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domingo, 25 de janeiro de 2015
10 Erros da Doutrina Espírita Claramente Definidos
10 Erros da Doutrina Espírita Claramente Definidos
1o. Erro : Usar a Bíblia só segundo pareça conveniente, incoerentemente segmentando seu texto, usando e abusando de textos, sentenças e mesmo palavras isoladas, sem levar em conta O TEOR GLOBAL de seu ensino, mesmo desqualificando- a como um livro indigno de confiança, quando não pareça conveniente, encontrando "contradições gritantes" em seu texto, o que torna o seu emprego pelos próprios espíritas injustificável, já que é um livro que não serve para defender doutrinas (a não ser as espíritas, em segmentos seletos).
2o. Erro: Ter uma visão distorcida da Divindade, negando que tenhamos um "Deus pessoal" e deixando de entender que Deus é não só AMOR, como JUSTIÇA. Esse tipo de Deus "Saci Pererê" do espiritismo (que se apóia só sobre uma "perna"--do amor), com a imagem do Deus bíblico condenada por espíritas como injusto por causa de relatos do Velho Testamento que não conseguem entender à luz de sua contextuação cultural, histórica, e dentro do TEOR GLOBAL do ensino bíblico, impede-os de realmente entender que na cruz houve o encontro de AMOR e JUSTIÇA (Salmo 85:10).
3o. Erro: A noção de que Cristo veio trazer uma nova e revolucionária legislação, eliminando os 10 Mandamentos como normativos aos cristãos e trocando-os pela "lei áurea" de "amor a Deus" e "amor ao próximo", quando em tal "lei áurea" Ele apenas repete o que Moisés já havia dito em Lev. 19:18 e Deu. 6:5, sintetizando a lei divina. Sempre, em todos os tempos, a lei de Deus teve como princípio subjacente o amor--a Deus e aos semelhantes, pelo que Cristo não apresentou nenhuma "novidade cristã" como pensam os espíritas e outros mais.
4o. Erro: A negação do castigo final dos pecadores, e da própria existência de Satanás e demônios a seu serviço, o que torna a Jesus um mentiroso, pois Ele deu testemunho claro da existência de tal ser ao dizer: "Eu via Satanás, como raio, cair do céu" (Luc. 10:18). A negação do castigo final é fruto da tese de salvação universal, uma noção que não inspira ninguém a crescer espiritualmente, já que sempre se pode deixar para depois o devido preparo e progresso ético, moral, espiritual, já que no final todos terão o mesmo destino, mais cedo ou mais tarde. Jesus não disse para ninguém ser cristão "mais ou menos" e sim desafiou a todos: "Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus" (Mat. 5:48).
5o. Erro: A idéia de salvação dever-se às obras humanas, uma impossibilidade que contraria o TEOR GLOBAL do ensino bíblico, sobretudo diante da exposição clara, didática, insofismável de Paulo [o "codificador dos evangelhos"] quanto ao papel da graça de Deus como única fonte de salvação, sendo as obras mera demonstração da genuinidade da fé salvadora. Qualquer noção de que obras humanas, imperfeitas como sempre serão, "contem pontos" para a salvação é uma afronta ao Senhor e Salvador Jesus Cristo. É o mesmo que dizer-Lhe que o Seu supremo sacrifício expiatório foi incompleto, daí precisamos acrescentar algo de nossa própria experiência à experiência Dele, num impossível paralelo do humano e imperfeito com o divino e absolutamente perfeito.
6o. Erro: A noção típica de todos os povos pagãos, do presente e do passado, de que o homem é um ser dualístico, formado por um corpo material e uma alma imortal, que prossegue viva e consciente na morte, quando o ensino bíblico é de que Deus criou o homem para viver com um ser físico, num paraíso físico, e que por conseqüência do pecado passou a experimentar a morte. A única forma de restaurar a vida é pela RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, que representa a vitória sobre a morte e a sepultura, como diz Paulo em 1 Cor. 15:54, 55. Entre a morte e a ressurreição nada existe, pois os que morrem, como no sono, nada sabem do que se passa, não têm conhecimento de coisa alguma e adentram o mundo do silêncio (Ecl. 9:5, 6, 10; Sal. 6:5).
7o. Erro: A noção de reencarnação, negando o claro ensino bíblico de que só mediante a ressurreição dos mortos, bem detalhadamente descrita em várias passagens, como Ezequiel 37, 1 Coríntios 15, 1 Tessal. 4:13-16, é que alcançaremos a vida eterna, que é apresentada na Bíblia como um dom de Deus aos que se habilitarem a para sempre habitar nos lugares que Cristo prometeu preparar para os Seus fiéis, e que iriam ser ocupados quando Ele retornasse para vir buscar os Seus (ver Rom. 2:7; 2a. Tim. 1:10 e João 14:1-3).
8o. Erro: A negação da volta de Cristo em glória e majestade, embora citem textos como Mateus 16:27 que fala claramente dessa volta, e muitos outros claros versos das Escrituras. E Sua volta é a única saída para tirar o homem do "aperreio" em que se acha, em decadência moral e espiritual clara e evidente, e não o progresso rumo a um róseo futuro, como indicado pelo espiritismo.
9o. Erro: A própria idéia de que graças às contínuas reencarnações a humanidade só tem melhorado e só haverá de melhorar mais e mais no futuro, quando isso não só está inteiramente fora da realidade, com negam as profecias bíblicas, proferidas pelo próprio Cristo, que fala que os tempos que antecederiam Sua volta literal e visível seriam uma repetição da maldade de Sodoma e Gomorra, ou dos dias anteriores ao dilúvio. Isso é confirmado por Paulo, Pedro e outros autores bíblicos.
10o. Erro: A possibilidade de comunicação entre vivos e mortos, sendo que a proibição divina é clara a respeito, tanto em Deut. 18:9-11 como séculos depois confirmada em Isa. 8:19, 20. Sendo que não há uma "alma imortal" que tenha consciência após a morte do corpo, e permanecerá como num sono inconsciente até a ressurreição, qualquer suposta comunicação entre vivos e mortos é claramente suspeita, e proibida por Deus que quis proteger o Seu povo de terríveis enganos satânicos nessa linha.
Enfim, creio que por ora já temos destacado esses claros enganos da doutrina espírita. Mas certamente haverá outros mais que poderemos mais adiante comentar.
Abraços
Prof. Azenilto G. Brito
Ministério Sola Scriptura
Bessemer, Ala., EUA
fonte; http://www.verdadeonline.net/textos/1078.htm
Obrigado pela visita, e volte sempre.
sábado, 24 de janeiro de 2015
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
A educação grega e nós Olavo de Carvalho
A educação grega e nós
Olavo de Carvalho
Diário do Comércio, 25 de novembro de 2013
Diário do Comércio, 25 de novembro de 2013
A educação na Grécia antiga, cujo sucesso inegável é amplamente comprovado pela criatividade em todos os campos do saber e da arte, voltava-se, acima de tudo, à preparação dos jovens para os altos postos da vida pública: a política, a magistratura e a educação mesma. Se não é, portanto, uma fórmula que se possa copiar na instrução das massas em geral, e se nos dias de hoje seria utópico tentar imitá-la até mesmo para a formação da classe dominante, dos políticos, dirigentes de empresas, comandantes militares, bispos e cardeais, ela continua, no entanto, um modelo excelente para a educação da elite intelectual.
Não pretendo que seja possível ou mesmo desejável montar uma escola, muito menos um sistema nacional de educação, segundo o formato grego. Não é nesse sentido que uso a palavra “modelo”. Uso-a para designar apenas uma unidade de comparação e de medida que possa servir para a orientação pessoal, seja de alguns educadores, seja de pais de família interessados em homeschooling, seja de estudantes devotados a educar-se ou reeducar-se a si mesmos. Alguns dos meus alunos já têm clara consciência disso e vêm tirando proveito do exemplo grego, tanto para si mesmos quanto para seus filhos e, quando são professores, para seus alunos (v., por exemplo, http://radiovox.org/2013/10/24/carlos-nadalim-encontrando-alegria/).
Atendida essa limitação, a primeira coisa que deve nos chamar a atenção é a prioridade absoluta que, na educação infantil, se dava ao treinamento literário e artístico. Após a instrução moral básica dada pela educação doméstica, praticamente só o que se ensinava às crianças, tão logo elas estivessem alfabetizadas, era ler e decorar as obras dos grandes poetas, participar de encenações teatrais, cantar, dançar e fazer ginástica. Isso era tudo. O resto cada um aprendia por si ou com professores particulares.
Eis como Platão descreve esse processo:
“Quando os alunos aprendem a ler e começam a compreender o que está escrito, tal como faziam antes com os sons, dão-lhes a ler em seus banquinhos as obras de bons poetas [épicos], que eles são obrigados a decorar; obras cheias de preceitos morais, com muitas narrativas de louvor e glória dos homens ilustres do passado, para que o menino venha a imitá-los por emulação e se esforce por parecer-se com eles... Depois de haverem aprendido a tocar cítara, fazem-nos estudar as criações de outros grandes poetas, os líricos, a que dão acompanhamento de lira, trabalhando, desse modo, para que a alma dos meninos se aproprie dos ritmos e da harmonia, a fim de que fiquem mais brandos e, porque mais ritmados e harmônicos, se tornem igualmente aptos tanto para a palavra quanto para a ação. Pois, em todo o seu decurso, a vida do homem necessita de cadência e harmonia. Em seguida, os pais entregam-nos ao professor de ginástica, para que fiquem com o corpo em melhores condições de servir ao espírito virtuoso, sem virem a ser forçados, por fraqueza de constituição, a revelar covardia, tanto na guerra quanto em situações semelhantes.” (Protágoras, 325 d7 ss. Tradução de Carlos Alberto Nunes ligeiramente modificada.)
Em seu livro densamente documentado, Arts Libéraux et Philosophie dans la Pensée Antique (Paris, Vrin, 2005), a erudita germano-francesa Ilsetraut Hadot acrescenta: “Os jovens de famílias prósperas recebiam também, desta vez gratuitamente, uma educação complementar tomando parte num côro trágico ou lírico, por ocasião das festas cultuais locais. Essas demonstrações eram, com freqüência, primeiras representações de uma peça de teatro ou de uma poesia lírica de autor contemporâneo; eram portanto a ocasião, para os jovens, de ser colocados em contato com todas as novas criações literárias do seu tempo e de aprendê-las de cor. Esta espécie de educação era tão importante, que Platão, nas Leis (II, 654 a-b), se vê levado a identificar o homem culto (pepaidymênos) com aquele que participou de um côro com freqüência suficiente (ikanos kekoreykôta) e, ao contrário, o homem sem cultura com aquele que jamais fez parte de um côro (akôreytos).”
Não há exagero em dizer que os jovens gregos, muito antes de entrar na vida pública, já tinham uma cultura literária superior à da média dos nossos atuais professores de Letras.
A preparação para a cidadania só começava depois de encerrada a etapa da educação escolar:
“Quando saem da escola, a cidade, por sua vez, os obriga a aprender leis e a tomá-las como paradigma de conduta, para que não se deixem levar pela fantasia e praticar alguma malfeitoria.”
Isso já era assim desde antes do advento dos sofistas, professores ambulantes que iam de cidade em cidade ensinando a arte da oratória e dos debates públicos. Os sofistas introduziram essas matérias na educação de alunos que já vinham não só com uma boa base literária e artística, mas com algum conhecimento das leis e princípios que regiam a vida social, conhecimento do qual a sofística era apenas um complemento técnico mais avançado. Prossigo esta explicação e tiro algumas conclusões dela no próximo artigo.
Não pretendo que seja possível ou mesmo desejável montar uma escola, muito menos um sistema nacional de educação, segundo o formato grego. Não é nesse sentido que uso a palavra “modelo”. Uso-a para designar apenas uma unidade de comparação e de medida que possa servir para a orientação pessoal, seja de alguns educadores, seja de pais de família interessados em homeschooling, seja de estudantes devotados a educar-se ou reeducar-se a si mesmos. Alguns dos meus alunos já têm clara consciência disso e vêm tirando proveito do exemplo grego, tanto para si mesmos quanto para seus filhos e, quando são professores, para seus alunos (v., por exemplo, http://radiovox.org/2013/10/24/carlos-nadalim-encontrando-alegria/).
Atendida essa limitação, a primeira coisa que deve nos chamar a atenção é a prioridade absoluta que, na educação infantil, se dava ao treinamento literário e artístico. Após a instrução moral básica dada pela educação doméstica, praticamente só o que se ensinava às crianças, tão logo elas estivessem alfabetizadas, era ler e decorar as obras dos grandes poetas, participar de encenações teatrais, cantar, dançar e fazer ginástica. Isso era tudo. O resto cada um aprendia por si ou com professores particulares.
Eis como Platão descreve esse processo:
“Quando os alunos aprendem a ler e começam a compreender o que está escrito, tal como faziam antes com os sons, dão-lhes a ler em seus banquinhos as obras de bons poetas [épicos], que eles são obrigados a decorar; obras cheias de preceitos morais, com muitas narrativas de louvor e glória dos homens ilustres do passado, para que o menino venha a imitá-los por emulação e se esforce por parecer-se com eles... Depois de haverem aprendido a tocar cítara, fazem-nos estudar as criações de outros grandes poetas, os líricos, a que dão acompanhamento de lira, trabalhando, desse modo, para que a alma dos meninos se aproprie dos ritmos e da harmonia, a fim de que fiquem mais brandos e, porque mais ritmados e harmônicos, se tornem igualmente aptos tanto para a palavra quanto para a ação. Pois, em todo o seu decurso, a vida do homem necessita de cadência e harmonia. Em seguida, os pais entregam-nos ao professor de ginástica, para que fiquem com o corpo em melhores condições de servir ao espírito virtuoso, sem virem a ser forçados, por fraqueza de constituição, a revelar covardia, tanto na guerra quanto em situações semelhantes.” (Protágoras, 325 d7 ss. Tradução de Carlos Alberto Nunes ligeiramente modificada.)
Em seu livro densamente documentado, Arts Libéraux et Philosophie dans la Pensée Antique (Paris, Vrin, 2005), a erudita germano-francesa Ilsetraut Hadot acrescenta: “Os jovens de famílias prósperas recebiam também, desta vez gratuitamente, uma educação complementar tomando parte num côro trágico ou lírico, por ocasião das festas cultuais locais. Essas demonstrações eram, com freqüência, primeiras representações de uma peça de teatro ou de uma poesia lírica de autor contemporâneo; eram portanto a ocasião, para os jovens, de ser colocados em contato com todas as novas criações literárias do seu tempo e de aprendê-las de cor. Esta espécie de educação era tão importante, que Platão, nas Leis (II, 654 a-b), se vê levado a identificar o homem culto (pepaidymênos) com aquele que participou de um côro com freqüência suficiente (ikanos kekoreykôta) e, ao contrário, o homem sem cultura com aquele que jamais fez parte de um côro (akôreytos).”
Não há exagero em dizer que os jovens gregos, muito antes de entrar na vida pública, já tinham uma cultura literária superior à da média dos nossos atuais professores de Letras.
A preparação para a cidadania só começava depois de encerrada a etapa da educação escolar:
“Quando saem da escola, a cidade, por sua vez, os obriga a aprender leis e a tomá-las como paradigma de conduta, para que não se deixem levar pela fantasia e praticar alguma malfeitoria.”
Isso já era assim desde antes do advento dos sofistas, professores ambulantes que iam de cidade em cidade ensinando a arte da oratória e dos debates públicos. Os sofistas introduziram essas matérias na educação de alunos que já vinham não só com uma boa base literária e artística, mas com algum conhecimento das leis e princípios que regiam a vida social, conhecimento do qual a sofística era apenas um complemento técnico mais avançado. Prossigo esta explicação e tiro algumas conclusões dela no próximo artigo.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Laudo Psicológico e Modelos de Relatório
Laudo Psicológico e Modelos de Relatório
Modelos de Laudo Psicológico
É uma apresentação descritiva acerca de situações e/ou condições psicológicas e suas determinações históricas, sociais, políticas e culturais, pesquisadas no processo de avaliação psicológica. Como todo documento,deve ser subsidiado em dados colhidos e analisados,à luz de um instrumental técnico (entrevistas, dinâmicas, testes psicológicos, observação, exame psíquico, intervenção verbal), consubstanciado em referencial técnico-filosófico e científico adotado pelo psicólogo.
A finalidade do relatório e Laudo Psicologico será a de apresentar os procedimentos e conclusões gerados pelo processo da avaliação psicológica, relatando sobre o encaminhamento, as intervenções, o diagnóstico, o prognóstico e evolução do caso, orientação e sugestão de projeto terapêutico, bem como, caso necessário, solicitação de acompanhamento psicológico, limitando-se a fornecer somente as informações necessárias relacionadas à demanda, solicitação ou petição.
Estrutura
O relatório ou laudo psicológico é uma peça de natureza e valor científicos, devendo conter narrativa detalhada e didática, com clareza,precisão e harmonia,os termos técnicos devem, portanto, estar acompanhados das explicações e/ou conceituação retiradas dos fundamentos teórico-filosóficos que os sustentam.
Deve conter no mínimo cinco itens:
Deve conter no mínimo cinco itens:
1.Identificação
O Autor/Relator – quem elabora o Relatório Psicológico; onde deverá ser colocado o nome do Psicólogo, com a respectiva Inscrição no Conselho Regional
O Interessado – quem solicita o Relatório Psicológico; podendo ser da Justiça, de empresas, entidades ou cliente O Assunto/Finalidade – qual a razão/finalidade do Relatório Psicológico.(Se para acompanhamento, prorrogação de prazo para acompanhamento, se para laudos, pareceres sobre determinado fato, ou outras razões pertinentes a uma avaliação psicológica).
O Interessado – quem solicita o Relatório Psicológico; podendo ser da Justiça, de empresas, entidades ou cliente O Assunto/Finalidade – qual a razão/finalidade do Relatório Psicológico.(Se para acompanhamento, prorrogação de prazo para acompanhamento, se para laudos, pareceres sobre determinado fato, ou outras razões pertinentes a uma avaliação psicológica).
Modelos:
Modelo I
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Autor (Relator) Nome do Psicólogo
CRP : Nº 0000
Interessado: Nome do Avaliado
Assunto: Resultado de avaliação Psicológica
Modelo II
CRP : Nº 0000
Interessado: Nome do Avaliado
Assunto: Resultado de avaliação Psicológica
Modelo II
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
AUTOR/RELATOR – Nome do Psicólogo
CRP – 00 / 000
INTERESSADO – SAÚDE UNIDAS LTDA
ASSUNTO – Solicitação de Avaliação Psicológica para prorrogação de Acompanhamento Psicológico.
AUTOR/RELATOR – Nome do Psicólogo
CRP – 00 / 000
INTERESSADO – SAÚDE UNIDAS LTDA
ASSUNTO – Solicitação de Avaliação Psicológica para prorrogação de Acompanhamento Psicológico.
2. Descrição da demanda
Esta parte é destinada à narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento.Nesta parte,deve-se apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento adotado.
Esta parte é destinada à narração das informações referentes à problemática apresentada e dos motivos, razões e expectativas que produziram o pedido do documento.Nesta parte,deve-se apresentar a análise que se faz da demanda de forma a justificar o procedimento adotado.
Modelo
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
Autor:
Interessado:
Assunto:
2. Descrição da Demanda
Em decorrência de dificuldade de adaptação às regras e normas escolares de déficit de atenção, falta de estímulo, reprovações subsequentes, falta de socialização, atitudes suicidas impulsivas, excessiva agressividade, acusações de furtos e danos materiais a patrimônio da escola e de professores, bem como experiência de expulsão em várias escolas, o adolescente (Nome do adolescente) foi submetido à avaliação psicológica como condição necessária à sua permanência na atual escola onde estuda. A família tem total conhecimento do comportamento do adolescente, afirmando que desde pequeno o mesmo apresentava dificuldade no seu desenvolvimento social. Gostava de ficar isolado, de quebrar seus brinquedos e atear fogo em objetos.
Não conseguia se envolver emocionalmente com os membros da família, parecendo distante de todos. Ainda em relação à família, particularmente em relação aos genitores, detectou-se na figura paterna dificuldades de se impor, tendo o mesmo história de dependência alcóolica. Na figura materna, observou-se uma excessiva autoridade, bem como comportamento ambivalentes nos métodos disciplinares utilizados com o filho, ora se mostrando indiferente, negligenciando nas condições essenciais de desenvolvimento, ora abusando do seu poder, com castigos físicos exagerados, ficando evidenciado o caráter conflituoso na interação familiar.
3.Procedimento
A descrição do procedimento apresentará os recursos e instrumentos técnicos utilizados para coletar as informações (número de encontros, pessoas ouvidas, teste, entrevista, dinâmicas, observação, intervenção verbal ) à luz do referencial teórico-filosófico que os embasa. O procedimento adotado deve ser pertinente para avaliar a complexidade do que está sendo demandado.
Modelo
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
AUTOR/RELATOR –
CRP –
INTERESSADO –
ASSUNTO –
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
Forem realizados entrevistas e aplicação de testes psicológicos em 4 encontros de 1 (uma) hora de duração em dias alternados.
4. Análise
É a parte do documento na qual o psicólogo faz uma exposição descritiva de forma metódica, objetiva e fiel dos dados colhidos e das situações vividas relacionados à demanda em sua complexidade.Como apresentado nos princípios técnicos, “O processo de avaliação psicológica deve considerar que os objetos deste procedimento (as questões de ordem psicológica) têm determinações históricas, sociais, econômicas e políticas, sendo as mesmas elementos constitutivos no processo de subjetivação.
O documento , portanto, deve considerar a natureza dinâmica, não definitiva e não cristalizada do seu objeto de estudo. Somente deve ser relatado o que for necessário para o esclarecimento do encaminhamento, como disposto no Código de Ética Profissional do Psicólogo.
Modelo
Modelo
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
AUTOR/RELATOR –
CRP –
INTERESSADO –
ASSUNTO –
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
Nas primeiras sessões de avaliação, o examinado demonstrou excessiva tensão, irritabilidade, agitação, ansiedade, auto estima negativa, pensamento auto destrutivo e revolta em relação à sua mãe. Passado o período de comprometimento emocional, procedeu-se à aplicação dos testes buscando a investigação dos campos de percepção familiar, personalidade, inteligência e memória. No teste de percepção familiar, demonstrou desarmonia familiar, insegurança, introversão e sentimento de inferioridade. Foi observado distanciamento entre os familiares, rejeição ou desvalorização dos membros. No interrogatório, os conteúdos apresentados demonstraram bastante desinteresse pela vida.
A avaliação de personalidade foi realizada através da observação e da aplicação dos Testes (A – percepção Temática (T A T), Rorschach e Casa, Árvore, Pessoa (HTP). Observou-se total conhecimento da realidade vivida por ele. Os principais traços encontrados foram: introversão, imaturidade, auto-estima negativa, egocentrismo, ambivalência de comportamento, oscilação de humor, insegurança, agressividade, falta de objetivos e interesse, excessiva fantasia, fixação por objetos, insatisfação com as normas e regras sociais, imprudência, satisfação com as situações de perigo, gosto pela velocidade, forte tendência piromaníaca e bastante capacidade para planejar ações. Quanto à avaliação da inteligência, os resultados obtidos através do R-1 e do Raven demonstraram boa capacidade intelectual, colocando-se acima da média para sua escolaridade e idade. Porém, em relação à memorização, verificou-se dificuldades no campo da memória auditiva e visual, classificando-se em categoria inferior ao esperado
5.Conclusão
Na conclusão do documento, o psicólogo vai expor o resultado e/ou considerações a respeito de sua investigação a partir das referências que subsidiaram o trabalho. Após a narração conclusiva, o documento é encerrado, com indicação do local, data de emissão, assinatura do psicólogo e o seu número de inscrição no CRP.
Modelo
Modelo
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
1. Identificação
AUTOR/RELATOR –
CRP –
INTERESSADO –
ASSUNTO –
2. Descrição da demanda
3. Procedimento
4. Análise
5. Conclusão
Através dos dados analisados no psicodiagnóstico não foram verificados indícios de Deficiência Mental, porém, dificuldades de ordem social e afetiva, piromania, fixação por objetos, obsessão, pensamento auto-destrutivo e oscilação de humor. Diagnóstico: O paciente apresenta transtorno de personalidade anti-social, CID-10: F60.2 + F91.3. Encaminhamentos: Encaminhado para tratamento psicoterápico e acompanhamento psiquiátrico.
Cidade, dia, mês, ano
Cidade, dia, mês, ano
Nome do Psicólogo
CRP N.º /
fonte; http://controlesocialdesarandi.com.br/biblioteca-do-social/modelos-de-documentos/laudo-psicologico-modelos/Obrigado pela visita, volte sempre.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Blog do João Maria Andarilho Utópico Professor Pedagogo.: Modelos de Curriculum Vitae
Blog do João Maria Andarilho Utópico Professor Pedagogo.: Modelos de Curriculum Vitae: Modelos de Curriculum Vitae Ao escrever seu curriculum vitae você deve observar uma série de regras e dicas que visam diferenciá-lo ent...
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Modelos de Curriculum Vitae
Modelos de Curriculum Vitae
Ao escrever seu curriculum vitae você deve observar uma série de regras e dicas que visam diferenciá-lo entre os demais candidatos a vaga, destacando suas qualidades profissionais e pessoais. Antes de começar a escrever este documento, procure fazer uma reflexão sobre sua formação e carreira profissional, identificando seus pontos fortes. Na hora de redigí-lo, faça-o com calma, sem pressa - leia e releia-o várias vezes até ter a certeza de que está tudo certo.
Embora o conteúdo certamente fale mais alto, a apresentação do curriculum conta muitos pontos a favor. Um curriculum bem apresentável, organizado e impresso em um bom papel, transmite a idéia de um profissional competente e diferenciado. Utilize uma boa impressora e papéis brancos, no formato A4, de boa gramatura (90g/m2 por exemplo). Não utilize xerox nem imprima seu documento frente e verso.
- Veja outras dicas sobre COMO FAZER seu curriculum vitae.
- Veja dicas de COMO NÃO FAZER seu curriculum vitae.
- Veja como o curriculum vitae deve ser estruturado.
Abaixo listamos três modelos de currículo com visuais diferentes. Disponibizamos cada um deles preenchidos (exemplos utilizando pessoas fictícias) e o modelo em branco para você preencher com suas informações. Escolha aquele que julgar mais interessante, lembrando de personalizá-lo de acordo com as vagas que você pretende concorrer, conforme instruído acima.
Para fazer o download, clique sobre a imagem do modelo desejado:
fonte
http://www.meucurriculum.com/modelos-de-curriculum.php
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terça-feira, 20 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
METONÍMIA
METONÍMIA
A retórica tradicional não propõe uma conceituação exacta para a metonímia, e, talvez, por isso, as referências à “metonímia” normalmente encontradas são um reflexo desta atitude geral. Em sentido lato, é a figura de linguagem por meio da qual se coloca uma palavra em lugar de outra cujo significado dá a entender. Ou a figura de estilo que consiste na substituição de um nome por outro em virtude de uma relação semântica extrínseca existente entre ambos. Ou, ainda, uma translação de sentido pela proximidade de idéias. Consiste, assim, na ampliação do âmbito de significação de uma palavra ou expressão, partindo de uma relação objetiva entre a significação própria e a figurada. Nesta definição ampla, a metonímia seria um nome comum a todos os tropos, e abrangeria, principalmente, a sinédoque, que a retórica clássica considera ao lado da própria metonímia stricto sensu, estabelecendo apenas distinções sutis. Em outros termos, podemos dizer que a metonímia coloca uma palavra num campo semântico que não é o seu, baseando-se em agrupamentos onomasiológicos das coisas extralingüísticas, que não coincidem com os agrupamentos semânticos das formas lingüísticas.
As relações objetivas, que conduzem ao emprego metonímico de uma palavra ou expressão, podem ser muitíssimo variadas, mas costumam ser mais lembradas as seguintes:
a) relação entre a parte e o todo _ ex.: cabeça em “cem cabeças de gado”;
b) entre a matéria e seu objeto _ ex.: ouro quando empregado como “dinheiro”;
c) entre um ser e o seu princípio ativo _ ex.: alma em “cidade de cem mil almas”;
d) entre o agente e o resultado _ ex.: mão como “escrita” em “é sua mão!”;
e) entre um ser e alguns de seus traços físicos _ ex.: “respeitemos as cãs”, isto é, “aos idosos”;
f) entre a causa e o efeito ou entre o produtor e o objeto produzido _ ex.: “um Picasso”, isto é, “um quadro de Picasso”;
g) entre o continente e seu conteúdo _ ex.: “beber um copo”, isto é, o conteúdo de um copo;
h) entre o tempo ou o lugar e os seres que se acham no tempo ou lugar _ ex.: a posteridade, isto é, as pessoas do futuro; a nação, isto é, os componentes de uma nação;
i) entre o abstrato e o concreto _ ex.: “o amor tudo vence”, isto é, as pessoas que amam;
j) entre o signo e a coisa que ele significa _ a coroa, isto é, o rei.
A metonímia é, de forma principal, um processo sincrônico pelo qual se multiplicam as ocasiões de emprego de uma palavra além do seu campo semântico específico. Tem uma função importante como recurso estilístico ou estético, porque se presta a destacar aquilo que num determinado contexto é essencial no conceito designado. Como um exemplo de suas vantagens de estilo, basta observar uma numeração do tipo _”sangue, suor e lágrimas” _ usada para sintetizar uma situação crítica de alguém, de um povo, etc. A frase mencionada decorre de três metonímias, em que três tipos de acontecimentos são expressos pelos nomes das manifestações físicas que eles, respectivamente, provocam no corpo humano, ganhando, assim, esses acontecimentos um forte efeito pictórico e impressionista.
O tipo de desvio produzido pela metonímia é, normalmente, menos perceptível de forma imediata do que aquele que, por exemplo, produz uma metáfora. Por isso, na maioria dos casos, uma leitura rápida o aceita de forma automática, sem que sua existência como “desvio” se manifeste claramente na consciência do leitor. A maior parte das metonímias passam despercebidas nas condições normais de comunicação e só serão descobertas mediante uma análise lingüística ou estilística. Posto que a metonímia não é, necessariamente, percebida como uma transferência de denominação por quem a emprega, suas motivações são, muitas vezes, menos conscientes e voluntárias.
Cícero (De Oratore, III, XLII) se mostra bastante reservado quando se trata da metonímia: “ornandi causa proprium commutatum” _ com a intenção de adornar se põe uma palavra “própria” em lugar de outra palavra “própria”. O termo metonímico segue sendo de algum modo “uma palavra própria”, porque sua substância sêmica não se altera. A observação de Cícero, ainda que limitada, é pertinente, porque “adornar” uma elocução é outorgar-lhe um componente estético, e, assim, valorizar a função poética da linguagem, e, por conseguinte, dar-lhe um caráter formal de “literariedade” ou “literaturidade”. Ao mesmo tempo em que pode realçar a substância formal da mensagem, a metonímia completa a função referencial comum da linguagem, superpondo à designação da realidade descrita uma informação sobre a forma especial em que o falante concebe tal realidade.
Há, também, aqueles como Charles Bally, que vêem no deslocamento de referência que se constitui como metonímico um erro de percepção: quem diz “Vejo lá uma vela”, ao ver um barco à vela, o faz porque, positivamente, vendo o barco, somente enxerga a “vela”. Entre as motivações conscientes ou inconscientes do mecanismo metonímico, ocupa, sem dúvida, um lugar importante a busca de uma expressão mais concisa, de um menor esforço, ainda segundo Bally, e, várias vezes, o emprego de uma metonímia não é alheio à função afetiva da linguagem.
Roman Jakobson, na parte de seus estudos em que se refere à metonímia, nela vê a marca por excelência da literatura realista, enquanto que a metáfora caracterizaria melhor uma literatura romântica, ou simbolista. Sendo a metonímia marcada por um deslocamento de referência, é justo pensar-se que um possível efeito estético será produzido _ em primeiro lugar _ devido a este deslocamento, e, mais exatamente, pela direção em que ele se operar. Portanto, a sucessão de deslocamentos, orientados numa mesma direção, constitui-se num processo metonímico, até o ponto de, por meio dele, inscrever-se no texto uma visão particularizada da realidade, bastante afeita à chamada literatura realista. Tal sucessão de deslocamentos metonímicos, que substituem termos mais logicamente esperados pela sinalização de um detalhe mais limitado, mais preciso, mais determinado, etc., contribui para criar uma visão fragmentada da realidade descrita. Um estudo desse emprego estético da metonímia nos permite penetrar no universo imaginário de um escritor, uma vez que, de modo privilegiado, nos proporciona a possibilidade de captar o ponto de vista que leva esse escritor a relacionar-se com o universo real.
Há casos em que a metonímia também funciona por apresentação de imagens: designar a “realeza” pelo “cetro”, pela “coroa”, pelo “trono”, introduz, por exemplo, essas imagens. O mesmo pode ocorrer com a metonímia da parte do corpo que designa a função que ela exerce: os ‘olhos”, pela vista; a “boca”, pela palavra, etc. Aqui encontramos um dos procedimentos privilegiados da linguagem da tragédia clássica: a imagem metonímica, em seu caráter estético, se opõe à imagem associada da metáfora, pelo fato de que não está acompanhada por um processo de abstração e por um menor grau de “imprevisibilidade”, como afirma Michel Rifaterre. A freqüência das imagens metonímicas na tragédia clássica se explicaria por uma harmonia com a estética do gênero e pelas necessidades da linguagem dramática, que admite dificilmente as figuras demasiado “brilhantes” ou demasiado inesperadas: em Fedra, de Racine, a palavra “sangue” designa em sentido próprio o líquido vital que corre nas veias da protagonista, assim como também é o líquido vertido na terra pelo crime, e, por metonímia, o laço orgânico que une os membros de uma mesma família. Desta maneira, é a palavra “sangue” que resume e reúne os temas essenciais da tragédia em questão.
Se em sincronia a metonímia não modifica em absoluto a substância sêmica do lexema utilizado, há que reconhecer que em diacronia a maior parte das modificações feitas a esta substância se explicam pela ação da metonímia e por sua lexicalização. Neste processo de lexicalização da metonímia, é, sem dúvida, por onde se exerce mais claramente a ação da história da civilização sobre a história do vocabulário. Assim, a semântica histórica passou a aplicar o termo metonímia num sentido diacrônico, para indicar a mudança de significação que resulta do emprego sistemático de uma palavra em metonímia, de tal sorte que, pouco a pouco, se perde a relação entre esse emprego e a significação específica, resultando daí mudança de campo semântico para a palavra. Ex.: moeda, cuja origem está em moneta, de monere (em latim “aconselhar”), por causa da locução Juno Moneta _ “Juno Conselheira” _, deusa cuja efígie figurava em dinheiro romano. Há inúmeros casos, também, em que a significação específica é mantida, mas a relação metonímica sofre uma espécie de fossilização e a palavra passa a ter mais uma significação própria, criando-se uma polissemia. Exs.: vapor, empregado como “navio”; tela, como “pintura”; álcool, como “bebida alcoólica”, etc.
Muito freqüentemente se une a metonímia à sinédoque, como faz Du Marsais, no antigo Traité des Tropes, onde tem o cuidado de tentar estabelecer diferenças entre as duas figuras: “a sinédoque é uma espécie de metonímia, por meio da qual se dá um significado particular a uma palavra que, em sentido próprio, tem um significado mais geral; ou, ao contrário, se dá um significado geral a uma palavra que, em sentido próprio tem um significado particular. Em uma palavra: na metonímia, tomo um nome por outro, enquanto que na sinédoque tomo o mais por menos, ou, o menos por mais.”
Entretanto, não há por que conceder demasiada importância a pequenas diferenças entre metonímia e sinédoque, pois, mais que uma diferença de natureza, trata-se de uma diferença de grau: nos dois casos se produz uma modificação que intervém sobre o eixo sintagmático, provocando, por sua vez, um traslado de referência. Sem estabelecer diferença entre as duas figuras (metonímia e sinédoque), Roman Jakobson tenta proporcionar uma base científica à oposição entre metonímia e metáfora: “toda forma de transtorno afásico consiste em alguma alteração, mais ou menos grave, da faculdade de seleção e substituição ou da faculdade de combinação e contextualização. A primeira suprime a relação de similaridade e a segunda, a de contigüidade. A metáfora resulta impossível na alteração da similaridade e a metonímia, na alteração da contigüidade.”
No mesmo estudo, Jakobson considera a contigüidade como uma relação externa e a similaridade como uma relação interna. Desta forma, oferece a possibilidade de se estabelecer uma teoria lingüística da metáfora e da metonímia, que poderia permitir a reconstrução de uma semântica coerente e manejável.
Michel Le Guern, para distinguir melhor, chama a relação externa de referencial, ou, simplesmente, de referência. Por outro lado, um semema apresenta uma relação interna entre dois elementos de significação _ ou semas _ que o constituem. Colocando-se esta distinção no contexto da análise de Jakobson, diz Le Guern, podemos esperar que o processo metafórico seja concernente à organização sêmica, enquanto que o processo metonímico apenas modificaria a relação referencial. A metonímia se caracteriza por um deslocamento com respeito à relação normal entre a linguagem e a realidade extralingüística, ou, preferindo-se, podemos dizer que ela incide sobre a referência: “por exemplo, se eu convido o leitor a reler Jakobson, isto não supõe de minha parte uma modificação interna do sentido da palavra “Jakobson”. A metonímia que me faz empregar o nome do autor para designar uma obra opera sobre um deslizamento de referência; não se modifica a organização sêmica, mas a referência se constitui deslocada do autor ao livro”.
Usando a terminologia de A. J. Greimas podemos dizer que o lexema que forma metonímia (ou sinédoque) não é sentido como estranho à isotopia em que se insere, salvo em casos particulares muito raros. Ao contrário, a metáfora aparece imediatamente como estranha à isotopia do texto no qual está inserida, ou sua imagem não funcionará. Ainda, conforme Greimas, considerando-se o quadro de uma semântica discursiva, a metonímia é o resultado de um procedimento de substituição pelo qual substitui-se um dado sema por outro sema hipotáxico (ou hipertáxico), pertencentes ambos ao mesmo semema. Desse ponto de vista, acredita ele, podemos considerar a metonímia como uma metáfora “desviante”.
À primeira vista, há algo de paradoxal no fato de relacionar-se a metonímia, conforme Jakobson, com um eixo lingüístico de combinação. Como todos os tropos, a metonímia se define por um deslizamento paradigmático: trata-se da substituição de um termo próprio por uma palavra diferente, sem que a interpretação do texto resulte distinta. Assim, confirma-se, aparentemente, uma operação de seleção. Mas, seria uma incoerência se estabelecêssemos o princípio da independência relativa das faculdades de seleção e de combinação, entre os eixos paradigmático e sintagmático. O próprio Jakobson mostra que as concretizações pelos usuários não são mais que a projeção do eixo paradigmático sobre o sintagmático. E, ainda, segundo ele, a função poética projeta o princípio de equivalência do eixo de seleção sobre o eixo de combinação. Desta forma, os dois eixos estão naturalmente em uma relação de interdependência, que se manifesta constantemente no ato de falar, ou de escrever. Com a intenção de compreender melhor o conjunto da questão em sua complexidade, há que se considerar a seleção e a combinação em suas relações com a função referencial da linguagem, pois não há, no caso da metonímia, uma alternativa puramente lingüística. Trata-se de estabelecer uma combinação entre uma entidade lingüística e uma realidade extralingüística. A metonímia proporciona um magnífico exemplo de um tipo de solidariedade que se estabelece na linguagem entre a relação referencial e o sintagma, no eixo combinatório. Assim, a relação metonímica é uma relação entre objetos, vale dizer, entre realidades extralingüísticas, e tem por base uma relação existente com o referente real, no mundo exterior, independentemente das estruturas lingüísticas que podem servir para expressá-la. A análise do processo metonímico permite, então, confirmar a existência de um parentesco muito estreito, ou, poderíamos dizer, de uma “solidariedade”, entre a função referencial da linguagem e a atividade de combinação num eixo sintagmático.
Assim, uma coisa bem marcante ocorre com a metonímia: ela não cria uma relação inteiramente nova entre os dois termos que associa, porque os objetos que estes termos designam em seu sentido próprio estão já relacionados na realidade exterior, inclusive, antes que sejam momeados e independentemente da maneira como o são. Então, não se trata de uma relação rigorosamente objetiva, considerando-se que a linguagem não pode ser uma cópia direta da realidade existente; supõe, necessariamente, uma interpretação intelectual. Se, por metonímia, a palavra “coração” designa certos sentimentos, isto não significa que exista uma relação real entre o coração e esses sentimentos, mas, que em uma época dada da história da língua, a crença na influência do coração sobre a produção de certos movimentos afetivos permitiu a criação de uma metonímia que, naquele momento, se considerou fundada sobre uma relação objetivada.
Uma outra idéia é que, na medida em que é possível traduzir a metonímia por um equivalente que suprima a figura, agregando ao enunciado unicamente a formulação explícita da relação que constrói a alteração de referência, nada se opõe a que pudesse ser interpretada quase como elipse. Voltando à classificação tradicional dos diferentes tipos de metonímias, podemos constatar que a cada categoria corresponderia a elipse de um termo particular a esta categoria, mas comum a todos os casos que se considerem: 1. A causa pelo efeito: elipse de “o efeito de”; 2. O efeito pela causa: elipse de “a causa de”; 3. O continente pelo conteúdo: elipse de “o conteúdo de”; 4. O nome do lugar em que a coisa acontece pela própria coisa: elipse de “produto fabricado em”; 5. O signo pela coisa significada: elipse da “realidade simbolizada por”. A lista poderia ser facilmente completada. Assim, todas as categorias da metonímia, em sentido estrito, correspondem à elipse da expressão de uma relação que caracteriza cada categoria. Realmente, isto apenas estabelece a possibilidade de um parentesco estreito entre a metonímia e a elipse, sem provar, propriamente, sua existência. Não obstante, esta hipótese, à qual nada se opõe no plano teórico, pode ser considerada se observarmos o modo como os falantes não predispostos a favor de tal ou qual concepção teórica explicam espontaneamente as metonímias: com freqüência, como modificação do enunciado proposto, só apontam a inserção de um elemento cuja elipse produzisse a metonímia. Por outro lado, se a metonímia puder ser explicada por uma elipse, é evidente que seu mecanismo opera sobre a disposição do relato no sentido do eixo sintagmático. Mas esta análise é válida unicamente para a metonímia propriamente dita. As dificuldades que se encontram para aplicar esta explicação por elipse à sinédoque seriam suficientes para justificar que, tradicionalmente, se estabeleçam distinções sutis entre metonímia e sinédoque.
Enfim, o fato de que a metonímia se explique por uma elipse permite dar conta de outra de suas possíveis motivações: para suprir as insuficiências do vocabulário de uma língua, pode recorrer-se com toda naturalidade ao mecanismo metonímico, designando um objeto que não tem nome na língua dada por um outro objeto que com ele guarde uma relação evidente.
Bibliografia
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa (edição revista e ampliada), Rio de Janeiro: Ed. Lucerna, 37ª ed., 1999; ELIA, Sílvio. Dicionário Gramatical Globo, Rio de Janeiro/ São Paulo/ Porto Alegre: Ed. globo, 3ª ed., 1962; GREIMAS, A. J. e COURTÉS, J. Dicionário de Semiótica, São Paulo: Cultrix, s/d; JAKOBSON, Roman. Essais de Linguistique Générale, Paris: Les Éditions de Minuit, 1963; LE GUERN, Michel. La Metafora y La Metonimia, Madrid: Ediciones Catedra, 1976; MATTOSO CÂMARA Jr., Joaquim. Dicionário de Lingüística e Gramática, Petrópolis: Vozes, 11ª ed., 1977; RIFATERRE, Michel: Essais de Stylistique Structurale: Paris: Flammarion, 1971.
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