domingo, 24 de agosto de 2008

Educação: Termômetro do bom ensino.

Os rankings ajudam os pais num momento decisivo:
o de escolher uma escola para os filhos


Camila Pereira

Lailson Santos
O estudante Fernando com o pai: o Enem ajudou a definir o novo colégio

Escolher uma escola na qual matricular os filhos sempre foi, no Brasil, um processo mais intuitivo do que propriamente racional. Os pais costumavam tomar essa decisão baseados em visitas aos colégios e ancorados na experiência alheia. O único medidor objetivo no horizonte eram as taxas de aprovação das escolas no vestibular. E só. O cenário começou a mudar três anos atrás, quando o Ministério da Educação (MEC) passou a divulgar o resultado dos colégios no Enem, uma prova de conhecimentos gerais aplicada aos estudantes no fim do ciclo escolar. Com ela, houve um avanço. Tornou-se possível, afinal, comparar as escolas por meio de um ranking. Ele está, de fato, sendo usado com esse fim, segundo aponta um levantamento com base nos três últimos exames. Chamam especial atenção os números relativos aos dez colégios particulares com melhor desempenho desde 2005. Num período em que as matrículas no ensino médio minguaram 9% no país, o número de novos alunos nessas escolas campeãs subiu até 40%. Isso ajuda a mensurar o raio de influência da avaliação oficial na vida de pessoas como o publicitário Randal Soares. O fato de o Vértice, um colégio de São Paulo, ter surgido no topo do ranking nacional foi decisivo para que Soares tomasse a decisão de ali matricular os filhos Fernando, 15 anos, e Isabela, 12. Ele resume um pensamento geral: "Ganhei uma espécie de bússola para rastrear o bom ensino".

Márcio Lima
A médica Ivana, mãe de Luiza, mudou-se para a Bahia: sem conhecer nenhuma escola, a solução foi olhar para o topo do ranking


Os especialistas chamam atenção ainda para outro efeito positivo de avaliações como o Enem – esse, menos visível. Ao jogarem luz sobre o mau resultado de determinadas escolas, os rankings, de certo modo, obrigam-nas a melhorar. É uma questão básica de sobrevivência. Quem não elevar o nível das aulas provavelmente perderá alunos. Isso já ocorreu com universidades, cuja qualidade de ensino é avaliada e comparada há mais tempo no Brasil. Uma pesquisa feita pelo MEC mostra que, em faculdades com cinco anos consecutivos de notas baixas, as inscrições no vestibular caíram pela metade. A reação? Elas dobraram o número de professores com mestrado ou doutorado. A avaliação das escolas no Enem é algo mais recente, portanto ainda não há sobre ela dados tão consolidados. Existem, no entanto, alguns bons exemplos de como certos colégios têm feito esforço para avançar. Depois de não figurar no topo por três anos seguidos, o tradicional Colégio Visconde de Porto Seguro, em São Paulo, colocou em ação uma espécie de plano de emergência. Passou a oferecer aulas extras e criou uma disciplina para tratar alguns dos assuntos da atualidade sobre os quais os estudantes revelaram mais desconhecimento no exame oficial. Essa e outras tantas escolas não escondem a intenção de treinar os alunos para o próximo Enem, de modo a ganharem posições no ranking. Diz Claudia Xavier, diretora do Porto Seguro: "Um bom resultado na prova é uma vitrine para o colégio".

Essa competição entre as escolas particulares, impulsionada pelo Enem, se dá num contexto em que a disputa por novos alunos nunca foi tão acirrada. De um lado, o número de colégios de ensino médio se expandiu 6% nos últimos cinco anos. De outro, o total de estudantes despencou 9% – e eles se tornarão ainda mais escassos. Por uma razão simples: a cada ano, os brasileiros têm menos filhos. Diante desse cenário, as escolas ganham uma razão a mais para prestar atenção no Enem e nas demais avaliações do MEC. Com uma nota ruim, elas perdem fôlego para concorrer por novos alunos. Se vão bem na prova, têm um trunfo na mão. Não causa espanto o fato de muitos desses colégios bem-sucedidos no exame investirem em publicidade, com o objetivo de chamar atenção para o resultado. Diz o especialista Ryon Braga: "A competição motivada pelos rankings tem funcionado há décadas como motor para o bom ensino em países desenvolvidos".

O Enem surgiu há dez anos com o propósito de medir o nível de conhecimento dos estudantes – e não propriamente para aferir a qualidade das escolas. Ele tem sido usado pelos alunos no ingresso em mais de 500 faculdades no país. Em certos casos, a nota se soma à do vestibular. Em outros, o Enem já substitui a prova tradicional. Os especialistas fazem uma ressalva à aplicação do exame como ferramenta para avaliar os colégios. Diz respeito a seu caráter voluntário. Como só faz a prova quem quer, pode haver distorções nos resultados. Do ponto de vista estatístico, a ponderação faz sentido. O MEC defende a divulgação dos rankings, no entanto, com base em dois argumentos. O primeiro é que os técnicos conseguem minimizar as eventuais distorções por meio de recursos estatísticos. O segundo argumento é que cerca de 80% dos estudantes das boas escolas particulares já comparecem à prova. Esse é, até então, o único indicador disponível – e ele tem sido útil a gente como a médica Ivana Freire. Recém-chegada de Mato Grosso a Feira de Santana, na Bahia, ela desconhecia as escolas da cidade. Decidiu, então, matricular a filha Luiza, de apenas 4 anos, no colégio campeão do estado, o Helyos. Em um momento tão crucial para os pais quanto o da escolha de uma escola, os rankings representam, sem dúvida, um grande avanço.

Com reportagem de Milena Emilião

Fonte: http://veja.abril.com.br/070508/p_152.shtml

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7 medidas testadas – e aprovadas.

Educação


Camila Pereira

Fotos Roberto Setton e Jung Yeon-Je/AFP
O estudo coordenado por Mona Mourshed desvenda o sucesso de países como a Coréia do Sul (à dir.): idéias para o Brasil

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Entender como países em destaque nos rankings de ensino chegaram ao topo é o que mais impulsiona hoje as pesquisas na área de educação. Nenhuma delas foi tão longe quanto um recente estudo da consultoria McKinsey coordenado pela egípcia Mona Mourshed, doutora em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e estudiosa das reformas educacionais em dezenas de países. Durante um ano, uma equipe comandada por ela entrevistou mais de 200 pessoas e visitou 120 escolas em vinte países. Justamente aqueles com resultados mais extraordinários na educação, caso de Cingapura, Coréia do Sul e Finlândia. O maior mérito do trabalho é chamar atenção para práticas comuns a esses países, todas testadas com sucesso na sala de aula. Na semana passada, Mona esteve em São Paulo para falar sobre o estudo a representantes do Ministério da Educação (MEC) e de secretarias de ensino. Ela diz: "Estou certa de que outros países podem se beneficiar dessas práticas a curto prazo e sem gastar muito". Em entrevista a VEJA, a consultora fala de sete medidas aplicadas com sucesso nos países que estudou – e que podem ajudar também a elevar o nível do ensino no Brasil.

Só os melhores ensinam – Poucos fatores influenciam tanto a qualidade do ensino em um país quanto o nível de seus professores – daí a relevância de recrutar os mais talentosos. Foi com esse objetivo que países como Coréia do Sul e Finlândia criaram seleções tão rigorosas quanto as de uma grande empresa. A triagem começa na escola. Só podem concorrer a uma vaga nas faculdades de educação aqueles 10% com o melhor boletim, dado especialmente espantoso diante da realidade de países como o Brasil: os professores brasileiros compõem justamente a turma dos 30% com as piores notas. Para sonhar com um lugar numa dessas faculdades (e muita gente lá sonha mesmo), é preciso ainda passar por provas, entrevistas e aulas demonstrativas devidamente avaliadas por especialistas. Com tantos filtros na entrada, a experiência aponta para três efeitos positivos: não se desperdiça tempo nem dinheiro na formação de gente sem talento, a qualidade dos cursos aumenta e a carreira de professor, naturalmente, ganha novo status. Nada disso faria mal ao Brasil.

Para cada estudante de pedagogia, um tutor – Em países de bom ensino, ninguém se forma sem antes fazer o básico: entrar numa sala de aula na função de professor. Não se trata de um estágio comum. Os universitários são acompanhados por espécies de tutores, professores experientes cujo papel é orientar os novatos do momento em que se sentam para planejar uma aula até quando corrigem a lição. Mais do que isso: aos tutores é designada a tarefa de avaliar o desempenho dos aspirantes a professor, corrigir eventuais falhas e ensinar tudo na prática – chance que os estudantes brasileiros raramente têm. A decisão de criar essa função, tomada por governos de diferentes países, ajudou a elevar o nível dos professores recém-formados. Deu tão certo que, em alguns lugares, tais profissionais já são figuras permanentes nas escolas, caso da Inglaterra. Lá, eles não apenas dão consultoria aos principiantes como avaliam, diariamente, o nível geral do ensino.

Tornar atraente a carreira de professor – A junção de duas medidas se revelou eficaz em uma dezena de países. Uma delas diz respeito ao salário inicial dos professores: quando o valor foi igualado ao de outras carreiras, houve um substancial aumento na procura por faculdades de educação. O detalhe é que tais países, entre os quais Coréia do Sul e Cingapura, não reservaram nenhum centavo a mais para a educação. Eles conseguiram mais dinheiro ao decidir aumentar o tamanho das classes, medida que permitiu enxugar o quadro de professores – e pagar mais aos recém-formados. Esses países não fizeram isso sem consultar as pesquisas. Segundo elas, turmas maiores não prejudicam o ensino de maneira significativa, como apregoa o senso comum. Por outro lado, um bom salário inicial tem funcionado como poderoso fator de atração de gente talentosa. Isso, no entanto, não é o bastante. Os mais brilhantes só passaram a procurar maciçamente a carreira de professor depois que esses países implantaram sistemas meritocráticos, nos quais os melhores ganham mais dinheiro e responsabilidade e vislumbram no horizonte a possibilidade de exercer diferentes funções, como a de "consultor de currículo" – tão prestigiada quanto a de diretor de escola.

MBA para os diretores – Em geral, vale a regra: quanto mais eficiente o diretor, melhor é o ensino da escola. Por isso, países de educação exemplar se empenharam em encontrar uma fórmula para chegar aos melhores e treiná-los para exercer a função. Enquanto em nações que aparecem na rabeira dos rankings, como o Brasil, os diretores ainda tomam decisões com base na intuição, naquelas que estão no topo eles só podem ocupar o cargo depois de passar por uma espécie de MBA. Durante seis meses, freqüentam cursos para aprender técnicas elementares de gestão e fazem estágio em grandes empresas, nas quais observam os métodos aplicados por executivos. É assim em Cingapura, país que levou às últimas conseqüências o treinamento de diretores na iniciativa privada. Ninguém lá é empossado sem antes se internar numa multinacional, entre as quais HP e IBM, e provar, por meio de avaliações, ter aprendido a traçar metas, cobrar resultados e estimular uma equipe.

Shiho Fukada/AP
Escola na Finlândia: reformas no ensino que deram certo


Auditoria na sala de aula – Monitorar a qualidade do ensino por meio de critérios objetivos é básico – e o Brasil já faz isso há uma década. Um passo adiante, segundo revela a experiência de outros países, é dar a especialistas a tarefa de inspecionar periodicamente as escolas, como em auditorias feitas nas empresas. Nesse caso, eles são contratados pelo governo para produzir avaliações sobre o ensino nas escolas. Durante as visitas, assistem às aulas, entrevistam alunos e professores e observam o estado de conservação do prédio. Dessas auditorias não resultam apenas relatórios, mas também um conjunto de recomendações bem práticas, como mudar os rumos de uma disciplina ou mesmo trocar um diretor ineficiente. Sim, em cidades como Nova York eles podem ser demitidos caso não dêem mostras de estar à altura do cargo.

Roteiros para ensinar – A história é a mesma em países de ensino exemplar: nenhum deles alcançou o sucesso em sala de aula sem um bom currículo oficial. Entenda-se por isso aquele cujas metas de aprendizado são claras e exigentes. A experiência mostra que esse é um divisor de águas entre o mundo da intuição, no qual os professores se guiam pelas próprias crenças, e o da razão. Com o currículo, eles passam a ter objetivos definidos – e um instrumento para aferir o nível dos alunos diante de expectativas concretas. Ainda que não pairem dúvidas sobre o mérito dessa prática, ela é rara no Brasil. Para se ter uma idéia, apenas recentemente o estado de São Paulo passou a adotar um currículo único nas escolas – até o ano passado, eram 600 deles. São justamente os países de mau ensino, como o Brasil, que mais precisam dos currículos, e eles devem ser prescritivos. Só é recomendado que se tornem mais flexíveis quando o país já tiver enraizado a cultura do bom ensino, o que não é o caso do Brasil.

Aula particular de graça – Em escolas públicas de países como a Finlândia, nada funcionou tão bem no combate à repetência como a implantação de um sistema para atender os estudantes com dificuldade de aprender, à parte das aulas. O reforço escolar é levado tão a sério que em cada escola há alguém designado para ministrar as tais aulas particulares. Esses professores não costumam se queixar. Ganham mais e têm boas condições de trabalho: são treinados durante um ano para a função e ainda contam com a ajuda de psicólogos para lidar com os casos mais difíceis. Não é pouca gente que freqüenta esse tipo de aula: cerca de 30% dos alunos. A decisão de investir aí se provou acertada – até do ponto de vista financeiro. Cada aluno que repete custa algo como 20.000 dólares a mais aos cofres públicos. Ao fazerem as contas, os especialistas concluíram que custa menos pagar pelo reforço escolar. Depois dele, a reprovação sempre despenca – algo que em países campeões em repetência como o Brasil é emergencial – e o ensino melhora.


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O homem que brincava de fazer arte. Plano de aula Ensino Médio.

Pablo Picasso criou o cubismo. Foi barroco, expressionista e surrealista. Rompeu com a estética de sua época para "desenhar como criança". Traga para a sala os traços e as cores que marcaram as artes plásticas do século XX.


Objetivos
Observar as influências entre as diversas correntes artísticas ao longo do tempo e perceber a contribuição de Pablo Picasso nas artes plásticas

Introdução
"Quando criança, eu desenhava como Rafael. À medida que fiquei mais velho, passei a desenhar como criança".
As palavras do pintor espanhol Pablo Picasso sintetizam sua trajetória artística. Ao longo de sete décadas, ele criou pinturas, colagens, esculturas, gravuras, cerâmicas, cenários para balés, uma produção "caudalosa", resume a reportagem de VEJA. Durante esse tempo, aprendeu a brincar com imagens, a apresentá-las livremente, com frescor e espontaneidade. Também aprendeu a olhar o mundo com olhos de criança, como quem o vê pela primeira vez, e transmitiu esses ensinamentos a gerações de artistas plásticos. Foi esse o maior legado de Picasso. Hoje, quando a liberdade e a subjetividade se manifestam na arte, é difícil imaginar que, antes dele, não era assim.

Naturalmente, não desenhar "como Rafael" não significa esquecer as lições do mestre renascentista e de outros mestres. Ao contrário, a criatividade de Pablo Picasso recebeu as influências de todos os séculos e de todas as latitudes da expressão artística. O plano de aula vai ajudá-lo a mostrar a seus alunos a rede de vasos comunicantes das artes plásticas, tecida ao longo dos séculos.

A realidade da arte
O desenho de uma árvore é uma representação do real, mas também faz parte da realidade. Especialmente aos olhos de um artista: para ele, a pintura é tão real quanto a árvore. Muito de seu trabalho é alimentado pela própria arte, ao revisitar temas e tradições. Não se trata de uma cópia: ele experimenta, explora, incorpora e afinal "desaprende", como Picasso "desaprendeu" Rafael.

Essas influências e incorporações se manifestaram em momentos decisivos da obra de Picasso. Em 1907, ele transformou a maneira de apresentar a figura feminina com a tela Les Demoiselles d'Avignon, inspirada nas máscaras tradicionais africanas. Seguiu-se a revolução do cubismo (1909-1912), que nega a perspectiva criada no Renascimento e apresenta as massas de um objeto sob diferentes focos de luz. A influência maior foi exercida pelo pós-impressionista francês Paul Cézanne (1839-1906), que enfatizou a massa e a estrutura subjacente do objeto e não a visão apresentada pela luz que dele irradia. O resultado, no caso do cubismo, foram as visões múltiplas do objeto e a fratura do espaço, do jogo de luzes e sombras e da cor, que até hoje marcam as artes plásticas.

Nas décadas seguintes, Picasso manteve diálogo com outros movimentos artísticos e culturais, como o surrealismo e o expressionismo. O contato com o surrealismo ajudou-o a explorar o tema da sexualidade em imagens como as da série do Minotauro, símbolo do humano e do animal em cada um de nós. As deformações do expressionismo, por sua vez, integraram-se ao cubismo a ponto de se tornarem características da arte de Picasso. Como observa a reportagem de VEJA, esse é o estilo predominante em muitas obras da mostra Picasso Anos de Guerra 1937-1945. Entre essas obras estão as gravuras dedicadas a Dora Maar. Nelas, ignorando convenções do "belo", Picasso mostra como percebia a namorada. Apesar das "monstruosidades" expressionistas, lembram as fotografias de Dora Maar (veja a reportagem e o site www.whom.co.uk/dora/doramaar.htm).

Cubismo, expressionismo e o barroco do flamengo Rubens (1577-1640) somam-se na grande ausência da mostra: o mural Guernica, criado em 1937, depois que a aviação nazista massacrou a aldeia basca de Guernica, durante a Guerra Civil Espanhola. Entre as imagens está a de uma mulher de braços erguidos, que parece transplantada da tela Horror da Guerra, de Rubens.

"Frágil, o mural não deixa mais a Espanha", informa a reportagem. Mas sua força enquanto denúncia dos horrores da guerra permanece total. Conta-se que na França, durante a Segunda Guerra Mundial, um nazista perguntou a Picasso se ele é quem havia feito o mural. O pintor respondeu, numa referência à violência alemã contra as pessoas e animais da aldeia: "Não. Foram vocês."

Atividades
1. Encarregue os alunos de rastrear as principais influências na arte de Picasso. Algumas pistas: a arte francesa do século XIX; a arte espanhola (Velázquez, El Greco, Goya; a arte grega, especialmente na cerâmica).

2. Encomende pesquisas em livros e na internet sobre fotos de Dora Maar e as gravuras de Picasso que a representam. A partir desse material, mostre à classe como o universo criado pelo pintor tem raízes na realidade.

3. Encomende pesquisas sobre a obra de Cândido Portinari, especialmente a dramática série dos Retirantes. Mostre aos alunos como algumas soluções do pintor brasileiro foram influenciadas por Picasso.


1905:

Museu de Arte Moderna de Nova York


Pintado em Paris, o óleo sobre tela Família de Saltimbancos demonstra simpatia e solidariedade em relação aos modelos, pessoas independentes e livres. Pertence à chamada "fase rosa" de Picasso

1907:

Museu de Arte Moderna de Nova York


Influenciado pela arte africana e pela expressão de massas na obra de Cézanne, Les Demoiselles d'Avignon é uma obra revolucionária, que rompe com a perspectiva linear tradicional e com o modo de representar a figura feminina na pintura clássica


1909:

Museu Ermitage de São Petersburgo

O Reservatório em Horta de Ebro (óleo sobre tela) apresenta a estrutura geométrica de um cristal. Mostra influências de Cézanne e das paisagens pintadas por Georges Braque (1882-1963). Entre 1909 e 1912, Picasso e Braque trabalharam em conjunto, lançando o movimento conhecido como cubismo


1934:

Alipio Silva Jr.

Minotauro Cego Guiado por uma Menina. Influenciado pelo surrealismo, Picasso explora a noção de metamorfose em suas obras. O tema do Minotauro, desse período, é muitas vezes uma auto-imagem, associada à luta entre o humano e o bestial em cada pessoa


1937:



As imagens fragmentadas de Guernica denunciam o massacre de uma aldeia pela aviação alemã a serviço do franquismo durante a Guerra Civil na Espanha. O mural, encomendado pelo governo republicano, está hoje no Museu do Prado. Acima, um estudo do pintor para Guernica

Veja também:

BIBLIOGRAFIA
Cézanne, Hajo Düchting, Taschen Editora
O Pensamento Vivo de Picasso, José G. Simões Júnior, Martin Claret Ed., tel.: (0-XX-11) 262-8144
Picasso and the War Years, 1937-1945, Stephen A. Nash (ed.), Thames and Hudson

Consultoria: Paulo Portella Filho

Artista plástico e coordenador do Serviço Educativo do Museu de Arte de São Paulo

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/online/planosdeaula/ensino-medio/PlanoAula_294701.shtml

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PASSAPORTE (pas.sa.por.te). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:

PASSAPORTE (pas.sa.por.te)

Três países da América do Sul dispensaram o uso do passaporte brasileiro, em acordo assinado na reunião de cúpula do Mercosul: a Colômbia, a Venezuela e o Peru.
"Passaporte" vem do francês 'passeport', palavra composta por 'passer', passar, e 'port', passagem, saída, porto. Inicialmente, passaporte era o documento que acompanhava as mercadorias. Só mais tarde passou a se aplicar também às pessoas.
A palavra tem raízes latinas - "passare", passar, e "portus", porto - e designa o documento pessoal que serve como identificação oficial no exterior e que permite ao portador sair do país.

>> Definição do dicionário Aulete Digital:

Passaporte (pas.sa.por.te)

Substantivo masculino.

1 Documento pessoal e oficial, emitido pela autoridade competente, que permite ao portador sair do país e que lhe serve como identificação no exterior
2 Fig. Pop. Licença franca e ampla dada a alguém para executar alguma coisa: Tem passaporte para fazer e dizer o que quiser.

[Formação: Do francês 'passeport'].

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Como estudar e trabalhar no Canadá dentro da lei.

Conhecido por ser um dos países mais amigáveis com estrangeiros, o Canadá conta a partir desse ano com um atrativo a mais para quem pensa em estudar no Exterior: a possibilidade de trabalhar legalmente durante a graduação ou pós.

» Confira os passos para validar pós-graduação no exterior
» Vale a pena fazer uma pós-graduação a distância?
» Cinqüentões aproveitam vantagens do intercâmbio

"O trabalho não precisa ser vinculado ao curso, como era anteriormente", explica Claudia Farina, diretora da agência SIP (www.siptravel.com.br), que representa escolas em Vancouver e Toronto.

Com as novas regras, o aluno sai do Brasil com o visto de estudante e, já no Canadá, obtém permissão para trabalhar 20 horas por semana. As vagas surgem normalmente na própria universidade, em livrarias, cafés e lojas.

"Depois que o aluno se forma, pode trabalhar em sua área no Canadá por um determinado prazo. O país está apoiando muito estrangeiro que quer ficar, é uma nação hospitaleira", afirma Claudia.

O primeiro passo é procurar uma agência no Brasil que represente universidades no Canadá. De acordo com a SIP, as aulas têm início em setembro e janeiro. Para começar o curso em janeiro, a inscrição deve ser efetuada ainda em agosto. Para inícios em setembro, a inscrição vai de novembro a fevereiro.

Para cursar a graduação no Canadá:
Idade mínima: 18 anos
Inglês avançado
Preço: cerca de CAD$ 12,5 mil (em torno de R$ 20 mil) por ano, fora gastos com moradia, alimentação e passagem aérea
Duração: de 3 a 4 anos


Para a pós-graduação:
Idade mínima: 21 anos
Inglês avançado
Preço: cerca de CAD$ 9,8 mil (em torno de R$ 15 mil) por ano acadêmico. Não inclui gastos com moradia, alimentação e passagem aérea
Duração: cerca de um ano

Redação Terra

Fonte: Terra e http://www.portaleducacao.com.br/educacao/principal/noticia_view.asp?id=24373

Quer saber mais.

http://www.cursosnocanada.com.br/conheca-o-canada.php

Veja agora fotos em slides do Canadá.

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Canadá
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sábado, 23 de agosto de 2008

Dificuldade em aprender?

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Por que Einstein teve dificuldade em aprender?
- Como surge a Superinteligência

Prof. Luiz Machado - 28/02/2008

Artigo da Cidade do Cérebro

Einstein só conseguiu ser alfabetizado depois dos 9 (nove) anos de idade. Ele não conseguia aprender as primeiras letras e a escola desistiu dele, aconselhando a seus pais que perdessem a esperança: ele simplesmente não conseguia aprender! Até no seio da família ele era considerado retardado.

Muito bem, ele não conseguia aprender mas, certamente, não era por falta de inteligência. Que era, então? A resposta é: a maneira de ensinar é que estava errada.

O ensino era e é todo orientado para alunos que têm o hemisfério esquerdo do cérebro predominante. Einstein era tipicamente “de hemisfério direito”. Para essas pessoas, é preciso que não se deixe nenhum elo faltante entre o período da expressão só oral, em que predomina a imaginação, e o período de letramento (alfabetização), em que a pessoa vai aprender um novo código (a língua) em que vai conceber e expressar seus pensamentos.

Cada hemisfério cerebral tem suas funções específicas, funcionando como se tivéssemos duas mentes, embora o cérebro seja uno. A lateralidade cerebral foi comprovada experimentalmente por Roger Sperry, que, por isso, ganhou o Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1981.

Hoje em dia, as escolas mais avançadas no campo da educação procuram que seus alunos desenvolvam ambos hemisférios, o que, quando ocorre, gera o que chamamos de Superinteligência, conforme demonstrei em meu livro com esse mesmo nome.

A Cidade do Cérebro tem treinamentos específicos (subceptivos e cognitivos), dentro do PEDIC (Programa Especial de Desenvolvimento da Inteligência e da Criatividade) para casos de dificuldades de aprendizado, problemas de memória e estimulação das funções cognitivas para aumento da inteligência e da criatividade.

Professor Luiz Machado, Ph.D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia


autor "Prof Luiz Machado, Ph.D." e o endereço do site www.cidadedocerebro.com.br.

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A mente mente!

Veja os slides abaixo e comprove.

brunoromano,
A Mente Mente
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DEPUTADO (de.pu.ta.do). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:
DEPUTADO (de.pu.ta.do)

O deputado Clodovil Hernandes está propondo a redução do número de deputados federais pela metade. "Deputado" vem do latim "deputatu", particípio do verbo "deputare", que significava "imputar a" ou "enviar alguém em missão, na qualidade de representante".O primeiro registro da palavra em português data do século XIV. No sentido jurídico, deputado é "toda pessoa que recebe a incumbência de participar de uma assembléia ou corporação, como representante ou delegado daqueles que o escolheram". É exatamente com esta missão que se elegem representantes para as Assembléias Estaduais e para a Câmara Federal.

>> Definição do dicionário Aulete Digital

DEPUTADO (de.pu.ta.do)

adjetivo.

1. Que recebe delegação de poderes para representar os interesses de outras(s) pessoa(s) em reuniões e decisões oficiais, esp. em assembléia
2. Que é legalmente eleito para a câmara legislativa, para a qual foi conduzido pelo voto do povo
3. Comissionado para tratar de interesses alheios

Substantivo masculino.
4 Aquele que representa os interesses de outrem em reuniões e decisões oficiais
5 Aquele que é eleito para legislar e representar os interesses dos cidadãos
6 Aquele que é comissionado para tratar dos negócios alheios

[Formação: Particípio de deputar.]
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FACILITANDO A APRENDIZAGEM


A Arte e o Cérebro no Processo da Aprendizagem.

Profa. Celeste Carneiro

FACILITANDO A APRENDIZAGEM

Com as recentes pesquisas sobre o funcionamento do cérebro, a Teoria das Inteligências Múltiplas, a avaliação das aptidões cerebrais dominantes, e técnicas que foram criadas para acelerar a aprendizagem, tornou-se muito mais fácil aprender e gravar na memória o que estudamos.
Psicólogos, neurologistas e pesquisadores vêm escrevendo os resultados desses estudos, esclarecendo-nos e deixando-nos entusiasmados com os resultados obtidos por quem utiliza essas técnicas.

O LADO DIREITO DO CÉREBRO

A grande maioria das pessoas foi acostumada a pensar e agir de acordo com o paradigma cartesiano, baseado no raciocínio lógico, linear, seqüencial, deixando de lado suas emoções, a intuição, a criatividade, a capacidade de ousar soluções diferentes.
António Damásio, respeitado e premiado neurologista português, radicado nos Estados Unidos e com muitos trabalhos publicados, em seu recente livro O erro de Descartes, afirma que “o ponto de partida da ciência e da filosofia deve ser anti-cartesiano: "existo (e sinto), logo penso”.

A visão do homem como um todo, é a chave para o desenvolvimento integral do ser.

Mandala - Autora: Iraci Santana.

Utilizando mais o hemisfério esquerdo, considerado racional, deixamos de usufruir dos benefícios contidos no hemisfério direito, como a imaginação criativa, a serenidade, visão global, capacidade de síntese e facilidade de memorizar, dentre outros.

Através de técnicas variadas poderemos estimular o lado direito do cérebro e buscar a integração entre os dois hemisférios, equilibrando o uso de nossas potencialidades.
Uma dessas técnicas consiste em fazer determinados desenhos, de forma não convencional, de modo que o hemisfério esquerdo ache a tarefa enfadonha e desista de exercer o controle total, entregando o cargo ao hemisfério direito, que se delicia com o exercício.

O uso de música apropriada que diminui o ritmo cerebral, também contribui para que haja equilíbrio no uso dos hemisférios cerebrais.
Há pesquisadores que sugerem a música barroca, especialmente o movimento “largo”, que causa as condições propícias para o aprendizado. Ela tem a mesma freqüência que um feto escuta e nos direciona automaticamente ao lado direito do cérebro, fazendo com que as informações sejam gravadas na memória de longo prazo.

Músicas para relaxamento, como as “new age”, surtem os mesmos efeitos.
Nossa mente regula suas atividades através de ondas elétricas que são registradas no cérebro, emitindo minúsculos impulsos eletroquímicos de variadas freqüências, podendo ser registradas pelo eletroencefalograma. Essas ondas cerebrais são conhecidas como:

Beta, emitidas quando estamos com a mente consciente, alerta ou nos sentimos agitados, tensos, com medo, variando a freqüência de 13 a 60 pulsações por segundo na escala Hertz;
Alfa, quando nos encontramos em estado de relaxamento físico e mental, embora conscientes do que ocorre à nossa volta, sendo a freqüência em torno de 7 a 13 pulsações por segundo;
Teta, mais ou menos de 4 a 7 pulsações, é um estado de sonolência com reduzida consciência; e
Delta, quando há inconsciência, sono profundo ou catalepsia, emitindo entre 0,1 e 4 ciclos por segundo.

As duas últimas são consideradas patológicas.
Geralmente costumamos usar o ritmo cerebral beta. Quando diminuímos o ritmo cerebral para alfa, nos colocamos na condição ideal para aprendermos novas informações, guardarmos fatos, dados, elaborarmos trabalhos difíceis, aprendermos idiomas, analisarmos situações complicadas.
A meditação, exercícios de relaxamento, atividades que proporcionem sensação de calma, também proporcionam esse estado alfa.
De acordo com neurocientistas, analisando eletroencefalogramas de pessoas submetidas a testes para pesquisa do efeito da diminuição do ritmo cerebral, o relaxamento atento ou o profundo, produzem aumentos significativos de beta-endorfina, noroepinefrina e dopamina, ligados a sentimentos de clareza mental ampliada e de formação de lembranças, e que esse efeito dura horas e até mesmo dias. É um estado ideal para o pensamento sintético e a criatividade, funções próprias do hemisfério direito.
Como é fácil para este hemisfério criar imagens, visualizar, fazer associações, lidar com desenhos, diagramas e emoções, além do uso do bom humor e do prazer, o aprendizado será melhor absorvido se estes elementos forem acrescentados à forma de se estudar.

USO INTEGRAL DO CÉREBRO

O ideal é que nos utilizemos de todo o potencial do cérebro, riquíssimo, surpreendente!
Quando levamos uma vida inteira exercitando quase que só as funções do hemisfério esquerdo, ou só o lado direito, ocorrem as doenças cerebrais degenerativas, tão temidas, como o mal de Alzheimer, por exemplo.
Necessitamos, portanto, estimular as diversas áreas do nosso cérebro, ajudando os neurônios a fazerem novas conexões, diversificando nossos campos de interesse, procurando nos conhecer melhor para agirmos com maior precisão e acerto.

Howard Gardner, o psicólogo americano criador da Teoria das Inteligências Múltiplas, identificou inicialmente sete tipos de inteligência no ser humano que são estimuladas e expressas de formas diferentes, de acordo com cada pessoa. São elas:

  • verbal/linguística;
  • lógica/matemática;
  • musical; corporal/cinestésica;
  • visual/espacial;
  • interpessoal;
  • intrapessoal.


Atualmente foi acrescentada a inteligência naturalista e a existencial, estando esta última ainda em estudo.
A Teoria das Múltiplas Inteligências deverá ser aplicada não apenas com os diversos indivíduos, para atingir cada pessoa, de acordo com o seu ponto de interesse, mas em nós mesmos, buscando desenvolver cada tipo de inteligência que trazemos em estado latente.

Foi desenvolvido nos Estados Unidos um sistema de avaliação das aptidões cerebrais dominantes, utilizado também por alguns escritores nacionais e que mostra com clareza quais as áreas do cérebro que damos maior preferência e, daí, é feito um perfil psicológico da pessoa, sua maneira de agir na vida, qual o lugar de sua preferência numa sala de aula, como melhor aprende, etc. A esse resultado, temos acrescentado outros elementos, dentro de uma visão holística do ser humano, que tem ajudado bastante as pessoas.

Conhecendo as áreas que são mais estimuladas, passa-se então a praticar uma série de exercícios para ativar as regiões menos utilizadas, de modo que, com o passar do tempo, nossa capacidade de agir como um ser humano integral estará bastante aprimorada.
Seremos lógicos e intuitivos, práticos e sonhadores, racionais e emotivos, seguiremos os padrões vigentes e utilizaremos a nossa criatividade, teremos “os pés no chão e a cabeça nas estrelas”... Seremos, enfim, do céu e da terra, captando todos os ensinamentos com facilidade, independente da faixa etária. Isto nos tornará muito mais capazes e autoconfiantes.

EXPERIÊNCIA COM O HEMISFÉRIO DIREITO

Figura humana de imaginação (acima) e, à direita, de observação.
Autora: Nazareth Bastos, 1993.

Desde 1992, quando iniciamos a coordenar o curso DLADIC – Desenvolvimento do lado direito do cérebro, onde utilizamos o desenho como pretexto para atingir os nossos objetivos, que vimos nos surpreendendo com o manancial riquíssimo que possuímos, armazenado em nosso cérebro, aguardando as condições propícias para se manifestar.
Nesse período, passaram pelo curso mais de trezentas pessoas. Cada uma com um interesse diferente, com uma motivação própria.
Quase todas, nos primeiros contatos, afirmavam ser incapazes de fazer qualquer tipo de desenho, de criar alguma coisa, de prestar atenção ou se concentrar em algo.
No decorrer do processo de desbloqueamento, essas pessoas iam ficando surpresas com os resultados visíveis nos seus trabalhos artísticos e com a descoberta de uma nova forma de ver o mundo e de ver-se a si mesmas.
Um dos primeiros exercícios é o de atenção, concentração, meditação. Utilizando uma folha de papel tamanho ofício, sem tirar o lápis do papel, o aluno vai traçando linhas retas horizontais e verticais que se cruzam, formando uma composição. Após preencher a folha de acordo com o seu gosto, pode consertar as linhas que ficaram mais tortas e, em seguida, contorná-las com hidrocor preto e pintar as formas que as linhas fizeram de modo que desligue temporariamente o hemisfério esquerdo a fim de dar vazão ao hemisfério direito, enquanto ouve-se música relaxante ou subliminar, em profundo silêncio, meditando sobre as seguintes questões:

  • O que senti com a limitação de não poder tirar o lápis do papel, de só poder fazer linhas retas horizontais e verticais?
  • Como reajo quando sou limitado nos meus gestos, quando tenho de seguir orientações vindas de fora de mim mesmo?
  • Como convivo com isso no meu dia-a-dia?
  • O que senti quando fui liberado para consertar o que errei?
  • O que o erro representa para mim?
  • Como convivo com as coisas simples?
  • Em que o desenho se parece comigo, com a minha forma de ser?
  • Na minha vida tem muitos labirintos? Tem muitos espaços inacessíveis? É uma vida clara, alegre, aberta para acolher o outro?
  • Como lido com a minha vida?
  • Tenho facilidade para me deixar conduzir pelo fluxo da vida, não apressando o rio?


São questionamentos que a pessoa vai fazendo e respondendo a si mesma, sem externar para os outros, se assim o quiser. Inclusive os próprios desenhos, que são utilizados como pretextos para ter acesso ao lado direito do cérebro, não precisam ser mostrados a ninguém. É um momento íntimo, pessoal, onde nos damos o direito de ser o que somos, com erros e acertos, sem censuras nem justificativas, arriscando a exploração de um campo novo e cheio de surpresas. É um caminho para o autodescobrimento.

Nesse exercício vemos alunos realizando trabalhos quase perfeitos num prazo de uma aula, e passando duas a três aulas para corrigir o que foi feito! Outros, se negam a consertar, dizendo: “minha vida é assim mesmo, cheia de traços tortuosos, não quero corrigi-los.” Alguns mostram-se confusos com a simplicidade da proposta, tão acostumados estão com a complexidade dos desafios que enfrentam diariamente. E refazem o exercício várias vezes, até conseguirem atender a contento a orientação dada...
Estando pronto o trabalho, a alegria é estampada no rosto diante da composição inesperada. Às vezes colocam no quadro, emoldurando-a, sentindo-se artistas.

Dessa composição, estimulamos a criatividade sugerindo a infinidade de novos trabalhos que poderão surgir a partir de pequenos detalhes ampliados e explorados com os mais diversos materiais e para as mais variadas finalidades: mural, divisória, painel, quadros a óleo, colagens, objetos tridimensionais, etc. No exercício para desenvolver o poder mental, vemos aqueles que estão acostumados à meditação, à busca do crescimento espiritual, se entregarem à tarefa com determinação, conseguindo colocar no papel o que visualizou e dando um colorido forte, rico em contrastes, prosseguindo em casa com as variações desse mesmo trabalho. Já os que não se preocupam muito com estas questões sentem mais dificuldade e precisam de um maior assessoramento.

Trabalhando com a criatividade, aproveitamos o desenho de observação para uma nova composição, onde o objeto do desenho é dissolvido, passando a ser parte do processo criativo, misturando-se com o todo. Tiramos parte desse trabalho, ou detalhes para novas criações, como se fosse uma cornucópia de onde saem sempre novas idéias.
Com esse exercício chamamos a atenção para o trabalho em equipe. A importância de cada componente para que o grupo ou a empresa sobressaia. Quando destacamos alguém da equipe, por mais insignificante que seja, poderemos estimulá-lo e ver surgir um rico potencial de grande utilidade e beleza. Quando valorizamos um pequeno grupo da equipe, o rendimento também pode ser bem melhor. Também ressaltamos a importância de respeitar os limites, os espaços.

Num estágio mais adiantado trabalhamos com o desbloqueio dos vícios de observação e a flexibilidade mental.
Nas tarefas recebidas, o aluno vai esquecer o nome dado às coisas e procurar ver o real, sem simbolismo algum, exatamente o que está à sua frente. Por vivermos distanciados do real, do verdadeiro, sofremos tanto! Imaginamos tantas coisas diante de um fato, de um gesto, de um acontecimento, quando o significado real era outro, completamente diferente do imaginado!

Neste trabalho, é solicitado a ver as situações por diversos ângulos: por dentro, por fora, comparando tamanhos, aberturas, distâncias... Saindo da parte para o todo e vice-versa, de forma constante, num estado de relaxamento atento, esquecido do tempo e das preocupações que tinha nos momentos que antecederam a aula. É sugerido que leve a experiência para o dia-a-dia, procurando descobrir sempre novas soluções para os problemas e desafios da vida, evitando não cristalizar idéias e pontos de vista.

Estimulamos a observação atenta do companheiro que trilha conosco o mesmo caminho na vida, flexibilizando a mente para olhá-lo sem os conceitos e preconceitos que enraizamos em nós mesmos ao longo da convivência. Por mais tempo que tenhamos de convivência, não conhecemos ninguém o suficiente, pois todos nós estamos em processo contínuo de mudança. E cada pessoa é sempre uma incógnita que nos surpreende.
Utilizamos nesse exercício a figura humana em desenhos realizados com traços, a lápis ou bico de pena.
No decorrer do curso algumas pessoas saem e dão um tempo. Depois voltam e me dizem que determinado trabalho mexeu tanto com elas que resolveram fazer terapia ou se trabalharem melhor em determinado aspecto que não tinham dado a devida importância antes.
Outras, com um pequeno estímulo, descobrem o potencial artístico que têm e se lançam no mundo das artes, criando e pintando quadros que são levados à exposição até em outro estado do Brasil. Uma dessas alunas, fez apenas um mês de aula e passou a pintar quadros, viajando em seguida por vários países, descobrindo coisas novas, deixando dois painéis seus num restaurante da Nova Zelândia.

Vemos crianças conseguindo concentrar-se em casa para fazer os seus deveres estudantis, adolescentes encontrando mais facilidade na aprendizagem das matérias escolares, adultos escrevendo melhor, compreendendo a comunicação não-verbal, lendo mais e conseguindo um maior relaxamento diante das tensões diárias. Idosos empregando o seu tempo na aquisição de maiores conhecimentos, na realização de antigos sonhos, na descoberta de suas potencialidades.

A música, o silêncio interior e exterior, os exercícios de desenho, de criatividade, as mandalas e, em algumas ocasiões, a videoterapia, têm sido fortes aliados na conquista dessa riqueza íntima que possuímos e não sabíamos ser possuidores.
Com os avanços das pesquisas sobre o cérebro, acrescentamos novas abordagens a este curso, visando o uso de todo o potencial do cérebro, procurando equilibrar o hemisfério esquerdo com o hemisfério direito. Passou então a ser chamado Criatividade e Cérebro, para aulas em grupo e Em busca da harmonia, para ser mais feliz, para o atendimento individual.
Atualmente, encontram-se à disposição de quantos queiram estar preparados para o novo milênio, os mais diferentes recursos de crescimento interior, divulgados pelos mais diversos meios, através de profissionais interessados na formação de uma nova sociedade. É só buscar...

Os desenhos enviados são de pessoas sem nenhuma experiência nessa área, que tinham dificuldade de concentração, memorização e criatividade

Bibliografia:

Desenhando com o lado direito do cérebro – Betty Edwards - Ediouro
Aprendizagem e criatividade emocional – Elson A. Teixeira – Makron Books
Cérebro esquerdo, cérebro direito - Springer e Deutsch – Summus Editorial
Alquimia da Mente – Hermínio C. Miranda – Publicações Lachâtre
Viver Holístico – Patrick Pietroni – Summus Editorial
Revista Planeta, nº 201 – junho 1989
Revista Globo Ciência, ano 4, nº 39
Revista Nova Escola – Setembro 1997

Autora: Celeste Carneiro é orientadora do curso Criatividade e Cérebro, Facilitando a Aprendizagem, Mandalas Terapêuticas, e outros que visam estimular os hemisférios cerebrais.
É artista plástica, educadora e terapeuta. E-mail: cel5@terra.com.br


Fontes: Copyright 2000 Universidade Estadual de Campinas

http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/criatividade2.html

Como utilizar melhor o cérebro

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:
NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a)

Após cerca de 15 anos de pesquisa, o Brasil já consegue obter seus primeiros medicamentos desenvolvidos com nanotecnologia. Essas drogas são menos tóxicas e mais eficazes nos tratamentos.

A palavra “nanotecnologia” deriva da junção das palavras “nano”, prefixo derivado do grego ‘nannos’, que indica algo extremamente minúsculo, e a palavra “tecnologia”, oriunda do termo grego ‘technologia’, que designa o conjunto das técnicas, processos e métodos específicos de uma ciência, ofício, indústria etc.

Entende-se então a nanotecnologia como toda aplicação que lide com minúsculas partículas o desenvolvimento tecnológico. Nos dias de hoje já é possível encontrar produtos que utilizam a nanotecnologia, como alguns tecidos, vidros, filtros solares etc..

>> Definição do dicionário Aulete Digital

NANOTECNOLOGIA (na.no.tec.no.lo.gi.a)

Substantivo feminino.

1 Técnica que permite a divisão ou a criação de corpos em minúsculas partículas

[Formação: nan(o)- + tecnologia.]
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Nanociencia y Nanotecnologia en la UNAM(español).


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FINAL (fi.nal). Palavra do Dia.


Palavra do Dia:

FINAL (fi.nal)

Após derrotarem os compatriotas Ricardo e Emanuel, os brasileiros Márcio e Fábio Luiz se classificaram para a final do vôlei de praia masculino nos Jogos Olímpicos, contra a dupla norte-americana Rogers e Dalhausser na noite da próxima sexta-feira, 22 de agosto.

A palavra “Final” vem do latim tardio ‘finatis, e’ e, além de designar a última prova ou jogo de determinada competição, também se refere a tudo que é ou que pode ser tido como “último, derradeiro”.

A conclusão de um conto ou narrativa, por exemplo, assim como o último capítulo de uma telenovela ou os derradeiros minutos de um filme etc. podem ser entendidos como um “final”.

>> Definição do dicionário Aulete Digital

FINAL (fi.nal)

Adjetivo de dois gêneros.

1 Que está na última parte, no fim [ Antôn.: inicial.]

2 Que é o último, o derradeiro

3 Gram. Diz-se de conjunção subordinativa que expressa intenção ou finalidade (p.ex.: que, para que).

Substantivo masculino .

4 Fim, termo [ Antôn.: começo, início.]

5 Maneira pela qual se chega ao fim de um negócio, narrativa etc.

Substantivo feminino.

6 Esp. Última prova ou jogo (de torneio, competição, campeonato etc.) que indica um vencedor; FINALÍSSIMA: A final será no Maracanã..

[Plural: finais.]

[Formação: Do latim tardio. ‘finatis,e’.]

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Licenciatura em Matemática - Psicologia da Educação .



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Como tirar parafuso quebrado - Dica Jogo Rápido

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