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quarta-feira, 25 de junho de 2008
5 super-poderes de heróis na vida real.
24 de Junho de 2008
Parece brincadeira, mas nos dias de hoje já é possível experimentar sensações que antes só eram possíveis na nossa imaginação. Confira quais são os "super-poderes" que já estão disponíveis na nossa vida real.
5. Homem de Ferro
Nos quadrinhos: Tony Stark, o Homem de Ferro, é um gênio da engenharia de automação, ele inventou um traje especial, um exo-esqueleto super equipado. O traje foi construído para fugir de um campo de prisioneiros vietcongue, para onde fora levado após ser capturado durante uma inspeção em uma das fábricas de armas no Vietnã.
As constantes inovações tecnológicas levaram a que o traje fosse sempre modificado em sua aparência. Dos transistores, ele se baseia agora em chips e nanotecnologia. Várias versões foram criadas para situações específicas, como uma versão espacial e outras para fins de espionagem e atuações submarinas sob grande pressão.Houve duas bem específicas: uma gigante, usada para caçar o Hulk; e outra confeccionada especificamente para funcionar com a energia de uma pedra asgardiana.
Em 2005, a armadura do Homem de Ferro já estava em sua 49ª versão, apesar de que muitas das versões anteriores apresentavam apenas pequenas alterações.
Na vida real: Conheça a HAL 5. Uma armadura que permite aumentar a força de uma pessoa em até 10 vezes.
Embora pareça desconfortável, quem veste a HAL 5 praticamente não sente o peso da roupa. O traje, desenvolvido pelo professor Yoshiyuki Sankai na Universidade de Tsukuba no Japão, é controlado por sensores presos à pele do usuário, detectando as atividades elétricas dos seus músculos, evitando que se faça muito esforço para controlar o traje.
Segundo os desenvolvedores, a armadura poderá ajudar vários idosos, que sentem dificuldade de locomoção e servirá para garantir a força e mobilidade para algumas tarefas do dia-a-dia.
4. Jean Grey (X-Men)
Nos quadrinhos: Jean Grey é uma mutante que nasceu com poderes telepáticos e telecinéticos. Seus poderes primeiramente se manifestaram quando ela viu sua amiga de infância ser atropelada por um carro. Ela tem que lidar com seu poder, pois pode controlar desde o mais simples objetos até os mais complexos.
Na vida real: The Brain-Gate Neural Interface System é uma tecnologia que permitirá que tetraplégicos usem a internet, joguem videogames e comandem controles remotos. A tecnologia já foi testada com a aprovação da autoridade que fiscaliza o sistema de cuidados à saúde nos EUA.
O Brain-Gate Neural liga o cérebro do usuário a um PC, que permite visualizar e reconfigurar as reações neurológicas, que definem os pensamentos e ações. Um microchip é implantado na parte do cérebro responsável pelo movimento dos membros superiores.
3. Homem-Aranha
Nos quadrinhos: Durante uma demonstração de equipamentos que manipulavam radiação, Peter Parker foi picado por uma aranha. Ela havia sido exposta à radioatividade do aparelho e por isso provocou mutações no organismo do jovem Peter. Na versão ultimate (ou Marvel Millenium, como é mais conhecida no Brasil) e no filme de 2002, Peter é picado por uma aranha geneticamente alterada.
O "poder" mais famoso do Homem-Aranha é sua teia. Trata-se de aparatos que disparam o ‘fluido de teia’ em alta pressão. Ninguém sabe do que é feito o tal fluido, porém sabem que é algo com nylon. O fluido, ao contato com o ar, solidifica-se e torna-se um elástico e forte fio.
Na vida real: Cientistas italianos descobriram a fórmula para criar uma roupa como a do Homem-Aranha. A tecnologia se compromete a permitir que os usuários não só escalem prédios, mas também que se pendurem no teto de cabeça para baixo, a exemplo do que acontece com nosso herói.
Algumas pesquisas revelaram algumas pistas de como poderá ser este traje:
- Em 2002 uma pesquisa revelou que as lagartixas tem a capacidade de aderência resultante de forças intermoleculares, produzidas por pêlos encontrados nas suas patas.
- A força de atração acumulada entre os pêlos da lagartixa faz com que ela suba pelas paredes e fique de cabeça para baixo.
Os pesquisadores disseram que o traje precisará utilizar nanotubos de carbono para desempenhar o papel dos pêlos, como ocorre com as lagartixas. Para quem não sabe, os nanotubos são minúsculos cilindros extremamente resistentes e organizados em grandes filamentos.
2. Wolverine
Nos quadrinhos: Um dos poderes do X-Men, além das suas garras afiadas, é a capacidade de regeneração celular. De acordo com os quadrinhos, este dom permite curar-se de qualquer ferimento ou envenenamento rapidamente, por mais mortal que este seja.
Na vida real: Após um acidente, em 2005, quando a hélice de um avião de aeromodelismo cortou parte do dedo médio da mão direita, Lee Spievack, de 69 anos, entrou para a história. Spievack conseguiu regenerar seu dedo através de um tratamento com um pó feito da bexiga do porco, usado em tratamentos veterinários.
Segundo Spievack, o seu irmão (que era veterinário), resolveu indicar o uso do produto. O material, chamado de matriz extracelular, é usado principalmente na regeneração de partes feridas em cavalos. Spievack diz que, todos os dias, lavava o ferimento e usava o pó na ponta do dedo e logo depois, fechava com um curativo. Ele contou que, além da cicatrização, ele notou que o dedo voltou ao tamanho original. Em cerca de 4 semanas, o dedo já tinha recuperado a pele, a unha e os movimentos, juntamente com a sensibilidade e a impressão digital.
Segundo os especialistas, a regeneração de tecidos não é rara em crianças de 1 ou 2 anos, mas não é comum em pessoas com 60 anos.
1. Sue Storm, a Mulher Invisível
Nos quadrinhos: Como namorada e posteriormente esposa de Reed Richards e irmã de Johnny Storm, foi fundamental em persuadir o piloto Ben Grimm a juntar-se a eles numa perigosa missão espacial, que acabou por expô-los a quantidades maciças de radiação cosmica. Como consequência, ganharam poderes super-humanos. Susan obteve a habilidade de tornar-se invisível. Infelizmente, este poder sozinho provou ser de relativamente pouco uso em suas missões, especialmente em comparação às habilidades mais agressivas do resto do grupo. Mais tarde seus criadores, Stan Lee e Jack Kirby, desenvolveram um pouco mais os dons da Mulher Invisível.
Na vida real: O cientista japonês Susumu Tachi desenvolveu um traje que aparentemente torna invisível quem o usa. A explicação está no uso de um visor, que combina imagens em movimento tiradas atrás do usuário com imagens tiradas de frente, tudo isso projetado em um tecido reflexivo.
Segundo o cientista, o invento poderá ser útil em aplicações militares, como por exemplo espionagem ou no chão dos aviões, permitindo que o piloto veja o solo.
Fonte: www.obuteco.com.br
http://www.megacubo.net/tv/outros/5-super-poderes-de-heris-na-vida-real/Obrigado por sua visita, volte sempre.
MODELO PROJETO DE MONOGRAFIA (ART. 18 RTCC)
(TEMA)
C – OBJETIVOS: GERAL E ESPECÍFICOS
O objetivo geral está ligado à visão global e abrangente do tema. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenômenos e eventos, quer das idéias estudadas (LAKATOS)
Vê-se que a justificativa não precisa ser um “tratado”, contudo, deverá espelhar as razões da escolha do tema a ser investigado.
E- METODOLOGIA:
Os principais instrumentos de pesquisa são: questionário e formulário, testes, observação, etc.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
FACULDADE DE DIREITO
Ensino. Nova Escola.
edição 213 - jun/2008
Situações didáticas
A chave do ensino
Didáticas específicas de cada disciplina tornam mais claro o que e como ensinar. NOVA ESCOLA reuniu o melhor dos estudos recentes em 30 atividades essenciais para quem leciona do 1º ao 5º ano
Amanda Polato, Beatriz Santomauro, Rodrigo Ratier
Esta reportagem trata de um tema que está transformando a Educação. Uma inovação silenciosa, mas de alcance duradouro, que pode beneficiar muito seu trabalho: estudos que se debruçam sobre a arte de ensinar, investigando as maneiras mais eficazes de ajudar a garotada a compreender os conteúdos. São investigações de conceitos e teorias de Arte, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e Matemática. Chamadas de didáticas específicas, enfocam as dificuldades próprias de cada área – afinal, quem disse que o jeito de explicar frações serve também para levar a meninada a ler?
Essas pesquisas se baseiam no dia-a-dia da sala de aula. “Com meus alunos de Pedagogia, procuro cada vez mais discutir as circunstâncias peculiares que eles vivenciam com as crianças”, afirma Carmem Lúcia Enterer, que leciona Didática e Práticas Educativas na Universidade Federal de Minas Gerais. As perguntas que nascem da prática vão muito além do “como ensinar?”. O que a turma já sabe sobre o tema a ser tratado? Quais os efeitos esperados de minha atuação? E o principal: o que ensinar – e como as crianças vão aprender esse conteúdo?
Em busca da aprendizagem
Currículos e conteúdos precisam encaminhar o estudante rumo à aprendizagem. “Para que ele seja capaz de buscar o conhecimento, é importante que desenvolva habilidades de leitura, interpretação, estudo independente e pesquisa”, diz Maria Inês Marcondes, especialista em formação e prática pedagógica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Como forma de contribuir para o avanço da atividade docente, NOVA ESCOLA coletou práticas de ensino e aprendizagem indispensáveis do 1º ao 5º ano. São situações didáticas essenciais que conjugam conteúdos e formas de ensino que levam as crianças a construir os esquemas de conhecimento necessários para a compreensão (leia no quadro na página ao lado a relação completa). Elas não funcionam de forma isolada, mas são úteis como parte de atividades permanentes, seqüências didáticas ou projetos.
O conjunto de 30 atividades foi elaborado com a colaboração de 10 pesquisadores e profissionais de formação continuada. Como as práticas selecionadas já fazem parte do cotidiano de diversos educadores, dez deles demonstram como as aplicam. Para todas as disciplinas há planos de aula – oito deles na revista e mais de 42 no site Nova Escola.
A sugestão é encarar este material não como um manual de receitas, mas como um ponto de partida a ser adaptado a sua realidade e confrontado com sua experiência. Esses procedimentos vão ajudá-lo a refletir sobre a prática, o que é essencial para o aprimoramento profissional.
O que não pode faltar
Nas seguintes páginas você vai conhecer situações didáticas específicas de cada
disciplina, indicadas por especialistas consultados por NOVA ESCOLA. Confira a lista.
Arte
1 Produção
2 Percurso de criação pessoal
3 Interpretação de imagens
4 Fala, leitura e escrita sobre Arte
Ciências
5 Observação
6 Experimentação
7 Pesquisa em textos
8 Leitura e escrita sobre Ciências
Educação Física
9 Leitura de práticas corporais
10 Atividades práticas
11 Aprofundamento dos conhecimentos
Geografia
12 Leitura e escrita sobre Geografia
13 Atividades com imagens e mapas
14 Trabalho de campo
História
15 Trabalho com sujeitos históricos e perspectivas
16 Leitura e escrita sobre História
17 Leitura de mapas geográficos e históricos
18 Representação gráfica do tempo
19 Análise de imagens
Língua Portuguesa
20 Leitura para a classe
21 Leitura para aprender a ler
22 Escrita para aprender a escrever
23 Produção textual
24 Comunicação oral
Matemática
25 Estratégias de cálculo
26 Resolução de problemas
27 Registros oral e escrito
28 Construção, reprodução e identificação de figuras
29 Exploração e reconhecimento de corpos geométricos
30 Medição e comparação de medidas
Obrigado por sua visita, volte sempre.
Construção do conhecimento Matemático: Um Desafio da Escola Contemporânea
Estefânia Fátima Duarte
Professora da Fundação Educacional de
RESUMO – Análise da escola atual e de alguns fatores que têm provocado mudanças nos paradigmas educacionais. Reflexão acerca do ambiente escolar propiciador da construção do conhecimento matemático e a possibilidade do professor como mediador desse processo.
PALAVRAS-CHAVE: Escola – matemática – conhecimento – professor.
INTRODUÇÃO
Ao pensar na escola, muitos fatores devem ser considerados: fatores históricos, sociais, culturais, antropológicos, econômicos, políticos e pedagógicos. Pode-se também considerá-la sob diversas perspectivas: a do professor, a do aluno, a dos pais, a da comunidade, a da gestão escolar, a da construção do conhecimento. Este trabalho tem a proposta de fazer uma reflexão acerca da escola e de alguns fatores que estão provocando mudanças nos paradigmas educacionais e, também, do papel do professor na perspectiva de construção do conhecimento matemático.
A ESCOLA, UM ESTABELECIMENTO DE ENSINO?
A escola habita o cotidiano de tal forma que parece fazer parte do natural. Quando se propõe questioná-la, surge um certo incômodo: ela é questionável?
Partindo da idéia de que um dos papéis da escola é de possibilitar às novas gerações a apropriação do conhecimento construído e acumulado pela humanidade e que esta instituição é constituída por pessoas, seres que interagem e que buscam incessantemente novos conhecimentos, podemos refletir sobre a escola hoje, no século XXI.
Essa escola se mantém no mundo contemporâneo, sem sofrer grandes transformações. Isto quer dizer que ainda é um estabelecimento de ensino que privilegia a reprodução de idéias e comportamentos ensinados pelo professor na sala de aula, palco de exibição. Administrativamente há toda uma hierarquia: diretor, vice-diretor, supervisor, professor, aluno, sendo que a maioria das escolas desconsidera a participação dos alunos e dos pais e não tem um projeto coletivo de ação na busca de uma educação de qualidade. Se essas pessoas seguram as rédeas administrativas na direção que lhes convém, pode ocorrer de puxarem para o lado oposto ao do outro. Como forças opostas aplicadas a um mesmo objeto não provoca o deslocamento desse, tal fato leva as escolas a acreditarem que apenas um deve administrar, numa postura autoritária, defendendo que um manda e os outros obedecem, esquecendo-se de que uma escola, enquanto instituição formadora, faz-se pelo diálogo, portanto, pelo conflito. Esse conflito entre um sujeito e os demais, pelo qual cada um se vê obrigado a levar em consideração o pensar dos colegas e a tentar coordenar outras idéias com as suas próprias, denomina-se conflito sociocognitivo. Sua ocorrência propicia discussões que promovem a ampliação dos conhecimentos, a clarificação do papel da escola e de cada membro dessa instituição e a construção da autonomia da mesma.
Portanto, o conflito vai estar presente em situações em que pessoas com formação histórica, social e cultural diferentes, interagem ao cumprirem seu papel social e profissional. Para Lerner (1994), o conflito sociocognitivo é produtivo para o progresso do conhecimento mesmo quando nenhum dos participantes da situação possua resposta correta. (LERNER, 1994: 107)
Quanto às práticas pedagógicas, vemos que as escolas brasileiras estão sustentadas pela idéia de que o professor, agente do processo educativo, ensina, transmite aos alunos seu conhecimento, que, passivamente, memorizam. Tal pressuposto leva a escola a assumir um papel autoritário, acreditando que o professor ocupa o centro desse processo e que, para se ter aprendizagem, basta que o aluno reproduza o que lhe foi transmitido.
As bases dessa escola tradicional têm sofrido abalos mediante o desenvolvimento de tecnologias, tais como a televisão, o computador, a internet, o celular, que universalizaram as informações, retirando do professor o lugar que ocupava como único detentor do saber. Hoje, vemos os alunos trazerem para a sala de aula informações, talvez desconhecidas pelo professor, ou materiais fantásticos que enriquecem as aulas. Eles também transitam por diversas áreas como a arte, as engenharias, a informática, a literatura.
Outro fato importante é os estudos científicos desenvolvidos na área da Educação em todo o mundo. E que mostram que o conhecimento é concebido como produto de uma relação, é uma atividade. Tal concepção epistemológica retira do aluno a postura passiva, pois o considera responsável pela construção do conhecimento, mostrando que ele é ponto fundamental do processo de aprendizagem.
Apesar dos abalos sofridos, a escola tradicional está muito presente no ambiente educacional brasileiro. Instituições com pouca participação da comunidade, fragmentadas no sentido de que alguns pensam a educação enquanto outros executam, relacionam a disciplina do aluno ao estar quieto, cumprindo as ordens estabelecidas pelo professor, sendo que, para manter tal concepção, as salas de aula permanecem com fileiras de carteiras, o professor colocado à frente, apenas no uso de quadro, giz e livro didático, dando instruções para os alunos. Nessa postura, percebe-se que o professor acredita na transmissão de conhecimentos como única forma de aprendizagem, desconsiderando a comunicação como uma interação entre sujeitos.
Por outro lado, percebe-se que mudanças começam a ocorrer no cenário educacional, mesmo que ainda de forma tímida. Busca-se uma nova escola, onde professor/aluno e aluno/aluno, num processo de interação constante, privilegiam o diálogo, o questionamento, a crítica, a criatividade, o aprender a ser e o aprender a fazer, numa intensa preocupação com a formação integral do homem, promovendo uma relação igualitária entre o pensar e o sentir.
A partir dessas duas direções apresentadas, a da escola reprodutora, em que o professor ensina e o aluno aprende, reproduz e a da escola crítica, em que o professor possibilita ao aluno a construção do conhecimento, faremos uma reflexão sobre o ensino de Matemática nas escolas, no momento atual.
PROPICIANDO A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMÁTICO
Ao analisar a construção histórica do conhecimento matemático, percebe-se que o mesmo tem sido elaborado a partir da tentativa do homem de compreender e atuar em seu mundo. Como, na Grécia Antiga, berço da Matemática, somente alguns tinham acesso ao conhecimento formal, os escribas eram considerados homens especiais, dotados de inteligência acima da média, por serem os únicos capazes de decifrar e desfrutar dos conhecimentos geométricos e aritméticos da época, que muitas vezes eram complexos como o sistema de numeração grego e egípcio. A escola pitagórica muito contribuiu para esse pensamento, pois, formada por aristocratas, defendia o número como sendo a essência de tudo o que existe. Segundo Miorim (s/d), a escola pitagórica ... foi responsável pela introdução da concepção, existente até hoje, de que os homens que trabalham com os conceitos matemáticos são superiores aos demais.(MIORIM, s/d: 15)
Hoje, percebe-se, ainda, a idéia de que poucos conseguirão apropriar-se do conhecimento matemático, que, ainda para muitos, é considerado difícil e complexo. O aluno, ao chegar à escola, já apresenta um certo temor a esse conhecimento, sentindo-se incapaz. Tal idéia é legitimada pela postura pedagógica do professor, que se vê como dono do saber, não tem uma escuta às necessidades de seus alunos e faz questão de reforçar a heteronomia deles, não lhes propiciando um fazer, pois acredita que aprender é “saber na ponta da língua” o que foi ensinado.
Sabendo que a Matemática surgiu da interação do homem com seu mundo, ao tentar compreendê-lo e atuar nele, é difícil aceitar que, ainda assim, conhecedoras desse percurso e de estudos como os de Piaget, os quais afirmam que a criança constrói o conhecimento através da interação com o outro e com o mundo, nossas escolas insistam em manter um ambiente “desmatematizador”. Esse ambiente é permeado pelas idéias da transmissão de conhecimentos e de que a criança, ao chegar na escola, não é dotada de saberes.
Vejamos, se a Matemática foi elaborada a partir da atuação do homem no mundo, por que então nossas escolas não oferecem à criança a possibilidade de se apropriar do conhecimento elaborado por seus antepassados, na relação com o seu mundo? Se a Matemática é uma ciência simples e natural por que, então, considera-se que somente alguns dão conta desse saber? Ao responder essas perguntas percebe-se que é emergente a necessidade de a escola contemporânea propiciar um ambiente matematizador. Segundo Kamii (1994), o ambiente social e a situação que o professor cria são cruciais no desenvolvimento lógico-matemático. (KAMII. 1994:63)
Acredita-se que essa escola deveria ser alicerçada no diálogo, sendo todos aprendizes. O aprender estaria relacionado ao fazer, lembrando que o ser humano é movido por desejos e é capaz de aprender Matemática. Um ambiente matematizador, então, seria aquele permeado por desafios, por construções, por possibilidades. O professor, numa visão vygostkiana, é aquele que possibilita esse ambiente, que leva a criança a estabelecer relações, a pensar, indo além do que vê. Assim, ela viverá e (re)descobrirá o conhecimento, construindo-o de forma ativa, posicionando-se como parte fundamental desse mundo, capaz de promover mudanças em si mesma e em seu meio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
... a escola, agência social explicitamente encarregada de transmitir sistemas organizados de conhecimento e modos de funcionamento intelectual às crianças e aos jovens, tem um papel essencial na promoção do desenvolvimento psicológico dos indivíduos que vivem nas sociedades letradas. (KOHL, 2000:35)
Então, o que precisa acontecer para que a escola realmente assuma esse papel de emancipação? Talvez o professor precise acreditar que é possível mudar, conscientizando-se de que os avanços tecnológicos e que os estudos científicos sobre a educação fazem de hoje novos tempos, com novas necessidades. Para dar conta desses novos tempos, o professor deve buscar os conhecimentos necessários para uma melhor compreensão do processo ensino/aprendizagem, da educação e do papel da escola no mundo contemporâneo, percebendo-se como propiciador de situações de aprendizado ao aluno para que ele produza seu conhecimento.
Para que o professor acompanhe as mudanças sociais, tecnológicas e educacionais, promovendo uma educação de qualidade, os gestores da escola devem propiciar aos professores um ambiente estimulador ao estudo e à pesquisa. Como? Garantindo aos professores a oportunidade da formação continuada[1] no seu próprio ambiente de trabalho. É necessário que grupos de estudo e pesquisa, coordenados pelos próprios professores, se debrucem sobre temas pertinentes às necessidades da prática docente e ao seu desejo de apropriar de novos conhecimentos. Dessa forma, estabelecem-se condições para que os professores abracem a construção de um projeto coletivo na escola com a participação de toda a comunidade. Talvez assim, a escola contribua para a formação de sujeitos capazes de provocar uma transformação em si mesmos e no mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LERNER, Delia. O Ensino e o Aprendizado Escolar: argumentos contra uma falsa oposição. In: CASTORINA, José Antônio; FERREIRO, Emilia; LERNER, Delia; OLIVEIRA, Marta Kohl. Piaget. Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 2000.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à História da Educação Matemática. São Paulo: Atual, s/d.
MARASCHIN, Cleci. Conhecimento, Escola, Contemporaneidade. In: PELLANDA, N. M. C..; PELLANDA, E. C. (orgs.). Ciberespaço: um Hipertexto com Pierre Lévy. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2000.
OLIVEIRA, Marta Kohl. Pensar a Educação: contribuições de Vygotsky. In: CASTORINA, José Antônio; FERREIRO, Emilia; LERNER, Delia; OLIVEIRA, Marta Kohl. Piaget. Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 2000
http://www.portalensinando.com.br/ensinando/principal/conteudo.asp?id=3818
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terça-feira, 24 de junho de 2008
Edipo & Complejo de Castración.
Este vídeo está em duas partes. Para acessá-las clique no menu em forma de seta. Está em espanhol, um jeito de fazer juz a pluraridade cultural.
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MEC descredencia 40 cursos de pós-graduação; veja lista
MEC descredencia 40 cursos de pós-graduação; veja lista
Da redaçãoEm São Paulo*
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Dos cerca de 2.250 programas de pós-graduação analisados na Avaliação Trienal 2007, 40 foram descredenciadas pelo MEC (Ministério da Educação) por não apresentar os requisitos básicos de funcionamento. A informação foi divulgada pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) nesta quinta-feira (20). Entre os cursos descredenciados, 28 são de importantes universidades públicas do país, como USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Uerj (Universidade do Estasdo do Rio de Janeiro), UEL (Universidade Estadual de Londrina) e UEM (Universidade Estadual de Maringá, no Paraná.Outras instituições conceituadas têm programas na lista: UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), PUC-Campinas, UFC (Universidade Federal do Ceará), UFF (Universidade Federal Fluminense) e UFG (Universidade Federal de Goiás).A que teve mais cursos descredenciados foi a UFRJ, com três programas. A Gama Filho teve um curso de mestrado e doutorado desmembrado. O mestrado passou, mas o doutorado em filosofia/teologia foi descredenciado. Os programas descredenciados obtiveram conceito um ou dois numa escala que vai de zero a sete. As notas 1 e 2 (1,7% do total) os classificam como não-recomendados pela Capes.O conceito 3 foi atribuído a 682 programas (30,2%), o 4 a 788 (34,9%) e o 5 a 510 (22,6%). Os conceitos 6 e 7 -- que indicam forte liderança, capacidade nucleadora, maior ênfase na formação de doutores e inserção ou nível internacional -- foram concedidos respectivamente a 155 (6,9%) e a 82 (3,6%) programas. Dos 595 recursos analisados, 153 (26%) foram aceitos e 442 (74%) negados. Avaliação finalOs programas de pós-graduação englobam cursos de mestrado e de doutorado. Segundo o MEC, aqueles descredenciados pela Capes não podem mais receber matrículas -- a avaliação é final e já levou em consideração os recursos possíveis. Segundo o diretor de avaliação da Capes, Renato Janine, os alunos que estão cursando mestrado ou doutorado nesses programas terão seus diplomas validados, mas se a instituição admitir novos estudantes, eles não terão seus diplomas reconhecidos. A avaliação é comparativa e leva em consideração quesitos como a publicação de artigos científicos escritos por alunos e professores, o requerimento de novas patentes e o impacto dos cursos sobre o setor produtivo.Em 2007, a proporção de cursos descredenciados caiu em relação à última avaliação, feita em 2004. Os 40 programas não recomendados representam 1,7% do total. Em 2004, essa proporção foi de 2%, já que 36 programas, de um total de 1.819, obtiveram notas um e dois. Caso as instituições de ensino superior que tiveram seus programas descredenciados queiram abrir novos cursos, devem enviar proposta à Capes até março de 2008.A avaliação foi feita por 45 comissões de área e pelo CTC (Conselho Técnico Científico). Ao todo, 700 especialistas das 45 áreas de conhecimento participaram da análise.
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Vamos Refletir. Ghandi.
"Através da experiência amarga aprendi a lição suprema: controlar minha ira e transformá-la, como o calor que é convertido em energia. Nossa ira controlada pode ser convertida numa força capaz de mover o mundo."
http://www.crismestre.com/2007/07/pensamentos-e-ensinamentos.html
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