quinta-feira, 4 de março de 2010

Métodos e Teorias Pedagógicas



Métodos e Teorias Pedagógicas
 
Quando uma escola se diz partidária deste método ou daquela teoria, é preciso distinguir as diferenças entre ambos. Existem teorias da aprendizagem, ou seja, hipóteses e modelos de como o ser humano aprende, e métodos pedagógicos, isto é, maneiras de proceder nesta e naquela situação. 
Dentre os utilizados no Brasil destacam-se os de Piaget, Freinet, Montessori e Waldorf. Mais recentemente as idéias do norte-americano Howard Gardner (inteligências múltiplas) começaram a ser difundidas.
São propostas alternativas ao sistema pedagógico tradicional, que é baseado na memorização de conteúdos.
Conheça aqui um pouco de cada uma destas propostas.
Piaget / Construtivismo
O que é habitualmente chamado de construtivismo é a aplicação das teorias de aprendizagem de Jean Piaget. Em vez de apontar "erros" e fornecer a resposta "correta", cabe ao professor questionar as respostas dadas pela criança de maneira que ela perceba as limitações da sua resposta.
É fundamental permitir que a criança desenvolva suas próprias teorias e hipóteses a respeito da escrita e garantir o raciocínio, que não se desenvolve com a repetição mecânica de conteúdos. Segundo Piaget, cada vez que ensinamos prematuramente a uma criança algo que ela poderia ter descoberto por si mesma, esta criança foi impedida de inventar, e conseqüentemente de entender completamente.
Para mais informações consulte:
The Jean Piaget Society
Montessori
É um dos mais populares métodos educacionais, criado por Maria Montessori inicialmente para crianças portadoras de deficiências e depois aplicado em crianças não excepcionais partindo do princípio de que o método desenvolvia a inteligência.
Não é apenas uma técnica de alfabetização, mas um sistema de educação. Os principais objetos são blocos de madeira, cubos, fitas e todo tipo de material que estimule a audição, o tato, a visão e mesmo a concentração. A educação dos sentidos é essencial. Busca-se a criança "equilibrada", aquela que consegue dominar a si mesma e o espaço a sua volta.
Para Maria Montessori o conceito de educação está relacionado com o conceito de criança: um ser capaz de crescer por si mesmo; um ser diferente do adulto; um ser com necessidades próprias, original e único; um ser que precisa de ajuda adequada e oportuna; um ser capaz de aprender naturalmente.
O método Montessori algumas vezes sofre críticas por ser muito estruturado. Mas Maria Montessori costumava dizer: "Eu estudo minhas crianças e elas me ensinaram a ensiná-las".
Procura estimular a capacidade de criação e expressão, longe das restrições impostas pela escola tradicional. Nasceu da observação da grande separação existente entre o dia-a-dia e a escola, e do fato de o interesse demonstrado pelas crianças pelo meio social ser muito maior que pelos textos escolares.
Freinet costumava sair com as crianças para passeios e ao voltar, cada um contava a sua visão da experiência. Em vez de se preocupar com a perfeição e correção gramatical do material, dava grande estímulo à criatividade dos alunos. Assim, um gafanhoto visto por um aluno era o ponto de partida para uma aula sobre insetos; o tecelão com quem conversavam era o pretexto para aprender sobre tecelagem ou a necessidade de medir os tecidos.
Os textos elaborados pelas crianças posteriormente eram selecionados por elas para serem divulgados com a comunidade. Eram então corrigidos pelo grupo, ilustrados, impressos e distribuídos para os pais, amigos e demais habitantes da cidade. Nascia a imprensa escolar. À medida que suas idéias foram sendo difundidas, chamaram a atenção de outros professores na França, e as classes passaram a trocar resultados e experiências. Foi o início da correspondência interescolar. 
Trazida para o Brasil em 1974 pelo professor francês Michel Lunay, as técnicas da pedagogia Freinet até hoje são pouco conhecidas, apesar de dispensarem materiais especiais ou formação específica do professor. 
Para mais informações consulte:
Freinet, o educador
Escola Curumim - Campinas SP
FIMEM Fédération Internationale des Mouvements d'Ecole Moderne
Waldorf
Criado na Alemanha por Rudolf Steiner, foi aplicado pela primeira vez em 1919 com filhos de operários da fábrica Waldorf-Astoria. Para a escola Waldorf, cada idade tem suas necessidades. No primeiro período aprende-se por imitação, de maneira eficiente, mas pouco consciente. Dos 7 aos 14 anos a criança é educada por meio de uma vida de sentimentos, emoções, vivência e estética. Dos 14 aos 21 educa-se para aprender a lidar com o mundo com ênfase na ética, tornando-se cognitiva.
A educação Waldorf procura um equilíbrio entre os trabalhos artísticos, acadêmicos e práticos, educando a criança como um todo, envolvendo as emoções, o físico e o cérebro.
Para mais informações consulte:
Rudolf Steiner College
Rudolf Steiner Archive & e.Lib
Múltiplas inteligências
É um método de vanguarda, desenvolvido por Howard Gardner que, ao pesquisar o cérebro e pacientes com lesões cerebrais, percebeu que o que se chama de "inteligência" não se refere apenas à capacidade de entender alguma coisa, mas também à criatividade e à compreensão.
A principal mudança está na forma de avaliação. Segundo Gardner a escola tradicional está centrada na exploração das inteligências lingüísticas e lógico-matemática. Para ele, a escola deveria ter uma educação pessoal, centrada no aluno, onde ele não poderia ser comparado. Coloca-se também que mesmo Piaget, em sua análise de "inteligência", tinha uma visão apenas da inteligência lógico-matemática e que a linha Freinet está muito próxima da teoria das múltiplas inteligências.
As múltiplas inteligências são: lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-sinestésica, naturalista, intrapessoal, interpessoal e existencial (em estudo). Veja aqui um texto (em inglês) com mais detalhes.
Para mais informações consulte:
ABRAE - Associação Brasileira de Estudos das Inteligências Múltiplas e Emocional
Quadro comparativo
  Papel do professor O que fazer com alunos apáticos ou rebeldes Como se realiza a aprendizagem
Construtivismo Deve ser vigilante sem ser restritivo, procurando "antecipar" respostas possíveis, encorajando a criança a encontrá-las, aceitando hipóteses provisórias que surgem nas aulas. As relações de conduta em sala de aula devem ser trabalhadas a partir de "contratos" nos quais todos têm as mesmas responsabilidades e direitos. O conhecimento é construído a partir da interação entre a criança e o meio. Conhecer é agir.
Montessori Seu dever principal é explicar o uso do material. O professor representa a ligação entre o material e a criança. Cada criança tem seu espaço. Aos poucos consegue-se a normalização. Os rebeldes são isolados em um canto da sala enquanto os demais continuam suas atividades. Na alfabetização usa-se o método fonético apresentando para a criança a letra e seu som. Associa-se o som a uma imagem conhecida.
Freinet É um orientador, e deve usar seu conhecimento como instrumento de mediação. É amigo, age e aprende com os alunos. À medida que as crianças propõe suas idéias e trabalhos, os apáticos e rebeldes vão se colocando no grupo e descobrirão o que gostam de fazer. Tateamento experimental. A criança vai dando passos até acertar.
Waldorf Profundo conhecedor do ser humano, deve usar o amor como base da relação com os alunos e ter qualidades artísticas, principalmente criatividade e fantasia. São tratados pelo professor em sala de aula. Em casos mais graves, há o auxílio de um grupo pedagógico, que trabalha pela reintegração. Varia conforme a faixa etária: 0 a 7 anos, por imitação; 7 a 14 por vivências emocionais e 14 a 21 por cognição intelectual.
Inteligências Múltiplas É um "fisioterapeuta da inteligência". Deve abandonar o conceito unitário de inteligência e ver-se não como um repetidor de conceitos, mas como um estimulador de talentos. Essas atitudes estão condicionadas ao aluno ter inteligências dinâmicas ou ignoradas pela escola. Uma criança com talento pictórico precisa de estímulos para escrever. Inteligência não é apenas a capacidade de entender alguma coisa, mas também criatividade e compreensão.
Breves biografias
Jean Piaget Nasceu na Suíça em 1896 e faleceu em 1980. Doutor em Ciências Naturais com mais de 20 doutorados Honoris Causa conferidos por universidades de todo o mundo. Sua principal preocupação era a maneira como as pessoas aprendem. Ele afirma em sua teoria que o conhecimento é construído por intermédio das relações existentes entre o sujeito e o meio físico e social.
Em sua Teoria Psicogenética estabelece como se dá a construção do conhecimento pelo indivíduo, trazendo um importante subsídio para a prática pedagógica pois nos ajuda a compreender melhor a criança, conhecendo os estágios pelos quais ela passa e os mecanismos que utiliza para se reequilibrar nos seus contatos com o meio.
Embora não tenha criado um método pedagógico defendeu ativamente a importância da educação. Em seu livro "Psicologia e Pedagogia" Piaget destaca o trabalho de Freinet.
Maria Montessori Nasceu na Itália em 1870 em uma família de classe média e faleceu na Holanda em 1952.
Sempre foi uma pessoa à frente de seu tempo, foi a primeira mulher na Itália a doutorar-se em medicina. Especializou-se em pediatria e psiquiatria. Foi professora na Escola de Medicina de Roma e iniciou suas pesquisas sobre a aprendizagem como médica assistente em um hospital psiquiátrico com um grupo de crianças excepcionais.
É creditado a ela o desenvolvimento da sala de aula aberta, da educação individualizada, dos materiais de aprendizado para manipulação, brinquedos educativos e a instrução programada.
Célestin Freinet Francês, nasceu em 1896 e faleceu em 1966. Desenvolveu seu método pedagógico a partir de 1920, usando o mínimo de materiais didáticos, fruto de seu trabalho em regiões pobres da França. Embora não tivesse uma sólida base teórica, a observação dos alunos forneceu-lhe uma série de dados que usaria para transformar radicalmente a forma de ensino.
Preso durante a II Guerra Mundial, trabalhou na alfabetização dos presos dentro do campo de concentração. Libertado em 1941, tornou-se membro da Resistência Francesa.
Rudolf Steiner
Austríaco, nasceu em 1861 e faleceu na Suíça em 1925. Formou-se em ciências exatas mas preferiu os estudos filosóficos e literários. Criador da Antroposofia.
Encarregado de cuidar de uma criança excepcional, considerada incurável, conseguiu que ela progredisse ao ponto de se formar em uma universidade. Em 1919, a pedido de um diretor da fábrica de cigarros Waldorf-Astoria, criou uma escola para os filhos dos funcionários.
Howard Gardner
Norte-americano, especializou-se em educação e neurologia pela Universidade de Harvard. É professor de Educação e co-diretor do Projeto Zero, no Harvard Graduate School of Education e professor adjunto de Neurologia na Boston University School of Medicine.
Autor de diversos livros, incluindo "Estruturas da Mente", "Inteligências Múltiplas: A teoria na prática", "A Criança Pré-Escolar: como pensa e como a escola pode ensiná-la" e, mais recentemente, "Mentes que Criam". 
Sua teoria é confundida com as teses de seu colega Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional. É um crítico implacável dos testes de QI e de aptidão escolar. Considerado um dos principais pedagogos deste fim de século. Esteve no Brasil em 1997 para uma série de palestras.
Bibliografia:
Revista Educação n. 211 Nov/98 artigo de Luís Mauro Martino
Revista Educação n. 221 Set/99 artigo de Luís Mauro Martino
Site da Escola Curumim de Campinas - SP
Material pedagógico do IEEB
Fotos:
Piaget www.piaget.org
Montessori www.montessori.org
Freinet www.freinet.clic3.net
Steiner www.elib.com/Steiner
Gardner www.weac.org
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terça-feira, 2 de março de 2010

História das Idéias Pedagógicas Livro de cabeceira para educadores


João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
História das Idéias Pedagógicas
Livro de cabeceira para educadores

Capa-do-livro-Historia-das-Ideias-Pedagogicas
O ritual estabelecido de entrar em sala de aula, com materiais debaixo do braço ou dentro de uma bolsa, depositar cadernetas em nossas mesas, fazer a chamada, instruir os alunos quanto aos temas e exercícios discutidos em aula, passar de carteira em carteira, anotar apontamentos e dúvidas na lousa ou ainda explanar e discutir assuntos pertinentes não surgiu ao acaso. A prática pedagógica é resultante de uma longa história, praticamente tão velha quanto à própria humanidade. Inicia-se provavelmente a partir das conversas e histórias contadas ao redor de fogueiras por pessoas mais experientes dentro de comunidades estabelecidas há muito tempo atrás...
Não há como referenciar esses primeiros encontros ou mesmo, de acordo com alguns especialistas, considerá-los historicamente como relevantes para a pedagogia. O que fazemos ao considerar os idos pré-históricos como primeiros momentos em que se ensejou o que podemos chamar de ensino e aprendizagem é dar relevância ao encontro entre a experiência dos mais velhos e a candura própria dos mais jovens.
A pedagogia como a concebemos, enquanto saber constituído a partir de elaborações práticas e abstratas somente se constrói a partir do surgimento da escrita e das primeiras grandes civilizações da Antiguidade. É o que percebemos a partir das lições que nos são dadas pelo professor Moacir Gadotti, doutor e livre-docente em educação, autor de diversos títulos de prestígio e repercussão na área.
Em sua obra História das Idéias Pedagógicas, Gadotti inicia as conversas acerca desse tema tão pertinente voltando à antiguidade chinesa, resgatando Lao-Tsé e o Talmude hebraico como fontes inspiradoras do pensamento pedagógico no oriente próximo e distante (Oriente Médio e China). É desse período e região, especificamente de Lao-Tsé a constatação de que “o fraco e flexível é mais forte que o forte e rígido” ou ainda “que o mundo não pode ser plasmado a força” e que, por isso, “ao sábio não interessa a força”...
Imagem-de-uma-senhora-junto-de-uma-crianca
A criança não pode levar uma vida normal no mundo complicado dos adultos. Todavia é evidente que o adulto, com a vigilância contínua, com as admoestações ininterruptas, com suas ordens arbitrárias, perturba e impede o desenvolvimento da criança. Dessa forma, todas as forças positivas que estão prestes a germinar são sufocadas; e a criança só conta com uma coisa: o desejo intenso de livrar-se, o mais rápido que lhe for possível, de tudo e de todos”. (Maria Montessori)
Percebemos nessas linhas apenas um pouco daquilo que podemos considerar como a mística oriental celebrada com sabedoria e simplicidade. Notamos especialmente a devoção à inteligência em contraposição à força, justamente aquilo que a pedagogia preza através de suas ações, seja naquele lado do mundo ou neste em que nos encontramos...
Dos pensadores orientais, mas ainda focando seus escritos na Antiguidade, o professor Gadotti nos transporta para a Grécia e a seus sábios filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Professores e aprendizes, herdeiros de toda uma tradição cultural, mestres que legaram uns aos outros o conhecimento basilar que funda praticamente toda a nossa tradição ocidental.
De Sócrates para Platão e deste para Aristóteles. Como numa autêntica e afinada tabelinha futebolística concretizada através do tempo, a Grécia se tornou soberana no imaginário cultural e também, especificamente, no pedagógico. A maiêutica ou “arte de extrair do interlocutor, por meio de perguntas, as verdades do objeto em questão” tornaram Sócrates, nos dizeres de Gadotti, “o maior fenômeno pedagógico da história do Ocidente”.
De suas incríveis lições, não registradas por ele mesmo, surgiram os diálogos platônicos a apregoar, pelos quatro cantos do mundo, a necessidade de superação da alienação, conclamando os homens a ultrapassarem as trevas das cavernas onde estavam presos. Falava alegoricamente sobre a ignorância e a necessidade de entendermos a dicotomia entre o mundo das idéias e a realidade nua, crua e dura de cada dia de nossas vidas...
Foto-de-Carl-Rogers
“Quando o facilitador é uma pessoa real, se se apresenta tal como é, entra em relação com o aprendiz, sem ostentar certa aparência ou fachada, tem muito mais probabilidade de ser eficiente. Isso significa que os sentimentos que experimenta estão ao seu alcance, estão disponíveis ao seu conhecimento, que ele é capaz de vivê-los, de fazer deles algo de si, e, eventualmente, de comunicá-los”. (Carl Rogers)
Aristóteles, seu herdeiro legítimo, aluno dedicado prima mais pelo realismo e abastece de sentido mais prático e objetivo a ciência e a própria educação. Ao analisar os homens a partir de suas faixas etárias, conclui o sábio pensador grego que “todas as vantagens que a juventude e a velhice possuem separadamente se encontram reunidas na idade adulta”, já que “onde os jovens e os velhos pecam por excesso ou falta, a idade madura dá mostras de medida justa e conveniente”. Nem parece que escrevia essas linhas há tantos e tantos anos atrás...
A viagem no tempo através dessas incríveis referências pedagógicas feita no livro de Moacir Gadotti continua, discorrendo sobre a educação em Roma e no Medievo, resgatando nomes que por vezes teimamos em não nos lembrar e que são, apesar de não tão conhecidos, reconhecidamente importantes para a educação.
Foram, por exemplo, os romanos que estabeleceram através do estudo da cultura geral, por eles chamada de humanitas, práticas escolares como o ditado de fragmentos de texto, a necessidade de exercícios ortográficos, a memorização como prática educacional, a análise de frases e palavras, a construção de pensamentos estudados em diferentes formas de expressão ou ainda a composição literária.
A Idade Média, por sua vez, celebra a ascensão da Igreja Católica ao comando da cultura e da educação. De acordo com o texto do professor Gadotti, Cristo com “seus ensinamentos” que “ligavam-se essencialmente à vida” torna-se o “grande educador” e estabelecia, através dos pensadores medievais, uma pedagogia mais concreta a partir de suas parábolas. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino concretizam essa realização pedagógica medieval em diferentes períodos e de distintas formas.
No campo de combates que se estrutura nessa fase da história, há alguns quilômetros de distância, separados pelo Mar Mediterrâneo, os árabes também consolidam sua história e educação. Há um pequeno espaço dedicado a eles no texto de Gadotti, ressaltando-se a importância do trabalho de sábios mulçumanos como Ibn Sina, Al-Biruni e Averróis.
Foto-de-Herbert-McLuhan
“Chegará o dia – e talvez este já seja uma realidade – em que as crianças aprenderão muito mais e com maior rapidez em contato com o mundo exterior do que no recinto da escola. ‘Porque retornar à escola e deter minha educação?’, pergunta-se o jovem que interrompeu prematuramente seus estudos. A pergunta é arrogante, mas acerta no alvo: o meio urbano poderoso explode de energia e de uma massa de informações diversas, insistentes, irreversíveis...” (Herbert McLuhan)
Nos períodos que se seguem abre-se espaço para a produção cultural e educacional européia do Renascimento e do Iluminismo. São períodos vivificados pela presença de grandes expoentes das artes, literatura, filosofia e ciência. De suas obras resplandecem não apenas temáticas específicas como se poderia a princípio pensar, se nos pautamos nos nossos próprios exemplos dos séculos XX e XXI, tão centrados e especializados.
A modernidade consolida a lógica através de pensadores como Montaigne, Spinoza ou Descartes. A objetividade transcende também a partir das reformas religiosas evocadas pela contestação aos rigores do catolicismo e dão espaço para o avanço do luteranismo. No combate a essas tendências renovadoras da religião, a Igreja Católica funda a Companhia de Jesus que, por sua vez, institucionaliza a Ratio Studiorum, método e base filosófica que influirá de forma contundente a educação no Novo Mundo, inclusive em terras brasileiras.
Esse delicioso passeio pelo pensamento pedagógico deixa para o final, seguindo a cronologia, as mais contundentes e valiosas contribuições específicas para a pedagogia ao apresentar excertos e biografias de pensadores do mundo contemporâneo. Começando com a clássica colaboração de Rousseau e sua obra devotada a educação, “O Emílio”, passando pelos expoentes do pensamento positivista como Durkheim, recordando os sábios socialistas da educação como Gramsci e chegando ao século XX e suas várias correntes de pensamento pedagógico.
Foto-de-Paulo-Freire“Não basta saber ler mecanicamente que ‘Eva viu a uva’. É necessário compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir uvas e quem lucra com esse trabalho. Os defensores da neutralidade da alfabetização não mentem quando dizem que a clarificação da realidade simultaneamente com a educação é um ato político. Falseiam, porém, quando negam o mesmo caráter político à ocultação que fazem da realidade”. (Paulo Freire)
O século XX merece especial destaque na obra História das Idéias Pedagógicas justamente por abrigar o maior contingente de referências que possuímos. Jean Piaget, John Dewey, Lev Vygotsky, Celestin Freinet, Carl Rogers, Maria Montessori, Emília Ferreiro, Herbert McLuhan e outros estudiosos da educação ganham destaque e relevância ao lado dos educadores brasileiros que através de seus estudos e trabalhos permitiram a evolução do pensamento pedagógico brasileiro, casos de Fernando Azevedo, Anísio Teixeira, Paulo Freire, Demerval Saviani ou Rubem Alves.
Obra de grande importância e necessidade para quem pretende entender um pouco melhor a educação e seus processos, História das Idéias Pedagógicas introduz e esclarece seus leitores e deve tornar-se livro de cabeceira para muitos estudiosos que necessitam conhecer esse fabuloso universo da educação.



Fonte:http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=456


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segunda-feira, 1 de março de 2010

O que é um discurso pedagógico?

 O que é um discurso pedagógico?

O discurso é uma exposição metódica sobre certo assunto. Um arrazoado que visa a influir no raciocínio, ou quando menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor.
Aristóteles, ao longo do Organon, acaba tipificando quatro espécies de discurso, segundo sua finalidade, ordenando-os segundo o grau de rigor que o método produz:
O discurso lógico, que é o método pelo qual se atinge a uma certeza absoluta no qual o axioma resultante é tido como verdadeiro e indubitável, pode ser produzido mecânica ou eletronicamente por engenhos e tem indispensável aplicação, principalmente, na matemática.
O discurso dialético, que embora não objetive alcançar a certeza absoluta, tenta obter a máxima probabilidade de certeza e veracidade que se verifica da síntese entre duas afirmações antagônicas, a saber, a tese e sua antítese.
Já no discurso retórico não há o menor comprometimento na busca da verdade, nem da sua demonstrável probabilidade. Aqui o orador ou escritor objetiva apenas convencer o ouvinte ou leitor de que sua tese é certa ou verdadeira, utilizando-se do modo de falar, dos gestos e até da maneira de se vestir como fatores para influenciá-lo ou persuadi-lo.
No discurso poético o grau de certeza ou veracidade nada importa, ou melhor, até pode laborar contra o discurso posto que aí a razão é abandonada em favor da ficção ou da fantasia. Neste método o que se busca é influir na emoção e não no raciocínio do ouvinte ou leitor, como modo de impressioná-lo.
Pedagógico: referente à pedagogia (orientação pedagógica). De acordo com os princípios da pedagogia: Marília foi pouco pedagógica com os rapazes.
Agora estas duas palavras que citamos dão, discurso pedagógico.
Ou seja, os tipos de discursos que usaremos para, para provocar o processo de ensino-aprendizagem.
Resumidamente, pederiamos dizer que basicamente são três.
Discurso do verbalismo; discurso polêmico e discurso lúdico.
Verbalismo, discurso autoritário: O discurso autoritário, em que o falante impõe sua vontade sobre o ouvinte, geralmente sem lhe dar oportunidade de responder ou questionar. Representa a vontade de poder, de influenciar comportamentos, de obter vantagens. É importante notar que o discurso autoritário não tem nada a ver com o discurso dominante, já que mesmo pessoas sem poder nenhum podem ser extremamente autoritárias, como é o caso de um mendigo que subjugue sua companheira, de um porteiro que humilhe outro porteiro, etc.
Discurso lúdico: O discurso lúdico é aquele feito por puro prazer, normalmente sem visar à persuasão, objetivando somente a comunicação interpessoal, o diálogo (em alguns casos, nem isso, apenas a comunicação consigo mesmo, o monólogo). É importantíssimo para nossa saúde mental e nosso bem estar, visto sermos seres gregários, que se ressentem da ausência de contato e comunicação. Como exemplo de discurso lúdico, podemos citar a fala de uma criança (inicialmente, mais uma brincadeira do que uma tentativa real de se comunicar), muitos poemas e canções (principalmente aquelas da “Bossa Nova”), a conversa entre amigos de longa data e grande intimidade, o ato de contar piadas.
Discurso polêmico: O discurso polêmico é aquele em que duas ou mais pessoas ou facções emitem opiniões contrárias, podendo ir desde uma discussão banal, como “qual o melhor time de futebol?”, até discussões de grande alcance filosófico-existencial, como “qual o melhor sistema político: presidencialismo ou parlamentarismo?”. É um tipo de discurso com duas facetas: por um lado, ele estimula o intelecto, na medida em que nos põe em contato com os vários ângulos de uma questão; por outro lado, o engajamento em discussões estéreis implica uma demanda de tempo precioso, que poderia ser melhor aproveitado em atividades mais construtivas.
Resumidamente discurso pedagógico significa que tipos de discursos os professores e educadores se utilizam para a transmissão do saber. É uma matéria de didática, teoria do conhecimento, história da educação e filosofia da educação em combinação com a psicologia da educação.
Existem outros tipos de discursos, e para um melhor entendimento entre nos links citados na fonte.
Espero que tenha te ajudado.

Fonte(s):

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: REPENSANDO O ENSINO DA LÍNGUA ESCRITA



Introdução

A educação é, com certeza, um dos fatores mais importantes para a construção de uma sociedade democrática, desenvolvida e sociamente justa. É condição básica e direito fundamental da cidadania. A educação como ato crítico radical, de conhecer para transformar, será a única garantia de valorização do ser humano. O domínio da língua, nas diferentes vertentes da palavra escrita e falada, da leitura e da oralidade, é crucial nos mais variados domínios da vida individual e coletiva. Não há cidadania nem competência profissional plenas sem um domínio robusto da língua portuguesa.
Ao longo dos anos a alfabetização tem sido alvo de inúmeras controvérsias teóricas e metodológicas, exigindo que a escola e, os educadores se posicionem em relação às mesmas. Essas mudanças nas práticas de ensino podem ocorrer tanto nas definições dos conteúdos a serem desenvolvidos quanto na natureza da organização do trabalho pedagógico.
Hoje o desafio maior é “Como alfabetizar letrando”. Os processos de alfabetização e letramento são complexos, mas fundamentais para a inclusão social. O ensino de Letramento rompe barreiras tradicionais que considera a alfabetização como pré-requisito para o domínio da leitura e escrita
Não se deve haver uma dicotomia entre a alfabetização e o letramento. São processos que caminham juntos, e devem ser ensinados juntos no âmbito escolar, ou seja, é preciso o educador não penas alfabetize ou ‘letre’ o educando, e sim ‘alfabetize letrando’ o aluno, para que possa orientar o mesmo, o ato de ler e de escrever no contexto das práticas sociais.



Nos dias de hoje, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas da sociedade. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela, só interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma mecânica não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade. É preciso ser capaz de não apenas decodificar sons e letras, mas entender os significados e usos das palavras em diferentes contextos.
Infelizmente, a situação de nosso país nas últimas décadas, com relação aos índices de analfabetismo, é muito alarmante, pois muito se discute, mas, na prática, muito pouco é feito. O número de alunos aprovados ao final do primeiro ano escolar não é satisfatório, assim como o número dos que chegam à 4ª série do ensino fundamental sem estarem sequer alfabetizados/letrados também é preocupante.
Desde a invenção da escrita 3000 a.C, pelos Sumérios, habitantes da mesopotâmia, vários métodos foram utilizados com a finalidade de alfabetizar, que segundo o dicionário Aurélio significa: Ensinar a ler. Mas surgiu na década de 80, uma nova definição referente ao ensinar a ler que é o chamado Letramento.
Em um mesmo momento histórico, em sociedades distanciadas tanto geograficamente quanto socioeconomicamente e culturalmente sentiu-se a necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais do ler e escrever resultantes da aprendizagem, no Brasil a discussão do letramento surge enraizada no conceito de alfabetização. Dissociar alfabetização e letramento é um único equívoco, pois alfabetização o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, o letramento, sendo processos simultâneos.
Falar em alfabetização e letramento dentro da educação e fora dela é um assunto que não se esgotara facilmente, pois a sociedade vem impondo novos padrões de exigência, mesmo diante de novos paradigmas, métodos, teorias psicológicas precisamos nos adaptar ao novo.
Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. O indivíduo alfabetizado e letrado além de saber ler e escrever, responde adequadamente as demandas sociais da leitura e da escrita


1 – Alfabetização

É tomar o indivíduo capaz de ler e escrever. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita, por um indivíduo ou grupo de indivíduos. É o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia, técnicas para exercer a arte e ciência da escrita.
A alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado do alfabeto e a sua utilização como código de comunicação. Esse processo não se deve resumir apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir conhecimento. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.
Ela tem sido entendida tradicionalmente como um processo de ensinar e aprender a ler e escrever, portanto, alfabetizado é aquele que lê e escreve. O conceito de alfabetização para Paulo Freire tem um significado mais abrangente, na medida em que vai além do domínio do código escrito, pois, enquanto prática discursiva possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social. Ele defendia a idéia de que a leitura do mundo precede a leitura da palavra, fundamentando-se na antropologia: o ser humano, muito antes de inventar códigos lingüísticos, já lia o seu mundo.
A alfabetização de qualquer indivíduo é algo que nunca será alcançado por completo, ou seja, não há um ponto final. A realidade é que existe a extensão e a amplitude da alfabetização no educando, no que se diz respeito às práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita. Nesse âmbito, muito estudiosos discutem a necessidade de se transpor os rígidos conceitos estabelecidos sobre a alfabetização, e assim, considerá-la como a relação entre os educandos e o mundo, pois, este está em constante processo de transformação.

2 – Letramento

O termo letramento tem sido utilizado atualmente por alguns estudiosos para designar o processo de desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita nas práticas sociais e profissionais. Por que esse termo surgiu? Segundo alguns autores, a explicação está nas novas demandas da sociedade, cada vez mais centrada na escrita, que exigem adaptabilidade às transformações que ocorrem em ritmo acelerado, atualização constante, flexibilidade e mobilidade para ocupar novos postos de trabalho. Os defensores do termo “letramento” insistem que ele é mais amplo do que a alfabetização ou que eles são equivalentes.
Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. A palavra letramento ainda não está dicionarizada, porque foi introduzida muito recentemente na língua portuguesa, tanto que quase podemos datar com precisão sua entrada na nossa língua, identificar quando e onde essa palavra foi usada pela primeira vez.
Parece que a palavra letramento apareceu pela primeira vez no livro de Mary Kato: No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística, de 1986.
Letramento é o estado ou a condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se apropriado da escrita. É usar a leitura e a escrita para seguir instruções (receitas, bula de remédio, manuais de jogo), apoiar à memória (lista), comunicar-se (recado, bilhete, telegrama), divertir e emocionar-se (conto, fábula, lenda), informar (notícia), orientar-se no mundo (o Atlas) e nas ruas (os sinais de trânsito).
É o resultado da ação de ensinar e aprender as práticas sociais e da escrita, ou seja, um conjunto de práticas sociais, que usam a escrita, enquanto sistema simbólico, enquanto tecnologia, em contextos específicos da escrita denomina-se letramento que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler e escrever para atingir diferentes objetivos, permitir que o sujeito interprete, divirta-se, seduza sistematize, confronte, induza, documente, informe, oriente-se, reivindique, e garanta a sua memória, garantindo-lhe a sua condição diferenciada na relação com o mundo. Compreender o que se lê.
Na ambivalência dessa resolução conceitual, encontra-se o desafio dos educadores em face do ensino da língua escrita: o alfabetizar letrando. Desenvolvendo a necessidade de associar a teoria e prática.
O letramento tem início quando a criança começa a conviver com as diferentes manifestações da escrita na sociedade e se amplia cotidianamente por toda vida, com a participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita. Abarca as mais diversas práticas de escrita na sociedade e pode ir desde uma apropriação mínima da escrita, tal como o indivíduo que é analfabeto, mas letrado na medida em que identifica o valor do dinheiro e o ônibus que deve tomar, consegue fazer cálculos complexos, sabe distinguir marcas de mercadorias etc., porém não escreve cartas, não lê jornal, etc. Se a crianças não sabe ler, mas pede que leiam histórias para ela, ou finge estar lendo um livro, se não sabe escrever, mas faz rabiscos dizendo que aquilo é uma carta que escreveu para alguém, é letrada, embora analfabeta, porque conhece e tenta exercer, no limite de suas possibilidades, práticas de leitura e de escrita.
Para dizer que uma pessoa é letrada é quando faz uso das habilidades de ler e escrever inserindo um conjunto de práticas sociais, não apenas no conhecimento das letras e do modo de associá-las, mas usar esse conhecimento em benefício de formas de expressão e comunicação, reconhecidas e necessárias em um determinado contexto cultural, letramento depende da alfabetização, ou seja, da teoria e prática, pessoas letradas e não alfabetizadas mesmo incapazes de ler e escrever compreendem os papeis sociais da escrita distinguem gêneros ou reconhecem as diferenças entre a língua escrita e a oralidade.

3 – Leitura

A leitura é a base do processo de alfabetização e também da formação da cidadania. Ao ler uma história a criança desenvolve todo um potencial crítico: pensar, duvidar, questionar.
Etimologicamente, ler deriva do latim "lego/legere", que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nesta reflexão, enfatizamos a leitura da palavra escrita.
Mas o que seria leitura? A leitura é uma experiência pessoal, a qual não depende somente da decodificação de símbolos gráficos, mas de todo o contexto ligado à história de vida de cada indivíduo, para que este possa relacionar seus conceitos prévios com o conteúdo do texto, e desta forma construir o sentido.
A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos de certa forma lendo, embora, muitas vezes, não nos demos conta.
As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo vocabulários cada vez mais pobres.
A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interação. Muitas pessoas dizem não ter paciência em ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo.
A literatura de modo geral amplia e diversifica nossas visões e interpretações sobre o mundo e da vida como um todo. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz.

“Num contexto onde a escrita e a leitura fazem parte das práticas cotidianas, a criança tem a oportunidade de observar adultos utilizando a leitura de jornais, bulas, instruções, guias para consulta e busca de informações específicas ou gerais; o uso da escrita para confecções de listas, preenchimento de cheques e documentos, pequenas comunicações e atos de leitura dirigidos a ela (ouvir histórias lidas). A participação nessas atividades ou a observação de como os adultos interagem com a escrita e a leitura gera oportunidades para que a criança reflita sobre o seu significado para os adultos”. (AZENHA, 1999, p. 44).

Através da leitura todos se tornam iguais, com as mesmas oportunidades. A leitura, além de tornar o homem mais livre, possibilita que ele vá a muitos lugares que, sem a leitura jamais iria. “Através da leitura todos se tornam iguais, com as mesmas oportunidades. A leitura, além de tornar o homem mais livre, possibilita que ele vá a muitos lugares que sem a leitura jamais iria” (HOFFMANN, 2009).
A leitura para uns é uma atividade prazerosa para outros um desafio a conquistar, que somente será alcançado através de muito incentivo, das escolas das famílias e na sociedade. Um bom leitor não é aquele que lê muitas vezes o mesmo tipo de texto, mas aquele que lê diversos tipos de texto com profundidade.
Na formação de cada cidadão bem como de um povo, a leitura é de máxima importância, representando um papel essencial, pois se revela como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural. Ademais, ler é benéfico à saúde mental, pois é uma atividade ‘neuróbica’, ou seja, a atividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurônios. Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.
A pessoa que lê conhece o mundo e conhecendo-o terá condições de atuar sobre ele modificando-o e tornando-o melhor, por que a leitura é o principal aspecto constituinte do pensamento crítico. O homem que não tem oportunidade de aprender a ler, certamente será ‘excluído’ da sociedade, ou melhor, não terá a mesma participação que aqueles que têm essa oportunidade.
O hábito da leitura é de extrema importância na formação intelectual do indivíduo, pois através dela, cria-se o espírito crítico-social. Ensinar a ler e escrever é alfabetizar, levar o aluno ao domínio do código escrito, isso feito principalmente na sala de aula, pois a mesma é o lugar da criação de um vínculo com a leitura.

4 – Escrita

Escrever é um conjunto de habilidades e comportamentos que se estendem desde simplesmente escrever o próprio nome até escrever uma tese de doutorado. Uma pessoa pode ser capaz de escrever um bilhete, uma carta, mas não ser capaz de escrever uma argumentação defendendo um ponto de vista, escrever um ensaio sobre determinado assunto. Assim escrever é também um conjunto de habilidades, comportamentos, conhecimentos que compõem um longo e complexo continuo
A escrita tem muitos usos práticos: as pessoas, no seu dia-a-dia, elaboram listas para fazer trocas comerciais, correspondem-se por cartas etc.. A escrita, em geral, serve também para registrar a história, a literatura, as crenças religiosas, o conhecimento de um povo. Ela é, além disso, um espaço importante de discussão e de debate de assuntos polêmicos. No Brasil de hoje, por exemplo, são muitos os textos escritos que discutem temas como a ecologia, o direito à terra, o papel social da mulher, os direitos das minorias, a qualidade do ensino oferecido aos cidadãos, e assim por diante.
Não basta à escola ter como objetivos alfabetizar os alunos: ela tem o dever de criar condições para que eles aprendam a escrever textos adequados às suas intenções e aos contextos em que serão lidos e utilizados.
Muitas crianças chegam à escola com idéias bastante claras a esse respeito, sabem que são lidas coisas escritas e não desenhos. Que um livro tem um título, que lendo pode-se saber o que está dito em um texto.
Hoje em dia a alfabetização ganha um sentido próprio e específico, ou seja, a alfabetização passa a ser entendida como um processo de aquisição da língua escrita e não apenas como aquisição de um código. E não há como se considerar um processo inicial desvinculado de um processo de desenvolvimento da escrita.
O reconhecimento da escrita como objeto social, como produção humana, que traz a marca do desenvolvimento histórico da humanidade e que simboliza uma das formas do homem transformar a realidade para se comunicar com outros homens, remete justamente para o entendimento de que o homem, ao se apropriar desse objeto do conhecimento o transforma, porque a ele imprime seu significado único e pessoal e, ao mesmo tempo, se transforma, pois, ao apropriar-se, desenvolve-se.
Nosso sistema de escrita funciona segundo um princípio alfabético: a quantidade de letras de uma palavra corresponde, a grosso modo, ao número de sons que compõem a palavra. Entender o princípio alfabético não é o mesmo que conhecer os sons das letras. Uma criança pode saber que ao símbolo escrito E corresponde ao som [e], que ao símbolo L corresponde o som [l], mas, mesmo assim, ela pode não ter compreendido o mecanismo que permite formar uma palavra escrita.
Algumas crianças chegam à escola com a compreensão do princípio alfabético. Outras pensam que o número de letras de uma palavra é igual ao número de sílabas de uma palavra, enquanto outras, sequer entenderam que as letras escritas tem relação com os sons das palavras. Devemos lembrar sempre que as crianças não chegam à escola com o mesmo nível de compreensão que do seja ler e escrever.
Para ensinar a escrever é preciso, para começar, que o professor queira saber o que o aluno tem a dizer sobre o assunto a respeito do qual pediu que ele escrevesse e que acredite que esse aluno tem realmente alguma coisa a dizer. Para acreditar que o aluno tem algo a dizer é preciso que o professor se perceba como alguém que também tenha algo a dizer, isto é, o texto escrito pelo professor é pré-requisito para que o aluno escreva o seu texto. O professor só pode provar a seus alunos que escrever faz sentido se conseguir mostrar-lhes que, tal como ler, escrever é produzir sentido, que o autor do texto é o primeiro leitor a ser atingido pelos efeitos de sentido provocados por seu esforço de mobilização dos recursos expressivos historicamente construídos na língua, para pôr uma certa ordem na vida e no mundo.
Em seguida, é importante que o professor constitua, na sala de aula, o público para os textos de seus alunos e os ponha sistematicamente em discussão. É preciso reverter a tradicional crença de que somos todos incapazes de escrever, substituindo-a pela convicção natural de que somos todos capazes de escrever para descobrirmos o que somos capazes de dizer a respeito do assunto de que estamos tratando. Essa capacidade brota do trabalho de escrever (e não de uma inspiração iluminada) e do diálogo do texto resultante desse trabalho com os seus leitores, e esse diálogo só faz sentido se for para subsidiar uma ou mais reescritas do texto, com a finalidade de construir, a respeito do assunto, a clareza possível nesse momento histórico, pelo qual passa o autor do texto.
Finalmente, é necessário que o professor seja professor e examine esses textos para orientar, minuciosamente, as reescritas que vão qualificá-los. Orientar a reescrita não é apenas adequar o conteúdo às verdades estabelecidas pela ciência, nem a forma do texto ao modo consagrado de escrever nessa área de conhecimento, mas é principalmente, levar o autor do texto a repensar a pertinência dos dados com que está lidando, a coerência da tese que apresenta, a adequação entre dados e tese, em fim, levá-lo a perceber lacunas nas informações de que dispõe e a se perguntar para que vai servir o que está escrevendo.
Ensinar a escrever é uma tarefa de uma escola disposta a olhar para frente e não para a repetição do passado que nos trouxe à escola que temos hoje. Trabalhar com o texto implica trabalhar com a incerteza e com o erro e não com a resposta certa, porque escrever é produzir e não reproduzir velhas certezas, pois as certezas nos deixam no mesmo lugar. É o erro que nos leva na direção do novo.


5 – Alfabetizar Letrando

O desafio da alfabetização, hoje, é alfabetizar letrando. Além desse conhecimento, o alfabetizador precisa entender que alfabetização é um processo complexo que inicia antes da alfabetização escolar, assumindo-se a escrita pela dimensão simbólica e enfatizando os seus usos sociais. Por meio da mediação do adulto a criança vai identificando a natureza da linguagem escrita, porém a qualidade das interações é que vão determinar as concepções que a criança apresenta sobre a linguagem escrita. É função de a escola dar continuidade a esse trabalho, de forma sistematizada pelo contato com as diversas práticas sociais que participa.
A alfabetização e o letramento, são fundamentos da educação e devem ser encarados como essenciais para que as crianças atinjam um nível satisfatório de compreensão do mundo. É isso que a alfabetização e o letramento fazem, além de demonstrar os signos e símbolos, faz com que compreendamos o mundo em que vivemos.
Na concepção atual, a alfabetização não precede o letramento, os dois processos podem ser vistos como simultâneos, entendendo que no conceito de alfabetização estaria compreendido o de letramento e vice-versa.
Isto será possível se a alfabetização for entendida além da aprendizagem grafofônica e que em letramento inclui-se a aprendizagem do sistema de escrita. A conveniência da existência dos dois termos, que embora designem processos interdependentes, indissociáveis e simultâneos, são processos de natureza diferente, uma vez que envolve habilidades e competências específicas, implicando, com isso, formas diferenciadas de aprendizagem e em conseqüência, métodos e procedimentos diferenciados de ensino.
Assim, a participação das crianças em experiências variadas com leitura e escrita, conhecimento e interação com diferentes tipos e gêneros de material, a habilidade de codificação e decodificação da língua escrita, o conhecimento e reconhecimento dos processos de tradução da fala sonora para a forma gráfica da escrita implica numa importante revisão dos procedimentos e métodos para o ensino, uma vez que cada fase desse processo exige procedimentos e métodos diferenciados, pois cada criança e cada grupo de crianças necessitam de formas diferenciadas na ação pedagógica.
A proposta de alfabetizar letrando rompe defini¬tivamente com a divisão entre o ‘momento de apren¬der’ e o ‘momento de fazer uso da aprendizagem’. Estudos lingüísticos propõem a articulação dinâmica e reversível entre ‘descobrir a escrita’ (conhecimento de suas funções e formas de manifestação), ‘aprender a escrita’ (compreensão de regras e modos de funcio¬namento) e ‘usar a escrita’ (cultivo de suas práticas a partir de um referencial culturalmente significativo para o sujeito).
No alfabetizar letrando, se resgata o papel do professor como mediador, recuperando sua figura de elo entre o educando e a matéria de conhecimento, interferindo no processo sem desviá-lo nem desvirtuá-lo. A interação aluno-conteúdo é um diálogo aluno-mundo mediado pelo professor e por outras pessoas. Nesse contexto, faz-se necessária uma retoma¬da do papel do professor alfabetizador cujo desafio é letrar os alunos por meio do trabalho com atividades de leitura e escrita, executadas no plano da prática so¬cial, portanto em situação de dialogicidade.
Essa nova forma de alfabetizar letrando requer do professor que ele perceba as necessidades de sis¬tematizar o uso, refletindo com a criança sobre este, para garantir que ela saiba usar os objetos de escrita presentes na cultura escolar. Na verdade, o medo existe por não se saber como proceder. Buscam-se receitas, mas a má notícia. É que elas não existem; e a boa notícia é que há indi¬cações de caminhos, e que cada um poderá descobrir o seu.
Antes de o professor querer exercer esse papel de "professor-letrador" é necessário que ele se conscientize e busque ser letrado, domine a produção escrita, as ferramentas de busca de informação e seja um bom leitor e um bom produtor de textos. Mas para que se torne capaz de letrar seus alunos, é preciso que conheça o processo de letramento e que reconheça suas características e peculiaridades.
Alfabetizar letrando significa orientar a criança para que aprenda a ler e a escrever levando-a a conviver com práticas reais de leitura e de escrita; substituindo as tradicionais e artificiais cartilhas por livros, por revistas, por jornais, enfim, pelo material de leitura que circula na escola e na sociedade, e criando situações que tornem necessárias e significativas praticas de produção de textos.
Como já foi dito acima, os alunos já vem para a escola com seus conhecimentos, que não é só o professor q tem algo a ensinar. Hoje em dia o professor além de ter algo a ensinar também aprende muito com os alunos e devemos deixar que eles participassem cada vez mais investigando e chegado as suas próprias conclusões, o professor é mais um auxiliador do conhecimento dos alunos.
Alfabetizar letrando é quando o professor compreende o universo de seu aluno e aplique todo o seu conhecimento e sabedoria com base nessa realidade.
O professor não deve dissociar alfabetização de letramento, pois deve trabalhar com seus alunos de forma simultânea. Para melhorar minha prática pedagógica,é preciso fazer os alunos compreenderem e utilizarem a leitura e escrita nas mais diversas situações do dia-a-dia,a fim de repensar o ensino da língua.


Conclusão


Visto que a sociedade hoje é uma sociedade grafocêntrica, não basta ao indivíduo ser simplesmente alfabetizado, ou seja, aprender meramente a decodificar. Faz-se necessário que o mesmo seja também letrado para que possa exercer as práticas sociais de leitura e escrita nesta sociedade. Percebemos que tudo que já foi feito ainda é pouco e que muita teoria e discussão não foram suficientes para mudar as estatísticas.
Do que precisamos, verdadeiramente, é conscientizar o professor alfabetizador, pois somente quando ele tiver consciência da importância de seu papel, na formação do educando em seu exercício das práticas sociais de leitura e escrita na sociedade em que vive, é que vai romper com paradigmas tradicionais e perceber que não basta alfabetizar. Hoje os nossos alunos necessitam de um processo de aprendizagem que focalize o alfabetizar letrando. Enquanto não houver uma ação significativa, um investimento na formação do professor alfabetizador, as estatísticas continuarão gritando e retratando o que encontramos em nossas escolas: alunos que chegam à 4ª série sem estarem alfabetizados e letrados, e professores descomprometidos por falta de formação, de conhecimento e de valorização.
Se quisermos propiciar a construção de conhecimentos das crianças precisamos analisar, pensar, escolher novas situações problemas não só para desafiá-las, mas para inferir cada vez mais sobre seu processo de construção de conhecimento.
Os desafios que se coloca para os primeiros anos da educação fundamental é o de conciliar esses dois processos (alfabetização e letramento), assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético-ortográfico e condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita. Não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar; trata-se de alfabetizar letrando.


Referências


ALVES, Bruna Pereira. As distintas concepções acerca dos conceitos de alfabetização. Disponível em: www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/Urutagua/article/.../3797. Acesso em: 15 de Outubro de 2009.

AZENHA, Maria da Graça. Construtivismo: de Piaget a Emilia Ferreiro. 7ª ed. São Paulo: Ática, 1999.

COLELLO, Silvia M. Gasparian. Alfabetização e Letramento:
Repensando o Ensino da Língua Escrita. Disponível em: http://www.hottopos.com/videtur29/silvia.htm. Acesso em: 01 de Outubro de 2009.

DROUET, Ruth Caribé da Rocha. Distúrbios da Aprendizagem. 4ª Ed. São Paulo: Ática, 2000.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23ªed. São Paulo: Cortez, 1989. Disponível em: www.bibliotecadafloresta.ac.gov.br/biblioteca/LIVROS_PAULO_FREIRE/A_importancia_do_ato_de_ler.pdf. Acesso em: 20 de Outubro de 2009.

HOFFMANN, Jussara. Texto de Hoffmann relacionado à Leitura. 2009. Disponível em: http://doidoeusodeperto.blogspot.com/2009/05/texto-de-hoffmann-relacionado-leitura.html. Acesso em: 17 de Outubro de 2009.

JOSÉ, Elisabete da Assunção; COLEHO, Maria Teresa. Problemas da Aprendizagem. 10ª Ed. São Paulo: Ática, 1999.

NICOLAU, Marieta L. M.; MAURO, Maria A. F. Alfabetizando com sucesso. São Paulo: EPU, 1986.

SOARES, Magda. A Reinvenção da Alfabetização. Disponível em: www.cereja.org.br/arquivos.../magda_soares_reinvencao.pdf. Acesso em: 01 de Outubro de 2009.

______________. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf. Acesso em: 01 de Outubro de 2009.

SOARES, Magda Becker. Letrar é mais que alfabetizar. Disponível em: http://intervox.nce.ufrj.br/%7Eedpaes/magda.htm. Acesso em: 19 de Outubro de 2009.
Sobre o Autor
natural de Boa Vista do Buricá - RS, atualmente residindo em Taquarituba - SP. Bacharel em Filosofia pela Faculdade São Luis - Brusque/SC e estudante de Pedagogia pela Faculdade de Pinhais/PR.
ACESSE: http://jaimerobertothomaz.blogspot.com/ e http://JOCHEM.jogacraque.com


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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Filmes da Semana nos Cinemas




TRAILER DE UM OLHAR DO PARAISO LEGENDADO blog CINEMA NEWS

Em dezembro de 1973, Susie Salmon voltava da escola para casa quando foi assassinada. Ela tinha apenas 14 anos. Depois de morta, Susie continua a velar por sua família, enquanto seu assassino permanece solto. Presa em um extraordinário, ainda que misterioso, espaço entre a Terra e o Céu a menina descobre que precisa escolher entre a busca por vingança e o desejo de ver seus amados seguirem em frente.




Trailer legendado do filme "Um Homem Sério" ("A Serious Man"), com Michael Stuhlbarg, Fred Melamed, Richard Kind, Aaron Wolf, Sari Wagner, Jessica McManus, Adam Arkin. Em 1967, um professor do meio oeste americano vê sua vida desmoronar diante de seus olhos quando a esposa decide abandonar a casa onde moram por causa do cunhado, que não quer se mudar. Estreia dia 19 de fevereiro. Direção: Joel Coen e Ethan Coen. © 2009 Focus Features

 

 Trailer original do filme "O Mensageiro" ("The Messenger"), com Ben Foster, Jena Malone, Eamonn Walker e Woody Harrelson. O soldado americano Will é remanejado para a divisão de notificação de falecimento de militares no front iraquiano, onde se apaixona por uma das viúvas. Estreia dia 19 de fevereiro. Direção: Oren Moverman. © Paris Filmes


 




Trailer legendado do filme "Educação" ("An Education"), com Carey Mulligan, Peter Sarsgaard, Alfred Molina, Dominic Cooper, Rosamund Pike, Olivia Williams, Emma Thompson, Cara Seymour, Matthew Beard, Sally Hawkins. A mudança na vida de uma adolescente de Londres nos anos 1960, com a chegada de um playboy nas redondezas. Estreia dia 19 de fevereiro. Direção: Lone Scherfig. © 2009 Sony Classics

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Conversas sobre Didática,