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sexta-feira, 10 de julho de 2020
Dicionário de Filosofia da Educação: Ação Afirmativa. #1 Podcast conservador sobre: política , filosofia, arte, cultura, educação, pedagogia , religião
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quinta-feira, 9 de julho de 2020
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Como desenvolver o hábito do estudo, da leitura, e da escrita: para concursos públicos.
terça-feira, 7 de julho de 2020
Fraudes Engôdos e Mentiras na Educação pública particular E isto tb acon...
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Servidores confessam fraude em esquema na Educação
Escrito por Cadu Freitas - Repórter, 01:00 / 10 de Maio de 2018. Atualizado às $editedDateHour / 11 de Maio de 2018
O secretário Municipal de Educação de Itapajé, Vilemar Braga Marinho, já foi notificado para depor na Delegacia: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/servidores-confessam-fraude-em-esquema-na-educacao-1.1936130
Escola de fraudes: universidades manipularam resultados do Enade
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/educacao/escola-de-fraudes-universidades-manipularam-resultados-do-enade/
Escolas particulares são sempre melhores do que as públicas?
Dados do Ideb e Pisa mostram que, mesmo com notas maiores, instituições privadas podem não atingir metas de ensino
https://novaescola.org.br/conteudo/12600/escolas-particulares-sao-sempre-melhores-do-que-as-publicas
Inep investiga faculdades particulares suspeitas de fraudar o Enade no Mato Grosso
Denúncias dizem que direção de três faculdades antecipou formaturas de alunos com notas baixas para que só os bons alunos fizessem a prova. Objetivo do Enade é avaliar as instituições
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/06/17/inep-investiga-faculdades-particulares-suspeitas-de-fraudar-o-enade-no-mato-grosso.ghtml
INVESTIGAÇÃO
40 escolas particulares são investigadas por supostas irregularidades
O MPPE começou a investigar também uma escola em Jaboatão dos Guararapes, que foi alvo de denúncias
https://tvjornal.ne10.uol.com.br/noticias-da-manha-pe/2020/01/14/40-escolas-particulares-sao-investigadas-por-supostas-irregularidades-182438
O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. As regras têm como objetivo proteger o investimento feito pelo Estadão na qualidade constante de seu jornalismo. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link: https://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,mec-investiga-fraude-em-cursos-de-mestrado-e-doutorado,20030514p58249
Neste vídeo, eu falarei um pouco sobre a farsa das notas altas em algumas escolas particulares
https://www.youtube.com/watch?v=Cyjvg3tOJf0
Marshall Rosenberg E A Revolução Linguística Do Politicamente Correto
Há quase um século, a interação humana tem sido o foco de interesse e atuação dos engenheiros sociais.
Tolerância, diálogo, empatia, encontro. Palavras que o leitor já deve estar enjoado de ouvir na mídia, ou sendo ditas por ativistas LGBT, de movimentos de minorias étnicas, raciais, enfim, todo o mosaico de abstrações associadas a certos perfis inseridos no simbolismo marxista de classe, já esvaziado pela realidade da sua insuficiência política.
Ernesto Laclau aprofundou a reflexão de outros teóricos marxistas, como os insights de Rosa Luxemburgo, por exemplo, sobre as possibilidades de ação revolucionária no âmbito cultural e político em relação às classes e grupos sociais, por meio de uma intensa “conscientização” (propaganda) que se daria na adequação linguística. Voltando no tempo, podemos traçar uma cronologia invertida dos estudos que originaram a vigilância ou até censura linguística que hoje chamamos de politicamente correto.
Prestou-se bem a tais objetivos os estudos de Antonio Gramsci, que propuseram um foco maior na construção de um imperativo categórico inserido na própria cultura burguesa. Mais tarde, na década de 1970, coube à diversidade de propostas revolucionárias ligadas aos costumes, como o caso do psicanalista David Cooper, em ‘A morte da família’, que propunha mudanças linguísticas e o esvaziamento das palavras, a começar pela família como estrutura de poder da burguesia. Ele se baseava na tese de que as palavras continham apenas duas dimensões: a histórica (história do uso das expressões) e intenção do interlocutor. Sendo assim, a dimensão histórica seria apenas o percurso das intenções de quem desejava subjugar o próximo.
Mas Cooper não tirou do nada a sua revolução linguística. Tampouco a feminista contemporânea Judith Butler, em seus manuais de “performances” de gênero, retirou da cartola ou da própria cabeça a ideia de revolucionar a linguagem através da ressignificação das palavras. Pouco antes de Cooper, durante a década de 1960, o psicólogo americano Marshall Rosenberg (1934-2015) criou a Comunicação Não-Violenta (CNV), estrutura de sugestões linguísticas para arbitrar conflitos diplomáticos. Seu objetivo era unir a ética filosófica à linguagem interpessoal em busca de um ponto em comum para iniciar debates e aproximações sociais ou pessoais. A ideia da CNV era desarmar as pessoas de suas convicções, atenuando os choques de opinião, principalmente na área da política, em uma época marcada pela polarização e conflitos geopolíticos. O princípio da união, base da ideologia pacifista que ganhou reforço após a Segunda Guerra Mundial, tinha como alicerce a construção de uma verdadeira “cultura do encontro” ou “cultura de paz” que serviria de base para uma necessária cooperação internacional.
Após ter trabalhado e ser requisitado por diplomatas e chefes de estado para a intermediação de conflitos, Rosenberg migrou da política para as relações humanas em seus estudos, o que ficou evidente em seu livro Comunicação Não Violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Rosenberg fez um enorme sucesso e foi elogiado por gurus da nova era como o indiano Deepak Chopra, que considerou seu livro uma verdadeira operação de abertura da consciência para o encontro entre as pessoas. Ainda hoje, Rosenberg é citado entre ativistas pela “diversidade” e “tolerância”, além de representar forte influência para projetos das comunidades LGBT. No Brasil devem também ao psicólogo o uso de termos como “empatia” e “abordagem empática”, além de “tolerância”. O livro de Rosenberg começa com um agradecimento a um de seus mentores, o também psicólogo Carl Rogers, inspirador do CVV (Centro de Valorização da Vida) e herdeiro da chamada “abordagem centrada na pessoa”.
O personalismo
Descontentes com as correntes psicológicas praticadas na primeira metade do século XX, consideradas reducionistas, funcionalistas e mecanicistas, como o behaviorismo, Carl Rogers e os psicólogos personalistas criaram grupos de encontro psicoterapêuticos, utilizados como modelo até hoje pelos CVV. Seu estudo foi o resultado e aprofundamento de estudos anteriores, que começaram a perceber a insuficiência dos modelos anteriores de psicologia social.
A corrente personalista, que pode ser representada por autores como Max Scheller e Emmanuel Mounier, influenciou profundamente o pensamento cristão, a partir de abordagens influenciadas por ela como o humanismo integral, de Jacques Maritain. Essa linha foi uma das inspirações da corrente política Democracia Cristã e teve grande influência no pensamento do Papa São João Paulo II, bem como no Concílio Vaticano II.
Dinâmicas de grupo e a psicologia social
Retrocedendo ainda mais no tempo, vemos que a origem das abordagens interpessoais e linguísticas está na psicologia social, campo de estudo destinado a compreender a sociedade para controlá-la.
Todas essas propostas de interação pessoal e grupos psicoterapêuticos vieram da década de 1940, após os estudos de um dos mais renomados psicólogos quando o assunto era dinâmica de grupos: Kurt Lewin. Antes de Rogers, que centrava no autoconhecimento e autoanálise, Lewin já compreendia a influência da interação entre as pessoas, em seus estudos de psicologia social. Compreender essa interação era essencial para, de maneira técnica, influenciar nas mudanças culturais e políticas em longo prazo.
A psicologia social, até então, era vista de maneira muito simples, como uma questão de reação psicológica a sentimentos de ameaça. Lewin percebeu que a interação entre as pessoas pesava muito e começou a estudá-la. Para isso, criou grupos de controle e pesquisa, que se chamaram “Dinâmicas de Grupo” e serviam tanto para compreender a estrutura das relações humanas como para determiná-las. As dinâmicas passaram a ser usadas por empresas e governos que desejassem estabelecer um nível de controle e compreensão do processo social que envolvia aquelas relações.
Uma solução para o problema moral
Com a crescente secularização da sociedade, a idéia de pecado ou de freio às paixões e sentimentos ruins, cujas exigências se punham como condição para a vida eterna, migraram para o campo da ética instrumental e da sua necessidade para a boa convivência social. A sobrevivência e manutenção da sociedade passou a ser o maior e único problema a ser resolvido.
O que vemos hoje em matéria de reengenharia linguística faz parte de um longo processo de tentativa de controle e determinação do pensamento. Os sociólogos e filósofos que viam o crescimento da sociedade de massas como algo perigoso e incontrolável, desejaram reunir os meios para um controle seguro das paixões massivas. A psicologia social é resultado desse temor. O politicamente correto, a “linguagem empática” e a “tolerância”, cujo principal inimigo é o chamado “discurso de ódio”, são instrumentos de domesticação das opiniões e controle das paixões humanas após a aparente derrocada do poder social das religiões.
Cristian Derosa é mestre em jornalismo pela UFSC e autor dos livros “A transformação social: como a mídia de massa se tornou uma máquina de propaganda” e “Fake News: quando os jornais fingem fazer jornalismo”. Editor do site Estudos Nacionais e autor do blog ‘A transformação social’. Aluno do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Yoga É Sinônimo de Asana?
Yoga É Sinônimo de Asana?
Satyaraja Dasa
Hoje em dia, todo mundo sabe o que é yoga. Será?
No Ocidente, o yoga é mais popular do que nunca. Apenas nos Estados Unidos, pesquisas mostram que a adesão a essa prática mais que dobrou nos últimos 5 anos, com mais de 40 milhões de pessoas praticando yoga em 2017, segundo a National Institutes of Health. Outros países ocidentais seguem logo atrás.
Se você perguntar a um praticante de yoga comum no Ocidente a que se destina o yoga, provavelmente ouvirá respostas como: “É uma prática que me faz me sentir bem”, “É estimulante”, “É relaxante”, “É um exercício e tanto” ou “O yoga me mantém em forma.”
Quase toda resposta se refere ao aspecto físico da prática de yoga. Alguém poderia pensar que o yoga é simplesmente outra prática de exercícios ou, na melhor das hipóteses, uma maneira de manter o corpo, a mente e a alma em algum tipo de harmonia integrada.
O fato é que esse foco centrado no corpo é algo novo. Tradicionalmente, o yoga é uma disciplina espiritual. Até a antiga autoridade Patanjali dava pouca importância às partes práticas de asana (posturas) e pranayama (controle de respiração), tão populares para os yogis de hoje. Os Yoga-sutras de Patanjali definem o yoga mais em um sentido espiritual do que como os exercícios físicos populares hoje em dia, como o hatha-yoga. Ele destaca e enfatiza a meditação, e não os exercícios posturais. Asana e pranayama não são fins em si mesmos, mas técnicas essenciais para acalmar a mente a fim de se alcançar a iluminação espiritual. O segundo sutra do trabalho de Patanjali define (de forma resumida) yoga como yogas citta vritti nirodhah: “Yoga é o controle dos padrões de pensamento da mente”. Em outras palavras, o yoga é a porta pela qual podemos ir além dos processos mentais mundanos; é um método para controlar as flutuações atormentadas da mente. De fato, toda a prática se destina a ganhar domínio do corpo e da mente. Para qual propósito? Os grandes yogis da antiguidade queriam domínio do corpo e da mente para buscar o espírito. Essa foi a verdadeira motivação do yoga.
O yogi moderno Swami Satchidananda confirma essa questão em seu comentário sobre os Yoga-sutras de Patanjali: “Quando a palavra yoga é mencionada, a maioria das pessoas pensa imediatamente em algumas práticas físicas para alongamento e redução do estresse. Esse é um aspecto da ciência yogi, mas, na verdade, é apenas uma parte muito pequena em desenvolvimento relativamente recente. O yoga físico, ou hatha-yoga, foi projetado a princípio para facilitar a prática real do yoga, a saber, a compreensão e o domínio completo da mente... É assim que se alcança o espírito.”
Progredindo para Bhakti
A palavra yoga significa “união”, dando implicações muito além da união saudável de corpo, mente e espírito buscada por muitos praticantes modernos. Não é que o corpo esteja condenado, mas precisa ser visto como um instrumento para servir essencialmente ao divino. Portanto, é preciso afiná-lo e usá-lo como uma ferramenta preciosa para se alcançar a transcendência.
Originalmente, o yoga visava a união com Deus. E não em um sentido abstrato e frio: “Eu sou um com Deus”. Não. Significava desenvolver uma atitude de serviço para com Deus. Significava tornar-se um com Deus em propósito, o que significa que qualquer yoga deve progredir para bhakti-yoga, ou o yoga da devoção. De fato, o Senhor Krishna diz na Bhagavad-gita (6.47): “E de todos os yogis, aquele com grande fé, que sempre habita em Mim, pensa em Mim em seu coração e presta serviço amoroso transcendental a Mim, ele é o mais intimamente ligado a Mim no yoga e é o mais elevado de todos. Essa é a Minha opinião.”
Dessa maneira, surge uma imagem clara dos métodos e objetivos da prática do yoga: começa-se controlando o corpo e a mente, tornando-os um instrumento afinado. Mas esse é apenas o passo inicial. Depois disso, usa-se esse instrumento no serviço ao Senhor. Essa é a perfeição do yoga, tecnicamente chamada bhakti-yoga. No final, então, é melhor usar um instrumento mal afinado (um corpo sem a melhora proporcionada pelo hatha-yoga) no serviço de Krishna do que usar um instrumento perfeitamente afinado (corpo de um yogi) para outras coisas.
Uma das grandes desgraças da prática moderna de yoga é que, desenvolvendo demais o corpo, é provável que se caia do caminho espiritual, apaixonando-se pelas recompensas físicas da disciplina regular, que são muitas. Patanjali adverte contra tais valores do yoga e outros mais metafísicos, porque eles podem distrair uma pessoa do caminho espiritual. “É preciso estar desapegado desses poderes sobrenaturais, ou não poderemos assimilar o Supremo. De fato, esses mesmos poderes podem se tornar sementes de escravidão e fracasso.” (Yoga-sutras 3.51)
Cuidado com o Bom
O yoga tende a elevar seus praticantes a um estado de sattva-guna (bondade), que pode ser vantajoso – mas também prejudicial. As vantagens são óbvias: consciência aprimorada, inclinação a atividades piedosas, um ambiente adequado para maiores avanços no caminho. Mas o yoga também pode atrapalhar os praticantes, porque sattva-guna pode causar apego à visão e ao estilo de vida do yogi. Confortáveis com suas concepções de espiritualidade, os yogis podem sentir que já têm conhecimento e não precisam de mais progresso. Se eles se consideram felizes, têm dificuldade em acreditar que poderiam estar ainda mais felizes.
Mas existem os reinos mais elevados. Os textos antigos de yoga descrevem a felicidade derivada da prática comum de yoga como sendo a água na pegada de um bezerro quando comparada com o oceano de felicidade encontrado na prática de bhakti-yoga. Ou seja, se alguém pratica ou não hatha-yoga, é bom caminhar gradualmente para o reino de bhakti e, num clima de amor, prestar serviço espiritual, desenvolvendo uma atitude altruísta sob a direção de um mestre espiritual idôneo.
Como Começar
Como funciona bhakti-yoga? E como alguém pode se envolver em suas práticas de maneira simples e direta, mesmo estando envolvido no yoga comum? Primeiro, aprenda a meditação dos mantras, a prática de cantar os nomes sagrados de Krishna, de alguém que conhece alguém que recebeu esses nomes transcendentais de um mestre cuja linhagem é respeitada por conferir o som sagrado. Cantar rega a planta de bhakti, que cresce a partir da semente dada pelo mestre espiritual.
O kirtana, ou canto em que alguém lidera e outros repetem, é agora algo cada vez mais popular nos estúdios de yoga em todo o mundo, mas é preciso aprender a cantar corretamente para que se alcance a força total e se produzam os verdadeiros frutos de bhakti-yoga. Ao cantar adequadamente, a pessoa se torna capaz de estabelecer o sentido da autorrealização na era atual, conhecida como Kali-yuga. Como diz o Srimad-Bhagavatam (12.3.52), “qualquer resultado obtido em Satya-yuga meditando em Vishnu, em Treta-yuga realizando sacrifícios, e em Dvapara-yuga servindo os pés de lótus do Senhor podem ser obtidos em Kali-yuga simplesmente cantando o maha-mantra Hare Krishna.”
Esse canto é a essência de bhakti-yoga, que é a essência do yoga em geral. Assim, cantar é a essência da essência. Isso é assim porque, cantando, aprendemos a dar o coração a Krishna, a alma de todas as almas. Aprende-se como realmente se unir ao divino. Patanjali também recomenda isvara-pranidhana, ou dar a vida a Deus com uma postura de total devoção. Embora muitos yogis hoje em dia não saibam, é disso que se trata o yoga.
Tradução de Simone Queiroga. Revisão de Bhagavan Dasa.
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