quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O impasse da inclusão


Políticas Públicas
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Janeiro/2012
Educação inclusiva | Edição 177

O impasse da inclusão


Mudança na meta 4 do Plano Nacional de Educação e revogação de decreto de educação inclusiva reacendem debate sobre políticas para alunos com necessidades especiais


Camila Ploennes
 
Na última década, o país registrou uma evolução significativa na política de inclusão das crianças com deficiência em escolas de ensino regular. Entre 1998 e 2010, o aumento no número de alunos especiais matriculados em escolas comuns foi de 1.000%. Em 1998, dos 337,3 mil alunos contabilizados em educação especial, apenas 43,9 mil (ou 13%) estavam matriculados em escolas regulares ou classes comuns. Em 2010, dos 702,6 mil estudantes na mesma condição, 484,3 mil (ou 69%) frequentavam a escola regular. Em contrapartida, o percentual de estudantes matriculados em escolas especializadas e classes especiais caiu no período. Se, em 1998, 87% (o equivalente a 293,4 mil) se enquadravam nesse perfil, a taxa foi reduzida a 31% (o que corresponde a 218,2 mil) do universo total de 2010.
Os números ajudam a entender o efeito causado pelos anúncios feitos pelo governo federal e pelo Congresso Nacional no final de 2011. Em primeiro lugar, o lançamento, em 17 de novembro, do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - o "Viver sem limites". O pacote do programa trouxe, em meio a uma série de medidas, a notícia da revogação do decreto 6.571, assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2008 e considerado por muitos um avanço para o debate sobre educação inclusiva, porque concedia o caráter de complementar ao atendimento feito por escolas e classes especiais, como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).
A outra bomba na discussão foi lançada com a leitura do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2020, que aconteceu em dezembro na Câmara dos Deputados. A meta número 4, que antes se pautava somente pela inclusão, agora abre a possibilidade para o atendimento apenas em classes, escolas ou serviços públicos comunitários a alunos para os quais não seja possível a integração em escolas regulares.
Além de deixar muitas perguntas no ar, as duas notícias reacendem questões antigas sobre a política de educação inclusiva no país, e incitam, mais uma vez, a "briga" entre os dois grupos envolvidos no debate: aqueles que defendem a matrícula na escola regular como um direito fundamental, e os que apontam a falta de infraestrutura das escolas públicas, que seriam incapazes de atender alunos com necessidades especiais. Desta vez, o processo conta com um agravante: a falta de precisão tanto do decreto 7.611, assinado pela presidente Dilma Rousseff para substituir o 6.571, como do texto do PNE.
HistóricoEm 2007, após o país ter sido signatário da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em Nova York, o então presidente Lula assinou o decreto 6.253, que regulamentou alguns dispositivos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Entre outras medidas, o texto instituiu e definiu o Atendimento Educacional Especializado (AEE) como um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade prestados de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular. Além disso, a legislação introduziu o dispositivo do duplo repasse de verba no âmbito do Fundeb. Na prática, os estudantes que recebessem o AEE em escolas ou instituições especializadas e estivessem matriculados em escolas regulares seriam contabilizados duas vezes.
Já o decreto 6.571, de 2008, acrescentou um dispositivo à legislação anterior: o AEE poderia ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou pelas instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o poder público. Por último, o polêmico decreto 7.611. Se o artigo 4º afirma que o poder público estimulará o acesso ao AEE de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla matrícula, o parágrafo 1º do artigo 14 diz que serão consideradas, para a educação especial, tanto as matrículas na rede regular de ensino como nas escolas especiais ou especializadas.
O debate fica ainda mais confuso quando o objeto de análise é a versão preliminar do PNE, na qual a ambiguidade da meta 4 é mais evidente: "universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, preferencialmente, na rede regular de ensino, garantindo o atendimento educacional especializado em classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou comunitários, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível sua integração nas classes comuns". A primeira versão do projeto de lei focava apenas na expansão do atendimento escolar: "universalizar, para a população de quatro a dezessete anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino".
Para o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, o novo texto é resultado da pressa do deputado e relator do PNE Ângelo Vanhoni (PT) em aprovar o plano ainda em 2011. "Depois do decreto, o PSDB se mobilizou para mudar a estratégia de educação inclusiva. O próprio Vanhoni não concorda com a redação da forma que está", conta. Cara afirma que a Campanha propôs ao relator que a meta 4 seja baseada no decreto 7.611. "O decreto é ruim, mas o texto do PNE é pior. Ele prioriza a educação exclusiva, o atendimento especializado como escola, o que é inconstitucional", diz. De fato, diante da evolução das políticas de inclusão no país ao longo dos últimos anos, fica a pergunta: estariam em jogo alterações do ponto de vista da garantia de acesso à educação? Qual, afinal, é a política brasileira para as crianças com necessidades especiais?
Gustavo Morita
Salomão Ximenes, da ONG Ação Educativa: decreto reafirma política de dubiedade
DivergênciasSegundo a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC), não houve mudanças na política de inclusão do governo federal - o decreto de 2008 teria sido revogado "apenas por uma questão de técnica legislativa", devido às alterações do texto no que diz respeito a "objetivas e diretrizes da educação especial". Sobre a mudança introduzida no relatório do PNE, o MEC reafirma que sua política "é inclusiva e se fundamenta na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, que estabelece o direito a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis".
Para Salomão Ximenes, advogado, mestre em educação e coordenador da ONG Ação Educativa, a certeza não é tanta. "É difícil entender o que o decreto 7.611 significa realmente. Ele retoma o atendimento exclusivo em instituições especializadas, mas é muito mais forte no sentido simbólico do que do ponto de vista das consequências", acredita. Isso porque "o texto não aponta mudanças no sistema de dupla matrícula", ressalta (leia texto sobre a questão abaixo). Ximenes também defende que o decreto reafirma a política de dubiedade do governo Lula, que promove a ideia de inclusão e ao mesmo tempo mantém uma porta aberta para o atendimento exclusivo. "Isso se deve à pressão desse setor histórico no campo da assistência às pessoas com deficiência, que tem uma ascendência política forte, inclusive no Congresso", justifica.
O presidente da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes), Eduardo Barbosa, que também é deputado federal (PSDB), admite que o processo condutor à assinatura do novo decreto contou com a interlocução direta da entidade junto ao governo federal. "Todas as federações se sentiram contempladas e inclusive estiveram presentes na solenidade de assinatura do Decreto", enfatizou.

Por outro lado, Claudia Grabois, membro da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária (CDHAJ) da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), critica a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que conduziram o acerto para a nova legislação. "Houve uma reunião apenas com as entidades filantrópicas que defendem a escola especial. Ninguém ouviu o movimento inclusivo. Jamais pensamos que o governo brasileiro pudesse ceder a esse tipo de pressão política, na contramão do que o MEC fez até agora", opina. Já Barbosa defende que o decreto não deixa de lado a inclusão das pessoas com deficiência, mas "garante o direito de escolherem qual o melhor modelo para sua educação".
Para Cláudia, ao reconhecer as instituições conveniadas como escolas,o decreto fere a Constituição Federal e a Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. "Voltam questões como a triagem de quem pode e quem não pode estar na escola comum, enquanto, na verdade, a educação é um direito inalienável, ou seja, não se pode dispor dele", argumenta. A advogada lembra que muitas escolas ainda hoje chegam a negar matrículas alegando falta de preparo ou estrutura.
Segundo ela, o texto do PNE, que atrela a oferta do atendimento especializado ao "diagnóstico" da necessidade do aluno, retoma um modelo clínico da educação para pessoas com necessidades especiais, o que pode agravar essa realidade. "Com o retrocesso para o paradigma da medicalização, as desculpas para não ter as crianças com deficiência nas salas de aula da rede regular devem aumentar, uma vez que para alguns pareça mais barato direcioná-las a escolas especiais do que aplicar o direito e colocar todos os aparatos necessários na escola comum." Essa não é a única crítica feita pela advogada, para quem "todos foram pegos de surpresa" com a mudança da meta número 4. "O texto faz parte de uma articulação política que defende os interesses de alguns e responsabiliza a pessoa com deficiência", afirma, fazendo referência à expressão "sempre que não for possível sua integração nas classes comuns".
A prática em paraleloA discussão, cujo pano de fundo é a viabilidade da integração dos alunos com deficiência em salas de aula regulares, não para por aí. Apesar do esforço das redes de ensino nos últimos anos, no sentido de executar a política inclusiva, as escolas especiais nunca deixaram de existir. "O Ministério da Educação não tem como impor e fiscalizar a inclusão, mas mesmo com dificuldades os municípios vinham tentando se adequar à Constituição, à Convenção e às diretrizes do MEC", relata Claudia Grabois. "Com uma política nacional norteando, todo o esforço era feito no sentido de garantir a educação para todos", completa.
Visão diferente tem Maria Elisa Granchi Fonseca, psicóloga, mestre em educação especial pela Universidade Federal de São Carlos (UFScar) e coordenadora do Centro de Estudos e Desenvolvimento do Autismo e Patologias Associadas (Cedap) da Apae de Pirassununga, em São Paulo. Ela acredita que a escola especial tem mais benefícios a oferecer para um grupo de pessoas com deficiências severas do que o ensino regular. "Existem comportamentos que concorrem com a aprendizagem, casos mais graves. E o apoio de que essas pessoas precisam vai além do que a escola comum e seu currículo parecem poder oferecer agora. Nessa perspectiva, a escola especial tem seu lugar", afirma.
Há 20 anos na Apae, trabalhando com pessoas portadoras de autismo e transtornos globais do desenvolvimento, Maria Elisa conta que muitos dos pais que a procuraram no início de sua carreira, em 1989, não sabiam o que era essa disfunção e acreditavam que os filhos sequer deveriam frequentar a escola. "Eles chegavam à escola especial com meninos que já eram adolescentes e estavam em casa. Alguns deles continuam aqui comigo, já na faixa etária de 40 anos. São os que começaram aqui quando já eram adolescentes", lembra.
Segundo a psicóloga, ainda hoje existem Apaes e outras escolas especiais que não recebem autistas por avaliarem não ter profissionais preparados e estrutura. "Há muitas crianças fora até do ensino especial. Vemos, sim, que há um grupo muito grande que vai se beneficiar com o ensino comum, mas por outro lado há esses que precisam melhorar algumas coisas antes da escolarização mais formal", analisa. Ela conta que, à luz do novo decreto, todos os pais de seus alunos resolveram manter os filhos somente na escola especial da Apae em 2012. Claudia Gabrois lembra que as escolas especiais fazem com que a "força em relação à matrícula" seja perdida. "Muitas famílias desconhecem que os filhos deficientes têm direito de estar em classes comuns de escolas regulares", contrapõe.
Coexistência "O impasse sobre o modelo de inclusão começou por culpa da própria escola especial", reconhece Maria Elisa. Para ela, ao longo da história, as escolas especiais pouco se preocuparam em ser realmente instituições de ensino. Segundo a psicóloga, as Apaes denominavam-se escolas, mas não tinham estrutura, nem regulamentação na Secretaria da Educação. "Em casos assim, a criança não aparece em registro algum como aluno de fato e de direito. Ela passa a ser vista apenas pela saúde. Nesse ponto, sou completamente a favor desse grupo que reforça que ninguém pode ficar fora da escola, porque ainda existem instituições especiais que não são escolas. São hospitais", admite.
Para o psicopedagogo Antônio Eugênio Cunha, autor de Autismo e inclusão - psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família, e professor da Universidade Federal Fluminense, o ensino regular e o ensino especial podem coexistir. Ele avalia que a escola regular se torna inclusiva quando prepara o aluno para seu espaço pedagógico e para a sociedade. E, por sua vez, a escola especial também se torna inclusiva quando prepara o aluno para a escola regular e para a sociedade. "As demandas da educação na contemporaneidade só admitem um tipo de ensino: o ensino inclusivo, que pode acontecer na rede regular ou especial. As necessidades do aluno dirão se é mais adequado estudar numa escola regular ou especial ou nas duas, mas sempre com o objetivo da inclusão", define.
A questão da dupla matrículaEntenda como fica o repasse de verba para a educação especial
Um aspecto que deixa dúvida no texto  do decreto 7.611 está relacionado à questão da dupla matrícula. O artigo 14 do decreto 6.253 de 2007, que regulamenta o Fundeb, foi transcrito de forma integral naquele aprovado em 2011, e a reprodução do texto acabou despertando dúvidas sobre o que aconteceria com a distribuição dos recursos na educação especial. De acordo com o Ministério da Educação, não houve mudanças nesse sentido. E, segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o valor computado da dupla matrícula por aluno da educação especial é repassado às secretarias de educação de cada estado, que são responsáveis por repartir o dinheiro entre as escolas de Educação Básica e as instituições conveniadas.
O esclarecimento do MEC foi feito à reportagem por meio de nota da assessoria de imprensa. No texto, consta que se o estudante cursa a educação especial em uma escola regular da rede pública e recebe o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na mesma escola, essa escola recebe o recurso do Fundeb (relativo àquele aluno) duas vezes. No caso de o estudante cursar a educação especial em escola regular da rede pública e receber o AEE em outra instituição do sistema público de ensino, ou em instituição comunitária, confessional ou filantrópica sem fim lucrativo, com atuação exclusiva na educação especial, conveniada com o poder público, a escola regular pública recebe uma vez por esse estudante e a instituição que oferta o AEE recebe também, pelo mesmo estudante. E, por último, se o aluno estuda apenas em instituição do sistema público de ensino, ou em instituição comunitária, confessional ou filantrópica sem fim lucrativo, com atuação exclusiva na educação especial, essa instituição recebe apenas uma vez.

fonte;
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/177/o-impasse-da-inclusaomudanca-na-meta-4-do-plano-nacional-243674-1.asp

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Consumo de gordura 'boa' reduz mortes por câncer de próstata, diz estudo



DA REUTERS

Uma dieta rica em gordura de origem vegetal, presente em nozes e azeite de oliva, diminui o risco de metástase em pacientes diagnosticados com câncer de próstata. Segundo os pesquisadores, trocar carboidratos por alimentos com esse tipo de gordura também reduziu o risco de morte em geral, independente da causa.
O consumo de gordura saturada e trans, presente em carnes e alimentos processados, no entanto, aumentou os riscos para a saúde dos pacientes avaliados.
"Os médicos recomendam simplesmente cortar as gorduras após o diagnóstico de câncer de próstata", diz o Stephen Freedland, urologista da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Mas o estudo mostra que o consumo do "tipo certo de gordura" (a vegetal) reduz não apenas o risco de morrer do câncer, como também de qualquer doença, explica o médico.
Os pesquisadores acompanharam 4.577 homens com câncer de próstata localizado durante um amplo estudo sobre a saúde dos trabalhadores, iniciado em 1986. Os pacientes preencheram questionários a cada quatro anos sobre a frequência com que consumiam ou bebiam 130 tipos diferentes de alimentos e bebidas.
Em um período de oito a nove anos, 315 homens desenvolveram câncer de próstata letal, do tipo que se espalha por outras partes do organismo. Outros mil pacientes morreram por outras causas.
Os homens que disseram consumir boa parte das calorias diárias a partir de gordura vegetal tiveram risco 33% menor de morrer após o diagnóstico de câncer. Trocar 10% das calorias diárias de carboidratos por gordura vegetal pode resultar em uma queda de 29% no risco de ter câncer de próstata letal e a uma redução de 26% nas chances de morrer por qualquer outra causa, segundo Erin Richman, da Universidade de Califórnia, em São Francisco.
Segundo a pesquisadora, a gordura vegetal contém antioxidantes e pode reduzir inflamações no corpo, dificultando a progressão do câncer. Estimativas da Sociedade Americana do Câncer apontam que um a cada seis homens americanos será diagnosticado com câncer de próstata e um a cada 36 devem morrer em decorrência da doença.

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/06/1293257-consumo-de-gordura-boa-reduz-mortes-por-cancer-de-prostata-diz-estudo.shtml

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Chupeta faz mal para os bebês, como usar e até quando?


Autor: Doutora Carmem
Flexibilidade é um tema  importante, para quem não deseja viver contrariado. Pois contrariados vivem os pais que decidem não dar a chupeta para seus bebês, e não conseguem.
Começa aí o desafio: alguns bebês têm mesmo uma necessidade de sugar maior que outros, para desespero de muitos pais.
Venho por meio deste artigo, dizer que não vou endemonizar a tal chupeta. Mas é claro, que algumas informações e cuidados  são necessários, caso você opte ou seja forçado a oferecê-la.

Cuidados no uso da Chupeta

•Em primeiro lugar: O aleitamento materno evita infecções e alergias e fortalece o vínculo mãe-filho. (Redação dada pela Lei nº 11.474, de 2007), e a chupeta pode diminuir o interesse do bebê pela amamentação.
•Não se desespere caso seu bebê for daqueles que realmente não conseguem satisfazer a necessidade de sucção com o seio ou mamadeira;
• Uma vez decidido que vão dar a chupeta, saiba que o hábito terá um prazo: não há chupetas para crianças maiores que três anos no mercado; portanto programe-se para a remoção da chupeta em torno dos dois anos de idade, para não prejudicar as arcadas;
• Se for o caso de oferecer a chupeta, compre as de silicone, bico ortodôntico no tamanho apropriado à idade;
• Não deixe a mesma pendurada por meio de prendedores na roupa da criança durante o dia.
•  Ofereça apenas antes de dormir;
• Para fazer com que o bebê se desinteresse, ou seja, que fique satisfeito quanto à sua necessidade de sucção, proceda assim:  quando a criança estiver adormecida, faça o toque da chupeta nos lábios estimulando a sucção e depois   remova a mesma por umas dez vezes. Assim o bebê estará “exercitando” sua musculatura perioral, e não mantendo a “malvada chupeta” durante todo o período do sono;
•  Todos os pais querem saber o quanto a chupeta poderá afetar a boa oclusão dos dentes. Tanto a sucção de dedo como o uso de chupeta, terão efeitos diferentes sobre a oclusão, dependendo:
- do tipo facial, do tônus muscular e de uma série de hábitos, como por exemplo, da dieta, mais pastosa ou sólida que for oferecida para essa criança;
- das características respiratórias e saúde geral dessa criança: respiradores bucais, alérgicos e crianças com baixa resistência terão mais propensão  a alterações nas arcadas, que serão potencializadas pelo uso da chupeta;
• Lembre-se sempre: alimentação consistente, variada, de preferência com integrais e orgânicos sempre poderão minimizar os transtornos provocados pela chupeta.

Como tirar o hábito da Chupeta

• A remoção do hábito exige planejamento: conte com a ajuda de um elemento de transição, que pode ser um bichinho de tecido ou pelúcia que poderá transmitir o que a chupeta propiciava: aconchego companhia e segurança;
• Tocar o bebê através da massagem, com o uso do Óleo de Calêndula da Weleda, sempre é importante, para transmitir essa tranqüilidade que o bebê precisa;
• Aromatizar o quarto do bebê também tem efeito tranqüilizante, trás conforto e prazer; (ver link samya)
• Conversar com a criança, fazendo com que compreenda a necessidade de remoção do hábito, geralmente  gera a cooperação. Muitas vezes a criança está empenhada em ajudar, mas não consegue. Medicamentos Homeopáticos ou Antroposóficos nos casos mais resistentes poderão ser de grande ajuda;
• Combinar trocas, em festas especiais como aniversário, Páscoa ou Natal é valido somente se a criança já estiver preparada, do contrário, trará a sensação de frustração para todos;
• Lembre-se de que não dá para fazer tudo de uma só vez: tirar mamadeira, fraldas e chupeta;
• O momento da retirada do hábito da sucção da chupeta não pode ser um momento de tensão familiar, por motivo de doença, desentendimento entre os pais, mudança de escola, de casa ou nascimento de um irmãozinho. Programe-se com antecedência se planeja alguma dessas coisas;
• A presença principalmente damãe, através da calorosidade provinda de cantigas fazem bem a todos, inclusive para a mamãe;
E finalmente, leia o artigo http://desmameconsciente.com.br/epoca-do-desmame  em que os Doze Sentidos são descritos, para ajudar o desmame. Observar todas as possibilidades de criar um ambiente amoroso, terá um efeito transformador em toda a família.

Veja também este vídeo da Dra. Carmem sobre a Chupeta (Chupeta faz mal para as Crianças? (Como e até quando usar a Chupeta?)




fonte: http://www.clinicaamai.com.br/chupeta-faz-mal-para-os-bebes-como-usar-ate-quando



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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Dá Vômitos Ver Regina Casé



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Memória cognitiva...


Memória cognitiva...


MEMORIA
Por Dr. Bernard Croisile.

A maneira como nosso cérebro armazena, mantém e acessa a memória é um processo fascinante. Apenas recentemente é que neurocientistas e pesquisadores acadêmicos começaram a realmente entender como esse processo complicado funciona. As informações que chegam até nós são processadas de três formas primárias:
  • Memória Sensorial – A memória sensorial é usada para descrever nossa habilidade de reter impressões de informações que chegam através dos nossos cinco sentidos. Uma memória sensorial pode existir para qualquer desses canais sensoriais:
    • Memória visual | visão
    • Memória auditiva | audição
    • Memória tátil | tato
    • Memória olfativa | olfato
    • Memória gustativa | paladar
Cada um desses tipos de memória é importante e deficiências em qualquer um deles pode tornar certas tarefas mais difíceis. Por exemplo, deficiências na memória visual podem afetar sua habilidade de ler e escrever. Deficiências na memória auditiva podem afetar sua habilidade de compreender palavras ou lembrar informações que foram apresentadas verbalmente.
Um dos maiores fatores que separa a memória sensorial dos outros tipos de memória é que esse tipo de memória é geralmente armazenado no seu cérebro por menos de dois segundos. Essa breve janela de tempo nos dá tempo suficiente para processar, analisar e interpretar a mensagem que chega. Se julgarmos a informação importante o suficiente, nós a movemos para o próximo tipo de armazenamento.
  • Memória de Curto Prazo / Memória de Trabalho – Quando a informação é julgada importante, nós a movemos da memória sensorial para nossa memória de curto prazo. Através da memória de curto prazo, a maioria dos seres humanos pode lidar com aproximadamente 7 informações durante uns 30 segundos. Podemos estender esse período “ensaiando” a informação, repetindo os pensamentos em nossa mente, o que ajuda a movê-la para a memória de longo prazo. A maioria das informações é perdida (esquecida) na memória de curto prazo. Os limites da memória de curto prazo tornam impossível para qualquer um lembrar tudo que experimentam. Até pessoas com “memória fotográfica” não conseguem se lembrar de tudo, ao contrário da crença popular.
  • Memória de Longo Prazo – Se a informação tiver sorte o suficiente de sobreviver os primeiros dois estágios, ela terá a chance de ser processada e encontrar um lugar em sua memória de longo prazo. Uma metáfora comum é que a memória de longo prazo é a biblioteca do cérebro. Como uma biblioteca tradicional, a informação na memória de longo prazo é classificada, arquivada e indexada de diversas formas. Porque somos criaturas espaciais, e na maior parte organizamos nossas vidas baseadas no tempo, nossas memórias de longo prazo são organizadas por data e hora cronologicamente. O sistema de catalogação de longo prazo do nosso cérebro é complexo, mas é composto por três componentes chave:
    • Memória semântica: A parcela da memória de longo prazo que cuida de formular nossas ideias, significados e conceitos.
    • Memória processual: A parcela da memória de longo prazo que nos ajuda a lembrar como fazer as coisas.
    • Memória episódica: A parcela da memória de longo prazo que se refere à nossa habilidade de resgatar experiências pessoais do nosso passado.
Temos que admitir, esse é um resumo muito breve do que compõe nossa memória e de forma alguma é exaustivo. Além disso, existem definições especiais dentro da memória que fogem da esfera dessa progressão de três estágios. Por exemplo, existe um aspecto da memória que descreve o aumento de sensibilidade da nossa mente subconsciente a certa informação quando nós somos expostos a ela diversas vezes ao longo de um período de tempo. Um exemplo do mundo real é nossa habilidade crescente de lembrar melhor o nome de um colega de trabalho depois que você o ouviu pela quinta vez, ao invés de quando ouviu pela primeira vez.
Estudos mostram que nossa memória melhora com a prática e fazerjogos de memória é uma ótima maneira de se conseguir justamente isso, e de se proteger do declínio cognitivo.  Experimente e você rapidamente estará na direção de melhorar sua memória.


http://www.cerebromelhor.com.br/blog/template_permalink.asp?id=121


http://psicoerikaluppi.blogspot.com.br/2012/05/memoria-por-dr.html

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10 Brinquedos que EDUCAM!


10 Brinquedos que EDUCAM!

BLOCOS DE MONTAR


Para crianças a partir dos 3 anos, dependendo do tamanho do material
Essas peças maleáveis ou sólidas que se encaixam e formam estruturas – casinhas, prédios etc -, além de divertidas, contribuem para o desenvolvimento do raciocínio lógico e de alguns valores. “Favorecem a concentração, a coordenação motora, a interação, a descoberta, a fala e até mesmo o desenvolvimento das regras”.

DAMAS

Para crianças a partir dos 8 anos
Um dos jogos de tabuleiros mais populares do mundo, o jogo de damas desenvolve, entre outras coisas, noções de estratégia. “Brincando se estimula a concentração, o desenvolvimento de regras e respeito ao oponente, trabalha-se o raciocínio lógico, a solução de problemas e a linguagem oral”.

IOIÔ

Para crianças a partir dos 6 anos, dependendo do tipo de objeto
Constituído por dois discos e uma corda que estica e se enrola, o ioiô é um dos brinquedos mais antigos da história. “O brinquedo desenvolve concentração, coordenação motora e até criatividade - dependendo dos malabarismos que as crianças criarem com o ioiô”.

PIÃO

Para crianças a partir dos 7 anos (piões musicais podem ser oferecidos à crianças a partir de 1 ano, porém com fieira)
Uma peça cilíndrica – geralmente de madeira ou de plástico – que gira em seu próprio eixo, impulsionada pelo desenrolar de uma corda em seu corpo. Um dos brinquedos mais populares na América latina, o pião desenvolve mais do que habilidades motoras e não é necessariamente uma atividade individual. “A brincadeira trabalha a concentração, coordenação motora, respeito às regras, experimentação, descoberta, socialização”.

CINCO MARIAS OU JOGO DAS PEDRINHAS

Para crianças a partir dos 4 anos
Cinco saquinhos de areia ou de arroz ou mesmo cinco pedrinhas. Jogue um para o alto e tente pegar os outros antes que o arremessado caia. O ‘malabarismo’ é divertido e um bom treino para a cabeça. “Por meio dessa brincadeira as crianças treinam a concentração, a coordenação motora, a criação e o respeito às regras, a linguagem, a socialização, o raciocínio lógico e a possibilidade de experimentação”.

XADREZ

Para crianças a partir dos 10 anos
Geralmente associado aos adultos, o jogo de xadrez pode ser muito interessante e construtivo para as crianças. “O xadrez trabalha a concentração, o raciocínio lógico, a resolução de problemas, o desenvolvimento e o respeito às regras e a socialização”.

BONECOS

Para crianças de qualquer idade, dependendo do tamanho do material em relação à idade
Brincar com representações humanas ajuda no estabelecimento de noções fundamentais para a vida em sociedade. “Os bonecos permitem que as crianças representem papéis sociais, lidem com a possibilidade de erro, façam descobertas e desenvolvam a linguagem".

CARRINHOS

Para crianças a partir dos seis meses de idade, dependendo do tamanho do brinquedo
Assim como os bonecos, as representações de automóveis (aviõezinhos, caminhões, etc) ajudam as crianças a assimilarem regras sociais. “Brincadeiras com miniaturas de automóveis estimulam a representação do mundo técnico e social, a representação de papéis e de regras e desenvolvem a linguagem nas crianças”.

INSTRUMENTOS MUSICAIS

Desde recém-nascido
Crianças costumam ficar fascinadas com música. Colocá-las em contato com instrumentos desde cedo desenvolve não só habilidades musicais. “Por meio da música a criança treina a concentração, a audição e a criatividade”.

Por: Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da faculdade de Educação da PUC-SP.



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domingo, 8 de dezembro de 2013

O QUE É INIBIÇÃO COGNITIVA?


O QUE É INIBIÇÃO COGNITIVA?

Inibição cognitiva

Por: Rosa Azambuja

Entende-se por inibição cognitiva a uma diminuição da atuação de algum aspecto da cognição, enquanto o sintomatizar é a sua transformação. A inibição cognitiva, nessa ótica, é a diminuição dos processos cognitivos os quais a adaptação mobiliza, o que é expresso na forma de sintoma, entendido como dificuldade de aprendizagem.

A inibição de um dos movimentos do processo de equilibração impede a permanente reconstrução pessoal da modalidade a partir dos quatro níveis (organismo, corpo, inteligência e desejo).

O sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, a partir daí, esta perde a possibilidade de ir transformando-se e de ser utilizada para transformar. O sintoma implica colocar em outro lado, jogar fora, atuar o que não se pode simbolizar, enquanto a simbolização permite ressignificar, e a ressignificação possibilita que a modalidade possa ir se modificando.

Ao não poder estabelecer este processo de ressignificação interno à própria modalidade de aprendizagem, esta modalidade fica enrijecida, impedindo ou dificultando a aprendizagem de determinados aspectos da realidade. Fernández (1991 p.116)

A Inibição Cognitiva de fundo emocional, ou de ordem das relações, pode ser questionada se o psicopedagogo não tiver a afetividade como variante no processo de aprendizagem. Sobre o assunto,  Griz (2004) cita Pain (1996) ao descrever que:

“A inibição precoce de atividades assimilativo-acomodativas dá lugar à modalidade nos processos representativos, cujos extremos podemos caracterizar da seguinte maneira:

- hipoassimilação: os esquemas de objetos permanecem empobrecidos, bem como a capacidade de coordená-los. Isto resulta num déficit lúdico, e na disfunção do papel antecipatório da imaginação criadora;

- hiperassimilação: pode dar-se uma internalização prematura dos esquemas, com um predomínio lúdico que ao invés de permitir a antecipação de transformações possíveis, desrealiza negativamente o pensamento da criança;

- hipoacomodação: que aparece quando o ritmo da criança não foi respeitado, nem sua necessidade de repetir muitas vezes a mesma experiência. Sabemos que a modalidade da atividade do bebê é a circularidade, mas esta não pode ser exercitada no caso de perder-se o objeto sobre o qual se aplica; isto por sua vez atrasa a imitação adiada e, portanto, a internalização das imagens. Assim, podem aparecer problemas na aquisição da linguagem, quando os estímulos são confusos e fugazes;

- hiperacomodação: acontece quando houve superestimulação da imitação. A criança pode cumprir as instruções atuais, mas não dispõe de suas experiências nem de sua experiência prévia com facilidade” ( p 47 ).

A partir da descirção da supracitada autora, Griz (2004) compreende a importância de análisar a influência dos aspectos afetivos do sujeito que interfere na constituição dos esquemas cognitivos causando dificuldade de aprendizagem ou inbição cognitiva.

Referencias:

GRIZ. Maria das Graças S. Cognição e Afetividade. Psicopedagogia Online. 2004. Disponível emhttp://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=494

FERNANDEZ. Alicia. A Inteligencia Aprisionada. Porto Alegre. Artes Médicas, 1991.

Wilkipedia.org. Inibição Cognitiva. Disponível emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Inibi%C3%A7%C3%A3o_cognitiva


http://psicoerikaluppi.blogspot.com.br/2012/05/o-que-e-inibicao-cognitiva.html

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sábado, 7 de dezembro de 2013

Mudança na rede de estadual Paulista amplia chance de reprovação

Alunos da rede pública de SP


Mudança na rede de estadual amplia chance de reprovação

O novo sistema prevê que o ensino fundamental seja dividido em três ciclos: do 1º ao 3º ano, do 4º ao 6º ano e do 7º ao 9º ano

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta sexta-feira 8 que, a partir de 2014, os alunos do ensino fundamental da rede estadual de ensino passarão por três ciclos com possibilidade de reprovação.
Atualmente a rede estadual funciona com o sistema de ciclos no ensino fundamental. Ou seja, o aluno só é retido ao final do 5º ano e ao final do 9º ano caso não seja aprovado.
O novo sistema prevê agora que o ensino fundamental seja dividido em três ciclos: do 1º ao 3º ano, do 4º ao 6º ano e do 7º ao 9º ano. O estudante pode ser reprovado ao final de cada um desses ciclos.
De acordo com o governo, a mudança deve afetar cerca de 2,5 milhões de estudantes. O estudante poderá ser reprovado pelo número de faltas em todos os anos do ensino fundamental.
Durante o anúncio, no Palácio dos Bandeirantes, a equipe tucana se apressou em dizer que a mudança não teve influência do anúncio, feito três meses antes pela Prefeitura de São Paulo, do fim da aprovação continuada na rede municipal de ensino.
"Não teve nenhuma interferência. A reestruturação vem sendo discutida na rede há três anos", disse Alckmin.
Recentemente, o governador elogiou os corredores de ônibus inaugurados pela administração petista e, a exemplo do prefeito, disse que também tinha interesse em usar transporte público durante os compromissos externos.
Solução? Embora tenha apoio de pais e professores, a reprovação é alvo de questionamento por especialistas, conforme mostrou reportagem recente da revista Carta Fundamental. “Não existe nenhuma pesquisa mostrando que onde há reprovação anual os alunos apresentam desempenho melhor do que onde não há reprovação”, disse à época a professora do Departamento de Educação da Unifesp Márcia Jacomini.
Ainda de acordo com a reportagem, um relatório divulgado em 2012 pelo Instituto de Estatísticas da Unesco estimava que 9% dos custos com educação básica no Brasil sejam destinados a dar suporte aos alunos reprovados na escola. A professora cita uma pesquisa, realizada em 2002 pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE com 16 mil alunos da região sudeste, que investigou o impacto do regime de organização do ensino (seriado ou em ciclos) nos resultados escolares dos estudantes. Não foi encontrada evidência de que o desempenho acadêmico dos alunos com defasagem idade-série seja inferior ao desempenho dos alunos em idade adequada por causa do regime de organização do ensino em vigor na escola que ele frequenta.
Professor da Faculdade de Educação da USP e crítico à reprovação, Vitor Paro explica que o professor aprende que a reprovação é positiva durante sua própria formação escolar. Márcia Jacomini chegou à conclusão semelhante ao estudar as opiniões de pais e alunos sobre a progressão continuada e a reprovação na rede municipal de São Paulo. Para ela, a reprovação ainda é vista como um estímulo positivo para o aluno porque a experiência escolar da maioria envolveu a reprovação e a organização seriada. “Na verdade, há uma compreensão presente no senso comum de que a reprovação é um instrumento necessário para o processo educativo”, conta.
Na mesma reportagem, Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP, ressaltou os aspectos moralistas da proposta de reestruturação: “Há um senso comum disseminado de que a reprovação é boa e sua ausência é lasciva”.


http://www.cartacapital.com.br/educacao/mudanca-na-rede-de-estadual-amplia-chance-de-reprovacao-9777.html
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