sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Prêmio Dardos.



Recebi de minh amiga virtual, Verônica do Idéias em Blogs. O prémio Dardos. Ai vai minha lista.
As regras para recepção do prêmio implicam em: Exibir a imagem do prêmio, como acima.
Criar um link para o blog que ofereceu o prêmio. Entregar o prêmio para outros quinze blogs.
Os meus agraciados com o Prêmio Dardos são em oder aleatória.

Maryana's Blog , da professora Mariana.

Linda Menina, da professora Juliana.

Recanto das Palavras, do escritor mestre Jorge Alberto.

Me Acharam, da professora Márcia Ribeiro.

Alfabetização Minha Paixão, da pedagoga/educadora professora Galuce.

QuimiLoucos, da professora de Química Thaiza.

Arte Pedagógica, da professora Silvia.


Bolg do Luis Dhein, do professor Luís.

Carbono 14: Entrou aqui, virou História, do professor de História Daniel Marques.

Um Toque de Qualidade, da professora doutora Eliana.

Ciber História, do professor de história Licínio Filho.

Novo Tele-curso, equipe tele-curso.

Ciências & Histórias, do Fabiano.

Educação e Diversidade, do Professor Uiversitário João Cabral de Portugal.

SABER & EDUCAR, da pedagoga/professora Sunshine.

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

SALA DE AULA | Ciências. É tudo na prática.


edição 215 - set/2008

Para valorizar a atitude investigativa e o conhecimento prévio da turma, o ideal é realizar experiências científicas com jovens do 5º ao 9º ano

Anderson Moco, colaboraram Beatriz Vichessi, de Curitiba, PR; Rodrigo Ratier, de Monte Negro, RO; e Thiago Moura, de Palmeira dos Índios, AL

Apenas 15% dos alunos brasileiros da rede pública de Ensino Fundamental estudam em escolas com laboratório de Ciências. Nas particulares, a taxa não passa dos 60%. Números bem abaixo dos Estados Unidos, onde esse índice é de quase 90%. O que não significa que não se possa oferecer um ensino de qualidade em Ciências. É claro que a infra-estrutura ajuda, além de garantir segurança em procedimentos específicos. Mas o que realmente importa é a intenção do professor. "Muitas instituições com bons equipamentos não sabem usá-los, transformando o laboratório num local de confirmação dos conteúdos trabalhados em sala de aula", afirma Luciana Hubner, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "É como se fosse preciso provar que era verdade o que foi dito em classe, o que torna a atividade chata."

Foto: Marcelo Almeida

ciencias

MÃO NA MASSA Estudantes de Curitiba conhecem bem a vidraria e sabem como usar os recursos do laboratório

Realizar experiências por si só não melhora o aprendizado. Afinal, não é o fazer que faz a diferença, mas a reflexão sobre os processos para entender a lógica dos conteúdos abordados. "O ensino de Ciências deve ser uma maneira de pensar o mundo e a relação que estabelecemos com ele para permitir que os estudantes saibam usar o conhecimento", completa Luciana. É por isso que escolas sem laboratório conseguem fazer suas turmas avançarem - com atividades práticas e simples. Basta propor experiências que estimulem a observação, a experimentação e a pesquisa, não com uma visão cientificista, mas com a intenção de dar os meios para que todos relacionem o conteúdo ao cotidiano (leia mais no quadro abaixo). Em outras palavras, é preciso levar a garotada a se perguntar por que e como as coisas acontecem. "E, para tanto, não é preciso ter microscópios, vidraria completa, bancadas e pias. Basta ensinar com determinação e oferecer tarefas focadas na aprendizagem", ressalta Antonio Carlos Pavão, diretor do Espaço Ciência, ligado ao governo de Pernambuco.

Em linhas gerais, as fases podem ser: definição do tema principal, estabelecimento do conjunto de conteúdos necessários para que o aluno trabalhe o problema a ser investigado, alinhamento de objetivos a alcançar, seleção de atividades e clareza nos critérios de avaliação. Nunca é demais lembrar que, para estimular a autonomia, é aconselhável que os alunos participem da elaboração do protocolo, utilizem todos os materiais, organizem as anotações e discutam os resultados. Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais, os três principais blocos de conteúdos no ensino de Ciências devem ser os conceitos, os procedimentos e as atitudes. Infelizmente, muitos colégios trabalham cada um separadamente - mas os especialistas garantem que as experiências práticas são um dos melhores meios de integrar e explorá-los de forma articulada.

Conceitos sem decoreba
Os conceitos são aquilo que a turma precisa saber: a base teórica, os dados, os fatos, as classificações e os princípios (um jeito antigo de pensar a prática de sala de aula é fazer a garotada só decorar informações, o que não leva a uma aprendizagem consistente). "As teorias científicas são complexas, geralmente distantes do senso comum, pois precisam de um alto grau de abstração. Daí a importância da experimentação para a compreensão desses conceitos", ressalta Ildeu de Castro, do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Foto: Marcelo Almeida

ciencias

COMO FUNCIONA Autonomia no preparo e na realização dos experimentos ajuda a dominar procedimentos

Criar condições para que os alunos observem o conceito na prática é o que faz Daniel Inácio de Lima, do Colégio Estadual Humberto Mendes, em Palmeira dos Índios, a 136 quilômetros de Maceió. A escola possui um amplo e bem equipado laboratório, mas a experiência proposta para a classe de 7ª série é simples: construir um suporte para uma lâmpada, ligálo a uma bateria e deixar duas extremidades do fio soltas. Na bancada, três potes: um com água, outro com água e sal e o terceiro com água e sabão. Mergulhando as extremidades do fio nesses líquidos, em qual deles a lâmpada vai acender?

No primeiro momento, a maioria costuma apostar que isso ocorre nos três - o que valoriza ainda mais a experiência. No copo com água, a lâmpada fica apagada e o professor pergunta por quê. A água não conduz energia? Nos outros dois potes, a luz se acende. Novas questões são lançadas. Como o sal facilita a passagem da corrente? E o sabão? Daniel já havia ensinado em classe o papel dos íons na condução de eletricidade. "Num primeiro momento, alguns não conseguem relacionar o conteúdo da aula à observação e é preciso intervir", conta. Será que as outras substâncias mudam a estrutura química da água? Todos concordam e passam a pensar no produto final dessa mudança. Depois de muita discussão, vem a conclusão: a mistura faz com que parte das moléculas se separe e forme íons, que permitem a passagem da eletricidade - e o conceito de condutividade fica na cabeça, pois foi construído cientificamente em vez de ser apresentado apenas como um conceito a decorar.

Assim a turma aprende mais

Confira a seguir quatro dúvidas comuns sobre como melhorar o ensino de Ciências na escola.

- É imprescindível organizar uma feira de Ciências?
De maneira nenhuma. Muitas escolas com bons programas de ensino da disciplina não fazem feiras anuais. A idéia desse tipo de evento é apresentar para estudantes, professores e familiares um pouco do trabalho de investigação feito pelos alunos. Mas a feira não serve para nada quando só reproduz ano a ano experiências já conhecidas. Ela só faz sentido quando as turmas mostram como desenvolvem suas investigações e os caminhos percorridos, como num congresso de verdade.

- Como repor os materiais usados nas experiências?
Muitas instituições públicas com laboratório de Ciências contam com a ajuda das Associações de Pais e Mestres para ajudar a manter a estrutura funcionando. Reagentes, vidraria e os itens específicos para cada experimento são comprados pela APM e doados para a escola (já que requisitar o material para a Secretaria de Educação pode levar meses). Em outros casos, a direção se encarrega de adquirir o equipamento necessário. E também é possível pedir que os alunos levem de casa o necessário.

- É possível buscar apoio externo para aperfeiçoar o ensino?
Sem dúvida. Universidades e centros de pesquisa podem oferecer uma valiosa contribuição. A estrutura física e o conhecimento de seus professores estimulam ainda mais a turma. E faculdades públicas oferecem cursos de formação continuada para professores.

- Trabalhar com projetos é o melhor jeito?
Eles são bastante úteis porque favorecem o trabalho em equipe e a articulação entre os diversos conteúdos. Além disso, permitem chamar pessoas de fora da escola, o que pode ser muito interessante. Cabe a você planejar a seqüência de etapas, tendo em mente um claro objetivo final. E não se esqueça de documentar todas as etapas. No fim, a garotada pode produzir folhetos, jornais, cartazes, maquetes, dramatizações etc.

Procedimentos eficientes
Quando se fala em conteúdos procedimentais, é preciso responder às seguintes perguntas: como fazer uma boa investigação científica? Que passos garantem o sucesso de um trabalho desse tipo? Qual a forma correta de usar os instrumentos no laboratório? E a importância da pesquisa de campo? Vale destacar que a aprendizagem de procedimentos é inerente à aprendizagem de conceitos. O importante é que ela implica aprender a fazer. Para saber argumentar, é preciso dar espaço para os alunos desenvolverem e sustentarem idéias, confrontando-as com outras. "Os procedimentos devem aproximar a turma das formas de trabalhar mais rigorosas, criativas e coerentes com o modo de produção do conhecimento científico", ressalta Marcos Engelstein, formador de professores.

Foto: Ademilde Correia

ciencias

MÉTODO CIENTÍFICO Turma de Monte Negro é persistente na busca e na compreensão das informações estudadas

No Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto, em Curitiba, Sherley Tamazini dá ênfase à aprendizagem desse bloco de conteúdos na 8ª série. Depois que a experiência do dia é explicada, ela convida um integrante de cada grupo a ir até a bancada e separar os ingredientes e materiais necessários. "Poderia deixar tudo pronto, mas acho importante que eles manuseiem os reagentes e a vidraria. Alguns têm medo de quebrar algo, mas é preciso torná-los confiantes." No fim de cada atividade, um relatório simples garante que todos cheguem a conclusões, sempre com a ajuda da professora, num caminho bem parecido com o seguido por cientistas de verdade.

Atitude de cientista
Já a categoria de conteúdos atitudinais abrange as normas e os valores que têm por objetivo criar um vínculo com o saber e sua produção, a chamada atitude científica. Aqui têm espaço a curiosidade, a busca constante, o desejo de conhecer pelo prazer de conhecer, a crítica e o questionamento, em oposição ao critério de verdade única. O mesmo vale para a valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à saúde e ao ambiente, a consideração de variáveis que envolvem um fato, o respeito às provas obtidas por investigação e a interação nos grupos de trabalho.

Foto: Foto: Gianpiero Gadoltti

ciencias

TESTAR HIPÓTESES Em Palmeira dos Índios, a garotada é estimulada a explorar as próprias suposições sobre o tema

Na EEEMF Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em Monte Negro, a 250 quilômetros de Porto Velho, os estudantes aprendem que persistir é fundamental e que um primeiro resultado não satisfatório serve de incentivo e base para novas investigações. Na escola, qualquer lugar com pia é candidato a sediar experimentos, muitos deles já premiados em feiras Brasil afora: melhor projeto de Ciências da Região Norte em 2007 concebido pela Fundação Oswaldo Cruz, destaque na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia em 2007 e 2006, e convite para expor na SBPC Jovem, evento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

"Nossa idéia de trabalho é propor problemas para os alunos resolverem. Isso desperta o gosto pelas aulas", diz a professora Filomena Minetto Brondani. A palavra de ordem, diz ela, é evitar a reprodução de experiências conhecidas ou previamente ensinadas em sala. "Quando um experimento não dá certo, explico que isso também ocorre com os cientistas, o que nos leva a descobrir o que causou o problema." O projeto Sabão Antiinflamatório com Óleo de Copaíba teve início em 2006 com a missão de investigar se era possível acrescentar à fórmula do sabão comum o óleo de copaíba, uma árvore comum na região que índios e seringueiros usam com essa função. Orientados por Filomena desde a coleta do óleo, os jovens fabricaram várias amostras. Nas primeiras, o sabão ficou com uma aparência grosseira e o óleo não se dissolveu por completo. Depois de vários testes, muitos erros, anotações sobre cada passo e cada resultado, apareceu a fórmula ideal. "O valor de continuar pesquisando e testando é obter um resultado satisfatório", afirma a professora.

Foto: Gianpiero Gadoltti

ciencias

ACENDE OU NÃO? Testes ajudam a dominar a linguagem da Ciência e a entender como ela faz parte de nosso dia-a-dia

No Ensino Fundamental, o ensino de Ciências não visa formar biólogos, físicos e químicos, mas aproximar os alunos do saber científico e fazê-los pensar sobre os fenômenos naturais e o uso da tecnologia. Por isso, ele tem como referência o conhecimento produzido pela comunidade científica, mas precisa ser adequado à escola (confira uma sugestão de atividade no quadro ao lado). Os especialistas são unânimes em afirmar que essa é a única maneira de melhorar a qualidade das aulas no país. A julgar pelos testes nacionais e internacionais de avaliação, ainda temos um longo caminho a seguir. Um caminho que as escolas citadas nesta reportagem já estão trilhando.

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA
A Didática das Ciências
, Jean Pierre Astolfi e Michel Develay, 132 págs., Ed. Papirus, tel. (19) 3272-4500, 27 reais
Didática das Ciências Naturais: Contribuições e Reflexões, Hilda Weissmann, 248 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444 (edição esgotada)

CONTATOS
Colégio Estadual Humberto Mendes
, Av. Muniz Falcão, 701, 57602-490, Palmeira dos Índios, AL, tel. (82) 3420-1224
EEEFM Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, R. Justino Luiz Ronconi, 2122, 67880-000, Monte Negro, RO, tel. (69) 3530-2943
Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto, R. Emiliano Perneta, 92, 80010-050, Curitiba, PR, tel. (41) 3323-2511

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Faça você mesmo. Trepa-trepa de PVC.

From: revistanovaescola


Como construir um trepa-trepa com tubos de PVC, para incrementar a área de brincadeiras da creche. A professora Angela Maria Pamplona, professora da rede municipal de Itajaí, a 100 quilômetros de Florianópolis, criou um recurso para auxiliar os pequenos de 1 e 2 anos, que estavam em diferentes fases de crescimento. Ela criou um brinquedo diferente: um trepa-trepa, construído com canos de PVC de 40 polegadas que mede apenas 1,20 metro de altura. Os dos parques são feitos de ferro e têm dois metros em média. O exemplar reduzido tem uma explicação. "Para brincar e se divertir fazendo as primeiras acrobacias, é necessário que todos alcancem as barras", ela lembra. Pensando na segurança, ela colocou areia dentro dos tubos para que estes ficassem firmes e não quebrassem quando alguém se pendurasse neles. É possível preparar boas atividades para os pequenos sem depender de instalações e materiais especiais. Muitas brincadeiras tradicionais, como a amarelinha, são repletas de desafios corporais. "Crianças de até 3 anos gostam de situações que tenham um enredo, por causa do aspecto simbólico que apresentam", lembra Paula Zurawski, formadora do Instituto Avisa Lá e do Instituto Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo, que sugere o plano de trabalho do quadro acima.

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Faça você mesmo - Gavetinhas da memória.

From: revistanovaescola


Conheça o trabalho da professora Nylse Cunha e da Brinquedoteca Indianópolis, em São Paulo. Neste vídeo, aprenda a fazer um brinquedo que ajuda a desenvolver a memória da garotada, feito com caixas de fósforo. No dia 21, aprenda a fazer o forma palavras.

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Sugestão de atividade. Gêneros masculinos e femininos . (anos inicciais).

Fonte: http://www.4shared.com/

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

DOPING (inglês/ dópin). Palavra do dia.


Palavra do dia:

DOPING (inglês/ dópin)

O jogador de futebol Dodô, que defendeu este ano a equipe do Fluminense, do Rio de Janeiro, foi suspenso por 2 anos pelo Comitê Arbitral do Esporte. A punição se refere ao suposto envolvimento do atleta com doping no ano de 2007, quando ele atuava pelo Botafogo.

Com origem na língua inglesa, a palavra "doping" foi incorporada ao nosso idioma. Ela designa o uso irregular de substância estimulante para melhora de rendimento de uma pessoa em determinada atividade ou competição esportiva.

>> Definição do dicionário Aulete Digital:

DOPING ( (Ing. /dópin/))

Substantivo masculino.
1 Aplicação ilegal de substância estimulante para aumentar o rendimento de pessoa ou animal, ger. em competições esportivas.

[Formação: Do inglês 'doping'.]

_____

Aulete Digital: O primeiro dicionário livre, gratuito e interativo do Brasil. A palavra é sua!

www.auletedigital.com.br

Gostaria de sugerir uma palavra? Envie um e-mail para palavradodia@auletedigital.com.br com a palavra "Sugestão" no campo "Assunto".
_____

A Palavra do Dia é um serviço oferecido gratuitamente aos usuários cadastrados do Aulete Digital.

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO . Resumo Ironias da Educação - mudança e contos sobre mudança.


Mudanças:
Didática e Avaliação


Cintia Barreto


Rio de Janeiro, 2001.

INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo refletir sobre a postura do professor brasileiro diante da crítica e da autocrítica nos processos de avaliação e ensino-aprendizagem, bem como sobre a resistência à mudança pedagógica, tendo como base o livro Ironias da Educação - mudança e contos sobre mudança de Pedro Demo (2000).
Para isso, foi dividido em dois capítulos; o primeiro, Ironias da Educação, tem como base os Contos-do-vigário, contos relatados no primeiro capítulo do livro onde o autor narra sua experiência em cursos para professores ministrados por ele; o segundo, A Avaliação, tem em vista um diálogo entre Demo e Romão sobre o processo avaliativo em sala-de-aula.
Dessa forma, o seguinte trabalho pretende, de forma concisa, e tendo como alicerce o sociólogo Pedro Demo, discutir as ironias que ocorrem na nossa educação.

AS IRONIAS DA EDUCAÇÃO
No mundo pós-moderno, o neoliberalismo gerou a globalização da tecnologia e da educação. Assim, tudo deve ser padronizado, globalizado. Por que não globalizarmos a conduta dos professores diante a avaliação, por exemplo? Por que se fala tanto em mudança, transformação pedagógica, quando o que se vê é a repetição de antigos modelos de aula e avaliação?
É simples, nossos professores temem a mudança, pois temem não estar preparados para tal. Os mestres acostumaram-se a repetir os manuais aprendidos por eles, que os repassa sem o menor pudor a seus alunos. Por outro lado, não estarão, dessa forma, formando sujeitos pensantes, autônomos como prioriza a nova pedagogia.
Na primeira parte de seu livro, Demo narra cinco contos sobre sua experiência com professores e revela-nos muito sobre a postura do professor, quando este fica na posição de aluno. No Conto 1, Demo trabalhou com professores da Escola Normal que não estavam acostumados a pesquisar, a aprender e, muito menos, a serem avaliados como podemos perceber nesta inferência feita pelo autor:


Desconhecem o que é aprender - é estranho que, em contexto de Escola Normal, ocorra este tipo de problema; como diz o provérbio: "em casa de ferreiro, espeto de pau"; reside aí, talvez, a contradição mais comprometedora, porque se trata de consumado conto-do-vigário: os professores são o que os alunos jamais deveriam ser; desconhecem o esforço reconstrutivo que a aprendizagem supõe, com base em pesquisa e elaboração própria, individual e/ou coletiva, prendendo-se em amenidades e futilidades, que já fazem parte do folclore pedagógico. (p. 16)

No Conto 2, continua o autor a perceber o paradoxo vivido pelo sistema educacional, uma vez que os professores não estão acostumados a receber críticas e sim a fazê-las, como podemos conferir em:

Pouco vale criticar sem propor; quando se exige proposta e percebe-se que não se tem, experimenta-se o desespero de quem se sente nu. A pedagogia se habituou a falar alto, sobretudo a prometer a transformação histórica, mas, quando colocada contra a parede, tudo que sai é crítica desconexa, exacerbação mental, gritaria desorganizada; todos defendem o projeto pedagógico, mas poucos - quase ninguém - o tem elaborado, resultando sempre em discussões alongadas e inúteis, tendo como passo final e certeiro jamais chegar a beneficiar o aluno, até porque não se chega a lugar nenhum.. (p. 26)

É importante esclarecer que esses contos servem de espelho do sistema educacional vigente em muitas partes do país, pois poucos são os que ousam mudar, ousam transformar o que se tem em algo melhor, algo que beneficie o aluno e não ao próprio sistema. Poucos são os professores que vivenciam o que falam, que transformam teoria em prática e, depois, sua prática em teoria. No Conto 3, Demo demonstra nesta passagem o desfecho desta experiência:

Mais que tudo, ficou claro que a preocupação central de nossas escolas e faculdades é o mero ensino ministrado por professor que só sabe ensinar. Não por sua culpa, porque culpa não é critério explicativo, mas por deficiência de formação, ao lado do desprestígio do profissional flagrante. Como sempre, os professores tentaram lançar a "culpa" sobre os alunos, que não teriam qualquer condição de pesquisar - não iam além da cópia. Estavam apenas "tapando o sol com a peneira". A questão era que eles mesmos não sabiam pesquisar, nunca tinham pesquisado, não possuíam elaboração própria, só davam aulas reprodutivas, e assim por diante. (p. 32)

Assim, o professor não pode fazer o aluno aprender se ele não sabe aprender. Outros questionamentos foram levantados neste conto como a incapacidade de autocrítica e de inovação dos professores.
No Conto 4, ocorrido em uma instituição confessional dotada de educação básica e três cursos superiores, com grande tradição na cidade surgiu um grupo interdisciplinar, produtivo, mas que levou um susto, quando descobriu que teria que pesquisar, elaborar e ser avaliado todos os dias. Logo surgiu o medo de mudar. Todo o entusiasmo do início "caiu por terra", já que se havia cogitado a hipótese de uma nova pedagogia, acrescentando nova área em nível superior à instituição e atendendo tanto à educação básica, quanto à superior. O medo de mudanças foi o tema central deste conto:

Em meio a tamanhos conflitos, o recuo foi crescendo, até que, em certo momento, "sobrei". Fomos do céu ao inferno, no prazo de um ano. A convicção de que é preciso mudar foi menos forte do que o medo de mudar. Os professores, por sua vez, foram mostrando as resistências clássicas. (p. 44)

É certo que a Pedagogia transformadora incomoda aqueles que estão na estabilidade medíocre de um sistema educativo defasado, mas eficaz. Em contrapartida, interessa ao neoliberalismo que os cidadãos continuem sem formação adequada, sem questionamentos. Interessa, sim, ao neoliberalismo que as pessoas tenham poder de consumo de tecnologia, não de conhecimento, não de autonomia.
Não podemos esquecer do Conto 5, que mostra o medo do êxito:

Trata-se de notável experiência em escola básica confessional, onde encontrei algumas condições muito favoráveis à mudança: direção com coragem, responsável pedagógica muito esclarecida, e "dupla dinâmica" que conduzia as séries iniciais do ensino fundamental. Somadas estas energias, surgiu uma experiência deslumbrante, ao lado - como sempre - das resistências, que acabaram por se impor. Foi organizado um grupo-base, com quem trabalhei meses, para montar a idéia da aprendizagem reconstrutiva e desenhar o primeiro curso, dentro da expectativa de se disponibilizar para os professores, todo semestre, este tipo de oferta. O grupo era muito interessante. (p. 46-47)

Para este projeto, foram feitas algumas transformações para garantir seu objetivo. A metodologia da aprendizagem reconstrutiva foi aplicada, mudando as carteiras para mesinhas redondas; os professores foram devidamente preparados, pois precisavam estar aptos para as inovações; o professor tornou-se o facilitador, acompanhando de perto o andamento de cada um; a preocupação que os alunos avancem no currículo previsto foi latente, mas sem afobação ou rigidez e os livros didáticos tornaram-se, apenas material de pesquisa, não mais como elemento central da aula, como deve ser. Assim, a experiência começou a ser vista com êxito e, é claro, começou a ser questionada entre os colegas. Resolveu-se então fazer uma avaliação, a fim de testar as deficiências do projeto, entretanto, para o espanto de todos, o aproveitamento dos alunos foi muito acima do esperado. Pareceu claro: sem aula aprende-se melhor, desde que exista professor que saiba aprender e fazer o aluno aprender.
É importante ressaltar que o medo da mudança, superado, dá lugar ao medo do êxito, do sucesso e, consequentemente, ao medo de romper de vez com a pedagogia tradicional. É o que podemos observar a seguir:
...uma experiência exitosa nas primeiras séries não garante o mesmo sucesso em outros níveis. Afinal, nas primeiras séries, existe um professor para cada turma, enquanto mais para frente, há um professor para cada disciplina, tornando as coisas bem mais complicadas. Esta experiência estava ainda por se fazer. Não sei se teve continuidade, porque, como sempre acontece, sobrevieram abalos, no fundo tolos, mas que tornaram as condições bastante adversas.

Dado o exposto, percebemos que desde o medo de ser avaliado dia-a-dia, de pesquisar e elaborar projetos, até o medo do êxito, o que falta é trabalhar esses medos que a educação insiste em manter, para que tenhamos profissionais capazes de aprender e ensinar os alunos a aprender a ter autonomia, a ser dono do seu ato político, de se engajar numa sociedade neoliberal, sabendo questionar determinadas atitudes, e não apenas aceitá-las passivamente, por não ter o que argumentar.

A AVALIAÇÃO
Não muito distante de todos esses questionamentos, trazidos à luz por Demo (2000), da Pedagogia transformadora, estão os questionamentos feitos por Romão (1998).
Romão revela-nos os mitos da educação como: (a) Escola boa é aquela que exige muito e que "puxa" pela disciplina; (b) o bom professor é aquele que reprova muito; (c) a maior parte das deficiências dos alunos é decorrente das carências que eles trazem de casa; (d) a democracia exige respeito aos códigos socioculturais e às diferenças individuais; (e) avaliar é muito fácil e qualquer um pode fazê-lo; (f) por outro lado, avaliar é tão complicado que se torna, praticamente impossível fazê-lo de forma correta; (g) é preciso eliminar os aspectos quantitativos da avaliação e (h) na escola, avalia-se, apenas, o conhecimento adquirido pelo aluno, desprezando-se os aspectos de seu amadurecimento físico e emocional. Essa situação deve ser invertida, diz o autor.


Esses mitos da educação fazem-nos avaliar nossa condição como profissionais do ensino diretamente ligados ao processo de ensino-aprendizagem de milhares de cidadãos que não têm, em determinado momento, consciência de estar sendo feito o melhor ou o pior por eles e para eles na escola.

O autor, Romão (1998), demonstra também as concepções de avaliação como a avaliação na concepção Construtivista e na Positivista. Na concepção Contrutivista, a avaliação ocorre subjetivamente através da auto-avaliação, a avaliação é vista de forma qualitativa, preocupando-se tanto com o processo que acabam por desconhecer ou desqualificar os resultados. Em contrapartida, a avaliação, na concepção Positivista, ocorre objetivamente através da avaliação final do alunos, a avaliação se dá assim de forma quantitativa, apresentando função classificatória, baseada em padrões - científicos ou culturais - preocupam-se tanto com o fim que desqualificam o meio, o processo.
Além de apresentar as duas concepções metodológicas, Romão, sugere um equilíbrio entre estas concepções, propondo uma avaliação em três estágios, igualmente, importantes. A avaliação, dessa forma, tem uma função prognóstica, que avalia os pré-requisitos dos alunos, considerada a avaliação de entrada, avaliação de input; uma função diagnóstica, do dia-a-dia, onde são apresentadas as estratégias e os procedimentos, a fim de verificar quem absorveu todos os conhecimentos e incorporou as habilidades previstas nos objetivos inicialmente estabelecido; Romão, apresenta, ainda, uma função classificatória, avaliação final, que funciona como comprovação do nível alcançado pelos alunos, avaliação de output.
Assim como Romão, Demo também não separa a avaliação quantitativa da qualitativa, mas as vê como parte de uma mesma realidade.

É equívoco pretender confronto dicotômico entre qualidade e quantidade, pela simples razão de que ambas as dimensões fazem parte da realidade da vida. Não são coisas estanques, mas facetas do mesmo todo. Por mais que possamos admitir qualidade como algo "mais" e mesmo "melhor" que quantidade, no fundo, uma jamais substitui a outra, embora seja sempre possível preferir uma à outra" . (Demo, 1994, citado por Romão, 1998)

É certo que o modelo de avaliação utilizado pela maioria das escolas continua por valorizar a função classificatória, desconhecendo as funções prognóstica e diagnóstica, que tendem a demonstrar tanto a situação do aluno como a do professor, entretanto uma avaliação para considerar os aspectos qualitativos e quantitativos deve fazer uso das três funções avaliativas, apresentadas por Romão e a educação, para tanto, precisa inovar, como propõe Demo (2000):

Demonstrou-se que, cuidando bem da aprendizagem do aluno, de um lado, e, investindo no professor, de outro, é possível colher resultados significativos. Não é difícil melhorar a aprendizagem do aluno - temos teorias e experiências de sobra que apontam nessa direção. O problema é a mudança que isso acarreta. O grupo foi colocado sob severa vigilância, marcada pela mediocridade consumada, até que se considerou mais coerente suspender as atividades. (p.28)

Mediante os fatos expostos, avaliar requer acompanhamento por parte do professor, ele deve ter autocrítica e saber inovar como sugere Demo e utilizar as funções prognóstica, diagnóstica e classificatória como sugere Romão, a fim de garantir uma educação com qualidade total ao alunado, preparando-o para o mercado de trabalho e, mais do que isso, para enfrentar o que a vida tem a oferecer-lhe, uma vez que este é um ser político.

CONCLUSÃO
A partir do leitura do livro de Demo, percebe-se que a educação propõe mudanças, mas não as aceita, na maioria dos casos, acomodando-se à pedagogia tradicional, rejeitando a pedagogia transformadora, reconstrutiva, sugerida pelo autor.
Também não devemos esquecer que o autor constatou que os alunos não aprendem porque o professor não aprende e que "professor" é tudo que o aluno não deve ser nesse caso. O professor tem ainda muito medo de ser avaliado, por sentir-se exposto, pois ao ser avaliado, tem-se as veias abertas e isso, para alguém que se julga acima de qualquer julgamento, é, no mínimo, desconfortável.
É bom acrescentar ainda que tudo o que o neoliberalismo espera é que a escola mantenha-se neste estágio acrítico, sem transformação, de, apenas, aceitação dos fatos políticos, sociais e, principalmente, econômicos que circundam todos os brasileiros, pois, como disse muito bem Demo, o sistema não teme pobre que tem fome; teme pobre que sabe pensar. (p. 27)
Por tudo isso, é preciso reformular o sistema de ensino, começando pelos professores. Precisamos desconstruir o que existe para reconstrui-lo mais forte e coerente com o que se pretende de um sistema educativo de qualidade, valorizando o aluno, mas também o professor assim como todo o processo de reconstrução de ensino-aprendizagem no Brasil.

REFERÊNCIAS
DEMO, Pedro. Ironias da Educação: mudanças e contos sobre mudança. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.

ROMÃO, J. E. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.





Para referência desta página:
BARRETO, Cintia. Mudanças: Didática e Avaliação. In.: BELLO, José Luiz de Paiva. Pedagogia em Foco, Rio de Janeiro, 2001.
Disponível em: . Acesso em: 12/09/08.



Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vídeos. Brinquedo de encaixe.






A terapeuta ocupacional da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE), Ione Matsuoka, ensina a confeccionar um brinquedo para crianças com e sem deficiência mental. O brinquedo inclusivopode ser usado na sala de aula regular, por todas as crianças.

fonte: http://revistaescola.abril.com.br/multimidia/pag_video/gal_video_247940.shtml

Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Fábulas de Esopo. O Astrônomo.

As vezes pensamos, pensamos e não saimos do lugar. Isto me faz lembrar das Fábulas de Esopo.
O Astrônomo.




O astrônomo

Um astrônomo gostava de fazer passeios noturnos para olhar as estrelas. Certa vez ia tão distraído que caiu num poço. Enquanto tentava sair, seus gritos de socorro atraíram a atenção de um homem que passava. Ao ser informado do que havia acontecido, o homem riu e disse:

- Meu bom amigo, tanto o senhor se esforçou para olhar o céu que não lembrou de olhar o que tem debaixo dos pés!
Moral: É fácil deixar de ver o óbvio.
Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
Fonte: http://www.metaforas.com.br/






Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Tom Browne - Funkin' for Jamaica.

From: lolowattrelos


Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Con Funk Shun-Let Me Put Love On Your Mind.

E pensar, que já usei cabelo black power e rastafari. As coisas mudam não é verdade. Cuide de seus sentimentos. Inteligência emocinal neles.

From:
Suejoy4133


Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Con Funk Shun - Love's Train (Full Version) .

From: TiaTea73


Obrigado por sua visita, volte sempre.

pegue a sua no TemplatesdaLua.com

Conversas sobre Didática,