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quinta-feira, 6 de abril de 2017
Hoje é dia de Kamada jejum de Ekadasi 10
Kamada jejum de Ekadasi 10
Srila Suta Goswami disse: "ó sábios, permitam que eu ofereça minhas humildes e respeitosas reverências ao Supremo Senhor Hari, Bhagavan Sri Krishna, o filho de Devaki e Vasudeva, por cuja misericórdia posso descrever o dia de jejum que remove todos tipos de pecados. Foi para o devotado Yudhishthira que o Senhor Krishna glorificou os vinte e quatro jejuns [Ekadashis] primários, que destroem os pecados, e agora vou recontar uma dessas narrativas para vós. Grandes sábios eruditos selecionaram estas vinte e quatro narrativas dos dezoito Puranas, pois são realmente sublimes.
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Senhor Krishna, ó Vasudeva, por favor aceite minhas humildes reverências. Por favor descreva para mim o jejum [Ekadashi] que ocorre durante a parte iluminada do mês de Chaitra (mar/abr). Qual é seu nome e quais são suas glórias?"
O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó Yudhishthira, por favor ouça-Me atentamente enquanto relato a antiga história deste sagrado jejum [Ekadashi], uma história que Vasishtha Muni certa vez relatou para o Rei Dilipa, o bisavô do Senhor Ramachandra.
O Rei Dilipa perguntou ao grande sábio Vasishtha: "ó sacerdote [brahmana] sábio, desejo ouvir sobre o jejum [Ekadashi] que vem durante a parte iluminada do mês de Caitra. Por favor descreva-o para mim."
Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tua indagação é gloriosa. De bom grado contarei o que desejas saber. O jejum [Ekadashi] que ocorre durante a quinzena clara de Caitra é chamado de jejum Kamada. Ele consome todos pecados, assim como um incêndio florestal consome um suprimento de lenha seca. É muito purificante, e confere o mais alto mérito a quem o observa fielmente. Ó rei, agora ouça uma antiga história, que é tão meritória que remove todos nossos pecados simplesmente por ser ouvida.
Uma vez, há muito tempo atrás, existia uma cidade-estado chamada Ratnapura, que era decorada por ouro e jóias e na qual serpentes de afiadas presas desfrutavam da intoxicação. O Rei Pundarika era o governante deste mais belo reino, que contava com muitos Gandharvas, Kinnaras, e Apsaras entre seus cidadãos.
Entre os Gandharvas havia Lalita e sua esposa Lalitã, que era uma dançarina especialmente maravilhosa. Estes dois tinham intensa atração um pelo outro, e seu lar era cheio de grande riqueza e finos alimentos. Lalitã amava seu marido muito, e por sua vez ele também constantemente pensava nela em seu coração.
Uma vez, na corte do Rei Pundarika, muitos Gandharvas estavam dançando e Lalita estava cantando sozinho, sem sua esposa. Não pode evitar de pensar nela enquanto cantava, e por essa distração perdeu-se na métrica e melodia da canção. De fato, Lalita cantou indevidamente o final de sua canção, e uma das serpentes invejosas que estava presente na corte do rei queixou-se ao rei que Lalita estava absorto em pensar na sua esposa em vez de no seu soberano. O rei ficou furioso ao ouvir isso, e seus olhos ficaram vermelhos de raiva. De repente ele berrou: "ó tolo valete, porque estavas pensando luxuriosamente numa mulher em vez de pensar reverentemente em teu rei enquanto realizavas teus deveres reais, eu te amaldiçôo imediatamente a virares um canibal!"
Ó rei, Lalita imediatamente virou um temível canibal, um grande demônio comedor de gente, cuja aparência aterrorizava todo mundo. Seus braços tinham oito milhas de comprimento, sua boca era grande como uma enorme caverna, seus olhos eram imponentes como o sol e a lua, suas narinas assemelhavam-se a enormes fossos na terra, seu pescoço era uma verdadeira montanha, seus quadris tinham quatro milhas de largura, e seu corpo gigantesco media sessenta e quatro milhas de altura. Assim o pobre Lalita, o amoroso cantor Gandharva, teve que sofrer a reação de sua ofensa contra o Rei Pundarika.
Vendo seu marido sofrendo como um horrível canibal, Lalitã foi tomada de tristeza. Pensava: "Agora que meu querido marido está sofrendo os efeitos da maldição do rei, que será de mim? Que devo fazer? Para onde devo ir? Desse modo Lalitã lamentava dia e noite. Em vez de gozar da vida como uma esposa de Gandharva, ela tinha que vagar por toda selva densa com seu monstruoso marido, que caíra completamente sob o encanto da maldição do rei e estava inteiramente ocupado em terríveis atividades pecaminosas. Ele perambulava vacilante pelas regiöes inóspitas, um ex-semideus Gandharva belo, agora reduzido a um comportamento fantasmagórico de comedor de gente. Totalmente transtornada ao ver seu querido marido sofrer tanto em sua horrorosa condição, Lalitã começou a chorar enquanto seguia sua louca jornada.
Por boa fortuna, entretanto, Lalitã em certo dia encontrou o sábio Shringi. Estava sentado num pico da famosa Colina Vindhyacala. Aproximando-se dele, imediatamente ela ofereceu ao asceta suas respeitosas reverências. O sábio notou-a curvando-se diante dele e disse: "ó mais bela, quem és? De quem és filha, e porque vieste até aqui? Por favor conta-me tudo de verdade."
Lalitã respondeu: "ó grande sábio, sou filha do grande Gandharva Viradhanva, e meu nome é Lalitã. Vago pelas florestas e planícies com meu querido marido, que o Rei Pundarika amaldiçôou a se tornar um demônio comedor de gente. ó sacerdote [brahmana], estou grandemente aflita por ver sua forma feroz e atividades terrívelmente pecaminosas. Ó mestre, por favor conta-me como poderei realizar algum ato de expiação em prol de meu marido. Que ato piedoso poderei fazer para libertá-lo de sua forma demoníaca, ó melhor dos sacerdotes [brahmanas]?"
O sábio respondeu: "ó donzela celestial, existe um jejum [Ekadashi] chamado Kamada que ocorre na quinzena luminosa do mês de Caitra. Está chegando em breve. Se observares este jejum de Ekadashi de acordo com suas regras e regulações e deres o mérito que assim acumulares a teu marido, ele será liberto da maldição de imediato." Lalitã ficou muito contente ao ouvir estas palavras do sábio.
Lalitã observou fielmente o jejum de Kamada Ekadashi segundo as instruções do sábio Shringi, e no Dvadashi el lo cantor celestial adornado com muitos ornamentos lindos. Agora, com sua esposa Lalitã, ele podia desfrutar de mais opulência que antes. Tudo isso se dera pelo poder e glória do jejum Kamada Ekadashi. Afinal o casal Gandharva embarcou num aeroplano celestial e ascendeu ao céu."
O Senhor Sri Krishna continuou: "ó Yudhishthira, melhor dos reis, quem quer que ouça esta maravilhosa narrativa deve certamente observar o sagrado jejum Kamada Ekadashi ao melhor de sua capacidade, por conceder mérito tão grande ao devoto fiel. Portanto descrevi suas glórias para ti em benefício de toda humanidade. Não há jejum [Ekadashi] melhor que o Kamada Ekadashi. Ele pode erradicar até mesmo o pecado de matar um sacerdote [brahmana], e também nulifica maldições demoníacas e limpa a consciência. Em todos três mundos, entre as entidades móveis e imóveis, não existe dia melhor."
Assim termina a narrativa das glórias de Caitra-sukla Ekadasi, ou Kamada Ekadasi, conforme aparece no Varaha Purana.
Para saber tudo sobre Jejum ou ekadasi clique nos links abaixo: E E E Para ler mais ou baixar livros gratis sobre este conhecimento clique aqui
Srila Suta Goswami disse: "ó sábios, permitam que eu ofereça minhas humildes e respeitosas reverências ao Supremo Senhor Hari, Bhagavan Sri Krishna, o filho de Devaki e Vasudeva, por cuja misericórdia posso descrever o dia de jejum que remove todos tipos de pecados. Foi para o devotado Yudhishthira que o Senhor Krishna glorificou os vinte e quatro jejuns [Ekadashis] primários, que destroem os pecados, e agora vou recontar uma dessas narrativas para vós. Grandes sábios eruditos selecionaram estas vinte e quatro narrativas dos dezoito Puranas, pois são realmente sublimes.
Yudhishthira Maharaja disse: "ó Senhor Krishna, ó Vasudeva, por favor aceite minhas humildes reverências. Por favor descreva para mim o jejum [Ekadashi] que ocorre durante a parte iluminada do mês de Chaitra (mar/abr). Qual é seu nome e quais são suas glórias?"
O Senhor Sri Krishna respondeu: "ó Yudhishthira, por favor ouça-Me atentamente enquanto relato a antiga história deste sagrado jejum [Ekadashi], uma história que Vasishtha Muni certa vez relatou para o Rei Dilipa, o bisavô do Senhor Ramachandra.
O Rei Dilipa perguntou ao grande sábio Vasishtha: "ó sacerdote [brahmana] sábio, desejo ouvir sobre o jejum [Ekadashi] que vem durante a parte iluminada do mês de Caitra. Por favor descreva-o para mim."
Vasishtha Muni respondeu: "ó rei, tua indagação é gloriosa. De bom grado contarei o que desejas saber. O jejum [Ekadashi] que ocorre durante a quinzena clara de Caitra é chamado de jejum Kamada. Ele consome todos pecados, assim como um incêndio florestal consome um suprimento de lenha seca. É muito purificante, e confere o mais alto mérito a quem o observa fielmente. Ó rei, agora ouça uma antiga história, que é tão meritória que remove todos nossos pecados simplesmente por ser ouvida.
Uma vez, há muito tempo atrás, existia uma cidade-estado chamada Ratnapura, que era decorada por ouro e jóias e na qual serpentes de afiadas presas desfrutavam da intoxicação. O Rei Pundarika era o governante deste mais belo reino, que contava com muitos Gandharvas, Kinnaras, e Apsaras entre seus cidadãos.
Entre os Gandharvas havia Lalita e sua esposa Lalitã, que era uma dançarina especialmente maravilhosa. Estes dois tinham intensa atração um pelo outro, e seu lar era cheio de grande riqueza e finos alimentos. Lalitã amava seu marido muito, e por sua vez ele também constantemente pensava nela em seu coração.
Uma vez, na corte do Rei Pundarika, muitos Gandharvas estavam dançando e Lalita estava cantando sozinho, sem sua esposa. Não pode evitar de pensar nela enquanto cantava, e por essa distração perdeu-se na métrica e melodia da canção. De fato, Lalita cantou indevidamente o final de sua canção, e uma das serpentes invejosas que estava presente na corte do rei queixou-se ao rei que Lalita estava absorto em pensar na sua esposa em vez de no seu soberano. O rei ficou furioso ao ouvir isso, e seus olhos ficaram vermelhos de raiva. De repente ele berrou: "ó tolo valete, porque estavas pensando luxuriosamente numa mulher em vez de pensar reverentemente em teu rei enquanto realizavas teus deveres reais, eu te amaldiçôo imediatamente a virares um canibal!"
Ó rei, Lalita imediatamente virou um temível canibal, um grande demônio comedor de gente, cuja aparência aterrorizava todo mundo. Seus braços tinham oito milhas de comprimento, sua boca era grande como uma enorme caverna, seus olhos eram imponentes como o sol e a lua, suas narinas assemelhavam-se a enormes fossos na terra, seu pescoço era uma verdadeira montanha, seus quadris tinham quatro milhas de largura, e seu corpo gigantesco media sessenta e quatro milhas de altura. Assim o pobre Lalita, o amoroso cantor Gandharva, teve que sofrer a reação de sua ofensa contra o Rei Pundarika.
Vendo seu marido sofrendo como um horrível canibal, Lalitã foi tomada de tristeza. Pensava: "Agora que meu querido marido está sofrendo os efeitos da maldição do rei, que será de mim? Que devo fazer? Para onde devo ir? Desse modo Lalitã lamentava dia e noite. Em vez de gozar da vida como uma esposa de Gandharva, ela tinha que vagar por toda selva densa com seu monstruoso marido, que caíra completamente sob o encanto da maldição do rei e estava inteiramente ocupado em terríveis atividades pecaminosas. Ele perambulava vacilante pelas regiöes inóspitas, um ex-semideus Gandharva belo, agora reduzido a um comportamento fantasmagórico de comedor de gente. Totalmente transtornada ao ver seu querido marido sofrer tanto em sua horrorosa condição, Lalitã começou a chorar enquanto seguia sua louca jornada.
Por boa fortuna, entretanto, Lalitã em certo dia encontrou o sábio Shringi. Estava sentado num pico da famosa Colina Vindhyacala. Aproximando-se dele, imediatamente ela ofereceu ao asceta suas respeitosas reverências. O sábio notou-a curvando-se diante dele e disse: "ó mais bela, quem és? De quem és filha, e porque vieste até aqui? Por favor conta-me tudo de verdade."
Lalitã respondeu: "ó grande sábio, sou filha do grande Gandharva Viradhanva, e meu nome é Lalitã. Vago pelas florestas e planícies com meu querido marido, que o Rei Pundarika amaldiçôou a se tornar um demônio comedor de gente. ó sacerdote [brahmana], estou grandemente aflita por ver sua forma feroz e atividades terrívelmente pecaminosas. Ó mestre, por favor conta-me como poderei realizar algum ato de expiação em prol de meu marido. Que ato piedoso poderei fazer para libertá-lo de sua forma demoníaca, ó melhor dos sacerdotes [brahmanas]?"
O sábio respondeu: "ó donzela celestial, existe um jejum [Ekadashi] chamado Kamada que ocorre na quinzena luminosa do mês de Caitra. Está chegando em breve. Se observares este jejum de Ekadashi de acordo com suas regras e regulações e deres o mérito que assim acumulares a teu marido, ele será liberto da maldição de imediato." Lalitã ficou muito contente ao ouvir estas palavras do sábio.
Lalitã observou fielmente o jejum de Kamada Ekadashi segundo as instruções do sábio Shringi, e no Dvadashi el lo cantor celestial adornado com muitos ornamentos lindos. Agora, com sua esposa Lalitã, ele podia desfrutar de mais opulência que antes. Tudo isso se dera pelo poder e glória do jejum Kamada Ekadashi. Afinal o casal Gandharva embarcou num aeroplano celestial e ascendeu ao céu."
O Senhor Sri Krishna continuou: "ó Yudhishthira, melhor dos reis, quem quer que ouça esta maravilhosa narrativa deve certamente observar o sagrado jejum Kamada Ekadashi ao melhor de sua capacidade, por conceder mérito tão grande ao devoto fiel. Portanto descrevi suas glórias para ti em benefício de toda humanidade. Não há jejum [Ekadashi] melhor que o Kamada Ekadashi. Ele pode erradicar até mesmo o pecado de matar um sacerdote [brahmana], e também nulifica maldições demoníacas e limpa a consciência. Em todos três mundos, entre as entidades móveis e imóveis, não existe dia melhor."
Assim termina a narrativa das glórias de Caitra-sukla Ekadasi, ou Kamada Ekadasi, conforme aparece no Varaha Purana.
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terça-feira, 4 de abril de 2017
#1 - Como Educar seus Filhos - Modelagem da Linguagem
Publicado em 4 de nov de 2013 http://www.comoeducarseusfilhos.com.br Neste vídeo, o prof. Carlos Nadalim explica a importância da modelagem da linguagem na educação infantil. Ele dá uma dica muito valiosa que elevará a capacidade expressiva de seus filhos. Assista! Tente Mais uma Vez Eis aqui o bom conselho a se seguir: Tente mais uma vez; Se no início algo é difícil conseguir, Tente mais uma vez, E verá sua coragem aparecer: Nunca trema, não há nada que temer; Persevere e verá que vai vencer; Tente mais uma vez. (Tradução de Cláudia Roquette-Pinto) Livro: O Livro das Virtudes para Crianças Organizado por William J. Bennet http://youtu.be/CDJoBdHG238
Obrigado pela visita, volte sempre.
segunda-feira, 3 de abril de 2017
domingo, 2 de abril de 2017
A apoteose do fingimento histérico
São Paulo, 09 de Agosto de 2016 às 11:01 por Olavo de Carvalho
“O camponês da Bavária e de Baden que não consegue enxergar para além do campanário da sua igreja local, o pequeno produtor francês de vinho que é levado à bancarrota pelos capitalistas de grande escala que adulteram vinho, e o pequeno plantador americano depenado por banqueiros e congressistas e jogado para longe da corrente maior do desenvolvimento, são convocados, no papel, a assumir a direção do Estado pelo regime da democracia política. Mas, na realidade, em todas as questões básicas que determinam os destinos dos povos, quem toma as decisões pelas costas da democracia parlamentar são as oligarquias financeiras.”
Esse parágrafo consta daquilo que foi provavelmente o discurso mais decisivo do século XX: as palavras de Leon Trotski no ato de fundação do Comintern em 1919, que determinariam em linhas gerais a estratégia do comunismo mundial por mais de meio século e, de algum modo, continuam a inspirá-lo até hoje.
Como descrição da realidade, essas palavras continuam válidas: decorrido um século, o povo trabalhador e pagador de impostos continua tentando melhorar o curso das coisas por meio do voto, sendo constantemente ludibriado e frustrado pelas oligarquias financeiras e políticas que burlam o processo legislativo e impõem suas decisões por meio de tratados internacionais, decretos de presidentes, portarias de ministérios, regulamentos de repartições, de prefeituras, de administrações regionais e uma infinidade de outros artifícios, obrigando todo mundo a obedecer leis que nem mesmo existem.
Só o que mudou, nesse ínterim, foi a identidade ideológica dos personagens. A minoria bilionária age em parceria com a esquerda internacional -- isto é, com os herdeiros de Trotski -- para impor a populações estupefatas, por vias transversas que neutralizam o processo legislativo, as mudanças socioculturais mais artificiosas e contrárias às crenças e valores do povo: feminismo, gayzismo, desarmamento civil, multiculturalismo, liberação das drogas, sexualização prematura das crianças nas escolas, dissolução das identidades nacionais por meio da imigração forçada, anticristianismo militante etc. etc.
O povão simples apega-se cada vez mais aos seus valores antigos, cristãos e patrióticos, esperando fazê-los triunfar por meio de candidatos como Donald Trump, Jair Bolsonaro ou Nigel Farage, sendo por isso estigmatizado pela grande mídia de esquerda (a única que existe) como fascista, nazista, racista, assassino de gays, negros e mulheres etc. etc.
A aliança mundial de globalistas e esquerdistas é o fenômeno mais geral e importante da nossa época, e não há um só fato da vida cultural ou política ocidental que não seja, em mais ou em menos, determinado por ela.
À troca de papéis corresponde, pari passu, a inversão não só do conteúdo, mas da própria função do discurso público: a classe dominante rouba as palavras do povo para condená-lo e intimidá-lo como se ele fosse ela, e ela o povo.
Intelectuais, artistas, jornalistas e publicitários pagos generosamente pela elite governante bilionária fazem-se de defensores da população ludibriada para poder continuar a ludibriá-la e a acumular poder e dinheiro sob os pretextos mais sedutores e hipnoticamente populistas que uma mendacidade ilimitadamente inventiva já logrou conceber.
Esse discurso meticulosamente invertido é uma invenção, já velha, de engenheiros sociais que, é claro, não se deixam enganar pelo seu próprio ardil.
Mas, quando a moda se dissemina no baixo clero do show business, das universidades e da mídia, ela modifica profundamente a psique de multidões inteiras de idiotas úteis, que sentem – e sentem com muita emoção – estar dizendo a mais pura verdade no instante mesmo em que repetem chavões que sua própria experiência direta desmente da maneira mais flagrante.
É a síndrome da autopersuasão histérica que, como já explicava o dr. Andrew Lobaczewski, se espalha entre pessoas de mente fraca quando colocadas sob a influência de psicopatas astutos.
Exemplos dessas mentes fracas não faltam. As redações, as cátedras universitárias, o cast inteiro dos canais de TV estão repletos deles.
Escolho um a esmo, só porque é desta semana. Com aparente sinceridade, o sr. Fernando Meirelles, publicitário responsável pelo show de abertura das Olimpíadas, escreve no seu Twitter (reproduzo com as execráveis grafias originárias):
“Bolsanaro vai odiar a cerimônia. Trump também. Pelo menos nisso acertamos. A cerimônia de hoje terá índios, empoderamento dos negros e das mulheres, transgêneros e um alerta contra os riscos do uso de petróleio.”
Os pobres e oprimidos são aí representados pelos índios, negros, mulheres e transgêneros.
Os ricos opressores, pelos srs. Trump e Bolsonaro. Por meio do show, o sr. Meirelles, os patrocinadores do espetáculo e o governo aparecem como advogados dos primeiros contra a prepotência reacionária dos segundos, vagamente identificados, de passagem, como ligados de algum modo aos interesses da macabra indústria do petróleo.
Mas quem não sabe que, para montar o espetáculo, o sr. Meirelles recebeu R$ 270 milhões de um bilionário esquema público-privado que jamais deu ou daria um tostão a políticos como Trump e Bolsonaro, aos quais odeia tanto quanto o povão os ama?
Quem não sabe que o “empoderamento dos índios, negros e mulheres” é a Leitmotiv do discurso propagandístico de uma elite globalista que continua – para usar as palavras de Trotski – “jogando para longe da corrente maior do desenvolvimento” os trabalhadores, os pequenos plantadores, os microempresários e, por isso mesmo, uma multidão de “índios, negros e mulheres”?
E quem não sabe que os donos do petróleo são ainda os árabes, os maiores assassinos de gays e mulheres que já existiram no mundo, contra os quais o show do sr. Meirelles não ousaria nem ousou dizer uma palavrinha incômoda sequer?
Em que mundo, em que fração do universo imaginário o sr. Trump fez algum dano a gays e mulheres, que pelo menos fosse comparável ao que essas criaturas sofrem nas mãos dos muçulmanos sob aplausos frenéticos e incondicionais da esquerda internacional à qual o sr. Meirelles indiscutivelmente pertence e à qual mostrou descarada fidelidade por meio do símbolo comunista do punho esquerdo cerrado?
E em que planeta do mundo da fantasia o sr. Bolsonaro, um modesto capitão da reserva que jamais foi visto sequer ao lado de um bilionário, faz parte da elite opressora?
Sem dúvida o sr. Meirelles acredita no que diz. Mas não acredita pelos meios normais do conhecimento humano e sim por meio da autopersuasão histérica que desmente de maneira brutal e ostensiva tudo o que ele vê, tudo o que ele sabe, tudo o que lhe chega pelos cinco sentidos.
O sr. Meirelles não raciocina a partir da sua própria experiência, mas da sua própria voz.
Indo da boca para o ouvido, sua alma se entrega toda mole-mole nos braços de um discurso auto-hipnótico que lhe dá, como compensação automática, um prêmio de 270 milhões e a ilusão de fazer bonito.
Com isso não quero dizer que o sr. Meirelles, só por expressar francamente o seu sentimento, seja honesto ou veraz.
Se o tipo de sinceridade do fingidor histérico se distingue da mentira deliberada por não saber que é mentira, ela distingue-se das palavras do observador honesto porque não tem nada, absolutamente nada a ver com a categoria da veracidade.
Constitui-se de sentimento apenas, e a nada o sentimento é mais obediente do que a imaginação. O fingidor histérico imagina alguma coisa na hora, sente em conformidade com ela, e diz o que sente.
A distinção entre o verdadeiro e o falso nem lhe passa pela cabeça. E, se você lhe diz que o discurso dele é falso, ele entende que você apenas sente diferente dele, que tudo não passa de um confronto de emoções opostas, de uma disputa de poder entre dois corações – naturalmente, um malvado – você – e um bonzinho – ele.
A histeria – sempre é bom lembrar – nada tem a ver com chiliques, gritinhos e crises de nervos, embora às vezes recorra a esses instrumentos expressivos quando a crença na mentira começa a falhar e tem de ser reforçada pela mise-en-scène.
A histeria é eminentemente fingimento auto-hipnótico, tanto mais forte quanto mais tranqüilo e sereno em aparência.
Aquilo que, na mente do manipulador psicopata, começou como uma mentira concebida friamente para tais ou quais propósitos práticos se torna, na mente passiva e servil dos seus imitadores, um modo de ser, um habitus profundamente arraigado e difícil de remover.
A personalidade do psicopata não é afetada pelas suas mentiras, concebidas para uso alheio. A do fingidor histérico é transfigurada e remoldada pela mentira, até que o poder de persuasão da própria voz se sobrepoõe ao apelo dos sentidos, da memória e da razão. O ser humano normal acredita no que vê, no que experimenta e no que sabe. O fingidor histérico, naquilo que aprendeu a dizer.
Como bem observou o dr. Lobaczewski na sua Ponerologia – com certeza o livro mais importante de ciência política das últimas décadas –, numa sociedade dominada por criminosos psicopatas, o fingimento histérico se espalha como uma epidemia, que, se não controlada em tempo, acaba por se tornar o estado de espírito geral e permanente de amplas camadas sociais, especialmente aquelas que encontram nisso um modo de vida, como por exemplo os professores, os jornalistas, os publicitários e os artistas do show business, classes que, por definição, e mesmo em circunstâncias normais, vivem de repassar discursos aprendidos.
Subsidiado por patrocínios bilionários, o fingimento histérico brasileiro fez da abertura da Olimpíada a sua mais vistosa apoteose.
**********
http://olavodecarvalho.org
http://seminariodefilosofia.org
http://therealtalk.org
fonte: http://www.dcomercio.com.br/categoria/opiniao/a_apoteose_do_fingimento_histerico
Obrigado pela visita, e volte sempre.
Subsidiado por patrocínios bilionários, o fingimento histérico brasileiro fez da abertura da Olimpíada a sua mais vistosa apoteose
Esse parágrafo consta daquilo que foi provavelmente o discurso mais decisivo do século XX: as palavras de Leon Trotski no ato de fundação do Comintern em 1919, que determinariam em linhas gerais a estratégia do comunismo mundial por mais de meio século e, de algum modo, continuam a inspirá-lo até hoje.
Como descrição da realidade, essas palavras continuam válidas: decorrido um século, o povo trabalhador e pagador de impostos continua tentando melhorar o curso das coisas por meio do voto, sendo constantemente ludibriado e frustrado pelas oligarquias financeiras e políticas que burlam o processo legislativo e impõem suas decisões por meio de tratados internacionais, decretos de presidentes, portarias de ministérios, regulamentos de repartições, de prefeituras, de administrações regionais e uma infinidade de outros artifícios, obrigando todo mundo a obedecer leis que nem mesmo existem.
Só o que mudou, nesse ínterim, foi a identidade ideológica dos personagens. A minoria bilionária age em parceria com a esquerda internacional -- isto é, com os herdeiros de Trotski -- para impor a populações estupefatas, por vias transversas que neutralizam o processo legislativo, as mudanças socioculturais mais artificiosas e contrárias às crenças e valores do povo: feminismo, gayzismo, desarmamento civil, multiculturalismo, liberação das drogas, sexualização prematura das crianças nas escolas, dissolução das identidades nacionais por meio da imigração forçada, anticristianismo militante etc. etc.
O povão simples apega-se cada vez mais aos seus valores antigos, cristãos e patrióticos, esperando fazê-los triunfar por meio de candidatos como Donald Trump, Jair Bolsonaro ou Nigel Farage, sendo por isso estigmatizado pela grande mídia de esquerda (a única que existe) como fascista, nazista, racista, assassino de gays, negros e mulheres etc. etc.
A aliança mundial de globalistas e esquerdistas é o fenômeno mais geral e importante da nossa época, e não há um só fato da vida cultural ou política ocidental que não seja, em mais ou em menos, determinado por ela.
À troca de papéis corresponde, pari passu, a inversão não só do conteúdo, mas da própria função do discurso público: a classe dominante rouba as palavras do povo para condená-lo e intimidá-lo como se ele fosse ela, e ela o povo.
Intelectuais, artistas, jornalistas e publicitários pagos generosamente pela elite governante bilionária fazem-se de defensores da população ludibriada para poder continuar a ludibriá-la e a acumular poder e dinheiro sob os pretextos mais sedutores e hipnoticamente populistas que uma mendacidade ilimitadamente inventiva já logrou conceber.
Esse discurso meticulosamente invertido é uma invenção, já velha, de engenheiros sociais que, é claro, não se deixam enganar pelo seu próprio ardil.
Mas, quando a moda se dissemina no baixo clero do show business, das universidades e da mídia, ela modifica profundamente a psique de multidões inteiras de idiotas úteis, que sentem – e sentem com muita emoção – estar dizendo a mais pura verdade no instante mesmo em que repetem chavões que sua própria experiência direta desmente da maneira mais flagrante.
É a síndrome da autopersuasão histérica que, como já explicava o dr. Andrew Lobaczewski, se espalha entre pessoas de mente fraca quando colocadas sob a influência de psicopatas astutos.
Exemplos dessas mentes fracas não faltam. As redações, as cátedras universitárias, o cast inteiro dos canais de TV estão repletos deles.
Escolho um a esmo, só porque é desta semana. Com aparente sinceridade, o sr. Fernando Meirelles, publicitário responsável pelo show de abertura das Olimpíadas, escreve no seu Twitter (reproduzo com as execráveis grafias originárias):
“Bolsanaro vai odiar a cerimônia. Trump também. Pelo menos nisso acertamos. A cerimônia de hoje terá índios, empoderamento dos negros e das mulheres, transgêneros e um alerta contra os riscos do uso de petróleio.”
Os pobres e oprimidos são aí representados pelos índios, negros, mulheres e transgêneros.
Os ricos opressores, pelos srs. Trump e Bolsonaro. Por meio do show, o sr. Meirelles, os patrocinadores do espetáculo e o governo aparecem como advogados dos primeiros contra a prepotência reacionária dos segundos, vagamente identificados, de passagem, como ligados de algum modo aos interesses da macabra indústria do petróleo.
Mas quem não sabe que, para montar o espetáculo, o sr. Meirelles recebeu R$ 270 milhões de um bilionário esquema público-privado que jamais deu ou daria um tostão a políticos como Trump e Bolsonaro, aos quais odeia tanto quanto o povão os ama?
Quem não sabe que o “empoderamento dos índios, negros e mulheres” é a Leitmotiv do discurso propagandístico de uma elite globalista que continua – para usar as palavras de Trotski – “jogando para longe da corrente maior do desenvolvimento” os trabalhadores, os pequenos plantadores, os microempresários e, por isso mesmo, uma multidão de “índios, negros e mulheres”?
E quem não sabe que os donos do petróleo são ainda os árabes, os maiores assassinos de gays e mulheres que já existiram no mundo, contra os quais o show do sr. Meirelles não ousaria nem ousou dizer uma palavrinha incômoda sequer?
Em que mundo, em que fração do universo imaginário o sr. Trump fez algum dano a gays e mulheres, que pelo menos fosse comparável ao que essas criaturas sofrem nas mãos dos muçulmanos sob aplausos frenéticos e incondicionais da esquerda internacional à qual o sr. Meirelles indiscutivelmente pertence e à qual mostrou descarada fidelidade por meio do símbolo comunista do punho esquerdo cerrado?
E em que planeta do mundo da fantasia o sr. Bolsonaro, um modesto capitão da reserva que jamais foi visto sequer ao lado de um bilionário, faz parte da elite opressora?
Sem dúvida o sr. Meirelles acredita no que diz. Mas não acredita pelos meios normais do conhecimento humano e sim por meio da autopersuasão histérica que desmente de maneira brutal e ostensiva tudo o que ele vê, tudo o que ele sabe, tudo o que lhe chega pelos cinco sentidos.
O sr. Meirelles não raciocina a partir da sua própria experiência, mas da sua própria voz.
Indo da boca para o ouvido, sua alma se entrega toda mole-mole nos braços de um discurso auto-hipnótico que lhe dá, como compensação automática, um prêmio de 270 milhões e a ilusão de fazer bonito.
Com isso não quero dizer que o sr. Meirelles, só por expressar francamente o seu sentimento, seja honesto ou veraz.
Se o tipo de sinceridade do fingidor histérico se distingue da mentira deliberada por não saber que é mentira, ela distingue-se das palavras do observador honesto porque não tem nada, absolutamente nada a ver com a categoria da veracidade.
Constitui-se de sentimento apenas, e a nada o sentimento é mais obediente do que a imaginação. O fingidor histérico imagina alguma coisa na hora, sente em conformidade com ela, e diz o que sente.
A distinção entre o verdadeiro e o falso nem lhe passa pela cabeça. E, se você lhe diz que o discurso dele é falso, ele entende que você apenas sente diferente dele, que tudo não passa de um confronto de emoções opostas, de uma disputa de poder entre dois corações – naturalmente, um malvado – você – e um bonzinho – ele.
A histeria – sempre é bom lembrar – nada tem a ver com chiliques, gritinhos e crises de nervos, embora às vezes recorra a esses instrumentos expressivos quando a crença na mentira começa a falhar e tem de ser reforçada pela mise-en-scène.
A histeria é eminentemente fingimento auto-hipnótico, tanto mais forte quanto mais tranqüilo e sereno em aparência.
Aquilo que, na mente do manipulador psicopata, começou como uma mentira concebida friamente para tais ou quais propósitos práticos se torna, na mente passiva e servil dos seus imitadores, um modo de ser, um habitus profundamente arraigado e difícil de remover.
A personalidade do psicopata não é afetada pelas suas mentiras, concebidas para uso alheio. A do fingidor histérico é transfigurada e remoldada pela mentira, até que o poder de persuasão da própria voz se sobrepoõe ao apelo dos sentidos, da memória e da razão. O ser humano normal acredita no que vê, no que experimenta e no que sabe. O fingidor histérico, naquilo que aprendeu a dizer.
Como bem observou o dr. Lobaczewski na sua Ponerologia – com certeza o livro mais importante de ciência política das últimas décadas –, numa sociedade dominada por criminosos psicopatas, o fingimento histérico se espalha como uma epidemia, que, se não controlada em tempo, acaba por se tornar o estado de espírito geral e permanente de amplas camadas sociais, especialmente aquelas que encontram nisso um modo de vida, como por exemplo os professores, os jornalistas, os publicitários e os artistas do show business, classes que, por definição, e mesmo em circunstâncias normais, vivem de repassar discursos aprendidos.
Subsidiado por patrocínios bilionários, o fingimento histérico brasileiro fez da abertura da Olimpíada a sua mais vistosa apoteose.
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fonte: http://www.dcomercio.com.br/categoria/opiniao/a_apoteose_do_fingimento_histerico
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