dia e que vai dormir tarde. Diferente da maioria dos bebês, ele deixa sua mãe descansar pela manhã." Isso significa que o ritmo biológico de cada um deve ser respeitado. É claro que na prática, com os hábitos da vida moderna, fica difícil não se enquadrar nos padrões de horários e regras da sociedade. Mas, se a escola do seu filho oferece duas opções, vale a pena analisá-lo para saber se ele deve estudar de manhã ou à tarde. Em um determinado momento da vida, ele terá de enfrentar a rotina de acordar cedo. Isso é quase que inevitável, porém, enquanto não acontece é importante garantir uma infância saudável e mais produtiva.
Curiosidade: Em sociedades mais desenvolvidas, o relógio biológico tem sido levado em conta:De acordo com a BBC Brasil, a Suécia começou a criar em setembro de 2007 uma nova regra social baseada nos relógios biológicos. A novidade é a introdução de uma chamada Sociedade B, que leva em consideração diferentes ritmos biológicos de cada um para introduzir horários alternativos de funcionamento para escolas, locais de trabalho, universidades e organizações. Consultas:• Marcílio de Miranda Neto- Professor do departamento de Morfofisiológicas da Universidade Estadual de Maringá • Instituto de Ciências Biomédicas
http://guiadasemana.uol.com.br/noticias.asp?/CRIANCAS/SAO_PAULO/&a=1&ID=12&cd_news=32061&cd_city=1

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segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vídeo-aula sobre Ambientes Virtuais de Aprendizagem.



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Proporção dos dedos prevê aptidões em crianças,


Proporção dos dedos prevê aptidões em crianças, diz estudo


Escrita
Estaria o futuro 'escrito' nos dedos?
O desempenho escolar das crianças pode ser previsto pela diferença do comprimento de seus dedos da mão, de acordo com pesquisadores.

O estudo, que incluiu 75 crianças de sete anos de idade, descobriu que crianças com o dedo anular mais curto em comparação ao indicador, se saíram melhor em testes de linguagem do que de matemática.

Os com o anular mais longo tiveram um melhor desempenho em matemática do que em linguagem, disse o estudo publicado no British Journal of Psychology.

A equipe britânica disse que isso se deve a diferentes níveis de exposição de crianças a hormônios no útero materno.

O chefe do departamento de Psicologia da Universidade de Bath, Mark Brosnan, que liderou a pesquisa, disse que argumenta-se que a testosterona promoveria o desenvolvimento de áreas do cérebro que são normalmente associadas ao raciocínio espacial e matemático.

"Acredita-se que o estrogênio faça o mesmo em relação a áreas do cérebro normalmente associadas à habilidade verbal."

Segundo Brosnan, "acredita-se também que estes hormônios tenham uma influência na relação entre o comprimento dos dedos indicador e anular".

As crianças expostas a uma dose maior de testosterona tendem a ter dedos anulares mais longos e as expostas a uma dose maior de estrogênio têm dedo indicador mais longo.

Comparação

"Nós podemos usar as medidas destes dedos como forma de avaliar a exposição relativa a estes dois hormônios no útero, e como mostramos através deste estudo, nós também podemos usá-los para prever a habilidade em áreas cruciais de matemática e linguagem", acrescentou.

A equipe de pesquisa comparou a proporção entre os dois dedos com os resultados dos exames escolares das crianças de sete anos e disseram ter encontrado uma "relação válida" entre ambos.

Brosnan disse: "Nós não estamos sugerindo que a medida do comprimento dos dedos possa substituir exames."

"A proporção dos dedos nos fornece uma observação interessante sobre nossas habilidades natas em áreas congnitivas chaves."
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/story/2007/05/070523_dedoscriancasg.shtml
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Premio Victor Civita 2004. Assista aos vídeos da TV Cultura sobre os projetos




São 12 vídeos relacionados. Aos professoresnota 0 e seus projetos.
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Interdisciplinaridade: um avanço na educação

a edição 174 - ago/2004

Reportagem de capa

Interdisciplinaridade: um avanço na educação

Em grandes grupos, em dupla ou até mesmo sozinho é possível integrar diferentes matérias e levar os alunos a compreender plenamente os conteúdos curriculares
Meire Cavalcante



Gustavo Lourenção

Gustavo Lourenção

No Colégio Santa Maria, as professoras Adelaide Schmidt, Neuza Bedoni Alves, Marlene de Souza, Maria Aparecida Ferrão, Heloísa Salvá e Aparecida Antonello unem forças: fonte alternativa de energia construída pelos alunos

Há três anos, um apagão obrigou a população a racionar energia e o Brasil a buscar alternativas. A crise, mostrada à exaustão nos noticiários, passou a ser o centro das discussões nas salas de aula. Seis professoras do Colégio Santa Maria, de São Paulo, foram além e se reuniram em torno de um projeto interdisciplinar. Desde então, os alunos estudam fontes alternativas de energia, produzem aquecedores solares e ensinam a população a utilizá-los. O sucesso do projeto se explica principalmente porque os conteúdos de Ciências, Matemática, Geografia, Língua Portuguesa, História e Ensino Religioso foram colocados a serviço da resolução de um problema real, de forma integrada.

Um ambiente de aprendizagem como o que se formou no Santa Maria também pode nascer em sua escola. Essa abordagem interdisciplinar só acontece quando os conteúdos das disciplinas se relacionam para a ampla compreensão de um tema estudado. "A relação entre as matérias é a base de tudo", afirma Luís Carlos de Menezes, professor da Universidade de São Paulo. Muita gente acha, porém, que basta falar sobre o mesmo assunto para trabalhar de forma interdisciplinar. "Isso é apenas multidisciplinaridade", esclarece o consultor em educação Ruy Berger, de Brasília (ver quadro). Ao utilizar os conhecimentos de outras áreas que não são de seu domínio, você pode encontrar dificuldades. Mas aprender com os colegas é uma das grandes vantagens dessa prática, que estimula a pesquisa, a curiosidade e a vontade de ir aos detalhes para entender que o mundo não é disciplinar.

A realidade é um banco de idéias

Gustavo Lourenção

Maria Lúcia e Ivani: sucesso do projeto se deve ao trabalho em equipe

O caminho mais seguro para fazer a relação entre as disciplinas é se basear em uma situação real. Os transportes ou as condições sanitárias do bairro, por exemplo, são temas que rendem desdobramentos em várias áreas. Isso não significa carga de trabalho além da prevista no currículo. A abordagem interdisciplinar permite que conteúdos que você daria de forma convencional, seguindo o livro didático, sejam ensinados e aplicados na prática — o que dá sentido ao estudo. Para que a dinâmica dê certo, planejamento e sistematização são fundamentais. Ainda mais se muitos professores vão participar. É preciso tempo para reuniões, em que se decide quando os conteúdos previstos serão dados para que uma disciplina auxilie a outra. Por exemplo: você leciona Ciências e vai falar sobre consumo de energia. Para realizar algumas atividades, é imprescindível as crianças conhecerem porcentagem, que será ensinada pelo professor de Matemática. Quando as disciplinas são usadas para a compreensão dos detalhes, os alunos percebem sua natureza e utilidade.

Projetos interdisciplinares também pedem temas bem delimitados. Em vez de estudar a poluição, é preferível enfocar o rio que corta o bairro e recebe esgoto. A questão possibilita enfocar aspectos históricos, analisar a água e descobrir a verba municipal destinada ao saneamento. Quantas disciplinas podem ser exploradas? É possível que um caso assim seja trazido pela garotada. Convém não desperdiçar a oportunidade mesmo que você não se sinta à vontade para tratar do assunto. Não precisa se envergonhar por não saber muito sobre o tema. Mostre à classe como é interessante buscar o conhecimento. "A formação continuada do professor não se resume a realizar um curso atrás do outro, mas também ler diariamente sobre assuntos gerais", complementa Berger. Dessa maneira, ele aprende a aproveitar motes que surgem em sala e que tendem a ser produtivos se abordados de forma ampla.

No livro Globalização e Interdisciplinaridade, o educador espanhol Jurjo Torres Santomé, da Universidade de La Coruña, afirma que a interdisciplinaridade dá significado ao conteúdo escolar. Ela rompe a divisão hermética das disciplinas. Se a sua escola não trabalha dessa maneira, experimente lançar a discussão em reuniões. Outra opção é deixar seu planejamento à disposição para que os colegas saibam que matéria você dará e em que momento. Assim, os interessados podem se organizar para agir em conjunto. A coordenação tem um papel mediador, sugerindo parcerias e provocando o diálogo. Esse tipo de trabalho pode até ser feito por apenas um professor. Mas, nesse caso, a equipe estaria perdendo uma ótima oportunidade de obter resultados mais significativos.

Nesta reportagem, apresentamos três exemplos de projetos interdisciplinares. Além da experiência em grupo do Colégio Santa Maria, de São Paulo, você vai conhecer uma dupla de Goiânia que só tinha a hora do cafezinho para planejar um projeto conjunto e uma professora de Ribeirão Pires (SP) que, sozinha, recorreu aos conteúdos de outra disciplina para aumentar o interesse pelas aulas.

Um grupo de mãos dadas para ensinar

Quando o apagão de 2001 forçou milhões de brasileiros a reduzir o consumo de energia elétrica, a professora de Ciências Maria Lúcia Sanches Callegari, do Colégio Santa Maria, em São Paulo, fez uma proposta às 5ªs séries: construir um aquecedor solar (veja modelo didático). Logo a idéia despertou o interesse de outras cinco professoras. Todas se envolveram e, utilizando o horário reservado para o trabalho coletivo, montaram um projeto conjunto, que vem se repetindo anualmente. Para conciliar tantas disciplinas, o planejamento é feito logo no início das aulas. Dessa forma, os professores abordam conteúdos de seu currículo de acordo com as etapas da construção e da instalação do aquecedor.

A professora de Geografia trabalhou o clima brasileiro e conceitos de orientação utilizando a bússola, para que todos localizassem o norte, direção para onde a placa do aquecedor deveria estar voltada ao ser instalada sobre as casas. A de Matemática pediu uma pesquisa sobre o consumo de energia dos eletrodomésticos e explorou conceitos de proporção ao calcular com a garotada o tamanho das placas solares de acordo com o volume das caixas d'água.

Em História, foram resgatados os motivos econômicos que causaram a degradação do meio ambiente brasileiro. Nas aulas de Ciências, os estudantes pesquisaram as fontes de energia no país e quais alternativas apresentam menos impacto ambiental. Com a professora de Língua Portuguesa, eles bolaram questionários para entrevistar as famílias que receberiam o equipamento. O objetivo das aulas de Ensino Religioso foi orientar os estudantes no contato com a comunidade, para que eles compreendessem as razões das diferenças entre a realidade deles e a dos moradores de bairros carentes. "A idéia de doar os aparelhos para a população foi das próprias crianças", lembra a orientadora da 5ª série Ivani Anauate Ghattas.

As avaliações também são formuladas de maneira interdisciplinar. Em História, por exemplo, os estudantes são desafiados a discorrer sobre o extrativismo predatório ocorrido no Brasil Colônia. Além disso, o objetivo é levá-los a associar os prejuízos ao meio ambiente que hoje ameaçam a qualidade de vida, conteúdos que, na teoria, fariam parte do programa de Ciências. Além de confirmarem que a fórmula tem sido vitoriosa no que se refere à aprendizagem da turma, as seis professoras contabilizam ganhos pessoais. "Temos aprendido sempre para colocar nosso conhecimento a serviço dos estudantes", afirma Maria Lúcia.

Sem tempo, dupla se reúne na hora do café

Gustavo Lourenção

Conteúdos de Ciências viram quadrinhos nas mãos dos alunos de 7ª série de Paula e Cleusa: Língua Portuguesa em todas as áreas

Um dos conteúdos de Ciências é o sistema respiratório. Nas 7ªs séries do Colégio Estadual Juvenal José Pedroso, em Goiânia, os esquemas mostrando o pulmão, a faringe e o nariz não estavam sendo suficientes para chamar a atenção dos alunos da professora Cleusa Silva Ribeiro. Uma parceria sugerida pela professora de Língua Portuguesa, Paula Rodrigues Garcia Ramos, deu um novo enfoque ao tema e às aulas. Na escola onde as duas lecionam, a interdisciplinaridade não é prática, até por falta de tempo. Cleusa e Paula dão aulas em mais de um período. "O jeito foi nos encontrarmos nos intervalos, nos corredores, na hora do café ou dar uma fugidinha de vez em quando até a sala da outra", conta Cleusa. A dupla sugeriu aos adolescentes que fizessem histórias em quadrinhos sobre o que estavam estudando nas aulas de Ciências. O pulmão e a laringe ganharam braços, pernas, olhos e bocas e tornaram-se personagens. "Trabalhamos as figuras de linguagem e estudamos estruturas de diálogo. Para elaborar o texto, eles tinham que dominar bem o conteúdo de Ciências. Deu certo", avalia Paula.

O projeto tomou mais consistência quando os estudantes sugeriram abordar nos quadrinhos temas como os malefícios do cigarro ou da poluição. Para dar conta do recado, as professoras começaram a estudar com as turmas. Paula admite que pouco sabia sobre o assunto e acabou adquirindo conhecimentos importantes para ajudar nas tarefas. Para Cleusa, a experiência foi ainda mais positiva. "Alertei meu aluno sobre um erro de ortografia. Ele argumentou que a aula não era de Língua Portuguesa. Respondi que para um bom trabalho, de qualquer área, é preciso escrever corretamente." Com esse projeto a turma aprendeu como a língua está relacionada a Ciências. "Trabalhar assim é compreender um século de avanço na educação", defende Menezes.

Sozinha, professora une Artes e Química

Gustavo Lourenção

Do carvão às tintas: Maria Clara desperta o interesse da turma pela Química e descobre talentos ao propor a releitura de pinturas famosas

O interesse pela Química entre as classes do Ensino Médio da Escola Estadual João Roncon, em Ribeirão Pires (SP), era muito pequeno. Muitos jovens tinham dificuldades de interpretação e precisavam desenvolver o raciocínio lógico para acompanhar as aulas. "Para reverter a situação, fui buscar uma forma mais estimulante de ensinar", explica a professora Maria Clara Maia Ceolin. E foi na interdisciplinaridade que ela encontrou uma saída. "Pensei em algo lúdico e que envolvesse expressão. Nada melhor que a arte", diz Maria Clara.

Seu objetivo era mostrar como a Química está presente nos materiais utilizados pelos artistas. Antes de dar início ao projeto, a professora tentou parcerias com professores de outras disciplinas. Nem as respostas negativas nem a falta de estrutura da escola fez com que ela desanimasse. Sem laboratório, ela e os alunos buscavam água de balde e levavam para a classe. "Não desisti e decidi fazer tudo sozinha."

O planejamento incluía trabalhar com vários tipos de pigmento e estudar a evolução dos materiais. "No início, só usamos sulfite e vários tipos de carvão para desenhar", conta. Os jovens estudaram a composição do material e mais adiante a professora pediu uma pesquisa sobre a história da arte. Em uma linha do tempo, mostraram os pintores de diferentes movimentos e as técnicas e materiais utilizados desde a Antigüidade. A próxima etapa envolveu a releitura de obras utilizando tintas feitas pelos próprios adolescentes.

Maria Clara consultou livros, fez pesquisas na internet, conseguiu gravuras de quadros famosos e lançou mão de disciplinas como História e Geografia para dar suas aulas. Além de assimilar o conteúdo previsto no planejamento de Química, os estudantes se envolveram nas aulas e ainda se descobriram artistas talentosos. Tudo isso entrou na avaliação.

O sucesso foi tão grande que Maria Clara repetiu a experiência com as turmas de Ensino Fundamental e de suplência e deu oficinas na Diretoria de Ensino de Mauá (SP) para professores de Química. Com materiais simples e baratos e boa vontade, Maria Clara atingiu seu objetivo. "Acredito que abordar os conteúdos da minha disciplina com o apoio de outra área deu mais significado às aulas. O ideal seria os professores entenderem que projetos assim funcionam melhor se feitos em parceria."

MULTI, INTER E TRANSDISCIPLINARIDADE

A multidisciplinaridade acontece quando um tema é abordado por diversas disciplinas sem uma relação direta entre elas. Se o objeto de estudo for o Cristo Redentor, por exemplo, a Geografia trabalhará a localização; as Ciências tratarão da vegetação local; as Artes mostrarão por quem a escultura foi feita e por que está ali. Mas as abordagens são específicas de cada disciplina e não há interligação.

Na interdisciplinaridade, duas ou mais disciplinas relacionam seus conteúdos para aprofundar o conhecimento. Dessa forma, o professor de Geografia,ao falar da localização do Cristo, poderia utilizar um texto poético, assim como o de Ciências analisaria a história da ocupação da cidade para entender os impactos ambientais no entorno.

A transdisciplinaridade é uma abordagem mais complexa, em que a divisão por disciplinas, hoje implantada nas escolas, deixa de existir. Essa prática somente será viável quando não houver mais a fragmentação do conhecimento.

Como ensinar relacionando disciplinas

Parta de um problema de interesse geral e utilize as disciplinas como ferramentas para compreender detalhes.

Como um professor especialista, você tem a função de um consultor da turma, tirando dúvidas relativas à sua disciplina.

Inclua no planejamento idéias e sugestões dos alunos.

Se você é especialista, não se intimide por entrar em área alheia.

Pesquise com os estudantes.

Faça um planejamento que leve em consideração quais conceitos podem ser explorados por outras disciplinas.

Levante a discussão nas reuniões pedagógicas e apresente seu planejamento anual para quem quiser fazer parcerias.

Recorra ao coordenador. Ele é peça-chave e percebe possibilidades de trabalho.

Lembre-se de que a interdisciplinaridade não ocorre apenas em grandes projetos. É possível praticá-la entre dois professores ou até mesmo sozinho.

Quer saber mais?

Colégio Estadual Juvenal José Pedroso, R. 7, s/n, 74770-190, Goiânia, GO, tel. (62) 208-2857

Colégio Santa Maria, Av. Sargento Geraldo Santana, 901, 04674-225, São Paulo, SP, tel. (11) 5687-4122

Escola Estadual João Roncon, R. Guilhermino Roncon, 26, 09410-540, Ribeirão Pires, SP, tel. (11) 4827-4000

BIBLIOGRAFIA

Globalização e Interdisciplinaridade, Jurjo Torres Santomé, 275 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703 3444, 46 reais

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0174/aberto/mt_72580.shtml
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Um aquecedor solar

edição 174 - ago/2004

FAÇA VOCÊ MESMO

Um aquecedor solar

Com menos de 50 reais você constrói um equipamento para ensinar à garotada como é possível tomar um banho quente sem gastar energia elétrica ou gás

Karine Basílio

Karine BasílioAdicionar imagem

Utilizando objetos de fácil acesso — encontrados em lojas de materiais para construção —, é possível montar um pequeno aquecedor solar. Terminada a tarefa, você contará com um excelente material didático para utilizar nas aulas de Ciências e terá gasto, no máximo, 50 reais. "O objetivo do kit didático é mostrar aos alunos a energia presente na irradiação solar", afirma o professor Augustin T. Woelz, autor da sugetão. Ele é responsável pela Sociedade do Sol, entidade paulista sem fins lucrativos que trabalha com a divulgação de conhecimentos científicos. Depois de conhecer como funciona essa fonte de energia alternativa, os estudantes poderão se transformar em divulgadores da tecnologia na comunidade. É o que fazem os estudantes do Colégio Santa Maria, de São Paulo (veja reportagem). A principal justificativa para o projeto está no bolso. Segundo Woelz, o consumo de energia elétrica é reduzido em 40% com o uso do aquecedor solar doméstico, porque o chuveiro pode ser desligado.

Veja, a seguir, como construir o aquecedor didático. Convide os alunos de 5ª a 8ª série e do Ensino Médio para ajudá-lo na empreitada e fique atento às etapas com o ícone:

Ele indica que a tarefa deve ser realizada por você.

Como fazer

Ilustrações Jard

Ilustrações Jardim

Material necessário

Produção Carolina Miranda/Foto Claúdio Meletti

Produção Carolina Miranda/Foto Claúdio Meletti

70 centímetros de duto de PVC marrom de 32 milímetros de diâmetro externo;

1,4 metro de duto de PVC marrom de 25 milímetros de diâmetro externo;

1 placa de forro de PVC alveolar modular de 1,25 metro de comprimento por 62 centímetros de largura;

2 nipples de 1 polegada de PVC branco com rosca externa da marca Akros. O diâmetro externo é de 32 milímetros e o interno é de 25 milímetros;

2 luvas de PVC pretas de 1 polegada com rosca interna para eletrodutos;

1 adaptador de PVC marrom de 25 milímetros por 3/4 de polegada;

2 cotovelos de PVC marrom soldável de 25 milímetros;

1 cap de PVC marrom de 25 milímetros;

1 cap de PVC branco de 3/4 de polegada;

1,5 metro de eletroduto flexível amarelo de 3/4 de polegada de 25 milímetros externo;

1 termômetro de álcool com a escala -10ºC a 110ºC; 100 mililitros de esmalte sintético preto fosco;

1 adesivo epóxi bicomponente 24 horas (40 gramas);

1 espátula flexível com ponta arredondada;

1 tábua plana de 80 centímetros por 15 centímetros;

8 pregos de 4 centímetros;

1 lápis;

1 lixa 120;

1 fita teflon de 19 milímetros de largura;

Álcool de limpeza;

Talco mineral;

1 vasilha plástica transparente de 8 litros com tampa

Ferramentas

Produção Carolina Miranda/Foto Claúdio Meletti

Martelo;

Ferro de solda ou furadeira com broca de 3 milímetros para aço;

Furadeira com broca de 7 milímetros;

Serra de extremidade livre com lâmina para aço;

Lima redonda;

Pincel ou rolinho;

Serra-copo de 32 milímetros;

Trena ou metro;

1 par de luvas para proteção.

O demonstrador da experiência
Antes de montar o aquecedor solar didático, é recomendável construir a claquete. Essa peça não faz parte do aquecedor. Ela é útil para você explicar aos alunos de que modo a água circula no interior da placa.

Ilustrações Jardim

1. Prenda o duto de 32 milímetros na tábua antes de cortá-lo. Para isso, fixe pregos espaçados ao redor dele. Meça 4 centímetros em uma das extremidades e risque a partir dali duas retas paralelas de 62 centímetros com um espaço de 1,1 centímetro entre elas. Una-as arredondando as pontas.

Ilustrações Jardim

2. Na área demarcada, faça um rasgo inicial com o ferro de solda ou com a furadeira. (Cuidado! A fumaça do cano de PVC é tóxica.) Inicie o corte com a lâmina de serra seguindo exatamente a marcação. Faça o acabamento com a lixa e a lima redonda. Limpe com álcool.

3. Corte com a serra uma tira de 8 centímetros do comprimento da placa. Lixe a área cortada para retirar as rebarbas e facilitar o encaixe na fenda do tubo.

O coletor

Ilustrações Jardim

1. Com a serra, corte o duto de 25 milímetros em dois pedaços de 70 centímetros. Repita a operação de marcação e corte do duto como descrito anteriormente com o tubo de 32 milímetros.

Ilustrações Jardim

2. Meça 58 centímetros do comprimento da placa, serre e lixe. Encaixe cada duto em um lado da placa, que deve ser introduzida apenas 5 milímetros.

Ilustrações Jardim

3. Prepare sobre uma superfície limpa uma porção de adesivo bi-componente misturado com talco mineral. A mistura deve ficar pastosa. Com a ajuda da espátula, vede os encaixes. No dia seguinte, vire o coletor e repita a operação.

Ilustrações Jardim

4. Após 24 horas, lixe levemente uma das faces do coletor e limpe com álcool. Pinte esse lado com o esmalte, inclusive sobre a área da colagem e dos dutos. Deixe sem tinta apenas 3 centímetros das extremidades dos dutos para futuro encaixe de outras peças.

O reservatório

Ilustrações Jardim

Ilustrações Jardim

1. Escolha uma das laterais da vasilha plástica, faça uma marcação no centro a 2,5 centímetros do fundo e fure com a serra-copo. Repita a operação no lado oposto. Lixe as rebarbas.

Ilustrações Jardim

2. Encaixe um nipple em cada um dos furos, de dentro para fora. Rosqueie as luvas na parte externa de cada nipple até encostarem na lateral do recipiente. Aperte levemente para evitar vazamentos.

3. Faça um furo com a broca de 7 milímetros em um dos cantos da tampa e encaixe o termômetro. Ele deve ficar encostado no fundo da vasilha.

Unindo as duas partes

Ilustrações Jardim

1. Apóie o coletor numa superfície horizontal. Passe uma camada fina de fita teflon nas pontas dos dutos. Tampe o cano superior esquerdo com um cap marrom. Depois tampe o cano inferior direito com o adaptador e passe fita teflon. Rosqueie nele o cap branco. Nas outras duas extremidades, encaixe os cotovelos.

2. Corte o eletroduto em dois pedaços: um com 1 metro e o outro com 50 centímetros. Passe fita teflon nas quatro pontas.

Ilustrações Jardim

Conecte uma das extremidades do eletroduto maior na lateral esquerda do reservatório e a outra no cotovelo esquerdo do coletor. Junte uma extremidade do eletroduto menor na lateral direita da caixa e a outra no cotovelo direito do coletor. Está pronto o aquecedor.

Como usar

Ilustrações Jardim

Coloque o reservatório 50 centímetros acima do coletor, que deve estar preso ao chão com fita crepe para não escorregar. Para evitar o acúmulo de bolhas de ar no interior da placa, o lado direito deve ficar um pouco mais alto que o esquerdo. A inclinação em relação à superfície de apoio é de aproximadamente 20º.
Desconecte a ponta superior do cano de 1 metro e, com uma mangueira ou funil, coloque água dentro dele. O líquido deve preencher o coletor até atingir o reservatório. Nesse momento, reconecte a ponta e coloque mais água na própria vasilha até encobrir os nipples. Quanto menor o volume do líquido, mais rápido será o aquecimento. No nível indicado, a temperatura varia entre 45ºC e 50ºC depois de uma hora e meia ou duas horas.
O aquecedor solar didático atinge sua eficiência máxima com a placa preta direcionada para o norte geográfico.

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0174/aberto/mt_72298.shtml
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