quinta-feira, 3 de julho de 2008

Curso 2 - Alfabetização e Letramento

From alfaletra,


http://www.slideshare.net/alfaletra/curso-2
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25/11/2003 - 02h46 Conheça as diferenças entre os métodos de alfabetização


CYNARA MENEZES
free-lance para a Folha de S.Paulo

Fônico
Enfatiza as relações símbolo-som. Há duas "correntes". Na sintética, o aluno conhece os sons representados pelas letras e combina esses sons para pronunciar palavras. Na analítica, o aluno aprende primeiro uma série de palavras e depois parte para a associação entre o som e as partes das palavras. Pode utilizar cartilhas.

Linguagem total ("whole language")
Defende que os sistemas linguísticos estão interligados, e que a segmentação em imagens ou sons deve ser evitada. Os estudantes são apresentados a textos inteiros, já que acredita-se que "se aprende lendo". Em sala de aula, o professor lê textos para os alunos, que acompanham a leitura com o mesmo texto, assim se "familiarizando" com a linguagem escrita. A partir dessa familiarização, vão aprendendo palavras e, depois, as sílabas e as letras. Não utiliza cartilhas.

Orientação dos PCNs
Diagnóstico prévio do aluno antes de optar por qualquer método. Algumas crianças entram na primeira série sabendo ler. O professor lê textos em voz alta e é acompanhado pela classe, que tem em mãos os mesmos textos. Os alunos são estimulados a copiar textos com base em uma situação social pré-existente: por exemplo, eles ouvem poesias e compõem, por cópia ou colagem, seus cadernos de poemas favoritos. A leitura em voz alta por parte dos estudantes é substituída por encenações de situações que foram lidas, desenhos que ilustram os trechos lidos etc. As crianças aprendem a escrever em letra de forma; a consciência fônica é uma consequência. Não utiliza cartilhas.

Alfabético
Os alunos primeiro identificam as letras pelos seus nomes, depois soletram as sílabas e, em seguida, as palavras antes de lerem sentenças curtas e, finalmente, histórias. Quando os alunos encontram palavras desconhecidas, as soletram até decodificá-las. Pode utilizar cartilhas.

Analítico
Também conhecido como método "olhar-e-dizer", começa com unidades completas de linguagem e mais tarde as divide em partes. Exemplo: as sentenças são divididas em palavras, e as palavras, em sons. O "Orbis Sensualium Pictus" é considerado o primeiro livro escolar importante. Abaixo das gravuras estavam os nomes impressos para que os estudantes memorizassem as palavras, sem associá-las a letras e sons. Pode utilizar cartilhas.

Sintético
Começa a ensinar por partes ou elementos das palavras, tais como letras, sons ou sílabas, para depois combiná-los em palavras. A ênfase é a correspondência som-símbolo. Pode utilizar cartilhas.

Leia mais
  • Perfil: Dissonância na alfabetização
  • A solução é o caminho do meio

  • Fonte: Folha Online


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    quarta-feira, 2 de julho de 2008

    02/07/2008 - 08h13 Mulher morre no chão de hospital em Nova York

    A gente critica o SUS.Mas tem pais de primeiro mundo muito pior que a gente. Quem puder assista clicando play .

    Este artigo foi publicado no yahoo respostas por. Valdir Costa Usuário.
    http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080702072159AAexjIT&r=w#RbdzOUfjBEZKCpb75YNC
    Paciente esperando por horas para ser atendido em hospitais, é uma situação comum aqui no Brasil. Mas nos Estados Unidos, um flagrante de descaso com a saúde virou um escândalo na imprensa. As imagens do circuito interno do setor de emergência de um hospital em Nova York mostram o momento em que uma mulher de 49 anos, cai no chão, depois de esperar quase 24 horas por atendimento.

    Diante da indiferença de outros pacientes e de um segurança, Esmin Green permaneceu no chão por mais de uma hora sem nenhum socorro.
    Quando os funcionários resolveram socorrê-la, já era tarde. A causa da morte ainda não foi revelada. A direção do hospital suspendeu todos todos os funcionários e médicos que aparecem no vídeo.

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    Qual a relação entre educação laica e a burguesia?


    Laicismo é uma doutrina filosófica que defende e promove a separação do Estado das igrejas e comunidades religiosas, assim como a neutralidade do Estado em matéria religiosa. Não deve ser confundida com o ateísmo de Estado.

    Esta corrente surge a partir dos abusos que foram cometidos pela intromissão de correntes religiosas na política das nações. O laicismo teve seu auge no fim do século XIX e no início do século XX.

    Laicismo e Laicidade são palavras/conceitos que derivam da expressão grega clássica «laos» (adj: «laikos»), expressão que designava o povo em sentido lato, tão abrangente ou tão universal quanto possível. O termo «laos» referia-se, portanto, à entidade população, ao povo todo, a toda a gente, sem excepção alguma.

    Da mesma expressão grega «laos»/«laikos» derivou igualmente, mas passando pelo latim, a palavra portuguesa leigo com o significado de não-clérigo, termo que gera frequentemente problemas, ao ser, acidental ou deliberadamente, confundido com a actual expressão laico, que tanto pode servir para designar um adepto ou um militante do laicismo como para adjectivar essa sua postura ou uma sua acção.

    Os mesmos gregos do período clássico utilizavam também a palavra «ethnos» (adj: «ethnikos») com semelhante significado de povo mas entendido em sentido estrito, identitário e comunitarista, implicando a relevância de um qualquer atributo partilhado. O termo «ethnos» servia, então, para designar, por exemplo, os atenienses, os espartanos, os gregos, etc. e deu origem à palavra portuguesa etnia (adj: étnico) que hoje serve para designar conjuntos humanos social e culturamente marcados por uma qualquer identidade comum e marcante, por exemplo: os portugueses, os ciganos, os europeus e, por uma extensão moderna do conceito, quaisquer agrupamentos sociais identitários – grupos de pertença, comunidades confessionais, etc. – dentro de uma dada sociedade, por exemplo: os benfiquistas, os católicos, os alentejanos, os fumadores, os lisboetas, ..., etc.

    Laicismo designa, pois, um princípio, uma ideologia de matriz claramente humanista que, ao valorizar as dimensões mais universais do ser humano, entendido na sua individualidade plural, tem um sentido contrário ao etnicismo ou, melhor, aos etnicismos – regionalismos, nacionalismos, etc. – que, acima de tudo, valorizam as diferenças e os particularismos por que se podem afirmar os diferentes grupos humanos.


    Laicidade designa os diferentes modos concretos de esse princípio ser levado à prática e opõe-se à etnicidade que releva muito especialmente as diferenças e as identidades de grupo.

    O laicismo e a laicidade almejam, portanto – ou seja, por definição etimológica e histórica dos termos –, a construção de uma sociedade em que um qualquer grupo social de aspiração dominante, tenha ele a matriz étnica, que tiver (histórica, rácica, religiosa, linguística, estética, económica, etc.), se não possa impôr, autoritaria e totalitariamente, autocraticamente, aos demais elementos que a integram; uma sociedade onde se constitua um espaço público que seja efectivamente pertença de todos os indivíduos que nela convivem, quer os que nela nasceram, quer os que a ela entretanto se arrimaram, sem excepção, todos eles isentos de constrangimentos autoritários de tipo identitário; uma sociedade livre, aberta e inclusiva, portanto.

    Numa tal sociedade, o Estado, enquanto entidade política que assume e gere o contrato social estabelecido pelos indivíduos que a constituem, tem um papel fundamental na garantia de que esse espaço público permanece neutro, ou seja, isento de marcas identitárias particulares, e que se mantém disponível para o uso de todos os elementos que a integram, sem excepção, assegurando, designadamente, que nenhum grupo social, tenha ele a matriz étnica que tiver (histórica, rácica, religiosa, linguística, estética, económica, etc.), dele se possa apropriar, em moldes exclusivos e permanentes.

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    Sociologia da Educação.


    FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

    Não há pretensão, aqui, de esgotar o tema. A função do presente texto não é aprofundar teorias sociológicas ou realizar abordagens academicistas que nos coloquem distantes da realidade em que vivemos. Estudos desse estilo, certamente os encontramos em bibliotecas ou livrarias. Nosso propósito, ao contrário, é suscitar um debate democrático e solidário sobre a realidade, apontando algumas pistas rumo a metodologia que possam provocar mudanças pessoais e coletivas, gerando comunhão e participação, na formação de uma sociedade autônoma, dona de seu destino.

    Tenho certeza que podemos pensar as coisas pelo menos sob dois enfoques. Ou pensar as coisas da educação, da realidade, do mundo, do ser humano, da cidadania, da vida, do ponto de vista funcionalista-positivista, ou pensá-las dialética-histórica-criticamente. Aqui entra o papel da reflexão os Fundamentos Sociológicos da Educação. Aprofundar essas duas concepções ou teorias em sala de aula é fundamental. Mais: buscar caracterizar como se dão, na prática, estas duas teorias é questão emergencial. Aprofundemos um pouco estas questões. O que significa uma sociedade adestrando seus cidadãos para a assimilação, na prática, do discurso positivista? As coisas estão postas, a educação está posta, é assim que correrá o seu curso. A sociedade está organizada de maneira tal, que tudo o que acontece, acontece de modo funcional. O ser humano vai internacionalizando, introjetando esta concepção de mundo. Dela vai decorrer uma prática submissa, intimidada, de perda de identidade, de perda da historicidade, de moralismo exacerbado e autoritário, repressivo e opressivo. A Escola cumpre o papel de censor, reprimindo, punindo, suprimindo os sonhos e as buscas.

    Uma abordagem séria sobre nossa realidade nos permitirá perceber que o modelo sócio-político que temos implantado é um modelo fundamentado no “caldo” ideológico do positivismo. Aliás, não é difícil imaginar e entender a razão histórica para tantos regimes de extrema-direita se terem instalado na América Latina contemporânea. Não é acaso a utilização de um aparato repressivo, seja ele jurídico ou militar, como forma de legitimar o modelo que se pretendia impor ao Continente, opondo a “lei da força” à “força da lei”. Já se disse, com muita propriedade, que, em toda a dimensão política, existe a ação pedagógica; que toda a dimensão pedagógica subjaz uma ação política. A ausência de um caráter crítico da organização e da participação, a apatia e o conformismo são sinais claros do modelo que busca impedir o acesso do cidadão à sua plena maturidade política, prática marcada pela liberdade. Penso que temos aqui um grande tema de discussão em sala de aula. Por que não estudar, com nossos educandos, temas como: alienação da juventude, opressão x cidadania no contexto brasileiro e Latino-americano? Por que não aprofundar, com eles, as saídas que os povos vêm encontrando rumo à sua maturidade? Quando trazemos para a sala de aula Movimentos pelos direitos da mulher, da cultura negra, de defesa das nações indígenas, de organização do meio popular, de organização do meio estudantil, estamos apontando para novas saídas, para uma sociedade que quer tomar a história na mão e ter plena consciência da cor do seu destino. Estes estudos podem perfeitamente ser feitos a partir de pesquisas, de painéis, de seminários, de contato concreto com a realidade de cada segmento. Quando a isso nos propomos, estamos fazendo sociologia? Se quisermos uma resposta acadêmica, diria que não. Se buscamos, porém, com nossos alunos, o estabelecimento da relação entre a função da sociologia e da escola como processo de socialização, de formação da cidadania, não temos como deixar de caminhar rumo a esta postura de trabalho.

    São perguntas significativas, das quais não temos o direito de abdicar: a quem queremos formar? Para quem formamos? Que horizontes descortinamos? Que visão de realidade temos? Que interpretação da sociedade fazemos? Espontaneísta? Crítica? O que buscamos com nosso fazer pedagógico?

    Na verdade, nossa prática didático-pedagógica, explícita ou implícita, afirma, queiramos ou não, toda nossa concepção de sociedade, de política, de mundo. Na perspectiva de um currículo emancipador, a sociologia da educação torna-se vital para provocar uma discussão científica, que faça uma interpretação competente, sistemática e orgânica da realidade, que possa permitir que as demais disciplinas de um curso de formação de magistério, como as didáticas, possam apontar para saídas de um projeto educacional formador de cidadania.

    Por isso, a Sociologia da Educação se insere nos Fundamentos da Educação, fundamentos que nos lembram: base, referência, paradigma. Olhando para a prática de todos nós, educadores brasileiros, penso que nos falta, ao fazermos educação, olhar para o homem e olhá-lo num processo de relações afetivas, agindo, interagindo na sociedade. Acredito que somente quando assumirmos, na prática, o específico que nos cabe fazer na transformação da sociedade, seremos partícipes e co-autores da Utopia. Cabe-nos ser competentes didática e pedagogicamente. Esta é a nossa função, esta é a nossa contribuição ao mundo do trabalho, onde também se dá a formação do homem como sujeito de direitos, sujeito de dignidade, construtor da solidariedade. Aqui, apontamos para uma outra dimensão essencial em nossa prática. Magistério, bico ou profissão? Na educação das séries iniciais, onde se encontra parte dos meus alunos, o educador não pode escapar desta discussão. Como falar em Direitos às crianças, como apontar a liberdade e a dignidade como valores de vida, se não estou convencido desta opção na minha própria vida? Se a Escola é lugar onde se fazem e se produzem relações humanas, será nesse local que se gestará a mudança, a vida, a liberdade, na vivência do cotidiano. Caso contrário, haverá de ser um espaço onde começaremos a perpetuação da opressão, da desigualdade, da exploração, da omissão... não existe neutralidade. Ou somos a favor do homem, ou seremos a favor de ideologias, de sistemas opressores que se apropriarão do destino deste homem em nome de leis, tradições, estruturas.

    Educar o social. Deixar que o social interpele e questione o educando. Educação e cidadania são coisas que convergem. Educar o cidadão para que seja autor de seu destino, para que assuma a sua dimensão histórica, cuidando da vida, da sua, dos outros, de todos, numa dimensão horizontal. Cidadania: dizer não à repressão, dizer não à escravidão, dizer sim à liberdade de expressão, à vivência da solidariedade, à construção comunitária de uma experiência de prática política de autonomia, de reciprocidade, de cooperação e de responsabilidade. Quando promovemos, em sala de aula, um seminário sobre conjuntura nacional, aprofundando questões angustiantes da realidade brasileira, quando somos capazes de analisar suas causas e efeitos, quando somos capazes de discernir saídas, estamos discutindo e aprofundando a compreensão da sociedade, suas relações, a questão do poder, a necessidade da mudança. É impossível discutir cidadania, pensar a realidade globalmente, sem pensar e discutir a realidade da fome, da saúde, das condições de trabalho...

    Urge que os Fundamentos da Educação estejam comprometidos com uma proposta que coloque a defesa da vida como valor maior da nossa ação pedagógica. É preciso pensar o homem como sujeito de direitos: direito à alimentação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à expressão política, ao salário justo, direito à habitação, à livre expressão, à livre organização, à escolha livre de um credo ou não... Estes são caminhos para a formação da consciência e de uma prática solidária. Na minha experiência pessoal de formação de adolescentes, futuros educadores, tenho tido o cuidado e a insistência de cultivar as chamadas atitudes de fundo, a tão fundamental sensibilidade, a solidariedade, a bondade. Somente quando mergulhamos na ótica de uma educação pelo “mais”, conseguiremos provocar uma atitude que conduza ao inconformismo e à mudança.

    É preciso oportunizar situações concretas em sala de aula para este tipo de vivência. Nem sempre nos damos conta de que, embora tendo um conteúdo crítico, nossa prática é autoritária e domesticadora. O cultivo destas atitudes de fundo vai se dando na forma de como organizamos o espaço em sala de aula: democrático, gerador de comunhão e participação; e no modo como nos relacionamos no cotidiano com nossos educandos. As estratégias de como decidir cooperativamente os critérios norteadores de avaliação (temida e odiada), a forma de como planejamos o trabalho e o modo de como socializarmos e envolvemos cada aluno são maneiras de respaldar o discurso explícito manifesto numa prática implícita. Certamente não estou dizendo nenhuma novidade. Pelo menos em algum momento já pensamos nisso. A verdade, porém, é que não fazemos isto. E nossos alunos dos cursos de magistério, ao saírem, continuam a repetir as mesmas práticas domesticadoras e bancárias, verticalistas, porque contribuímos também para isto. A Sociologia da Educação deve propiciar a percepção da relação intrínseca entre a prática da liberdade – expressão da libertação – e o projeto sócio-político que a referencia e a norteia. É preciso discutir e aprofundar o mito de que as mudanças sociais dependem da Escola. Hoje, é preciso rever esta posição. Uma sociologia positivista até que ajudaria a sustentar este mito. Não queremos isto. A Escola tem o seu papel no processo de mudança, mas os meios de socialização são os mais variados possíveis (família, igreja, partidos, sindicatos, meios de comunicação...). onde existem relações humanas se faz educação. Nossa prática educativa se faz a partir de determinadas teorias que ajudam a explicar e a entender a realidade. Logo, o saber e a forma como o produzo ajudam a explicitar o horizonte da sociedade que queremos construir.

    Posso fazer, em minha prática cotidiana, levantamentos de dados, pesquisas, estatísticas, gráficos, tabelas. Isto tudo pode me ajudar a fundamentar uma análise sobre o homem, sobre o que é ele, como se dão suas relações, em que sociedade vive. Tudo isto deve servir para que possa discutir e aprofundar questões de relevância, como, por exemplo: o que torna a região de Pernambuco a terceira do mundo em mortalidade infantil? O que determina a existência de 45 milhões de menores carentes? Como explicar que, de cada mil crianças que ingressam nas séries iniciais, apenas duas concluem a universidade, ingressando no mercado de trabalho? Como explicar um país que organiza um estatuto da criança e do adolescente e convive com a impunidade dos “esquadrões da morte”?

    Posso estudar as taxas de natalidade, de mortalidade... Se não fizer uma abordagem e uma interpretação sobre os mesmos, isto tudo vira mera curiosidade, conhecimento diletante ou, em alguns casos, discurso panfletário.

    Como educadores, não podemos incorrer em abordagens, simplistas e lacaias do tipo: o que aí está, assim deve ser e deve ser aceito, pois esta é a ordem das coisas.

    É interessante aprofundar com os nossos alunos esta análise do mundo funcionalista. Podemos perguntar-lhes: que conseqüências traz para a vida tal abordagem? Que visão de cidadania explicita? Para que horizonte aponta? O funcionalismo na educação acelera o abismo entre os que sabem e os que não sabem, os que pensam e os que não pensam, os que organizam e os que executam. Não passa por aqui o caminho do sonho, da Utopia, da esperança. Lembremos que as coisas não estão aqui simplesmente. Devem ser analisadas. Deve-se descobrir sua dimensão histórica. O homem é um sujeito histórico. A educação faz parte deste processo. Libertar é despertar consciência crítica. Somente assim avançaremos rumo ao futuro e à mudança. Ora, neste enfoque, a escola deve ser vista como uma orquestra que executa uma canção de amor e de paz. Superar a “mesmice”, o continuísmo”, o tecnocratismo, o cientificismo, o psicologismo, a burocracia e o medo, exige respostas inovadoras e corajosas. VIDA, penso ser a palavra que define um novo horizonte. Por que não provocar em sala de aula um aprofundamento a respeito das visões “conteudísticas”, tecnicistas e libertadoras da educação?

    Não se trata apenas de provocar esta discussão, mas de caracterizar todos os elementos que interagem num espaço formativo chamado escola. Nesta última vertente, a da educação libertadora, gostaria de dar ainda mais alguns exemplos de como aprofundar o surgimento de uma consciência da cidadania. O que está presente no dia-a-dia presta-se a isto. As canções, por exemplo, incontáveis canções, sejam elas latinas, populares ou nativas, prestam-se a isto. Podemos analisar a questão da terra, fazendo uma pesquisa a respeito dos festivais de canções nativas, regionalistas, descobrindo, em seqüência histórica, como seus autores vão crescendo na consciência da função social da terra. Assim, também podemos analisar “Morte e Vida Severina”. Podemos pensar o êxodo rural através da leitura de Graciliano Ramos, em “Vidas Secas”... Podemos aprofundar a questão da violência urbana e do menor a partir do filme Pixote... Podemos resgatar a importância da dignidade humana na América Latina debatendo incontáveis documentários e filmes, como, por exemplo: “ A História Oficial”, “Prá Frente Brasil”, “Chove sobre Santiago”, etc... Podemos debruçar-nos sobre a questão da Mulher, da Prostituição, da Gravidez na Adolescência, da Sexualidade Infantil... Podemos fazer tudo isto numa perspectiva histórica, na qual o homem é agente e construtor. Provocar a libertação exige recursos didáticos que nos aproximam da realidade, como forma de explicitar as teorias. Nosso espaço didático-pedagógico é muito vasto e muito rico... Quanto mais nos aproximamos da realidade, quanto mais ela estiver presente em nossa sala de aula, mais e mais estaremos contribuindo para formar pessoas que pensam a educação.

    Por fim, penso que a nós, educadores, cabe assumir em definitivo o papel do artista, do poeta, do cantador da palavra que há em nós.

    Há muitas lutas por fazer... A defesa da universalização do saber, de uma escola de qualidade para todos, da clareza em nosso projeto sócio-político, da criação de canais de comunhão e participação, da democratização de escola e do acesso à mesma. Já é tempo de assumir este papel de discutir a cultura e de formar a cidadania. Formar a cidadania é pensar no povo, organizar o social. Com a história na mão, mangas arregaçadas no campo ou na cidade, em todas as idades, sigamos despertando, sensibilizando, acordando o sonho que há em cada cidadão. É preciso olhar para frente. Lá está a saída, o novo, o diferente. As perguntas estão aqui. As respostas, as encontraremos juntos, criativamente.

    Ao iniciar este artigo, falávamos de duas teorias Sociológicas. De um lado, a que absolutiza o que está pronto, sem pretensões à transformá-lo. De outro, a que pensa o mundo dialeticamente. A história exige de nós um posicionamento entre estas duas. Eu já me decidi pela Segunda, porque creio que a vida não está pronta. Porque ela é dinâmica , um processo que se faz a muitas mãos e de muitas formas. Creio que deva ser o nosso credo. Acalentar o h. humanizar o “não homem”. Ser.


    Carlos Alberto Barcellos

    Educador nos Colégios Anchieta e Sévigné em Porto Alegre, especialista em psicomotricidade e Assessor da Anistia Internacional no Programa Nacional de Educação para a Cidadania - PRONEC.

    http://www.dhnet.org.br/dados/livros/edh/br/rs/cidadan/cap2.htm

    pgjr23

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    O Mundo de Sofia - GAARDER, Jostein

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    João Jonas Veiga Sobral - Nossa Lingua - Falando e Escrevendo Corretamente


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    GESTÃO DA INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E SEU BENEFÍCIO PARA A EDUCAÇÃO


    http://www.scribd.com/doc/257798/GESTAO-DA-INFORMACAO-NA-ADMINISTRACAO-ESCOLAR-E-SEU-BENEFICIO-PARA-A-EDUCACAO
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    terça-feira, 1 de julho de 2008

    Adição de frações.

    bacana98

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    O que é Letramento ?

    : Neuzax

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    RISCO DE VIDA / RISCO DE MORTE ?


    RISCO DE VIDA / RISCO DE MORTE

    Cláudio Moreno

    Um educado leitor escreve para estranhar que este jornal utilize a expressão risco de vida, alegando que um professor de renome já corrigiu este equívoco de uma vez por todas: "É risco de morte, pois só pode correr risco de vida um morto que está em condições de ressuscitar". Sinto dizer-te, meu polido leitor, mas não é bem assim que funciona. A experiência me ensinou a suspeitar, de antemão, de tais "descobertas" adventícias, feitas por essas autoridades que aparecem para me anunciar, com aquele olhar esgazeado do homem que viu a bomba, que eu estive cego e surdo todo esse tempo. Talvez não saibas, mas o Brasil assiste agora a uma nova safra desses Antônios Conselheiros da gramática: volta e meia, aparece um maluco disposto a reinventar a roda e a encontrar "erros" no Português que já era falado pela avó da minha bisavó e pelos demais antepassados - incultos, cultos ou cultíssimos. O que esses fanáticos não sabem (até porque, em sua grande maioria, pouco estudo têm de Lingüística e de Gramática) é que, mesmo que a forma que eles defendem seja aceitável, a outra, que eles condenam, já existia muito antes do dia em que eles próprios vieram a este mundo para nos incomodar.

    Os falantes do Português sempre interpretaram esta expressão como a forma elíptica de "risco de perder a vida". Ao longo dos séculos, todos os que a empregaram e todos os que a ouviram sabiam exatamente do que se tratava: pôr a vida em risco, arriscar a vida. Assim aparece na Corte na Aldeia, de Francisco Rodrigues Lobo; nas Décadas, de João de Barros; em Machado ("Salvar uma criança com risco da própria vida...", Quincas Borba); em Joaquim Nabuco; em Alencar; em Coelho Neto; em Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós; na Bíblia, traduzida por João Ferreira de Almeida no século 17 ("Ainda que cometesse mentira a risco da minha vida, nem por isso coisa nenhuma se esconderia ao rei", II Samuel 18:13); e assim por diante. Além disso, nossas leis falam em "gratificação por risco de vida", o Código de Ética Médico fala de "iminente risco de vida" e o dicionário do Houaiss, no verbete "risco", exemplifica com risco de vida.

    E agora, meu caro leitor? Achas mesmo que o teu renomado professor, se pudesse entrar em contato com o espírito de Machado ou de Eça, teria a coragem de dizer-lhes nas barbas que eles tinham errado durante toda a sua vida literária - e que ele estava só esperando a oportunidade para dizer o mesmo para Camilo Castelo Branco, Joaquim Nabuco e outros escritores que não tinham tido a sorte de estudar na mesma gramática em que ele estudou?

    Nota, porém, que a defesa que faço do risco de vida não implica a condenação do risco de morte, que também tem seus adeptos - entre eles, o padre Manuel Bernardes e o mesmo Camilo Castelo Branco, que, nesta questão, acendia uma vela ao santo e outra ao diabo. Na maioria das vezes, seu emprego parece obedecer a um critério sutilmente diferente, pois esta forma vem freqüentemente adjetivada (risco de morte súbita, de morte precoce, de morte indigna) ou sugere uma estrutura verbal subjacente (risco de morte por afogamento, de morte por parada respiratória, de morte no 1º ano de vida, etc.) - ficando evidente a impossibilidade de optar por risco de vida nessas duas situações. Como se vê, somos obrigados a reconhecer que também é moeda boa, de livre curso no país, a única a ser usada em determinadas construções - mas não é um substituto obrigatório do consagradíssimo risco de vida.

    Aliás, a disputa entre as duas formas não é privilégio nosso, pois ocorre também no Inglês (risk of life, risk of death), no Espanhol (riesgo de vida, riesgo de muerte) e no Francês (risque de vie, risque de mort).

    O equívoco da renomada (famigerada?) autoridade que mencionas, prezado leitor, foi acreditar ingenuamente que a nossa língua existe para expressar nosso pensamento, devendo, portanto, obedecer aos critérios da lógica - teoria que andou muito em voga lá pelo final do século 18 e que foi abandonada junto com a tabaqueira de rapé e o chapéu de três bicos. Por este raciocínio, se enterro um prego na madeira e enfio a linha na agulha, não poderia enterrar o chapéu na cabeça e enfiar o sapato no pé (e sim a cabeça no chapéu e o pé no sapato...); um líquido ótimo para baratas deveria deixá-las alegres e robustas, e não matá-las. A língua não pode estar submetida à lógica porque é incomensuravelmente maior do que ela, já que lhe cabe também exprimir as emoções, as fantasias, as incertezas e as ambigüidades que recheiam o animal humano. O Português atual, portanto, é o produto dessa riquíssima mistura, sedimentada ao longo de séculos de uso e aprovada por esse plebiscito gigantesco de 900 anos, que deve ser ouvido com respeito e não pode ser alterado por deduções arrogantes e superficiais.


    E-Mail: claudio.moreno@zerohora.com.br

    [Porto Alegre, 27 de novembro de 2004 - Jornal Zero Hora, Edição nº 14342]
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    O cachorro o tigre eo macaco.

    Um cão havia se perdido na floresta; enquanto andava tentando achar o caminho apareceu um tigre louco para devorá-lo;o cãozinho viu uns ossos espalhados em sua frente e começou a roer e quando o tigre ia comê-lo ele disse: que tigre delicioso que acabei de comer! então o tigre assustado saiu na calada. O macaco que havia visto tudo correu em direção ao tigre e lhe disse o que havia acontecido e já furioso o tigre voltou para o local; chegando lá o cãozinho avistou o tigre com um macaco nas costas e logo teve outra idéia, virou-se de costas e disse alto:
    - Cadê aquele macaco? Já faz meia hora que pedi que ele me trouxesse outro tigre e até agora nada. A ESPERTEZA SUPERA O MEDO!

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    Conversas sobre Didática,