quinta-feira, 22 de maio de 2014

Hoje é dia de Santa Rita de Cássia 22 de maio de 2014


História

Caminho da santidade

Chamada Margherita, que originou o nome Rita, a Santa das Causas Impossíveis nasceu na Itália em 1381.

Um tanto contrariada, acabou fazendo o gosto dos pais: casou-se com um jovem temperamental e violento e tiveram filhos. Durante os 18 anos em que esteve casada, tudo fez para que a paz e a harmonia fossem mantidas. E à custa de muita oração conseguiu abrandar o temperamento do marido.

Um dia, entretanto, Paulo Ferdinando foi assassinado e jogado à beira de uma estrada. Os dois filhos juraram vingar o pai. Impotente ante o ódio dos filhos, pediu a Deus que os levasse antes que se manchassem de sangue. Seja lá por que desígnios de Deus, suas preces foram ouvidas.

Abalada pela morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das Agostinianas de Cássia, mas não foi aceita. Rezou fervorosamente aos santos de sua devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Conseguindo ingressar no convento, viveu ali por 14 anos até sua morte, trazendo na testa um estigma, associando-se assim à paixão de Cristo.

Morreu no mosteiro de Cássia em 1457 e foi canonizada em 1900.

Uma família de devotos trouxe a imagem de Cássia, na Itália. Foi o ponto de partida para a devoção de mais de um século que se espalhou pelo Vale do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais.
O Santuário de Santa Rita recebe romeiros ao longo de todo o ano. Há missas especiais para fiéis de outras paróquias todos os finais de semana com uma recepção especial pela equipe de acolhida. O Santuário possui três relíquias da santa italiana: uma partícula óssea, seu hábito e uma imagem em tamanho natural vinda de Cássia.

Orações de Santa Rita






Hinos de Santa Rita





http://www.santuariodesantarita.com.br/historia-de-santa-rita-de-cassia

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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Desafios do mundo contemporâneo: a educação num mundo de comunicação



Desafios do mundo contemporâneo: a educação num mundo de 
comunicação

Nelson Pretto 

Estive em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, no mes de julho de 1998. Na UNIJUI, mais de uma vêz tenho estado junto em várias oportunidades. Tudo por conta de contatos, básicamente feitos via a rede mundial Internet. Como não acreditamos que estas tecnologias afastam as pessoas, destes contatos temos articulados inumeros projetos em comum, vários deles com a presença física, seja no Rio grande do Sul, seja na Bahia. Coisas do mundo contemporâneo. Um mundo em veloz transformação.
Estamos chegando ao ano 2000. O ano do bug do milênio, onde as máquinas não vão dsabe se estamos na frente ou no passado. A humanidade vive um momento especial. O processo histórico do desenvolvimento da ciência e da tecnologia universalizou o homem moderno, criando condições objetivas para que ele seja, ao mesmo tempo, universal e tribal (não-local e local). O filósofo italiano Gianni Vattimo, em seu livro A sociedade Transparente, já dizia que apesar de todos os esforços de concentração das grandes corporações transnacionais "vivemos o mundo da comunicação generalizada, da sociedade do mass media, com uma multiplicação de valores locais". Esta multiplicação de valores locais impõe-nos pensar de forma diferenciada sobre o conceito de história, uma história unitária, com um sentido privilegiado. Ainda de acordo com Vattimo, o fim desta concepção unitária de história, da história com H maísculo, está ligado a impossibilidade de se ver o passado com um único conjunto de imagens. Para Vattimo "existem imagens do passado propostas de pontos de vistas diversos" e "é ilusório pensar que exista um ponto de vista supremo, globalizante, capaz de unificar todos os outros (como seria A História, que engloba a História da Arte, da Literatura, da Guerra, da sexualidade etc.)."
Estas transformações e desafios que estamos vivendo estão intimamente relacionadas com o desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e informação que, mais recentemente, ganham incremento a partir do movimento de aproximação entre as diversas indústrias (de equipamentos, eletrônica, informática, telefone, cabos, satélites, entretenimento e comunicação). Este movimento, que é a condição objetiva para o aperfeiçoamento destas tecnologias, faz com que, potencialmente, aumentem as possibilidades de comunicação entre as pessoas. No entanto, como em todo momento de transição, ainda convivem, neste mesmo tempo, valores deste mundo em transformação com os valores antigos, vinculados aos velhos paradigmas da sociedade moderna. A concentração do capital na esfera do sistema mundial de comunicações é um destes elementos da modernidade ainda presente no momento atual. Esta concentração, que se dá em direção à constituição de impérios de comunicação, gera uma centralização na produção das imagens, das notícias e da informação. O caso brasileiro, que vie um momento especial em função da existência de uma grande concentração da propriedade dos meios junto ao fato de que grande parte do Congresso nacional ser proprietário de emissoras de Rádio e televisão o que permite por exemplo, grande concentração na propriedade das emissoras por poucos e poderosos.
Matéria de Elvira Lobato, publicada pelo jornal Folha de São Paulo de 12.6.94, intitulada Oito grupos dominam as TVs no Brasil, mostrava claramente o quanto nem mesmo a legislaçao em vigor à época era respeitada.Isto por que "a legislação proíbe a concentração de mercado, estabelecendo que nenhuma entidade ou pessoa pode ter participação em mais de dez emissoras de TV em todo o país, das quais cinco, no máximo, devem ser VHF (identificadas pelos canais até o número 13)." As famílias que dominam a mídia barasileira sãop d enomes bem conhecidos de todos: Roberto Marinho (Rede Globo), Sirotsky (Rede RBS), Saad (Bandeirantes), Abravanel (SBT, grupo Silvio Santos) e Câmara (do grupo Anhanguera, da Região Centro-Oeste).
Paralelamente, o processo de privatização do sistema de telefônia brasileros colocva a questão na ordem do dia da sociedade como um todo. Isto proque, com s=um sistema privatizado, se não tivermos uma legislaçao bastante forte na defesa dos interesses daqueles que não tem recursos para apagar pelo sistema, teremos um incremento considerável na parcela dos excluídos desta sociedade de informação.
Para nós, da educação estas são quest~es fundamentais por mais do simples tecnologias, o que estamos vendo é o de ma nova razão, um nova forma de pensare viver, que começa a ser gestada, baseada em um outro logos, não mais operativo, mas que tem na globalidade e na integridade seus vetores mais fundamentais.
As novas redes planetária de comunicação crescem de forma quase que alucinante e, com isso, coloca-se em cheque todos os valores de um sistema educacional ainda calcado em velhos paradigmas.
O sistema educacional precisa, portanto, assumir uma outra postura.
Países como o Brasil, com tantos problemas sociais a serem enfrentados, depara-se com este novo desafio: construir uma escola que forme o jovem profissional que viverá um novo milênio, impregnado de comunicação, num mercado de trabalho em constante transformação.
Os jovens, que já vivem plenamente este mundo alucinado, uma vez que convivem mais intimamente com computadores, televisão, videogames, terminam trazendo para a escola este mundo impregnado de imaginação, emoção, raciocínios rápidos e velozes, introduzindo, portanto, estes nos novos elementos, mais presentes e mais determinantes do seu universo cultural.
A escola, no entanto, ainda resiste a estas transformações desconhecendo o universo dos jovens que a ela chegam. Estabelece-se, entao, um verdadeiro confronto.
As dificuldades de uma compreensão mais integral do significado deste momento histórico atinge, evidentemente, a sociedade como um todo e a escola em particular. O que se busca é considerá-la como parte integrante deste movimento mais global de transformações e, para tal, uma nova postura torna-se necessária. Muitos problemas precisam ser enfrentados para uma empreitada deste porte. Incorporar a imaginação, a afetividade, uma nova razão, não mais operativa e sim baseada na integridade e na globalidade, encontra inúmeras resistências. Para Pierre Babin, "é difícil admitir que o imaginário e a afetividade possam, de alguma forma, influenciar a escola, a empresa ou a organização social. Na mente dos homens que detêm o poder cultural, qualquer expressão imaginária ou afetiva está ligada ao prazer, à arte, à manipulação."
É difícil, portanto, imaginar que esta articulação entre o mundo da comunicação e o mundo escolar se dê de forma fluida e transparente. No entanto, a escola - e a educação como um todo - não pode permanecer apenas contemplando o movimento de transformação que está ocorrendo na sociedade como um todo. Ela própria precisa ser repensada e integrar-se neste conjunto de transformações.
Não se pode continuar a pensar que incorporar os novos recursos da comunicação na educação seja uma garantia, pura e simples, de que se está fazendo uma nova educação, uma nova escola, para o futuro. Ao contrário, observamos que esta incorporação vem ocorrendo, basicamente, numa perspectiva instrumental, com uma pura e simples introdução de novos elementos - ditos mais modernos - em velhas práticas educativas. O que precisamos é de uma integração mais efetiva entre a educação e a comunicação e isso só se dará se estes novos meios estiverem presentes nas práticas educacionais como fundamento desta nova educação. Aí sim, estes novos valores, ainda em construção, serão presentes e integrantes desta nova escola, agora com futuro. Assim, esta escola estaria presente e seria participante da construção desta nova sociedade e não permaneceria, ou como uma resistência a estes valores em declínio ou, talvez o pior, como mera espectadora a-crítica dos novos valores em ascensão.

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terça-feira, 20 de maio de 2014

Os Quatro Tipos de Karma


Os Quatro Tipos de Karma

Livre-Arbítrio Karma e Destino 

A Lei do Karma diz: você colherá o que você plantou. A Lei de Newton diz: para cada ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Então o Karma não é uma punição, e sim “o fruto de nossas sementes plantadas”, onde gira a Roda de Sansara (roda das encarnações).
Podemos dizer que o Mapa Astral é um mapa flexível de nosso Karma. Parte desse Karma é fixo e parte mutável, pois podemos alterá-la com o nosso livre-arbítrio, dependendo exclusivamente de cada um de nós.
De acordo os ensinamentos hindus, dois tipos de Karma representam nosso Destino, enquanto outros dois representam nosso livre-arbítrio. Assim que houve a separação de Prakriti (matéria) do Purusha (espírito), a Lei do Karma começou a operar para tudo e para todos.
É atribuída a Mahatma Gandhi a frase: “Após a invenção da Lei do Karma, Deus pode se aposentar”.

Os Karmas que representam nosso destino são:

1 – Sanchita Karma: corresponde ao nosso Karma acumulado, representado por todas nossas ações de vidas anteriores.

2 – Prarabdha Karma: corresponde ao Karma de nossa vida atual. Nosso Prarabdha Karma é a porção de todo o nosso Sanchita Karma que é distribuído para nossa vida atual.
Os que representam nosso livre-arbítrio:

3 – Kriyamana Karma: é o nosso livre-arbítrio tomando atitudes para mudar nossas situações na vida atual.

4 – Agama Karma: é o nosso livre-arbítrio traçando planos de ação para o futuro.
Sem os dois últimos, estaríamos aprisionados ao Karma de todas as nossas encarnações passadas, sem direito ao aprimoramento de nossa alma.

Existem 3 níveis de Karma nos 4 tipos acima descritos:

1 – Dridha (Karma Fixo) – é o Karma que não podemos mudar, não importa nosso esforço. Somente pela graça de Deus.

2 – Dridha/Adridha (Karma Misto) – esse Karma pode ser mudado, mas somente com muito esforço de nossa parte.

3 – Adridha (Karma Mutável) – esse Karma pode ser mudado sem muito esforço.
Segundo K N Rao: “Astrologia é somente a leitura do padrão do nosso Karma, que tem uma ligação de nossas vidas passadas com as vidas futuras. O padrão karmico é tecido habilidosamente pelo Mapa Astral, indicando o equilíbrio dos Karmas que o individuo está carregando, bem como sua missão nesta vida”.

 fonte: http://www.mapaastralvedico.com/os-quatro-tipos-de-karma/

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Definição de sociologia




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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Milionários da China em fuga: prenúncio de uma nova Perestroika? Escrito por Francis Lauer

O leitor médio é porcamente ludibriado pela mídia nacional e global que trata de ocultar as informações sobre a verdadeira China.
Elogiar o “modelo chinês” é elogiar o regime mais monstruoso, genocida e desumano de toda a história da humanidade – tanto no seu passado quanto no seu presente.

banheira
Duas visitantes tiram fotografias de uma banheira de ouro na Feira dos Milionários
em Xangai, China.

Com as seguintes palavras o Ion Mihai Pacepa descreve a realidade da nomenklatura (“a elite”) comunista:
(...) Para a população romena normal, a palavra nomenklatura significa a elite, a superestrutura social reconhecível por seus privilégios. As pessoas da nomenklatura não viajam de ônibus ou de carros. Eles utilizam carros do governo. A cor e o modelo do carro indicam a graduação do seu dono na hierarquia: quanto mais escuro, mais alta é a sua posição (…) Os integrantes da nomenklatura não vivem em apartamentos construídos no regime comunista. Tal como eu recebi, eles recebem villas nacionalizadas ou apartamentos de luxo que anteriormente pertenciam aos capitalistas (…) Durante o verão, as pessoas da nomenklatura não são vistas nas lotadas e suadas praias públicas de Bucareste. Eles vão a balneários em áreas especiais ou passam o fim de semana numa villa em Snagov, um resort há 40 km de Bucareste. Os integrantes da nomenklatura não passam suas férias aglomerados como sardinhas nas colônias em estilo soviético. Eles possuem as suas próprias casas de férias. Quanto mais escuro o automóvel, mais próxima à casa de férias fica da casa de veraneio de Ceausescu (…) Eles não ficam numa fila ao relento defronte uma policlínica de modelo soviético, onde o tratamento é gratuito, mas você é mal tratado desde o porteiro e onde não é possível gastar mais que 15 minutos com um doutor que tem de atender pelo menos 30 pacientes no seu turno de oito horas. Eles não têm de ir a hospitais normais, onde duas pessoas têm de dividir o mesmo leito. Eles possuem hospitais luxuosos no estilo ocidental dos hospitais Hellias, que foram construídos como uma fundação privada na época antes do comunismo (...) Quantos hospitais só seus a Rainha da Inglaterra tem? (…) Nenhum. Este é o número. O Camarada [Ceausescu] tem um hospital só para si. E médicos que tratam exclusivamente dele e da família dele. (...)”
(Red Horizons. Pg. 171-172 e 419)
Peço ao leitor a gentileza de ler a notícia abaixo. Ela, por si só, é imensamente interessante. Ao término dela farei alguns comentários sobre o que essa movimentação oculta e sobre o inevitável colapso do sistema chinês.
Uma avalanche de milionários chineses invade a Austrália
Laura Millan Lombraña
Tradução: Francis Lauer
Uma iniciativa do governo australiano de conceder residência permanente a multimilionários estrangeiros fez disparar a presença de chineses endinheirados no país. A chegada deles catapultou os preços do mercado imobiliário assim como a demanda por produtos de luxo e por atividades nos megacassinos na Austrália.
O visto para investidores significativos (SIV na sigla em inglês) permite que qualquer cidadão estrangeiro obtenha uma permissão para residência permanente na Austrália caso invista 5 milhões de dólares australianos (10 milhões de reais) no país durante quatro anos e que permaneça no país, no mínimo, cem dias a cada ano.
Desde a introdução dessa medida, em novembro de 2012, o governo recebeu um total de 981 solicitações, 92% das quais oriundas de cidadãos chineses. Em dezembro havia sido concedidos 88 vistos, o que equivale a um investimento total de, no mínimo, 440 milhões de dólares australianos (907 milhões de reais). Os dados do Departamento de Imigração mostram que as solicitações de vistos em espera de aprovação equivalem a aproximadamente 3 bilhões e 500 milhões de dólares (9 bilhões e 100 milhões de reais).
“Os multimilionários chineses estão começando a olhar para fora, em busca de economias estáveis para investir seu dinheiro e onde também exista uma excelente qualidade de vida e um bom sistema educacional para seus filhos”, explica Mark Wright, sócio da Deloitte Austrália e especialista em fluxos migratórios.
Wright assegura que “os benefícios são óbvios: a maior parte desse capital destina-se à compra da dívida do Governo australiano, pois é um investimento seguro”. Os multimilionários chineses normalmente gastam o restante em infraestrutura ou em propriedades imobiliárias.

A “explosão” no mercado imobiliário
A Unique Estates é uma das agências que oferece oportunidades de investimento em propriedades de alto padrão em Sidney. Uma de suas agentes, Sally Taylor, afirma que o mercado vivenciou uma “explosão” desde que os novos vistos passaram a vigorar.
“Os compradores chineses agora são nossos principais clientes”, tantos aqueles que compram ativos imobiliários para investir como aqueles que adquirem residências de luxo para morar, afirma ela. Os investidores chineses entraram com tanta força no mercado que “restam poucos projetos disponíveis para investir e a oferta é muito limitada”.
O mercado de casas de luxo também começou a sofrer uma saturação. “Há um ano a demanda era de casas de quatro a seis milhões de dólares, porém, hoje, o movimento está em torno das de oito a dez milhões de dólares e começamos a ver alguma movimentação em residências de mais de vinte milhões que não enxergávamos fazia anos”, explica Taylor à reportagem.
A compra intensiva de propriedades por parte de investidores chineses é um dos fatos que tem elevado o preço de residências na Austrália e, sobretudo, em Sidney. Auxiliado também pela taxa de juros na mínima histórica, o preço dos imóveis naquela cidade subiram 15% apenas em 2013, frente a um aumento médio de 9,8% no restante da Austrália, segundo um estudo da RP Data.
Ao passo que o país debate a respeito da existência de uma bolha imobiliária que poderia estourar a qualquer momento, Taylor argumenta que “os preços seguirão subindo por existir demanda suficiente por parte do investidor chinês que os sustentem”.
Em uma cidade que, pouco a pouco, passa a ser propriedade de chineses milionários e onde nas lojas de produtos de luxo fala-se mais mandarim do que inglês, é difícil perceber esses investidores especialmente opacos que, além disso, viajam em jatinhos particulares e deslocam-se em carros com motorista. Os testemunhos mais confiáveis são daqueles que tratam diretamente com eles.

No 'The Star' – o maior cassino de Sidney – chá e camarotes
Lisa Song administra uma casa de chá junto ao The Star, o maior cassino de Sidney e o segundo maior da Austrália. À Lisa foi - “desesperada”, recorda ela – uma pessoa encarregada de atender os clientes mais ricos do cassino. “Os milionários chineses que iam ao cassino não bebiam o seu chá”, explica essa jovem mãe que trabalhou no distrito financeiro da cidade até juntar o suficiente para abrir a casa de chá.
Song resolveu o problema importando “o chá mais exclusivo da China; que cresce apenas em uma montanha e cujo preço por uma grama pode ir de um a dez dólares”, explica enquanto acaricia carinhosamente a caixinha onde guarda as folhas secas.
Dentro do cassino de Sidney, faz-se evidente a presença de jogadores asiáticos num labirinto de 1500 máquinas caça-níqueis e umas trinta mesas de black jack. A última novidade, uma máquina luminosa chamada Duo Fu Duo Cai, atrai dezenas de pessoas com traços asiáticos.
Porém, os multimilionários chineses se escondem na sala Sovereign. Esse lugar exclusivo e zelosamente vigiado por agentes de segurança com cara de poucos amigos abriga as mesas de jogo onde a aposta mínima gira em torno de 25.000 a 75.000 dólares australianos (51.000 a 155.000 reais) e uma terceira mesa onde a aposta mínima oscila entre 100.000 e 500.000 dólares australianos (205.000 a 1.030.000 reais).
A quantidade de conversíveis e limusines estacionados frente à porta do cassino em qualquer um dos dias e a ida e vinda de mulheres asiáticas com cabelo esplendoroso e compridas unhas avermelhadas não parecem indicar outra coisa a não ser uma pujante prosperidade. E, não obstante, o The Star encontra-se em plena decadência.
O governo australiano confirmou em outubro de 2013 a concessão dos terrenos de Barangaroo, em pleno distrito financeiro de Sidney e uma das zonas mais cobiçadas da Austrália, ao magnata do jogo James Packer, o qual anunciou um investimento de 1 bilhão e 300 milhões de dólares australianos (2 bilhões e 700 milhões de reais) para a construção de um complexo de hotéis e cassinos com uma torre de 70 andares de altura. O novo cassino de Barangaroo admitirá apenas os assim chamados “apostadores VIP”, ou seja, aqueles que são capazes de apostar um mínimo de 10.000 dólares australianos (21.000 reais).
Durante a apresentação do projeto, que incluirá hotéis de seis estrelas, 120 mesas de jogo e dez salões de jogo privativo, Packer tratou de recordar aos investidores – chineses em sua maioria – que os benefícios estão assegurados. O magnata do jogo calculou os impostos dos primeiros 15 anos de atividade em 1 bilhão de dólares australianos (2 bilhões e 100 milhões de reais) e relembrou outra cifra chave: 75% dos jogadores VIP no mundo provêm da China.
A brecha aberta pelas autoridades (australianas) desencadeou uma avalanche de capital chinês na Austrália. Enquanto o país esforça-se para abrir amplamente as portas ao gigante asiático, tudo indica que a transição de Sidney para uma nova Macau ou uma nova Hong Kong, ou outra Xangai, não fez nada mais do que começar.

(Fonte: http://www.elconfidencial.com/mundo/2014-04-22/ganar-la-residencia-a-golpe-de-chequera-un-alud-de-millonarios-chinos-toma-australia_113903/)

Ao leitor desavisado esta notícia indicaria a pujança econômica do “modelo chinês” e o seu bom sucesso na promoção de uma imensa e benéfica prosperidade à população da China. Nada mais falso. Este tipo de interpretação só ocorre pois o leitor médio é porcamente ludibriado pela mídia nacional e global que trata de ocultar as informações sobre a verdadeira China ao mesmo tempo em que trata a China comunista com uma dignidade que é – de todo – indigna. Elogiar o “modelo chinês” é elogiar o regime mais monstruoso, genocida e desumano de toda a história da humanidade – tanto no seu passado quanto no seu presente.
Um panorama da China real está disponível na entrevista dos Editores do jornal Epoch Times à Radio Vox (1) onde ao longo de duas horas um cenário amplo, surpreendente, realista e aterrador é descrito. Os editores do Epoch Times revelam, por exemplo, que 27% dos milionários com mais de 18 milhões de dólares já foram embora da China e que metade planejam sair do país. Entre os ricos com mais de 1 milhão e 800 mil dólares, 60% já abandonaram o país (2). Mais grave do que isso: 90% dos integrantes do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (“a elite da elite”) possui dupla cidadania ou já enviou seus parentes para o exterior (3). Essas informações revelam que há por parte da nomenklatura do regime comunista chinês uma percepção clara que o país está à beira do total colapso da sua estrutura social, de um cataclismo ambiental sem precedentes no mundo (4) e de uma acachapante falência econômica que não tem como ser solucionada (5).
Estaríamos vendo os sinais prévios de uma nova Perestroika (“reestruturação” ou mais vulgarmente “'queda' do regime comunista”)? As evidências históricas, factuais e teóricas parecem indicar que sim. Em artigo recente, o filósofo Roger Scruton fez uma reminiscência histórica condensada sobre o que se passou nos subterrâneos da “queda” da União Soviética. Disse ele:

(...) Por que razão, de forma súbita e sem nenhum aviso prévio verdadeiro, a elite soviética abdicou do poder de mando e silenciosamente retirou-se do governo? A resposta é simples: porque era do interesse deles fazer tal coisa. (...) Ao longo de um período de setenta anos, a União Soviética construiu um sistema de espionagem e um sistema bancário subterrâneo que em essência conferiu à elite da KGB praticamente total liberdade de movimento no continente Europeu, bem como um sistema de finanças pessoais seguro. Já em 1989 os oficiais de alta patente (...) possuíam propriedades no Ocidente e já haviam transferido para suas contas em bancos suíços a sua parcela de bens furtados ao povo russo no decorrer de décadas. Então eles perceberam que esse processo poderia ser completado sem nenhum custo adicional. Através da privatização da economia soviética para si próprios e, pela adoção de uma máscara de governo democrático, a elite apartou-se do comunismo, ingressando no mundo das celebridades (...)
(Artigo: O modo errado de lidar com o presidente Putin, publicado no MSM)

O analista político Heitor de Paola aprofunda a questão (grifos do autor):

(...) As relações dos EUA com os países comunistas sempre se pautaram pela oscilação entre enfrentamento e pacificação (...) Os soviéticos, e hoje os chineses, estão preparados para mudar sua tática de acordo com estas mudanças, porém perseguindo os mesmos objetivos estratégicos. A Perestroika não passou de uma continuação da mesma estratégia que desenvolve desde 1958. Como já disse anteriormente, o termo reestruturação não se aplica à aparência de 'profundas' transformações no mundo comunista, mas exclusivamente da reestruturação da visão que o Ocidente tem do mundo comunista, fazendo acreditar na dissolução da ideologia comunista (…) criar a impressão de que a burocracia soviética estava se tornando mais democrática e ocidentalizada (…) o que interessa é manter a Nova Classe no poder (...)
(Livro: O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial, Cap. IX. Pg. 183-184. É Realizações.)

Ambas as referências indicam que está ligada à aparente dissolução de um regime comunista: 1) o fluxo de pessoas e capitais para o exterior, rumo a paraísos fiscais e refúgios capitalistas seguros; e 2) o desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo multifacetada que engloba o uso de um estratagema de ocultação de uma velha ordem sob a roupagem de uma “nova ordem”.
O ex-chefe de espionagem da Romênia Comunista, Ion Mihai Pacepa, logo no prefácio da edição de 1990 do seu primeiro livro publicado em 1987, num tom lúgubre e admonitório afirma (tradução e grifo meus):

(...) A destituição de Ceausescu fora, no entanto, o fim de um tirano, e não o fim do sistema que o alçou ao poder. Muitos dos líderes do governo atual são mencionados [neste livro]. Na ausência da qualquer oposição organizada e de um modelo democrático, a estrutura comunista de governo da Romênia permanece essencialmente no mesmo lugar, apta a, talvez, com o tempo, produzir outro Ceausescu. Tenhamos esperança que isto não aconteça, mas se acontecer, tenhamos esperança que o Ocidente não cometa os mesmos erros que cometeu com Ceausescu – erros que eu documento neste livro.
(Red Horizons. Ed. Regnery Gateway)

Lamentavelmente, passados quase trinta anos, o Ocidente ainda não aprendeu a lição. A crítica do filósofo Roger Scruton, a eleição do Barack Hussein Obama (descrito pelo Dr. Alan Keyes com a frase: “O Obama é um comunista radical e ele irá destruir este país; ou nós o paramos ou os EUA deixarão de existir”) e ainda o sucesso do Foro de São Paulo na América Latina, e também a ampliação do abismo moral e espiritual do Ocidente são provas que os erros mencionados pelo Pacepa continuam sendo cometidos impunemente.
O que esperar da dissolução traumática e inimaginada de um regime comunista que rege a vida de 20% da população mundial num espaço pouco maior que o Brasil, um país que possui arsenal nuclear, mas cujos recursos naturais (terra, ar e água) estão profundamente contaminados e espoliados? O que esperar de uma “nova era” pautada por um estado súbito de maior ou menor anomia de uma população que foi monstruosamente apartada das suas raízes e valores culturais, espirituais e tradicionais? Como a cristandade fará para responder a uma súbita liberação de uma imensa demanda reprimida por mais cristianismo? Quais serão os novos desafios que uma possível dissolução dos “últimos” (?) bastiões de um comunismo antigo e ortodoxo (China e Coréia do Norte) irá impor a conservadores e anti-comunistas? Estas são algumas das diversas questões que o avanço do projeto revolucionário na China descortinará em todo o mundo.
Dentro de três anos iremos rememorar os 100 anos (um século!) da Revolução Russa e da Aparição de Nossa Senhora em Fátima que a precedeu, um momento repleto de significação e de certo modo propício para novos grandes abalos na história humana.

Notas:


(1) Um índice completo para a Entrevista da Radio Vox com os editores da Epoch Times com todos os assuntos tratados pode ser encontrado aqui: http://bit.ly/1jO0Ef7.
(2) e (3) Imigração dos ricos da China (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 51:23) e 90% do Comitê Central do PCC tem duplo passaporte ou já enviou a família (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 1:30:53)
(4) Questão ambiental na China (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 34:00). Poluição atroz, fim dos recursos naturais baratos (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 1:19:20).
(5) Situação econômica (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 1:16:00). Mão de obra escrava. Beco sem saída do aspecto econômico (Entrevista Radio Vox – Epoch Times: 1:34:40).


Francis Lauer
é tradutor e aluno do Seminário de Filosofia do prof. Olavo de Carvalho.


http://www.midiasemmascara.org/artigos/globalismo/15197-2014-05-16-21-12-07.html


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