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quinta-feira, 4 de abril de 2013
Escola de Psicanálise de Campinas Atividades em 20 de abril de 2013 às 10 da manhã.
ENCONTROS COM O AUTOR
(aberto ao público)
A proposta da Comissão de Biblioteca da Escola de Psicanálise de Campinas é se constituir como um espaço de interlocução, buscando sintonia com as atividades da Escola.
Em 2011, o acervo foi informatizado viabilizando o acesso online à pesquisa de obras.
Em 2012 iniciamos a atividade “Encontro com um autor”, espaço onde autores são convidados a debater obras e textos que se articulam com questões trabalhadas na Escola. Neste ano, pretendemos dar prosseguimento a este trabalho, especialmente em torno dos significantes: autoria, função autor, escrita, dispositivo, publicação. Visando assim, estimular a circulação e a aproximação entre membros, acervo e autores que compõem a nossa Biblioteca, trabalhando questões relativas à autoria e escrita em psicanálise.
1º ENCONTRO COM O AUTOR – 2013
Data/Hora: 20 de abril –às 10:00 h.
Tema: AS DIT-MANSIONS DA AUTORIA
Autora: ALESSANDRA FERNANDES CARREIRA
Psicanalista. Membro fundador de Lalíngua – Espaço de Interlocução em Psicanálise (Ribeirão Preto). Pós-doutora pelo IEL-UNICAMP. Professora titular BD do curso de Psicologia da UNAERP.
2º ENCONTRO COM O AUTOR - 2013
Data/Hora 31 de agosto - às 10:00 h
Tema: CARTEL E PASSE COMO DISPOSITIVO DE FORMAÇÃO DO PSICANALISTA
Autor: MÁRCIO MARIGUELA
Psicanalista, professor de Filosofia na UNIMEP, autor dos livros: Lacan, o passador de Politzer: Psicanálise e surrealismo" e "Epistemologia da Psicologia".
Membros da Comissão de Biblioteca
Daniela Quevedo
Geison de Araújo Campos
Rita de Cássia Segantini Bonança
R. Pe. Almeida, 515 sala 42 - Cambuí
Campinas / SP - 13025-250
Fone : (19) 3253.1945
Telefax : (19) 3254.0542
E-mail : epsicamp@uol.com.br
Secretária: Marli A. S. A. Oliveira
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quarta-feira, 3 de abril de 2013
Ad Hominem - Humanidades e outras Falácias: Platão e os Idiotas
Ad Hominem - Humanidades e outras Falácias: Platão e os Idiotas: O idiota é fácil de manipular, mas difícil de persuadir. Esta é quase que a única lição que tirei de muitas conversas infrutíferas dos últ...
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A influência da psicomotricidade para o desenvolvimento da linguagem e da escrita
Estudantes perdem vagas de estágio por erros de português
Do UOL, em São Paulo
Uma pesquisa feita pelo Nube (Núcleo
Brasileiro de Estágios) durante o ano de 2012 mostrou que de 7.219 estudantes
que disputavam uma vaga de estágio, 2.081 (28,8%) foram eliminados por erros de
português. Para realizar a pesquisa foi utilizado um ditado de 30 palavras – o
candidato com mais de sete erros era eliminado. Palavras como
"adptação", "flequicivel", "ancioço" e
"obiseção" foram escritas por estudantes no exercício.
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alunos de instituições privadas. A pesquisa também dividiu os resultados por
cursos. Os piores índices ficaram entre os alunos de pedagogia (50% de
reprovação), jornalismo (49%), matemática (41,4%), psicologia (41%) e ciência
da computação (40%). Já os melhores resultados foram atingidos pelos estudantes
de comércio exterior (83% de aprovação), medicina veterinária (82%), relações
públicas (80%), engenharia de produção (80%), nutrição (75,5%), engenharia
elétrica (74,5%) e direito (74%).
O índice de reprovação foi
maior entre os homens, com 32% dos candidatos eliminados. Entre as mulheres, a
porcentagem de reprovação foi de 26,6%. Segundo a pesquisa, os jovens entre 14
e 18 anos apresentaram melhor desempenho, com 75% de aprovação no teste. Em
seguida, aparecem as pessoas entre 19 a 25 anos (68,9%), 26 a 30 anos (69,2%) e
acima de 30 anos (71,2%). Alunos do ensino médio técnico tiveram o pior
desempenho nos testes: cerca de 37% ultrapassaram as falhas aceitáveis no
processo seletivo. Na sequência do desempenho insatisfatório, aparecem os
estudantes de cursos tecnólogos (30%), médio (29%) e superior (28,5%). Redações
com nota máxima no Enem têm erros como "enchergar" e
"trousse" No ensino médio, alunos de escolas particulares tiveram
resultados melhores do que os alunos de escolas públicas. Já no ensino
superior, os estudantes de universidades públicas foram melhores do que os
alunos de instituições privadas. A pesquisa também dividiu os resultados por
cursos. Os piores índices ficaram entre os alunos de pedagogia (50% de
reprovação), jornalismo (49%), matemática (41,4%), psicologia (41%) e ciência
da computação (40%). Já os melhores resultados foram atingidos pelos estudantes
de comércio exterior (83% de aprovação), medicina veterinária (82%), relações
públicas (80%), engenharia de produção (80%), nutrição (75,5%), engenharia
elétrica (74,5%) e direito (74%).
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Agressão a motorista teria provocado queda de ônibus que matou sete no Rio Luiz Prisco Renata Mariz - -
Agressão a motorista teria provocado queda de ônibus que matou sete no Rio
Renata Mariz - -
Publicação: 03/04/2013 07:25 Atualização: 03/04/2013 07:31
Uma multidão de curiosos se aglomerou para ver o ônibus tombado, atrapalhando o trabalho dos bombeiros |
Pelo menos sete pessoas morreram e 11 ficaram feridas, a maioria gravemente,em um acidente com o ônibus da linha 328, que caiu do Viaduto Brigadeiro Trompowski — de acesso às ilhas do Fundão e do Governador (Zona Norte)—sobre a Avenida Brasil,a mais movimentada do Rio de Janeiro e principal via de ligação do subúrbio como Centro. Segundo informações prestadas no local do desastre por sobreviventes e testemunhas,uma discussão entre o motorista do coletivo e um passageiro antecedeu a queda de uma altura de 10 metros. O passageiro, irritado por não ter conseguido descer no ponto desejado, teria pulado a roleta e desferido um chute no motorista, que perdeu o controle do veículo. As circunstâncias do acidente ainda serão apuradas.
Entre os mortos, cinco são homens entre 36 e 41 anos. Uma mulher de 62 anos e uma que ainda não havia sido identificada até o fechamento desta edição completam a lista de mortos. Os hospitais Miguel Couto, de Bonsucesso, Souza Aguiar, Sacaruna e Getúlio Vargas receberam os feridos na tragédia. Há, pelo menos, dois politraumatizados. Uma adolescente de 17anos quebrou a clavícula e sofreu traumatismo craniano leve. Uma menina de 7 anos foi levada para o centro de tomografia do Hospital Federal de Bonsucesso.
Os feridos foram resgatados de helicóptero pela equipe do Corpo de Bombeiros, mobilizada logo depois da tragédia. Segundo o comandante da corporação, Sérgio Simões, cerca de 50 homens atuaram no atendimento às vítimas. No início da noite, o ônibus foi desvirado com a ajuda de máquinas. Funcionários da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) retiraram os destroços da via. O trânsito no sentido Centro foi bloqueado. Nos dois sentidos da via expressa foram formados grandes engarrafamentos.
VISTORIA EM DIA Segundo a assessoria da Secretaria municipal de Transportes,o ônibus da empresa Paranapuan pertencente ao consórcio Internorte estava com a documentação em dia e apresentava bom estado de conservação. A última inspeção pela qual o veículo passou foi em 3 de setembro de 2012. As vistorias têm validade de um ano. A Transportes Paranapuan é uma das empresas de transporte mais antigas do Rio, fundada em 1950. Tem 700 empregados e uma frota de 213 ônibus. Otacílio Monteiro, vice-presidente do Sindicato Rio Ônibus, ao qual a Paranapuan é ligada, disse não saber se motoristas de ônibus do município recebem treinamento de como se comportar em caso de discussão ou agressão praticadas por passageiros e lembrou que os coletivos são equipados com câmeras de segurança que podem ajudar a esclarecer o que ocorreu antes do acidente.
http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2013/04/03/interna_nacional,366653/agressao-a-motorista-teria-provocado-queda-de-onibus-que-matou-sete-no-rio.shtml
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A teoria do valor e o mito da mais-valia Escrito por João Luiz Mauad
A teoria do valor e o mito da mais-valia
Escrito por João Luiz Mauad
Quinta, 22 de Novembro de 2007 06:32
"Adam Smith e David Ricardo lançaram, nas suas investigações econômicas, os fundamentos da teoria do valor-trabalho. Marx continuou sua obra. Fundamentou com toda precisão e desenvolveu de forma conseqüente aquela teoria. Mostrou que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de tempo de trabalho socialmente necessário investido na sua produção."
Vladímir Ilitch Ulianov, dito Lênin.
É quase impossível acreditar que dois dos maiores gênios que a ciência econômica já conheceu estiveram na raiz de toda essa baboseira teórica chamada "mais-valia". Por mais inverossímil que pareça, no entanto, quanto a isso não há em que desmentir o maestro do bolchevismo, autor da epígrafe. Marx realmente apoiou a sua tese fundamental sobre as teorias dos dois economistas clássicos, torcendo e contorcendo argumentos à exaustão, evidentemente, como era do seu feitio.
Naquela época, a maioria dos economistas acreditava que os bens valiam o quanto custava para produzi-los, ou seja, tinham um valor intrínseco. Muito embora Adam Smith tenha partido de um "insight" perfeito, quando inferiu que o trabalho é o meio que tem todo indivíduo para alcançar o verdadeiro fim, ou seja, o consumo das coisas que lhe garantirão o bem-estar, sua dedução sobre o "valor real" dos bens como função exclusiva do "valor-trabalho" neles embutido estava obviamente equivocada, dentre outras coisas, por desconsiderar fatores como as diferenças de produtividade do trabalho ou as preferências individuais.
(Aliás, se o estimado leitor me permite uma rápida digressão, o erro de Smith e Ricardo só vem comprovar aquilo que muitos já sabem, mas que outros tantos ainda insistem em recusar: nenhum homem, por mais sábio que seja, estará certo 100% do tempo. Nem mesmo os maiores filósofos e os melhores cientistas estão imunes ao erro. Alguns acertaram mais do que erraram e outros estiveram equivocados quase o tempo todo. A ciência é uma obra em permanente construção, em que a dúvida e a investigação têm papel decisivo, cabendo aos estudiosos que se debruçam sobre ela separar o joio do trigo e fazê-la evoluir. Nesse contexto, não se pode, por exemplo, considerar a obra de Marx uma completa "nulidade", malgrado ela carregue em seu bojo uma imensidão de equívocos. “O Capital”, principalmente, traz algumas contribuições ao pensamento econômico, notadamente em relação à história do capitalismo ainda em seus primórdios. O que não dá é para transformar uma obra que já se provou ultrapassada em Bíblia de economia, como é feito amiúde nas nossas universidades.)
Mas, voltando à mais-valia, mais incrível ainda do que o erro dos economistas clássicos é constatar que há, em pleno século XXI, certos "intelequituais" que nunca ouviram falar da teoria marginalista ou em valoração subjetiva, e continuam apostando todas as fichas numa extemporânea luta de classes, apoiada no suposto antagonismo entre capital e trabalho, burguesia e proletariado, cuja gênese está justamente na tese espúria da "mais-valia" e sua idiota interpretação de que o lucro não é outra coisa senão a exploração do trabalho, quando na verdade ele é fruto da satisfação do consumidor e da eficiência empresarial.
Foram os liberais austríacos que derrubaram a teoria do valor-trabalho de Smith e Ricardo, demonstrando, por tabela, que a base sobre a qual Marx ergueu a tese da mais-valia e tudo que dela deriva, inclusive – e principalmente – a existência de um conflito de classes inexorável (que povoa ainda hoje os sonhos revolucionários de um monte de gente), é uma tremenda furada. A "revolução" austríaca está, basicamente, no “insight” de que a pedra angular da teoria econômica é a avaliação (individual) subjetiva. Fiquemos com uma síntese de Murray Rothbard:
"A ciência econômica não trata das coisas ou dos objetos materiais. Ela analisa os atributos lógicos e as conseqüências da valoração individual. Evidentemente, as "coisas" fazem parte do problema, já que não pode haver valoração sem que existam objetos a serem valorados. Entretanto, a essência e a força propulsora da ação humana – e, portanto, do mercado – são as avaliações dos indivíduos. A ação humana é resultado de escolhas entre alternativas, que refletem valores, ou seja, preferências individuais."
Resumidamente, o que os austríacos fizeram foi demonstrar que o valor de troca dos bens é função de parâmetros outros, que não apenas os custos diretos dos mesmos e, muito menos, a quantidade de trabalho neles embutida, como inferiu equivocadamente Adam Smith. Dentre outras coisas, mostraram que, se o valor dos bens dependesse exclusivamente do seu custo, circunstâncias como escassez, abundância, utilidade ou preferências subjetivas não teriam qualquer relevância na formação do valor de troca e, conseqüentemente, nos preços dos bens. Um diamante bruto, achado ao acaso, por exemplo, jamais poderia valer mais do que, digamos, um par de sapatos ou uma bisnaga de pão.
O valor subjetivo que atribuímos às coisas varia em função de diversas circunstâncias, como clima (invernos amenos costumam fazer encalhar coleções inteiras), estado psicológico do consumidor (euforia ou depressão), etc. Quem nunca notou, por exemplo, que é muito mais difícil resistir àqueles lindos salgados da vitrine de qualquer boa padaria antes do almoço do que depois dele? Por conta desse detalhe simples, famílias precavidas e econômicas estabelecem como norma que as compras do supermercado sejam feitas somente de barriga cheia, a fim de evitar que as guloseimas expostas nas prateleiras se transformem em tentações irresistíveis.
Ademais, se a satisfação do comprador ou a escassez de determinado produto não tivessem qualquer interferência na formação do valor de troca, como desejava Marx, nenhuma empresa jamais teria problemas para vender seus produtos, bastando ofertá-los no mercado a preço de custo, mais uma módica margem de lucro e os clientes fariam fila na sua porta. Até mesmo a venda de geladeiras para esquimós seria possível e lucrativa, já que as necessidades e preferências do consumidor não teriam qualquer peso.
Partindo da premissa de que havia um componente subjetivo na formação de valor de todos os bens, os economistas austríacos desenvolveram também o que se convencionou chamar de "teoria marginalista", ou "lei da utilidade marginal decrescente", a qual, resumidamente, estabelece que "cada unidade extra de um determinado bem proporciona menor benefício subjetivo que a unidade anterior". Imagine um homem perdido no meio do deserto, sedento e cansado. Ele provavelmente seria capaz de pagar uma fortuna ao primeiro "capitalista" que aparecesse em seu caminho para vender-lhe uma simples garrafa de água gelada, mas não pagaria o mesmo valor por uma segunda e assim sucessivamente.
Em resumo, o preço de venda de qualquer bem depende da avaliação subjetiva que tanto compradores quanto vendedores fazem dele, e não apenas do custo de produção nele embutido e, muito menos, do tal "valor-trabalho". Se entro numa loja e compro um par de sapatos é porque valorizo mais o produto do que o dinheiro pago por ele, enquanto o comerciante valoriza mais o dinheiro do que a mercadoria. Quem quer que já tenha precisado vender com urgência um bem de menor liquidez (imóvel, veículo, etc.) sabe que o valor que atribuímos a ele se reduz à medida que o tempo se esgota.
De tão óbvias e elementares que são as evidências acima, a impressão que se tem é que os acadêmicos marxistas e sua profusão de acólitos são viajantes do tempo. É como se eles não fossem do presente, mas seres do passado. Em matéria de economia, estão ainda na pré-história. Comparando com a astronomia, por exemplo, eles seriam de uma era anterior a Galileu.
Publicado originalmente no MidiaSemMascara.org
Eugen von BÖHM-BAWERK A teoria da exploração do socialismo-comunismo A idéia de que toda renda não advinda do trabalho (aluguel, juro e lucro) envolve injustiça econômica (Um extrato) Tradução LYA LUFT
Eugen von BÖHM-BAWERK A teoria da exploração do socialismo-comunismo A idéia de que toda renda não advinda do trabalho (aluguel, juro e lucro) envolve injustiça econômica (Um extrato) Tradução LYA LUFT from joão maria
fonte> Olavo de Carvalho. Org.
http://www.olavodecarvalho.org/bbawerk/rosto_bohm.htm
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Economia doméstica 2 de abril de 2013 | 10h15 José Paulo Kupfer
Economia doméstica
2 de abril de 2013 | 10h15
José Paulo Kupfer
Eles são 7,2 milhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) ou 6,6 milhões, de acordo com a última Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), do IBGE. Seja qual for a fonte, o número de trabalhadores domésticos no Brasil, em termos absolutos, é o maior do mundo.
Mesmo em termos relativos, na comparação com o conjunto da população ocupada, o Brasil, com seus quase 8% de empregados domésticos, dos quais mais de 90% são mulheres, ocupa lugar destacado no ranking da OIT. Está logo depois dos dez primeiros, ao lado de Argentina e Uruguai, numa lista liderada por ricos países árabes produtores de petróleo, de baixa população e renda mal distribuída.
Só o tamanho desse contingente de trabalhadores, o de maior participação isolada na população empregada, seria suficiente para permitir prever ampla repercussão à aprovação da PEC 66/2012, emenda constitucional que altera o regime de trabalho dos trabalhadores domésticos – e praticamente iguala seus benefícios aos dos demais trabalhadores –, prevista para ser promulgada, em sessão solene do Congresso, nesta terça-feira.
Não têm sido poucos os que concluem que o tiro sairá pela culatra, com as novas regras promovendo, na direção oposta de seus objetivos, demissão em massa e aumento da informalidade. É de se notar que esse mesmo tipo de argumentação, na qual a ideia-força é a de que os pretensos beneficiários acabarão vítimas de imposições legais paternalistas, é recorrente no Brasil, desde os debates que culminaram com a abolição da escravatura, quando a sociedade se vê diante da opção de adotar normas legais de inclusão social.
Com a estabilidade relativa da moeda e a ampliação de ações inclusivas, o Brasil tem experimentado, nas últimas duas décadas, com a estabilidade da moeda e a ampliação de ações inclusivas, mudanças sociais nada desprezíveis. Essas mudanças são visíveis no dia a dia, mas nem todos parecem já se terem se dado conta do alcance dessas transformações;
O caso das transformações no mercado de trabalho doméstico talvez seja um dos mais emblemáticos. Como mostram gráficos organizados pelo “Estadão Dados”, núcleo de estatísticas do Grupo Estado, a partir de levantamentos do Dieese, nas seis maiores capitais brasileiras, de 2001 a 2011, os salários dos trabalhadores domésticos aumentaram, a informalidade caiu e o perfil educacional melhorou (veja em http://migre.me/dWn9T). As exigências da nova lei, no fim das contas, nada mais fazem do que acompanhar as tendências do mercado.
Na verdade, a realidade o mercado de trabalho doméstico tem apresentado, isto sim, retração cada vez mais acelerada de oferta de mão de obra – foram 133 mil pessoas que deixaram a profissão em 2012 e, só nos primeiros dois meses de 2013. o êxodo somou 28 mil pessoas. Nos últimos dez anos, em consequência, a remuneração de trabalhadores domésticos, segundo o IBGE, subiu quase o dobro do aumento médio geral no mercado de trabalho.
Nada disso significa que os impactos da nova lei sejam desprezíveis. Para o FGTS e o INSS, por exemplo, são, certamente, grandes e positivos, pois a tendência à formalização, até diante do risco trabalhista potencial que a novidade passou a impor, diferentemente de certas análises, deve se consolidar. O outro lado dessa moeda, no caso com viés negativo, pelos custos que certamente acarretará, diz respeito à alta possibilidade de aumento do recurso à Justiça do Trabalho.
Não há dúvida também que os custos não salariais de manutenção de trabalhadores domésticos aumentarão e as relações entre patrões e empregados, no ambiente de trabalho delimitado pelo lar – controle de cumprimento de jornada e horas extras, organização de folgas etc. – ficarão mais complicadas. Os maiores incômodos, de todo modo, incidirão no período de transição entre a entrada em vigor das novas regras e as adaptações que serão ditadas pela vida real cotidiana.
Por esta razão, é fundamental que, ao regulamentar aspectos cruciais da lei ainda por definir – adicional noturno, burocracia da contribuição para o FGTS, custos do seguro-desemprego e assistência a filhos de empregados menores de cinco anos –, o governo tenha em mente que, do ponto de vista da tributação e das exigências burocráticas, mais ainda do que no caso das categorias de empresas que a legislação já diferencia e oferece facilidades, o lar é um local peculiaríssimo de trabalho e como tal deve ser tratado.
http://blogs.estadao.com.br/jpkupfer/economia-domestica/
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O PEC das domésticas
A aprovação do PEC das domésticas poderá gerar uma onda brutal de desemprego no setor. O artigo de José Paulo Kupfer (http://blogs.estadao.com.br/jpkupfer/...) está muito bom para mostrar os detalhes desse mercado.. Outro artigo importante aponta para um desdobramento impostante sobre aqueles empregados que acompanham idosos. O risco de desemprego aqui é ainda maior (http://economia.estadao.com.br/notici...) Os que apoiaram essa esdrúxula medida legislativa são maus governantes, gente muito irresponsável.
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